Capitulo V.

Aquilo tudo foi só um sonho. Claro que foi! Não tem nenhum super gato em New Orleans chamado Jesen. E Brandon não me beijou na festa. Porque não teve festa, né? Foi só um sonho!

- Ah, Meu Deus! Katherine, você está com febre! Como se sente querida? – minha mãe me acordou.

- Tonta... - minha voz saiu rouca.

- Kath, eu vou ligar para a farmácia e pedir uns antitérmicos, analgésicos... – Nossa! Como a minha cabeça dói! -... O dinheiro está em cima da geladeira. Vou pedir a vizinha para cuidar de você. 

- Não, não precisa. Eu... – alguém abriu a porta do quarto. Minha mãe se levantou da minha cama e foi até lê.

- Não se preocupe Srª. Browning. Eu cuido da Kath. – Ah ta! Grande diferença do Brandon para nada!

- Você faria isso por ele, Brand? – Brand?! Que droga de apelido é esse?

- Claro! – ele sorriu. Socorro!

- Obrigada, querido! – ela deu um beijo na testa dele e depois fez o mesmo comigo. – Não se preocupe Kath. O Brandon vai cuidar de você! – E é exatamente isso que me assusta! – Tchau, crianças!

Ela me deixou me deixou sozinha com o Brandon. Socorro! Autora, o que foi que eu te fiz para merecer isso? Bem, por mais estranho que pareça, ele não estava sendo cínico. Não estava com nenhum vestígio de sarcasmo ou zombaria no rosto. Ele só estava ali, encostado na porta do meu quarto, olhando. Dava ate medo ver ele tão sério...

Isso só podia significar uma coisa: NÃO FOI UM SONHO! É agora, ta tenso.

- Não precisa cuidar de mim. Pode ir para o colégio, depois eu digo pra a minha mãe que você ficou aqui. – Minha cabeça estava mesmo doendo, a minha garganta estava ardendo. Nossa!

- Katherine, fique quieta! Não vou a lugar algum até a sua mãe chegar. – Ele disse sério. – Quer alguma coisa para comer?

- Acho que sim... – eu estava mais cansada de olhar para a cara dele do que faminta.

Ele buscou meu café da manhã, não adiantou muito porque depois vomitei tudo. Eca! Bem, ele foi ficando mais bem humorado. Acho que me ver sofrer deixou-o feliz. Primo da... Assim que minha mãe chegou pro almoço e Brandon foi ao colégio assistir o último horário e falar com a galera. Ele levou a Joanne para me visitar e nós conversamos um tempo. É claro que toda a ladainha dela deixou a minha cabeça explodindo.

Depois que a Jo foi embora, Brandon foi até o quarto medir a minha temperatura. 37,5º C. Uma droga! Se ele tivesse a brilhante ideia de me matar, ou abusar do meu estádo de saúde para fins nada puros, eu nem ía ter forças para me defender.

Acho que eu já estava delirando, porque quando ele chegou o rosto dele perto do meu para pegar o termomêtro eu comecei a achar ele bonitinho. SÓ bonitnho, nada demais...

Mas como nada nesta vida são só flores... Depois que Brandon voltou da sala - ele tinha ido atender ao telefone -, estava com uma expressão péssima de preocupação e seriedade. Ele nem parecia mais o Brandon!

- Brandon, o que aconteceu? - perguntei quase desesperada.

- Ligaram de Phoenix... Seu pai não conseguiu adiar mais o julgamento.

Sentí o sangue fugir do meu rosto. O julgamento. Então tudo que eu estava tentando evitar já havia me alcansado. E eu não podia fazer nada, ao não ser encarar o problema. Só que eu não estava peparada.