Perfect Kanojo - Little Puppet! escrita por violentsminds


Capítulo 10
O plano


Notas iniciais do capítulo

E aí, prontos para mais um? Prontos para odiar o Ruki mais um pouquinho e amar o Uruha e o Reita mais um poucão?

Então, vamos lá!



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— VOCÊ É DOENTE, TAKANORI?! - exclamou o baixista indignado. - Como você pôde mandar ela sumir? Ela não tem pra onde ir, seu animal! Ela foi criada especificamente pra você!

— Ah, ela deve estar sentindo aquelas dores… - murmurou Uruha andando de um lado para outro.

— Você me chama de animal...mas ela é uma máquina. - ele disse, se fazendo de indiferente.

— Ela deve estar sozinha e com frio, sem saber o que fazer… - continuou murmurando o guitarrista loiro.

Os outros olharam para Ruki imaginando como ele podia ter mudado tanto de um dia para outro. Reita não conseguia ficar calado vendo aquilo.

— E você estaria tratando Cecile diferente se ela não fosse um cyborg? Até ontem você não tava nem ligando pra isso! - ele suspirou e continuou – Você não percebe, Takanori?! Você está com ciúmes! Pouco importa se ela é feita de aço!! - o baixista gesticulava, movendo os braços amplamente.

— EU NÃO ESTOU COM CIÚMES! - o vocalista se levantou – Eu estou me sentindo traído, isso sim! Mas eu já devia saber! Todas elas são assim! E a culpa é toda sua, Akira!

Dessa vez o líder decidiu que era hora de intervir.

— Você está sendo um idiota, Ruki-kun – ele disse em tom baixo, porém sério – Não adianta colocar a culpa no Reita-kun, você podia muito bem não ter aceitado a ideia.

— É isso mesmo! - ele disse levando as mãos a cabeça e bagunçando os cabelos descoloridos – E eu devo ser um completo idiota pra ser enganado pelas mulheres assim!

— Ah...o que ela vai fazer se algum cara tentar abordá-la enquanto vaga sem rumo por aí…? - Uruha ainda estava absorto em seus próprios pensamentos, alheio ao resto da conversa.

— Cala a boca, Kouyou! - Ruki disse irritado, voltando a se sentar, ou melhor, se jogar na cadeira, e trazendo o guitarrista de volta de seus devaneios. - Eu não tô nem aí! Por mim ela pode ser levada pro desmanche!

Um momento de silêncio pairou na sala, enquanto os outros rapazes ficavam chocados com o último comentário.

— Ai meu deus! - disse Sakai que até então havia ficado quieto – E se a Cecile-san achar que o Ruki-kun mandando-a sumir era para que ela… - ele engoliu a seco – fosse realmente para o desmanche?!

Uruha até prendeu a respiração. Até Ruki se sentiu um pouco culpado com esse pensamento, mas disfarçou. Já Reita se virou imediatamente para a porta e, pegando o casaco e as chaves do carro, disse:

— Certo. Ela não deve estar muito longe, vou procurá-la! - e saiu.

— Eu também vou! - disse Uruha – Ela pode morar comigo se quiser! - E saiu atrás do baixista.

— O que você está dizendo, Ussan? - disse Aoi com a mão no ombro do outro guitarrista e saindo junto – Ela foi programada para gostar do anãozinho esquentado ali.

Kai e Sakai olharam um para o outro e o empresário falou:

— Vou ficar aqui para o caso dela voltar!

Ruki apenas bufou.

 

 

***

 

Plano?

Que piada.

Ele não tinha um!

Além de levá-la para seu apartamento e fazer alguns testes, ele não tinha pensado em nada e já era o sexto dia da cyborg com seu namorado. Nem ao menos sabia porque estava se dirigindo para a empresa onde o cara trabalhava. O que esperava fazer quando chegasse lá? Implorar para ele aceitá-la de volta? Ele realmente não tinha ideia!

Pelo menos não até avistar aquele rapaz que parecia estar procurando por alguém. Foi como mágica que o tal plano surgiu em sua mente, e era tão absurdo que provavelmente daria errado. Mas ele não tinha mais nada.

Então, tirou um papel do bolso, anotou algo e foi em direção ao tal rapaz.

— Com licença… você não é o namorado da Cecile-san? - ele disse se aproximando animadamente do outro.

— Ee?! - N-não, eu… - o rapaz tentou responder.

— Eu sabia! - disse já dando uns tapinhas nas costas do homem – Ela pediu para você ir vê-la nesse endereço! - E colocou o papel nas mãos de Byou, que olhou confuso e surpreso para Gaku, que já estava andando alegremente em direção à PSC.

