O Recomeço escrita por Lost Satellite


Capítulo 18
Brigas e Convites.


Notas iniciais do capítulo

Ola, minhas pessoinhas... Esse é o cap. pré baile, a votação ainda não encerrou, até porque temos um empate técnico, crueldade vou ter que escolher entre duas ideias muito atraentes. Palpites entre a festa do Pijama e baile de Mascaras?! Bom vou deixa-los aproveitar o cap. agora.

PS: Boa Leitura!



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“Essas crianças.” Ela falou pra si mesma empunhando a varinha à frente para que iluminasse seu caminho, deu alguns passos vacilantes mais adiante, e novamente a sensação de ser observada lhe dominou. Hermione agarrou com forças sua varinha, as juntas de seus dedos ficaram brancas, tamanha era a força, girou novamente, olhando por de trás do ombro, uma sombra movimentou-se atrás dela, pousando sua mão sobre o ombro da garota, que nesse instante congelou assustada.

“Draco!” Ela gritou ao ver que era o garoto que estava ali, enquanto ela apontava a varinha para o mesmo. Que assim de imediato viu que era ele tratou logo de abaixar a guarda.

“Granger, achei que não viria mais.” Draco sussurrava em um tom rouco que fez Hermione se arrepiar.

“Do que está falando, estou na hora que combinamos.” Ele apenas ignorou o que ela disse, dando lhe as costas e andando em direção a porta da Sala Precisa.

“Você não ouviu algum som antes de me encontrar?” Ela quis saber se ele também ouvirá o som que a pouco ecoava pelo corredor.

“Não ouvi som algum, deve ter sido um fantasma esse castelo é tão cheio deles.”

“Também pensei nisso, ou quem sabe alguns primeiranistas querendo conhecer melhor Hogwarts.” Ela sorria timidamente ao lembrar-se de seu primeiro ano, quando ela e os amigos saíam da torre da Grifinória depois do horário e quase sempre eram pegos.

“Claro, pode ser.” Ele agia de forma fria com ela.

Parou em frente à parede, Hermione observava Draco que andava de um lado para o outro, esperando a porta se abrir. E logo por magia aquela porta tão conhecida se abriu, dando passagem a uma espaçosa sala, muito bem iluminada. Eles entravam e fecharam a porta, Hermione colocou a mochila sobre a mesa e logo tratou de retirar pena, pergaminho e tinteiro para fazer anotações.

Draco jogou-se em uma das poltronas um tanto quanto absorto a presença da garota. Hermione sentou em cima da mesa apoiando os pés na cadeira a sua frente.

“E então, já pensou em algo?” Ela perguntou para Draco, tentando ter alguma idéia para o baile.

“Eu não sei, bailes são coisas de meninas, como espera que eu tenha alguma idéia?” Ele tinha aquele tom arrogante com uma pontada de sarcasmo.

“Esse seu comportamento machista me enoja.” Ela fazia cara de poucos amigos para ele. Quando finalmente a olhou desde que entraram se conteve para não fazer uma cena, mas logo que seus olhos viram aquele pequeno anel envolvendo seu dedo de tal maneira era como se ele fosse fundir-se a sua alma. Ele prontamente levantou-se da poltrona parando de frente para ela, encarando a com seus frios olhos acinzentados, e com uma voz pastosa disse:

“Talvez o Krum não seja assim tão machista, não é?” Aquela expressão cínica estampada em seu rosto a irritou.

“E eu poderia saber o que Vitor Krum tem haver com tudo isso?” Ela também o encarava.

“Ora e ainda se faz de desentendida, eu não caio nessa Granger.”

“Nessa a que?! Você tem problemas mentais Malfoy?! Estou cada vez mais convicta de que...” Ele a interrompeu em um tom de voz imensamente insano.

“Você e suas convicções não é mesmo? Sempre com uma idéia pronta para qualquer coisa ou alguém, poupe-me de suas convicções.” Ele demonstrava tamanha raiva por ela, que estava aponto de perder o controle. Sua concentração para evitar uma cena havia ido por água a baixo.

