Uma semana depois...

Alice estava em polvorosa preparando as coisas para o aniversário de cinco anos de Anabelle.

Mesmo Anabelle não podendo ver, Alice e Esme estavam caprichando na decoração.

Alice falava o tempo inteiro que, quando Anabelle recuperasse a visão, veria todas as fotos e o vídeo, e não poderia se decepcionar.

Por ora ela veria com seu jeitinho especial, ou seja, com o tato. Mas formaria em sua mente a imagem do que tocava. E imaginação para uma criança é o que não falta.

Carlisle saiu cedo com Anabelle para que Alice e Esme pudessem preparar as coisas. Não era festa surpresa. Era só para ambas não se preocupar em ficar de olho na garotinha enquanto estavam ocupadas.

Era sábado, Carlisle aproveitou para tirar o dia de folga. Não que os pacientes escolhessem dia para ficar doentes, mas ele queria desfrutar o dia com a família. Então um grande amigo ficou em seu lugar.

Ele levou Anabelle ao shopping para que ela brincasse um pouco na área de recreação.

Parecia um pai coruja. Sempre atento a cada passo que a garotinha dava, para que ela não se machucasse.

Ela tateava algumas coisas para saber o que era, e outras Carlisle as descrevia. Assim como Alice faz a todo tempo.

Carlisle se distraiu por alguns minutos apenas, enquanto cumprimentava um conhecido. Quando de repente, ouviu o choro de Anabelle e de outra criança.

Ambas haviam batido com a cabeça, dentro do pula-pula. Carlisle correu para pegá-la. Anabelle chorava e soluçava.

A outra criança chorava e falava:

– Foi ela que bateu em mim.

Carlisle pegou Anabelle no colo, massageou o locou da cabeça onde ela levou à pancada.

Em meio ao choro, ela falava que estava doendo.

– Está tudo bem, princesinha – exclamou ao secar as lágrimas dela. – Quer tomar sorvete? – perguntou na tentativa de animá-la novamente.

– Quero sim – ela aceitou ainda chorosa.

Ele a levou a praça de alimentação e comprou um sorvete enorme. Ela nunca que conseguiria tomá-lo até o fim. E claro que era o sabor preferido dela, morango.

Enquanto Anabelle se lambuzava com o sorvete, Carlisle olhava feito bobo para ela.

Jasper apareceu, carregando umas sacolas, e foi cumprimentar Carlisle.

A garotinha praticamente quicou na cadeira ao ouvir a voz dele.

– Jazz! – ela gritou, e imediatamente Jasper a pegou no colo.

– Feliz aniversário, princesinha – falou enquanto a cobria de beijos, ora nas bochechas, ora na testa, ora nos olhos e na cabeça.

– Você estava chorando? – questionou ao notar vestígios de lágrimas em suas bochechas rosadas.

Ela apenas confirmou com a cabeça.

– Fala pro papai Jazz, porque você chorou – pediu a olhando com carinho.

– Bati a cabeça – ela respondeu, passando a mão no local da pancada.

Jasper beija o local com carinho.

– Mas não dói mais, não é? – questionou, afagando a cabeça dela.

– Não, já passou, mas doeu muito – respondeu dengosa, depois sorriu para Jasper.

Carlisle observa a cena, um pouco enciumado, afinal, para todos os efeitos, ele era o pai e não Jasper. Ele é quem tem a guarda de ambas as irmãs.

Mas a relação de Alice com Jasper era muito intensa e, de certa forma, acabou puxando Anabelle junto. Era impossível gostar de Alice e não gostar de Anabelle, uma era a metade que completava a outra.

Jasper girou Anabelle no ar, fazendo-a gargalhar. Em seguida a colocou de volta na cadeira.

– Tenho que ir, princesinha, mas te vejo daqui a pouco em sua casa.

– Você veio comprar meu presente? – questionou ao levar uma colher de sorvete à boca.

– Não, seu presente já comprei, ele está em casa. Vim pegar umas coisas que sua irmã pediu – falou tocando tocou a pontinha do nariz da garotinha com seu dedo indicador.

