Percy Jackson 6 - o Filho de Deimos escrita por whysoboring


Capítulo 10
Faço um touro de bronze levar um caixote


Notas iniciais do capítulo

OMG, quaaanto tempo que eu não posto, tava com saudades *-* Mas queria deixar claro: Não postei antes pelo simples fato de que eu escrevo por inspiração,então se não sei o que escrever, não escrevo qualquer merda, pois escrever é mais que um hobby pra mim, é algo que eu amo fazer, então por isso não vejo isso como uma "obrigação", vejo isso como algo que eu gosto de fazer, e bem feito, OK? ;D

ENFIM, boa leitura ;*



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                                          CAPÍTULO NOVE

                     Faço um touro de bronze levar um caixote


 - MANÉ! -  Alguém grita no meu ouvido, me acordando em um estalo.
- Que? O que? - Gritei,olhando para os lados enquanto minha mão automaticamente apalpava meu bolso esquerdo, a procura de Contracorrente.
Pude ouvir Clarisse dar uma risada gostosa ao meu lado.
- Acorda, mané.Nós chegamos no Brasil. - Ela disse, e aquelas palavras me despertaram. Bocejei alto, amaldiçoando Clarisse que ainda parecia se divertir ao meu lado e limpei com as costas da mão um pouco de baba que havia perto da minha boca. Eu ainda conseguiria parar de babar à noite.
- Onde está Annabeth? - Perguntei. Algumas fileiras na frente, Joe pegava suas as malas pequenas do bagageiro do avião.
- Foi no banheiro se trocar. Vá logo, estão esperando. - Ela falou, apontando para a Aeromoça na porta do avião, que nos esperava. Éramos os últimos no avião.
Levantei e peguei minha mala, indo para o banheiro, e logo após de Annabeth sair, fui me trocar.
- Pensei que tinha morrido lá dentro, - Clarisse falou. Acho que seu hobby era tentar me provocar. Mas antes que eu a respondesse, Annabeth disse:
- Vamos logo, antes que alguns monstros venham se reunir a nós.
Essa frase deu um efeito estimulante em todos, até em Clarisse parou de tentar me irritar; Então nós saímos, receosos do avião. Afinal, no ar nós estavamos protegidos, - não dá fúria de Zeus, mas do monstros - mas é em terra firme que estes nos resolvem fazer uma visitinha.