“Poupe-me você de ter que aturar suas crises existenciais. Quer saber dane-se, vou entregar isso pra McGonagall ela que encontre outra pessoa pra fazer isso, não sou obrigada a ter que conviver com esse tipo de comportamento.” Ela rompeu rapidamente o espaço da mesa até a porta. Ele logo como que reflexo a agarrou pelo braço. “Mas que inferno, será que você pode parar de agir feito um gorila e tirar suas mãos de mim?” Ela voltou o encarando cara a cara.

“Gorila? Sinceramente achei que pudesse ser mais delicada.” Ele ignorava totalmente o pedido dela.

“Qual é o seu problema?” Ela o olhava abismada sem entender daquilo estar acontecendo.

“Você! Você é o meu problema, e quer saber eu odeio esse tipo de problema.” Seu olhar era tenso, fazia prisioneiro os olhos castanhos dela, perdidos na intensidade daquele olhar carregado de enigmas. Por uma pequena fração de segundo ela podia jurar que ele estava olhando sua alma, seu olhar era penetrante e marcante, parecia queimar. Com forças sobre-humanas ela tentou argumentar.

“O... O que você... q-quer...” as palavras morreram em sua boa, sua voz era fraca e apática. Ele fechou os olhos pensando sozinho, e a soltou. Virou-se de volta a poltrona onde estava e se jogou nela. Ela tão logo pensou em ir embora, mas algo a segurou naquele lugar, talvez um tipo de magnetismo inexplicavelmente misterioso e desconhecido. Sua mente dizia para ir embora imediatamente, mas seu corpo não respondia, voltando tão logo para a mesa, onde se sentou um uma cadeira.

Draco permanecia de olhos fechados, uma tentativa vitoriosa, logo seus batimentos voltaram à rotina, sua respiração estava desacelerada, e sua mente estava alheia a qualquer indicio de pensamento, estava em branco.

Hermione quase interrompeu aquele momento, mas por fim resolveu esperar que ele falasse, seguiu-se um longo silêncio confortável até que ele quebrasse:

“Desculpe-me, acho que exagerei.” Ele sentava-se colocando o rosto entre as mãos.

“Eu percebi.” Ela o analisava, tentando decifrar o que se passava com ele agora.

“E me desculpa então?” Perguntou olhando para ela.

“Sim.” Mais um momento de silêncio.

“Acho que é melhor pensarmos no baile então.” Ele sorriu meio... Torto?

“Seria...” ela hesitou por dois segundo até encontrar uma palavra adequada. “Apropriado.”

Ele assentiu com a cabeça levantando-se e sentando na cadeira ao lado dela, onde puxou para mais perto o pergaminho, de modo que os dois pudessem lê-lo.

“Precisamos de um tema.” Hermione falava enquanto encarava o pergaminho em branco.

“Muito bem, e qual seria?”

“Eu não sei, talvez devêssemos fazer uma votação com os alunos, assim seria mais fácil, ver o que eles querem.” Ela se iluminou com a própria idéia.

“Hmm.” Draco pela cara logo se via que não gostou muito da idéia dela.

“Tem idéia melhor?”

“Sim.” Ele falou e parecia estar sendo... Sincero?

“E?”

“Acho que deveríamos nós vemos escolher o tema e fazer de tudo uma enorme surpresa.” Seu tom de voz era persuasivo.

“Por mim, tudo bem contanto que fiquei bom.” Ele me lançou um olhar assassino.

“Como assim bom? Vai ficar fantástico, depois dessa noite, eles jamais se  esquecerão desse baile, e pode acreditar quando digo que irei tornar essa noite inesquecível para todos.” Ele tinha agora um ar revolucionário, parecia que ia brigar em um grupo estudantil. Hermione não se conteve e caiu na gargalhada imaginando a possibilidade.

“Ora, está rindo de que?” Ele perguntava todo sério cruzando os braços sobre o peito. Enquanto ela dobrava-se na cadeira de tanto rir.

“Desculpe... É que... Você ficou...”

“Eu fiquei?” Ele ainda não fazia a menor idéia do que ela queria dizer. “Vamos diga.” Ela riu tanto que caiu da cadeira de bunda no chão, mas mesmo assim não se deixou abalar e continuou rindo, enquanto Draco apenas achava a situação engraçada.

“Você ficou... engraçado, dizendo isso.”

“Só isso?! Está rindo por que me achou engraçado.” Agora quem ria era Draco do sorriso de idiota que Hermione tinha estampado da cara.