Ela apenas sorriu.

– Tchau! – Jasper falou.

– Tchau – ela respondeu.

– Até mais tarde, Carlisle – estendeu a mão para cumprimentá-lo.

– Até Jasper – Carlisle respondeu ao apertar a mão dele. Em seguida, Jasper foi embora.

Alguns minutos depois, Anabelle terminou o sorvete. Na verdade, ela não terminou tomou apenas o quanto suportou.

Depois Carlisle a levou em uma loja de brinquedos e saiu de lá cheio de sacolas em uma das mãos, e na outra segurava a mão da garotinha.

Então voltaram para casa.

Ao chegarem, já estava tudo pronto. Era quatro da tarde.

Emmett e Rosalie haviam chegado de Nova Jérsei e estavam ansiosos para ver Anabelle.

Desde que as irmãs vieram para Londres, elas se encontraram apenas uma vez.

– Anabelle! – Rose gritou ao vê-la chegar, segurando a mão de Carlisle.

– Rose! – a garotinha gritou em resposta ao reconhecer a voz.

Rosalie a pegou no colo e a abraçou forte enchendo-a de beijos.

– Feliz aniversário, bonequinha. Você não imagina a saudades que eu estava. Trouxe um montão de presentes para você. E minha mãe e meu pai também te mandaram presentes, e muitos beijinhos, e que assim que poder vem visitar vocês.

– Eu também estava com saudades suas – confessou ao tocar o rosto de Rose com suas mãozinhas, reconhecendo cada traço.

Rosalie não parava de beijá-la.

– Ô ursinha, você vai deixar a menina cheia de baba.

– Emmett, me faz um favor, vai se catar – Rose respondeu, sorrindo assim como Anabelle.

– Anabelle você não vai crescer, não? Vai ficar nanica igual sua irmã? – Emmett provocou ao bagunçar os cabelos da menina.

– Emmett – a garotinha resmungou, mas acabou sorrindo do comentário.

– Feliz aniversário, nanica dois – falou bagunçando os cabelos dela e todos sorriram.

– Eu não sou nanica, eu sou criança – declarou sorrindo.

– Ah, mas eu pensei que você era um daqueles anõezinhos lá, da bela adormecida.

– Não é da bela adormecida Emmett, é da branca de neve.

– Poxa vida me enganei então – falou decepcionado.

– Tudo bem, não fica chateado. Quando você contar a história, põe eles onde quiser.

– É isso aí, nanica dois. Você é esperta, sabia?– ambos sorriram.

– Florzinha. Vamos tomar banho, que daqui a pouco Bella vai chegar com Edward e depois o Jazz, e nos vamos cantar os parabéns e abrir os presentes. Depois do banho eu te levo para conhecer a decoração ok – Alice falou ao pagá-la no colo.

– Rose, Emmett, vocês fiquem a vontade. Eu vou arrumá-la e daqui a pouco voltamos.

– Tudo bem, Alice – Rose responde indo conversar com Esme.

Emmett ficou conversando com Carlisle. Alice subiu as escadas com Anabelle em seu colo.

Tomaram banho juntas e enquanto se vestiam, Anabelle contou tudo que havia feito no passeio no shopping com o tio, inclusive que o Jasper apareceu por lá.

Mas Alice ficou preocupada quando a irmã falou que havia batido com a cabeça. Definitivamente, isso ela não gostou.

– Florzinha – Alice ajoelhou-se de frente a irmã, que estava sentada na cama balançando os pesinhos. – Lembra que no meu aniversário, antes da mamãe m... morrer?! – um nó se formou em sua garganta ao pronunciar a última palavra. – Lembra que ela deu a mim um medalhão com nossa foto?! Papai, mamãe, você e eu, todos juntos como uma família deve ser. E que você pediu um igual, e a mamãe prometeu que daria no seu próximo aniversário.

– Sim – a garotinha respondeu.

– Então, eu estou te dando ele agora – Alice falou ao depositar o medalhão nas mãos de Anabelle, com muito carinho.

Os olhos de ambas encheram-se de lágrimas.