   Tanto eu como Annabeth, Clarisse e Joe olhavam admirados a volta. Ainda estávamos no estacionamento do aeroporto, decidindo como iríamos para a casa de Bárbara e Fernanda.  E mais uma vez, me pareceu mais que estranho, inacreditável, que filhas do deus da escuridão morassem em um lugar em um lugar tão.. quente, ensolarado. Mesmo usando apenas uma camisa, bermuda e tênis, eu sentia calor. E por mais de que no verão, Nova York tivesse um clima tão - ou mais -  absurdamente quente como aqui, eu sabia que aqui era assim o ano todo por causa de que o Brasil se localizava na faixada tropical, e por isso as estações não existiam, quer dizer, não eram bem definidas,ou..  Ah, de qualquer forma, sabia que o clima aqui absurdamente quente quase todo tempo.
Enquanto passava pelas lojas do aeroporto, eu pude ver lojas e mais lojas, cujo nomes eu não conseguia distinguir por nada: E dessa vez não era somente a dislexia que me impedia. Ao meu lado, pais, crianças, jovens e idosos andavam, comiam em pequenas mesas em refeitórios, e muitos carregavam suas malas, mas todos falando rápido, e eu não entendia nada mais que exclamações; As roupas nas vitrines das lojas eram de outro estilo, nada que você pudesse encontrar pelas ruas de Manhattan - apesar de que em uma ou duas meninas que passaram por mim, eu eu tivesse visto marcas que conhecia como GAP ou Abercrombie.
- Então.. - A voz de Joe me trouxe novamente para o pequeno estacionamento, cujo carros eu novamente desconhecia. Pude ver algumas pessoas exclamarem e cochicharem com as outras quando algum de nós falavamos, e não precisava saber português para saber que falavam algo como "Olha,são estrangeiros!" -  Como vamos para esse tal de Ipanema?
Ninguém falou. Todos pareciam devidamente perdidos; Nenhum de nós sabia quão longe era do aeroporto para o tal bairro das meninas, além de que como falaríamos para o taxista o nosso trajeto? Nossa única esperança era que ele falasse inglês.
 - Annabeth, porque não pegamos carona com as Irmãs Cinzentas? - Sugeri, me arrependendo de acordo que pronunciava cada palavra. Mas por mais que fosse horrível viajar naquele táxi anormal, era nossa melhor opção; Precisávamos andar logo, porque quatro meio-sangues ao ar livre - sendo um deles filho de um dos três Grandes -  logo atrairia monstros.  Principalmente porque eu duvidava que algum taxista normal aceitasse nosso dinheiro, sendo eles dólar, e muito menos algumas moedas de ouro de quatro adolescentes estrangeiros.
- E elas virão simplesmente voando dos Estados Unidos pra cá? - Clarisse perguntou agressivamente.  Eu realmente havia pensado nisso, mas qual é, se elas simplesmente brotavam do asfalto das ruas de Manhattan, porque não podiam fazer o mesmo nas ruas do Brasil?
- Elas só trabalham na Grande Nova York e na vizinhança -  Explicou Annabeth.
- Tá, então que Diabos nós vamos fazer? - Joe se pronunciou, dando um muxoxo de impaciência e pondo as mãos na cintura. Se ele não fosse afim da minha namorada, eu poderia jurar que ele era gay.
O silêncio novamente percorreu entre nós; Nem mesmo Annabeth tinha uma ideia brilhante para o que faríamos agora.  Então no nosso momentâneo silêncio, eu escuto uma música conhecida.
- I walk a lonely road, the only one that I have ever known  - Uma menina cantava.  Me virei subitamente e vi perto de nós e enconstada numa caminhonete grande e preta, uma garota de nossa idade. Ela era morena, e seus longos cabelos pretos caíam até a metade de sua coluna; Usava uma blusa cinza com um corte em V,um casaco listrado que estava jogado por cima do seus ombros, um short jeans - daqueles qual o bolso fica pra fora - e tênis all star cinza.

- Don't know where it goes but it's home to me and I walk alone -  Ela continuou a cantarolar. Finalmente reconheci a música: Boulevard of Broken Dreams do Green day.  Subitamente me lembrei de Thalia e seu fanatismo por Green day; Ela se daria bem com essa garota, por serem parecidas - a não ser no estilo, que o de Thalia consistia em maquiagem pesada e blusas de morte à Barbie.

- Percy? - Annabeth falou, percebendo meu desatento.
- Podemos falar com aquela garota. -  Sugeri, tendo essa ideia de súbito.
- O que? - Clarisse perguntou, me olhando como se eu tivesse problemas mentais.Annabeth me olhava pasma,e juro que pude vê-la analisar a menina de cima a baixo e lançá-la um olhar de desgosto.
- Ela fala inglês, -  Expliquei-me logo, antes que Annabeth desse um ataque de ciúmes e se recusasse a falar com a garota - que ainda cantava alto apoiada na caminhonete.
- E nós vamos simplesmente chegar pra ela e dizer " Olá, será que você pode chamar um táxi pra gente? "  -  Clarisse argumentou, ainda me olhando incrédula.
- Você prefere se passar de doida ou ficar aqui e ir andando pra aonde que seja que essas meninas moram? - Joe bufou impaciente.
- Percy está certo, vamos. - Annabeth concordou, e nós andamos até a menina.
- Olá, - Annabeth começou.
A garota tirou os fones do ouvido.
- É,Oi.
Tá, agora eu tinha que concordar com Clarisse, o que nós diríamos agora?
- É, olha, meu nome é Annabeth, - Annie disse, apertando a mão da garota, que olhava confusa pra gente. - Esse é Percy, Clarisse e Joe.
Nós a cumprimentamos e esperamos Annabeth dizer algo.
- Então, nós somos americanos, e estamos realmente perdidos aqui. Nós precisamos ir pra casa das minhas amigas, -  Ela tirou o endereço do bolso e mostrou a menina - Será que você pode nos ajudar?
- Ah, claro. - Ela disse sorrindo. Ela era bem simpática; Duvidava que se ela tivesse poder de raios, ficaria eletrocutando cada um que a irritasse. Mais uma coisa que ela e Thalia não tinham em comum. - Eu posso chamar um táxi para vocês.. mas pode custar meio caro, pois o aeroporto é bastante longe. - Ela explicou.                                                                                                                           - Tudo bem, nós temos dinheiro. - Annabeth disse, sorrindo amigavelmente.        Ok, da onde Annabeth tinha se iludido? Duvidava muito que o taxista fosse aceitar dólares e muito menos dracmas. Joe pigarreou, olhando para Annabeth. Ok, eu também estava olhando incrédulo para ela, mas quem era ele pra fazer isso,uh?                                                                                           Assim que a menina saiu, falando que ia arranjar um táxi, todos viraram para Annabeth.                                                             - Você tem noção que nós não temos dinheiro,certo? - Clarisse disse bufando pra ela.                                                                       - Nós temos dólares, - Ela argumentou, e assim que viu que nós íamos interromper, continuou - E nada que a névoa não resolva.                                                                               Ok, tá explicado.                      