“Está bem eu paro.” Ela se rendeu controlando-se para não rir dele.

“Tem certeza?” Ele perguntou curioso. Ela confirmou com a cabeça tentando manter uma expressão séria, o que foi em vão, pois ela logo rompeu em uma escandalosa gargalhada.

“Granger, levante-se desse chão, ou prefere passar o tempo aí.” Ele dizia analisando enquanto a garota parava de rir e voltava a se sentar. “Granger quero perguntar uma coisa?” Ele a fitou sentindo-se desconfortável com aquilo que estava entalado em sua garganta.

“Depende do que vai perguntar, mas pelo menos pode tentar.” Ela o encarou curiosa.

“E como vou saber se posso perguntar o que quero perguntar?”

“Ora, pois pergunte, se a pergunta for impertinente saberá pela minha reação.” Ele respirou fundo tomando coragem para perguntar o que queria.

“Você o ama?” Hermione foi pega de surpresa pela pergunta de Draco, ela ao menos sabia de quem ele estava se referindo.

“Amo quem?” ela perguntou corando, devido ao tipo de conversa que estavam tendo.

“Ele, seu noivo.” Para Draco aquilo era obvio. Hermione engasgou-se com o ar ao ouvir aquela palavra. “Hermione? Hermione? Pelas barbas de Merlin, o que você tem?” Ele fitava a garota passar de branco como papel, para um vermelho tomate e em seguida um roxo berinjela. Ela engasgou-se, e tossia como se estivesse tendo uma crise nervosa. Quando finalmente conseguiu respirar e falar, perguntou com uma voz vacilante:

“De onde foi que você tirou isso?” Ela o encarava espantada ainda com a conversa.

“Bom, você está noiva do Krum, não é?”

“Desde quando?”

“Ora não queira me fazer de idiota, você está usando aliança e tudo.” Ele apontava para o anel nos dedos de Hermione.

“Você está louco? Em que planeta está vivendo. NÃO ESTOU NOIVA! MUITO MENOS DO VITOR! Isso.” Ela mostrava o anel em seus dedos. “É um anel, presente dos meus pais, é um costume trouxa. De onde tirou essa historia?”

“Ah... er... eu ouvi por aí que ele está noivo de você...” Ele sorria meio amarelo, sem entender por completo.

“Mas é claro que Vitor está noivo, mas não de mim, ele me convidou para ser a madrinha dele e tudo o mais.”

“Acho que me enganei, é um alivio saber.” Ele dava um risinho esganiçado tentando disfarçar a alegria que parecia querer estourar seu coração.

“Alivio? E se fosse eu a noiva de Vitor o que você teria haver com isso?” Ela perguntou observando bem a reação dele.

“Muita coisa, no momento a explicação implicaria assuntos dos quais não quero falar, então se me der licença eu vou para minha sala comunal, tenho deveres a terminar para amanhã.” Levantou-se saindo apressado da sala, deixando uma Hermione muito confusa para trás.

Draco não sabia o que era aquilo, sentia necessidade de cantar, saltar, soltar fogos de artifício ao saber que aquilo tudo não passará de um engano seu. Ele sorria abertamente para qualquer um que quisesse ver, enquanto corria e de vez em quando dava alguns saltinhos. Ele gritava a plenos pulmões para acordar todo o castelo: ELA NÃO ESTÁ NOIVA! ELA NÃO ESTÁ NOIVA!

Aquele ponto ele foi surpreendido por Argos Filch o zelador, que sorria prazeroso em ter pegado um aluno fora da cama, ainda mais berrando feito um maluco pelos corredores do castelo.

"Ora, ora, veja só o que temos aqui." Argos se aproximava acompanhando de madame Noora, enquanto iluminava o corredor com um pequeno lampião velho.

"Não tem nada aqui seu velho babão." Draco tratou de pegar a varinha.

"Como ousa seu fedelho vou entregá-lo a diretora, ela lhe Dara um bom castigo." Ele dizia com seu tom de voz arrastado.

"Ninguém vai entregar ninguém aqui, não hoje." Ele pegou a varinha e murmurou um feitiço contra o zelador. "Obliviate."