– Mas ele é seu, Alice, mamãe deu para você e não para mim. Não posso ficar com ele – falou ao devolver o medalhão para Alice.

– Não amor, ele agora é seu. Faz de conta que é a mamãe que está te dando. Eu quero muito que ele fique com você – afirmou ao fechar as pequenas mãozinhas de Anabelle com o medalhão, e depositou um beijo cálido na testa da garotinha.

Anabelle enlaçou os bracinhos ao redor do pescoço de Alice e a abraçou forte.

– Eu te amo, Anabelle, mais que minha própria vida.

– Eu te amo mais – a garotinha respondeu – Alice sorriu e beijou ambas as bochechas da irmã.

– Agora vamos descer né, senão o pessoal vai pensar que nós fugimos – falou ao pegar Anabelle no colo. – Você está ficando pesada, sabia?

– Não estou, não – a garotinha reclamou, fazendo beicinho. Alice sorriu.

Na sala estavam: Esme, Carlisle, Bella, Edward, Rose, Emmett e duas crianças de aparentemente seis e oito anos de idade, ambas primas de Bella.

Anabelle não as conhecia, mas como ela não tinha amigos Bella decidiu trazer as primas para brincarem juntas.

Jasper ainda não havia chegado.

– Feliz aniversário Anabelle! – Bella e Edward falaram ao mesmotempo. E depois beijaram ambas as bochechas da garotinha.

– Obrigada! – ela agradeceu feliz, ainda nos braços da irmã.

– Você não fugiu outra vez, não é? – Edward perguntou em tom de brincadeira.

– Não, nunca mais – ela respondeu seria. Edward sorriu.

– Alice, você já pode me pôr no chão agora.

– Ah, florzinha, desculpe. Eu esqueci.

Todos sorriram.

– Ah, gente, qual é? Eu esqueci – reclamou ao pôr a irmã no chão.

– Anabelle, eu trouxe duas primas minhas para te conhecer – Bella falou ao fazer sinal com a mão para que as meninas se aproximassem. – Elas se chamam Daphine e Mindy. Elas são irmãs.

– Olá! – ambas a cumprimentam.

– Oi – respondeu receosa. – Posso tocar em seu rosto? – Anabelle perguntou um pouco tímida.

– Sim – ambas respondem.

Bella já havia explicado para ambas que Anabelle não via as coisas da mesma forma que elas. Que ela precisa tocar.

Daphine, a maior, abaixou-se para ficar na mesma altura que Anabelle. Em seguida pegou a mão da garotinha e levou ao seu rosto. Anabelle percorreu cada traço do rosto de Daphine com suas mãozinhas delicadas, para conhecê-la. Depois sorriu.

A mesma coisa ela fez no rosto da Mindy.

Após elas se conhecerem, Alice guiou Anabelle pela sala onde a metade dos moveis, haviam sido retirados para pôr as coisas do aniversário. Já que Anabelle não quis uma festa grande elas fizeram em casa mesmo.

Ainda assim, estava tudo muito caprichado. A decoração era da Barbie e o lago dos cines. Alice sabia o quanto a irmã adorava esse filme e o quanto adorava a personagem principal, Odete. E quantas vezes elas assistiram juntas.

Cada detalhe que suas mãozinhas tocavam, ela esboçava um sorriso. E esse sorriso se refletia em Esme e Alice. Ambas a amava demais, e não poderia haver coisa melhor no mundo do que vê-la feliz.

– Obrigada tia Esme – Anabelle agradeceu ao abraçar a tia, que lhe beijou as bochechas. – Obrigada Alice. Você é a melhor irmã do mundo – Alice esboçou um sorriso enorme e abraçou a irmã.

– Tia Esme, quando eu fizer meu pedido, na hora de soprar as velinhas, posso pedir para papai do céu que eu volte a enxergar?

– Claro que pode, meu anjo – respondeu, afagando o rosto dela.

– Mas e se nunca se realizar? – seu rostinho agora estava triste.

Alice decidiu intervir.