Assim que o táxi chegou, a menina conversou alguma coisa em português com o taxista, e pude vê-la dando o papel com o endereço a ele.                                                                                     - Pronto, podem entrar. - Ela disse, e todos agredecemos.Logo uma mulher mais longe gritou "Beatriz!" e Beatriz respondeu "TO INDO!" - Tudo bem, tenho que ir. Tomara que vocês gostem do Brasil. - Ela sorriu e saiu andando, repondo seus fones de ouvido e continuando a cantarolar Green Day de onde a música havia parado.                             

                                           -


Espremidos no banco traseiro,ficou Clarisse, Annabeth, eu e Joe, respectivamente - Sim, eu sentei de propósito no meio de Joe e Annabeth, não é por isso que eu sou um namorado psicótico -  Durante a viagem, ninguém falou muito, e ficamos mais olhando em volta.  O Rio de Janeiro tinha três coisas em comum com NY: Prédios, trânsito e gente.

 Annabeth olhava admirada para tudo, e as vezes soltava discursos demorados quando via alguma coisa interessante - para ela.  O maior de todos foi quando passamos por uma espécie de morro com uma estátua em cima, tipo A Estátua da Liberdade, mais essa tinha os braços abertos.  Annabeth não perdeu a chance.

- É o Cristo Redentor! - Ela vibrou no banco, e aquele brilho nos seus olhos eu-sou-fanática-por-monumentos  apareceu no seus olhos tempestuosos.

- Cri o que? - Joe perguntou, abrindo a janela para ver melhor.

- Cristo Redentor. Se localiza no topo do Morro do Corcovado. - Ela apontou na direção, e Clarisse, Joe e eu se enfiamos pela janela esquerda traseira para ver melhor. - Dá para ver a cidade toda lá de cima.

Era realmente interessante, subir em um morro e ter uma vista de toda a cidade, mas não era nada animador pensar que Zeus me fritaria caso eu fosse lá. E por mais que o Senhor dos Céus não tivesse feito um peixe de Percy quando subi no avião - e eu esperava que continuasse assim - isto não significava que eu pudesse fazer isso sempre, ou que Zeus começaria a me chamar de sobrinho querido.

- Quanto tempo mais? - Clarisse reclamou. Torcia para que não demorasse muito mais tempo, pois já estava cansado e também principalmente porque Clarisse tem um irritante hobby de bater nas pessoas quando fica entediada.
- Já estamos no bairro - Annabeth anunciou.

Estávamos parados em uma rua movimentada, empacados no trânsito.Pude ver do meu lado, uma extensa e lotada praia. Com a janela meio aberta, senti o cheiro de água salgada que me relaxava, e repreendi a vontade de sair do táxi e tomar um banho de mar.