Hermione colocou o material dentro da mochila, jogou-a em suas costas e foi embora para a torre da Grifinória. Já era tarde da noite, correu embora. Depois de passar pelo relutante quadro da mulher gorda, caminhou diretamente para o dormitório, teria ido direto pra lá se alguém não estivesse esperando por ela na Sala Comunal, logo que a garota passava por lá, alguém pigarreou para chamar sua atenção:

“E então?” A voz risonha de Gina rompeu o silêncio.

“E então, o que Gina?”

“Não se faça de desentendida querida amiga que diz saber de tudo.”

“Humpf... É sério Gina às vezes você parece uma irmã mais nova do tipo chatinha.”

“E você a irmã mais velha e rabugenta.” Ela jogou-se num sofá em frente à lareira. “Vai falar ou não, como foi na Sala Precisa?”

“Por que eu deveria responder?” Ela ria satisfeita da cara de desapontamento de Gina.

“Pelo menos o beijou?” Ela perguntou tirando o sorriso de satisfação da cara de Hermione.

“Claro que não, eu o beijaria se gostasse dele, o que não vem ao caso.”

“Admita logo pra si mesma, você gosta dele, isso é um fato e não se discute.”

“Não gosto não!” Ela teimava com a garota de longos cabelos ruivos.

“Gosta sim.”

“Não gosto.”

“Gosta sim.”

“N-ã-o G-o-s-t-o.” Hermione soletrou para que Gina entendesse.

“Você não gosta.” Deu de ombros.

“Claro que gosto.” Hermione levou à mão a boca, dando se conta do que falara.

“Aha, eu disse que você gostava.”

“Trapaceira você me enrolou.” Hermione saiu pisando duro para o dormitório.

Os dias foram de passando, o inverno cada vez mais frio, se é que ainda era possível esfriar mais. Garotos de todas as casas sem exceção buscavam coragem em tomar uma iniciativa em convidar uma garota para o baile. Desta vez Harry não viu problemas, pois tinha ao seu lado, a garota perfeita para isso, Gina, e a cada dia que se passava ela tinha mais certeza de que a amava. Rony passou dias cogitando a possibilidade de convidar Hermione, temia em cometer o mesmo erro do passado deixando-a como sua última opção, dessa vez ele faria diferente. E foi o que vez, num domingo depois do almoço eles estavam todos no salão comunal na torre da Grifinória, ele chamou Hermione para conversar em particular, precisava convidá-la. Foram para um canto mais afastado de todos. Hermione o encarou curiosa em saber o que o amigo queria falar em particular.

“Rony você está bem?” Ela perguntou analisando a reação de Rony, ele estava mais vermelho do que um dia poderia imaginar ficar, suas mãos tremiam e suas mãos suavam descontroladamente, sentia o seu coração querendo saltar garganta a fora.

“E-estou.” Tentou não parecer mais nervoso do que já estava.

“Pois bem, pode falar, é algum problema?” Ela demonstrava toda a atenção possível para com o amigo, tentando desvendar sobre o que tanto ele precisava falar.

“H-Hermione, eu pensei muito e decidi que não quero cometer os mesmo erros. Eu gostaria de saber se quer ir ao baile comigo.” Soltou a frase rapidamente, enquanto Hermione parecia pensativa em sua resposta.

“Rony, está me convidando, porque não quer cometer erros?”

“Não, quer dizer sim e não também, mas quero convidá-la porque gosto de você e quero que vá ao baile comigo.”

“Rony você é meu amigo, seria melhor que fosse com uma garota de quem goste...” Ele interrompeu a garota com um aceno de mão. Com um tom um pouco exaltado ele tratou logo de se explicar.

“Hermione você não está entendendo, quero que vá ao baile comigo, porque você é essa garota entenda! Eu gosto muito de você, preciso de você, eu... eu amo você.” Ela corou ao som daquelas palavras, todos pareciam prestar atenção neles agora. Ela tentou falar algo, mas Rony a impossibilitou dando-lhe um beijo.

Alguns alunos assoviavam, outros aplaudiam e gritavam. Os únicos que não gostaram daquilo pareciam ser Harry e Gina. Harry porque sabia que a amiga não gostava da mesma forma que Rony gostava dela. Gina porque sabia que mesmo que sua amiga negasse até a morte ela sabia que Hermione gostava mesmo era de outro, e não queria ver o irmão sofrer.