O vocalista olhou para o papel e depois para o homem estranho que se afastava, depois novamente para o papel. E então correu para o tal lugar.

Gaku o viu se afastanto, sorriu e voltou a andar. “Espero que dê tempo”, pensou apressando o passo para o prédio em sua frente.

 

 

Alguns minutos depois na gravadora…

— O que está fazendo, Ruki-kun? - perguntou o baterista vendo-o mexer no iphone.

— Criando um twitter – ele respondeu secamente.

— Ee?! Pra que?!

— Aoi disse que é um bom método para ver as ideias dos fãs. Talvez alguma me ajude a criar uma letra para a música.

— Hmm...Então você está mesmo desistindo da Cecile-san? - perguntou Sakai que acabava de chegar com chá preto para o vocalista – Apesar de hoje Reita-kun, Uruha-kun e Aoi-kun terem saído para procurá-la novamente…

— TSC! Será que podemos parar de falar nela?! É claro que desisti! Como poderia continuar depois do que ela fez com aquele maldito do Byou?! De qualquer maneira ia devolvê-la em alguns dias…- ele disse voltando ao celular e pegando seu chá.

— Como você pode fazer isso, Ruki-kun? Você nem sabe o que aconteceu exatamente!

— EU VI ELES SE BEIJANDO, KAI! Ela me traiu! - o vocalista gritou se levantando e quase derrubando toda sua bebida quente.

— Isso é impossível. - disse uma quarta voz de modo calmo.

Os três se viraram para ver o assistente técnico apoiado no batente da porta da sala.

— Namikiri-san?! - Ruki ficou ligeiramente surpreso – O que quer dizer com impossível? Eu os vi!

— Então me diga… você por acaso não… com ela não é? - disse fazendo um gesto autoexplicativo.

Ruki ficou vermelho e incrédulo.

— O-o que?! Eu nem a beijei ainda!

— ainda… - sussurraram Sakai e Kai.

— Então deixe-me lembrá-lo de algo que você provavelmente leu no manual da 001, Matsumoto-san. Enquanto o dono não fizer 'aquilo' com seu produto, qualquer um que beijar o cyborg reiniciará o sistema, se tornando instantaneamente o novo namorado, e fazendo com que o anterior seja apagado da memória.

O vocalista ergueu as sobrancelhas e depois começou a arregalar os olhos. Vendo isso, Gaku continuou:

— Agora, responda isso, Matsumoto-san: Depois da 001 ter supostamente beijado aquele rapaz, ela ainda o reconheceu? - A boca de Ruki se escancarou – Ela ainda sabia seu nome?

O líder e o empresário se viraram para o cantor a tempo de vê-lo derrubar a xícara no chão, com uma expressão que misturava arrependimento e surpresa. Talvez até um pouco de desespero. Ele deu alguns passos incertos em direção a porta com a cabeça a mil, ao mesmo tempo em que o técnico desencostava do batente.

— Quando a encontrei hoje mais cedo, ela estava se sentindo tão fraca….Ah, isso me faz lembrar … - começou Gaku – que acabei de ver aquele cara alto nas proximidades do local onde a deixei. Como era mesmo o nome dele? Bob? Billy?

— Não seria Byou? - disse Sakai

— Ah, isso mesmo.

— O QUE?! - A expressão de Ruki de tornou totalmente desesperada.

— Corra, Ruki-kun! Ainda deve dar tempo de alcançá-los! - disse Kai empurrando-o pelos ombros até a porta.

— Vou ligar para o Reita-kun pegá-lo no meio do caminho! - disse Sakai já sacando o celular.

E os três saíram porta fora, enquanto um sorriso se formava nos lábios do técnico. Talvez o plano não desse tão errado afinal. Tudo dependia agora de Matsumoto-san chegar a tempo no local.

E com esses pensamentos, Gaku seguiu para seu apartamento.

 

 

***

 

Como pensava, Namikiri Gaku ainda sofria muitas suspeitas dentro da Kronos Heaven, e por isso seu cargo e salário não eram dos melhores. Sendo assim, ele morava no segundo andar de um conjunto habitacional bastante comum, num apartamento que só daria mesmo para uma pessoa morar sozinha.

Cecile já estava morrendo de tédio de ficar esperando Gaku-san voltar. Ele tinha dito que ia apenas comprar algo para comerem, pois estranhamente depois de alguns testes físicos, a cyborg sentira fome.