Então tudo acontece em um estalo.  Um enorme estrondo na traseira do carro, Joe grita - que aliás foi um grito bem fino, mas infelizmente não era hora de acusar ninguém -  e antes que eu pudesse ter uma reação, o carro começa a levantar pela parte traseira do táxi.                                                                                                     - Que Diab.. -  Clarisse urra, mas antes que pudesse terminar, todos são atirados de cara com as poltronas da frente, a única sorte era que nossas mochilas, que estavam em nosso colo, serviram de äirbags, e impediram que nossos rostos fossem - mais - esmagados.

- SAIAM DO CARRO!  - Joe grita, como se alguém precissase de instruções. Ele abre a porta esquerda e se joga, comigo logo atrás, enquanto Clarisse rolava pela outra porta com Annabeth em seus calcanhares.  Eu e Joe saímos rolando e minha coluna bate com grande impacto no Fiesta vermelho ao lado.   E pela primeira vez - e tinha certeza que a última - da minha vida, eu dou Graça aos Deuses pelo engarrafamento, caso nós iríamos virar panqueca de semideus.                                                                                                                   Assim que levanto os olhos, vejo o que havia causado o estardalhaço. Um enorme touro de bronze levantava a traseira do táxi. Lembrei no mesmo momento de onde que eu o conhecia: Há alguns anos atrás, quando o velocino havia sido roubado e o Acampamento havia ficado desprotegido, milhares de monstros o atacaram, e entre eles, esses nada amigáveis touros lança-chamas.  Mas antes que eu me lembrasse de como detê-lo,  o touro dá um grande mugido e vira o táxi em um giro de trezentos e sessentas graus.    O enorme impacto gera um explosão de chamas e faíscas, das quais por pouco não me atingiram - ou a Joe.                                                                                   Logo a confusão começou.  Carros, motos, ônibus, e todos os demais veículos começaram um conjunto de buzinas,  pessoas começaram a sair dos veículos na tentativa de ver mais de perto o acidente - e a maioria ligando para o qual eu imaginava ser os bombeiros.  Mas  assim que viam o touro de bronze - ou seja lá o que eles viam através da névoa, saiam correndo e gritando.   Do outro lado encolidas dolado de um carro,vejo Clarisse com suas lança-elétrica em mãos, e ao seu lado, Annabeth procurando loucamente algo dentro de sua mochila. Em sua boca, presa entre seus dentes, pendia sua adaga, e perto de seus joelhos, seu boné. Por Hades, o que mais Annabeth procurava naquela mochila, o laptop de Dédalo no qual ela procuraria no Google como se luta contra monstros de bronze do tamanho de elefantes ?                                                         Mas antes que eu pudesse pensar em mais algo, o touro foca seus enormes olhos em mim que diziam nada mais que "você-me-parece-um-bom-lanche" e parecia que ele gostava de semideuses torrados, pois no mesmo momento ele avançou na minha  direção, e por instinto de sobrevivência, eu e Joe corremos para o outro lado do carro, na mesma hora que o touro abre sua  boca e um enorme jato de fogo atinge o carro, desintregando  grande parte deste.

- COMO SE LUTA CONTRA ESTA COISA? - Joe gritou desesperado pra mim.                                                                                      - Pegue sua arma.  - Respondi ao mesmo tempo que puxava e destampada Contracorrente.  Joe me olhou com uma cara "você-realmente-acha-que-essas-armas-vão-adiantar-algo"  mas mesmo assim puxou seu anel do dedão da mão direita, e na mesma hora um grande arco-e-flecha estava em suas mãos. Nas poucas vezes que o via treinando pelo acampamento, observei que ele era realemente bom em arco-e-flecha.

Saímos de trás do carro, assim que vimos o touro correndo na nossa direção, urrando e torrando  tudo em seu caminho, à cinzas.   E dessa vez eu tinha que concordar com Joe: não tinha a menor chance de nós darmos meia-volta e atacar o touro, sendo que mesmo a alguns metros distância dele, eu podia sentir-me suar loucamente.  Meus pensamentos estavam a mil enquanto eu pensava em como atacaria o touro sem me torrar. Mas correr desviando dos carros e pessoas enquanto você brinca de pega-pega com um touro de bronze, exercitava mais minhas pernas do que meus pensamentos.