Hermione no inicio até tentou se soltar de Rony, mas este a apertará com seus fortes braços, dificultando ainda mais as coisas para ela, esperou que Ron percebesse que ela não correspondia. Ron tinha um brilho no olhar, sabia que aquele beijo não havia sido como o que imaginou. Ele foi diferente, foi mais frio e insensível. Hermione não correspondeu.

“Desculpe Rony, mas...” Rony olhou pra baixo fitando os sapatos, enquanto balançava a cabeça, parecia estar em outro lugar.

“Hermione, sinto muito eu não queria, me desculpe, eu fui um idiota, me desculpe mesmo.” Ele implorava encarando os sapatos, não tinha coragem de olhar para ela.

“Rony, tudo bem, vamos conversar, quer conversar?” Ela segurava os ombros dele, mas ele ainda fitava os sapatos. Balançou a cabeça em forma de negação e foi para o dormitório. Harry prontamente o seguiu sabendo que mais cedo ou mais tarde o amigo iria precisar desabafar. Antes lançou um olhar compreensível para Hermione. Esta pegou sua capa e saiu da sala, precisava espairecer.

Seus pés tomaram um rumo,  sozinhos, Hermione pensava em como ela sempre desejou o beijo de Rony. Passou tantos anos desejando esse momento, o momento em que Rony dizia que a amava, e a convidava-a para o baile. E tudo isso que um dia ela tanto desejou estava ali diante dela. Parecia até uma brincadeira do destino, justo agora que tinha esclarecido para si mesma seus verdadeiros sentimentos. O destino era mesmo um jogador baixo e trapaceiro que quando menos se espera lhe passa a perna te derrubando de cara no chão. Literalmente. Hermione estava tão distraída em seus pensamentos que não percebeu algo em seu caminho, ela tropeçou e caiu ao chão. Sentia o frio do piso contra seu rosto, por um segundo ou dois, imaginou ter visto um par de pernas caminhando em sua direção. Ela levantou o rosto e deparou-se com aqueles tão conhecidos olhos acinzentados. O garoto prontamente ofereceu-lhe a mão para que se levantasse.

“Você está bem?” Ele perguntou assim que ela se levantou.

“Sim.”

“E por que está chorando, aconteceu alguma coisa?” Hermione nem havia percebido que estava a chorar, somente quando ele falou é que ela sentiu as grossas lágrimas escorrendo por seu rosto. Ela as secou e continuou a andar em silêncio, Draco a acompanhou silenciosamente ao seu lado.

Caminharam até a sala precisa, onde assim que chegaram já havia uma porta de madeira esperando para que entrassem. Dentro não havia nada de mais, era a mesma sala que usavam a noite para fazer os planejamentos do baile.

“Quer planejar algo para hoje?” Ele perguntou para ela, que apenas fitava um espaço vazio na sala, parecia não ouvi-lo. “Você tem certeza de que está bem?”

“Estou ótima.” Ela sentou-se num sofá, onde desatou a chorar. Ela nem sabia explicar o porquê, seria apenas uma crise emocional. Ela não sabia. Draco prontamente sentou ao seu lado, onde passou os braços ao redor da garota, puxando-a para si. Eles não sabiam dizer por quanto tempo ficaram ali sentados juntos. Já havia anoitecido quando Hermione se viu em condições de falar algo.

“Obrigada.” Ela ainda estava ali sentada junto do peito de Draco, que acariciava seu cabelo.

“Não tem de que. Já passei por momentos assim e sei o quanto é importante ter um ombro amigo para chorar.” Ela estremeceu ao ouvi-lo dizer ombro amigo.

Ela levantou a cabeça ficando cara a cara com ele, mesmo com os olhos vermelhos e úmidos, seu olhar ainda era intenso. Draco podia sentir o ar se esvair dos pulmões com aquele olhar. Ele não pensou duas vezes antes de pedir o que pediria a ela:

“Hermione?”

“Sim?”

“Quer ir ao baile comigo?” Ele esperava ansioso pela resposta.

“Desculpe Draco, mas eu não irei a esse baile.” Ele a olhou incrédulo.

“Como assim, você está planejando o baile comigo, por que não vai?”

“Por que eu não quero, tenho minhas razões.”

“Ainda assim não entendo, todas as garotas estão todas ansiosas, e você me diz assim que não vai. Tem de estar brincando, não é possível.”