Também, quanto mais ficava sozinha, mais ela se sentia triste. Só de pensar em Ruki sua cabeça começava a doer. Então, ela decidiu sair um pouco para tomar ar, ver algum movimento. Gaku havia dito que não saísse dali, então ela ficou andando de um lado a outro na varanda que circundava as portas dos apartamentos. Foi quando ela ouviu alguém lhe chamar.

— Cecile...!

E por um momento sua mente lhe pregou uma peça e ela ouviu a voz de seu namorado. Ela se virou com um enorme sorriso no rosto, mas quem subia as escadas para ir ao seu encontro era Byou.

Seu sorriso se fechou imediatamente, mas o rapaz nem notou, tamanho o encanto que sentia por aquela mulher. Ele foi a seu encontro.

— Cecile-san, você está bem? - Ele disse já segurando em seus ombros, como que para apoiá-la.

— O que você faz aqui? - Ela perguntou séria. Estava decidida a não ter mais mal entendidos, embora não houvesse ninguém para mal entendê-los. - Como achou esse lugar?

— Eu fiquei preocupado depois que Ruki-san… - ele viu o olhar dela mudar com a menção daquele nome - U-um cara estranho me deu o endereço!

— Saia daqui, Byou-kun! Não tenho absolutamente nada para falar com você – ela disse se afastando em direção ao apartamento de Gaku.

— Cecile-san, por que você insiste nisso? - ele perguntou indo atrás dela.

— Ele nem te deu a chance de explicar o que tinha acontecido! Está claro que ele não te ama! - Ele tentava convencê-la gesticulando. Ela se voltou para o vocalista novamente, e com um olhar melancólico disse:

— Isso não importa, contanto que eu possa ficar ao lado dele… foi para isso que nasci – e sorriu tristemente.

Ela lhe deu as costas novamente e de apoiou na grade, observando a rua. Enquanto Byou apenas ficava boquiaberto.

— Você o ama tanto assim?

A cyborg concordou com a cabeça. O vocalista sentiu o ódio subindo por suas entranhas, lhe dizendo para não aceitar isso facilmente. Então, fazendo cara de dor a puxou pelo braço, virando-a e prensando-a contra a grade com seu próprio corpo.

— POR QUE?! Por que tem que ser ele?! - Ele gritou, seu rosto bem próximo ao dela – Por que é sempre ele, ham?! O que ele tem de tão melhor do que eu?!

Mais uma vez Cecile tentava se esquivar de seus braços, mas não conseguia. Ela se debatia o máximo que podia, mas isso só estava deixando Byou mais nervoso, e fazendo-a se sentir como uma garota… normal.

— EU NUNCA MAIS VOU PERDER NARA PRA ELE!! - Ele gritou ainda mais alto.

— CECILE!

Ah~ Sua mente estava lhe pregando peças novamente, parecia até que ouvia seu namorado lhe chamar. Provavelmente porque ela desejava muito que ele aparecesse para lhe salvar. E qual não foi sua surpresa quando ouviu novamente.

— Cecile!

Ela e Byou olharam para a rua em frente ao complexo, apenas para ver Ruki em frente a um carro de onde também saiam Reita e Uruha.

— Takanori!! - Ela gritou enquanto lágrimas se formavam em seus olhos. Então ela tentou mais arduamente se soltar dos braços do outro vocalista, mas ele não queria largá-la! Ruki correu em direção às escadas furioso e, vendo isso, Byou agarrou a cintura de Cecile para beijá-la. Iria tomá-la de um jeito ou de outro.

Apavorada, a cyborg usou de todas as suas forças para se afastar dele, o que foi suficiente para tirá-la do chão, mas não para ele lhe soltar. E o homem aproveitou essa chance para tentar lhe jogar por cima do ombro e levá-la embora. Mas as duas forças eram contrárias demais.

Namikiri Gaku chegou a tempo de ver a menina ser levantada do chão ao mesmo tempo em que ela forçou suas pernas contra o corpo de Byou. Mas ela não percebeu que esse foi seu erro fatal, pois estavam próximos demais da grade.

E nenhum dos homens na cena pôde fazer nada além de observar enquanto seu corpo passava por cima do metal e caia. Caia todo o caminho do 2º andar até o chão.

 


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Notas finais do capítulo

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........................
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AAAAAAA

Enfim, depois de tantos feelings devo acrescentar que ainda estou terminando o próximo capítulo e, por isso, pode ser que ele demore pra aparecer por aqui rs.

Aguentem firme que tá acabando!

E não esqueçam das reviews ;)



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