- Vamos, dê um sorriso! Vai ser divertido! – Brandon disse pela milésima vez. Continuei escolhendo a minha roupa e arrumando as que eu havia bagunçado.

- Uhum. Deve ser mesmo divertido para você ficar-me chantageando, não é? Posso te contar um segredo? Para mim, isso não é divertido! – Virei-me pra ele. Ele era um folgado! Estava deitado na minha cama!

- Qual é, priminha? Eu chantageando você? Que viagem! – Preciso dizer que ele estava sendo cínico? Acho que faz parte da personalidade dele.

- Por falar em viagem, quando é que você vai fazer a sua volta de para phoenix, hein? – peguei a minha blusa preta com um ET desenhado e joguei todas as outras no meu guarda-roupa.

- Acho que nunca. Estou gostando tanto da sua presença! – suspirei pesadamente.

- Séra que um dia nós vamos conseguir conversar sem você ser cínico? – sentei-me na beirada da cama.

- Boa pergunta. – Ele sorriu pra mim.

- Você pode sair do meu quarto? Eu preciso me trocar! – não foi um pedido.

- Porque você não se troca na minha frente? Você é tão sexy! – ele aproximou o rosto dele ao meu. Reparei que os olhos dele têm um charme especial. Se ele não fosse à pessoa mais detestável do mundo, talvez eu... NÃO! Fora de cogitação!

- Saí. – sibilei. Ele sorriu sexy e saiu do meu quarto. Fechei a porta e troquei-me. Penteei meu cabelo e retoquei a maquiagem. Calcei minhas papetes e peguei a carteira.

Desci as escadas na esperança de que ele houvesse desistido, mas tudo que eu encontro é um Brandon Williams muito gato sentado no sofá assistindo TV. Ele estava usando uma camiseta básica que dava destaque aos seus músculos e uma calça adidas preta. Ele podia ser meu primo, e podia ser a coisa mais repulsiva dos EUA, mas ele era beeem gato.

- Que bom que não fugiu pela janela, Katherine! – ele sorriu e se levantou – Pra onde vamos?

- Pro inferno? – arrisquei. Ele revirou os olhos.

- Isso é óbvio. Eu sou um mentiroso, você matou um cara, se nós formos para o céu, vamos detonar com tudo lá!

- Shhh! – analizei se não havia ninguém por perto. Cheguei perto dele e falei o mais baixo que pude. – Eu não matei niniguém! Você sabe disso melhor do que eu. Agora vamos logo, antes que a minha mãe me peça mais algum favor.

Fomos até uma sorveteria por falta de opção. Aquele carro nem tinha um GPS. Ás vezes ele falava comigo, ás vezes eu com ele... Brigamos pelo rádio e acabamos desligando. No caminho vi a garota ruiva que tirava uma foto minha e do Brandon. Isso lembrou que ele me devia uma explicação.

- Brandon, você me deve uma explicação. – eu disse enquanto tomávamos nossos sorvetes.

- Eu não te devo nada! – ele disso sério.

- Certo, então eu acho que também não temos nada! – Ele fez uma carranca mal-humorada.

- Você não pode simplesmente confiar em mim e me ajudar? – ele pediu.

- Não. – Essa foi a minha vez de ser cínica. – Eu sós preciso de um motivo. Uma explicação!

- Certo... – ele limbou os lábios – Sai mãe me adora- revirei os olhos – É sério! E ela me disse que ia ficar muito feliz se nós dois fossemos um casal.

- Meu Deus! Minha mãe quer que eu namore meu primo! – disse surpresa demais.

- É, ela quer. e se nós fingimos que estamos juntos, eu vou passar mais tempo aqui.

- e eu posso saber por que você quer tanto ficar aqui? – inclinei-me para a frente.

- Não. Mas obrigado por me coompreender. – E sujou o meu nariz de sorvete. Limpei com o guardanapo.

- Então vamos simplificar: Você me usa, eu não posso saber o motivo e eu tenho que aceitar por que...?

- Por que você é uma boa moça que ama o seu primo querido.

- Qual deles? Com certeza não é esse que está na minha frente. – Eu brinquei. Ele riu.

Nós fomos dar uma voltinha pelo centro da cidade e ele nem tocou no assunto da chantagem. Ele era m cara legal quando não agia como um cretino. Dava para aturá-lo por mais algumas semanas.