“Desculpe se não sou previsível como as outras garotas, acontece que não com a mínima vontade de ir a esse baile.” Draco se via derrotado na questão, mas bastou lembrar-se de algo que ele se iluminou.

“Sua amiga já sabe?” Ele a encarou vitorioso.

“Quem?”

“A Weasley já sabe?”

“Você nem cogite a idéia de contar a ela, ou eu...” Ela hesitou procurando com o que ameaçá-lo.

“Ou você o que Hermione? Não tenho medo de você.” Ela estreitou os olhos, afastando-se dele furiosa, sentou-se na outra ponta do sofá. “Ta ok, confesso que você com essa cara assassina dá um pouco de medo.” Hermione o olhou ainda mais irritada. “E estou mentindo? Você devia se ver no espelho, aposto que até mesmo você ficaria com medo.” Agora sim o momento ficou tenso. Tenso demais foi tão repentino, que Draco foi pego de surpresa quando Hermione pulou em cima dele na tentativa de esganá-lo com as próprias mãos.

Foi uma confusão danada. Hermione tentando estrangulá-lo, ele tentando imobilizá-la ao mesmo tempo tentando se defender. Eles rolaram do sofá pro chão. Por fim, Draco conseguiu segura-la firme, impossibilitando que suas mãos chegassem ao seu pescoço.

“Hermione se queria me agarrar, podia ser ao menos mais gentil.” Ele dizia presunçoso cheio de si, enquanto ela tentava em vão se soltar do abraço dele.

“Ok, eu desisto.” Emburrou-se por perder para Draco Malfoy.

“Tão rápido? Mas como posso ter certeza de que não irá me atacar mais?” Ele sussurrava no ouvido esquerdo da garota que se arrepiou toda por tê-lo tão próximo de si.

“Terá que confiar na minha palavra.” Tão logo disse aquelas palavras e sentiu os braços ao seu redor se afrouxarem um pouco, embora ainda estive a segurando. “Pode me soltar.” Aquilo soou mais como um aviso do que uma pergunta.

“Não sei se quero.”

“Mais hein?” Ele ponderou por um instante libertando-a de seus braços. E voltou a sentar-se no sofá. Ele aparentava pensar. Hermione voltou a sentar-se do lado oposto do sofá. Quando sentiu uma mão a puxando pela cintura, era Draco que a puxou para perto de si.

“Mas por que faz essas coisas?” Ela perguntava enquanto tirava a mão dele de sua cintura.

“Não é óbvio pra você? Eu sou uma serpente fria, preciso de calor, mas não qualquer calor, quero o seu calor, preciso de você.” Ele precipitou-se a perder na imensidão dos olhos dela. Sua respiração se foi, e seu coração parecia a qualquer momento que iria romper peito a fora, e com Hermione também não era diferente. E o toque de seus lábios foi algo entre atirar-se na imensidão do olhar e os fechar por completo. Aquilo era melhor que magia, era a melhor sensação que ambos poderiam experimentar. Draco explorava cada pedacinho da boca de Hermione como se aquele momento jamais fosse voltar a acontecer. Talvez fosse a urgência, o desejo e o medo que ambos compartilhavam que tornava o momento especial.

Ofegantes e receosos, não se encararam, apenas ficaram ali no silêncio, e para eles era ótimo assim. Hermione adormeceu ali, nos braços de Draco que estampava um sorriso maior que o mundo. E assim as horas passaram e o dia logo não tardou a clarear.


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Notas finais do capítulo

Oi minhas pessoas potterianas dramione de Plantão! Eaí contentes, felizes, ansiosos? POr falar em Ansiosos, to mega ansiosa pra estréia do filme, falta tão pouco, ki vou surtar!

Mas voltando ao cap. Que acharam? Ótimo? Excede as Expectativas? Aceitável? Péssimo? Deplorável? Trasgo? ( pra kem naum reparou essas são as possiveis notas em um NIEMs ou NOMs) ;)

Bom independente do tema do baile, podem aguardar fortes emoções pro prox. cap. k k k depois ki vocês lerem vão entender. k k k

Aguardo os reviews, pontinhos, recomendações, e por aí vai...

Bj's a todos e entrem em contato, se mostrem presentes pessoal.