Mas enquanto corria atrás de nós - destruindo todos os carros no seu caminho - o touro caiu em um tropeço, na mesma hora que um corte apareceu em seu calcanhar. Ele urrou com raiva e se girou, mas logo outro corte apareceu no seu braço.  Logo soube que Annabeth estava invisível ali.    E logo apareceu atrás dela,  Clarisse com sua lança elétrica.  O touro se levantou, e lançou mais um jato de fogo, mas Clarisse se jogou pro lado e acertou sua lança na panturrilha do monstro.   Fiquei atônito.  Como elas não viravam carvão? Ao meu lado, Joe resolveu agir,  mirou e puxou uma flecha nas costas do touro, que aindava se ocupava em tentava acertar Clarisse e uma Annabeth invísivel. A flecha atingiu a coluna do touro, que urrou mais alto.    De repente me senti estranho. Clarisse e Annabeth, cada uma estava de um lado do touro, o acertando com suas armas, enquanto este ficava confuso, sem saber em quem avançava, e acabava lançando fogo para o alto.  Nisso, Joe rodeava de longe eles, mas perto o suficiente para atingir o touro com suas flechas.  Eu me sentia.. inútil.   Não sabia como Clarisse e Annabeth tinham feito, mas não conseguia avançar sem sentir minha pele queimar absurdamente,  e como só tinha minha espada de bronze celestial, não havia como atingir o monstro sem chegar perto deste.  A sensação de não poder fazer nada enquanto os outros lutavam me dominava com um encômodo desconforto. Agora,o suor percorria o rosto e corpo de Clarisse, e ela parecia prestes a desmaiar. E eu podia apostar que Annabeth também estava assim.O que quer que elas estivesse feito, já não estava tão eficaz. Além disso, a mira de Joe não era das melhores, e eu temia que ele acabasse acertando Annabeth.                                                                                           Então, olhando a minha volta, tive uma ideia digna de um filho de Atena - tá, não assim, mas estava aliviado que tinha pensando em algo, pois não aguentava mais ficar parado.                                 -  Ei, seu monte de bosta, ouvi dizer que você corre mais devagar de que um minotauro abestado, é verdade? - Gritei, acenando com ContraCorrente acima da cabeça para chamar sua atenção.  Na mesma hora, o touro de bronze rugiu me olhando e correu pra mim.    Monstros podem ser fortes,grandes, imortais, e lança-chamas, mas são mais burros e orgulhosos que o próprio deus da guerra.     Corri com todas minhas forças,ignorando os gritos de Clarisse que urrava   "Por Hades, o que você está fazendo? ", Joe, que me olhava apreensivo, mas com uma expressão aliviada, enquanto abaixava seu arco, e Annabeth que tinha a mesma face de Clarisse, mas também preocupação evidente no seu rosto. Corri,me sentindo mais forte enquanto passava pela areia branca e chegava cada vez mais perto do mar.  Naturalmente, crianças que brincavam na areia ou as pessoas que pegavam sol pela praia, gritavam e saiam correndo, enquanto viam seja lá o que fosse pela névoa. Mas agora meus problemas eram maiores do que um post de Jornal dizendo "Adolescente corre assustado de uma vaca solta pelas ruas".                 O touro lançou  um jato de fogo que não me pegou por segundos, e começei a correr em zigue-zague em direção ao mar. Então assim que pude senti-lo tão perto que o ar atrás de mim quase fazia minhas roupas fumegarem, cheguei a margem do mar, e um surto de força explodiu em mim, e no mesmo momento que o touro rugiu e soltou mais chamas, ondas de água o atingiram, criando uma espécie de fumaça enquanto  entravam em contato com a pele quente do monsto.  Ele rugiu enquanto as ondas o envolviam; Podia ser grande e forte, mais a força das ondas era mais poderoso que isso, e o davam um belo caixote, trazendo-o cada vez mais adentro no mar  onde seus poderes de fogo não funcionavam. Enfim,cortei sua cabeça com Contracorrente, e o pó dourado foi levado pela água.   Eca, pensei.  Sai da água na mesma hora que Clarisse, Joe e Annabeth corriam em minha direção.                                                                                   - Você é suicida ou o que? Você poderia ter pego sérias queimaduras, Percy,aquilo era um touro de Colchi ! - Annabeth disse com amargura.                                                                               - O peixe ambulante precisava se mostrar. - Clarisse provocou.                                                                                - Como vamos atrás das meninas agora? - Ignorei Clarisse.                                                                                 - Já estamos no bairro, aqui é Ipanema. - Annabeth apontou em volta, para a praia e as casas. - Mas.. o endereço estava com o taxista.                                                                             Todos se entreolharam. O taxista provavelmente tinha virado pó no carro, e junto dele,o papel.                                                                                            - O que vamos fazer agora, procurar casa por casa a procura das garotas? - Joe bufou.                                                                                                    Imaginei o que pareceria para as pessoas quatro adolescentes ofegantes, tocando a campainha e procurando.. é, nem o nome das garotas eu lembrava.                                                                - Seja qual for o plano, eu preciso beber alguma coisa - Clarisse murmurou ofegante, enquanto jogava sua mochila nas costas.                                                                                   -É, eu também. - Annabeth disse, e nós atravessamos a rua, a procura de um restaurante qualquer. Clarisse andava na frente, e Joe logo atrás dela, mas Annabeth andava do meu lado, e começou a me dar broncas.                                                                             - Seu Cabeça de Alga, você podia ter virado cinzas. - Annabeth disse, emburrada.                                                                                              - Eu não podia simplesmente não fazer nada, - Me defendi. Também não queria parecer metido, como Clarisse me acusara. - Mas afinal, como vocês conseguiram chegar perto deles sem virar cinzas?                                                                                    - Essência de coco tropical. Graças aos Deuses, tinha trago um pote na minha mochila. Não é nem de longe eficaz como o protetor solar de Medeia, mas nos protegeu por um tempo. - Ela             murmurou.                                                                                -Céus, Annabeth. Como você consegue pensar em tudo? - Falei abismado.                                                                               - Eu não penso em tudo - Ela disse, modesta. A encarei sério, fazendo-a rir. - Sério, eu só trouxe porque.. Por causa da profecia. Nas chamas um irá queimar, lembra-se?  - Assim que ela disse, lembrei do trecho da profecia, e de repente entendi o medo que Annabeth sentiu quando eu corri com o touro nos meus calcanhares. - Pensei que talvez se lutássemos contra algum monstro que tivesse poder de fogo, poderiamos usar. Mas foi estúpido, agora que paro para pensar, não se pode lutar contra a profecia.                                                                                 - Não foi estúpido, - Disse, mas também confuso, pois a profecia não tinha se realizado. Pensei no corpo em chamas que eu havia sonhado poucos tempos atrás e estremeci, imaginando se fosse um de nós. -  Você evitou que nós acabassemos fritados.. pelo menos agora.                                                                                                       Ela revirou os olhos, e eu sorri. Era bom ter Annabeth de volta, não a psicótica do Olimpo.  Segurei seu rosto e a beijei, passeando com minha língua por toda a sua boca, e logo nossas línguas se encontraram. Mas logo também,Clarisse nos interrompeu.                                                                                                                             - Tem como vocês esperarem nós chegarmos ao motel antes de se agarrarem? Estão me dando enjôo. -  Ela falou com amargura,  e Joe atrás dela também parecia aborrecido.                                                                                                               - Ela só está com inveja porque Chris não está aqui, - Murmurei, puxando a mão de Annabeth.                                                                                                                                         - Se controle, CDA. -  Ela disse sorrindo, e apertou minha mão.


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Notas finais do capítulo

Sou a única que ama Boulevard of Bronken Dreams? *--*
E se você nunca escutou, OUÇA! Mas enfim, achei minha ceninha de ação super fail, mas whatever.

Ah,quem tiver,me segue no twitter: @ericaoliveeira_ E fala lá que é do nyah, que eu sigo de volta e dou notícias sobre como tá o andamento da fic - e até deixo vocês cairem em cima de mim pra eu escrever, KK'

PS: CDA -> Cabeça de Alga .



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