– Florzinha pode fazer seu pedido sem medo, porque um dia ele vai se realizar, ou eu não me chamo Alice – a garotinha sorriu. – Assim é bem melhor, nada de tristeza, ok – Alice falou.

– Ok. Eu confio em você – ela respondeu. – Mas está faltando alguém aqui.

– Quem? – Alice já sabia de quem ela estava falando, mas perguntou do mesmo jeito.

– O Jazz – ela falou parecendo óbvio.

– Ele já está a caminho, querida – Esme confirmou.

A garotinha assentiu feliz.

– Rose!– Anabelle a chamou.

– Oi, minha bonequinha – falou ao segurar a mão de Anabelle.

– Você brinca comigo um pouquinho? Estou com saudades de brincar com você.

– Claro que, sim – respondeu com um sorriso enorme nos lábios.

– Anabelle, vem vamos brincar? – Daphine e Mindy a convidou.

Anabelle ficou um pouco receosa e se agarrou as pernas de Rose.

Ela não tem lembranças boas, ao ficar só com crianças desde que perdeu a visão.

– Está tudo bem bonequinha – Rose responde.

Alice, ao ver que a irmã não está confiante, entra na conversa.

– Pode ir florzinha, elas são legais, não vão te magoar – falou ao afagar os cabelos loiros da irmã.

– Mas eu queria brincar com a Rose – responde ainda agarrada às pernas de Rose.

– Faz assim bonequinha. Você brinca um pouquinho com elas e depois você me chama que eu brinco com você, tudo bem?

– Então tá. Você vai dormir aqui hoje, não é?

– Vou sim, e se você quiser, você dorme comigo.

– Mas e o Emmett?

– A gente põe ele para dormir no sofá – Rose falou e Anabelle e Alice sorriram, acompanhadas pelas meninas que ouvia a conversa.

– Não, eu durmo com a Alice mesmo, senão ela fica com ciúmes.

– Estava querendo me trocar pela Rose, é?! – Alice fingiu indignação.

– Mas eu não estou trocando, é que eu estava com saudades da Rose. Mas eu gosto você.

– Aí gente, pare com isso, vocês estão fazendo a criança escolher de quem gosta mais. Pobrezinha, isso é maldade – Bella se pronuncia. – Ela não vai dormir com nenhuma das duas – Bella falou.

– Ah, não?! Então com quem ela vai dormir? – Alice e Rose perguntam.

– Comigo, claro – ela afirma e todas riram.

– O quê? Qual é a graça? – perguntou séria.

– Bella, o Edward não vai dormir com você? – Alice perguntou.

– Ei, você está pensando em me mandar dormir aonde?! Posso saber? – Edward pergunta.

– Tá bom, eu vou dormir na minha cama – Anabelle falou tentando acabar com a suposta discussão.

– É isso aí nanica dois, põe ordem nessa espelunca.

– Emmett o que é espelunca? – a garotinha quis saber.

– Deixe isso para outro dia nanica, vai brincar porque daqui a pouco eu vou comer aquele bolo que você não vai nem sentir o cheiro.

A garotinha deu de ombros.

– Emmett, não se atreva a fazer isso – Rose o repreendeu.

– Está tudo bem ursinha, não farei.

A garotinha sorriu.

– Vamos Anabelle – Daphine a chamou.

Anabelle assentiu. Daphine segurou em sua mão e a levou, com cuidado, até onde tinha alguns brinquedos.

Alice observou enquanto Anabelle andava sendo guiada por Daphine. Ao se certificar que estava tudo bem, colocou uma música infantil para tocar.

Algum tempo depois, Jasper chegou trazendo ao seu lado um cachorro. Alice olhou para ele em seguida foi até onde Anabelle estava brincando.

– Florzinha o Jazz chegou.

A garotinha sorriu e segurou na mão de Alice, para que a levasse ao encontro de Jasper.

Jasper pegou Anabelle no colo e beijou ambas as bochechas. Em seguida puxou Alice para um abraço e a beijou nos lábios.

Todos olhavam para eles, naquela cena tão família. Os dois abraçados e Anabelle no meio.

– Trouxe seu presente – falou ao pôr Anabelle de volta ao chão.

– Onde está Jazz? – questionou ansiosa.

– Está bem aqui ao seu lado. Me da sua mãozinha – ele segurou a mão da garotinha e guiou até a cabeça do cachorro.

Anabelle deslizou a mão sobre o pelo macio do animal.

– É macio – constatou sorrindo – levou a outra mão à cabeça do animal, e segurou as orelhas. O cachorro sacudiu a cabeça.

– É um cachorro – gritou animada.

Alice e Jasper sorriram.

– É um cachorro especial – Jasper respondeu.

– É mesmo, e por quê? – questionou.

– Porque ele é um cão-guia minha princesa – disse ele ao afagar o rostinho de Anabelle.

– Eu ganhei um cachorro! Alice, eu ganhei um cachorro – gritou sem parar aos pulinhos.

– Obrigada, Jazz! – Anabelle agradeceu ao abraçá-lo. Ele estava ajoelhado ao seu lado, então ficou fácil. – Ele é menino ou menina? – ela quis saber.

– Ele é macho – Jasper respondeu. – E o nome dele é Shailo.

– Shailo – ela repetiu o nome. Depois segurou a cabeça do cachorro com as duas mãozinhas e depositou um beijo. Virou-se para Jasper e disse. – Obrigada! Eu te amo papai Jazz.

Jasper sentiu seu peito inflar de satisfação. Era o que ele mais queria ouvir.

Anabelle juntou-se a Daphine e Mindy para brincar com o cachorro. Ela estava mesmo contente com o presente.

– Jazz, quando você me falou que o presente era especial eu juro que não imaginei que fosse um cão-guia – Alice falou ao olhar a irmã brincando com o cachorro. – Obrigada por fazê-la tão feliz.

– Não foi nada, meu amor. Já fazia certo tempo que vinha pensando nisso. E como é aniversário dela, decidi que esse seria o melhor momento.

Alice o beijou, sentindo-se feliz.

Algum tempo depois, cantaram os parabéns. Anabelle deu o primeiro pedaço do bolo para Esme. Alice ficou feliz com o gesto de carinho da irmã. Afinal, Esme merecia. Na verdade, merecia mais que um simples primeiro pedaço de bolo.

Depois disso, ela abriu todos os presentes. Ela ganhara muitos brinquedos. Afinal, qual criança não gosta de ganhar brinquedos.

Carlisle deu para ela um computador com um programa especial para deficientes visuais. E ela, claro, adorou. Ele prometeu que lhe ensinaria como usar.

Ela comeu muitos doces e depois foi brincar com Daphine, Mindy e Shailo, que latia e fazia gracinhas para as meninas.

Alice e Jasper observavam cada gesto de Anabelle como se fossem pais corujas, que observam o filho dá os primeiros passos.

Na verdade, não eram os únicos que a observava, Esme e Carlisle mantinham a mesma expressão coruja.

– Não pensei que ela fosse ficar tão feliz hoje. Obrigada a todos vocês por estarem aqui. E por gostarem da minha florzinha. Não sabem o quanto sou grata por isso – Alice falou ao olhar para todos. – E obrigada tia Esme e tio Carlisle por ser nossa família, e por ter nos amado tanto nesse ano tão difícil para nós. E meus amigos, vocês são os melhores. Amo todos vocês – Alice fez seu discurso com os olhos marejados de lágrimas.

Logo depois foi abraçada por cada um dos que a amava.

– Alice, eu te amo – Anabelle falou ao sentar no colo da irmã. – Eu fiz o pedido – cochichou ao ouvido dela.

– Ele vai se realizar florzinha, confie em mim. E a propósito, eu te amo mais.

– Que tal uma foto de todos juntos?! – Esme sugeriu, em seguida posicionou a câmera.

Ela voltou para seu lugar ao lado do marido e esperou que a câmera acionasse.

[...]

Anabelle recuperou a visão três anos depois desse aniversário – aos oito anos de idade – após a quarta cirurgia no nervo óptico.

Um ano antes, Jasper pediu Alice em noivado e ela aceitou. Alice tinha acabado de completar dezoito anos.