Angel Of Mine escrita por Milaa-07


Capítulo 17
Uma escolha difícil




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A relação do pai de Katharine com Alex tinha ficado muito melhor com o passar do tempo, apesar do casal preferir não ficar se agarrando na frente dele ou qual quer coisa parecida. Alex praticamente morava agora na casa da namorada, que ficava maior parte do tempo cuidando do seu meio-irmão, filho da falecida Soraya. Ela tentava privar esse dever do pai que parecia estar muito abatido, e se não fosse o suficiente trabalhava muito. Mas para a garota de certa forma era bom. Era uma espécie de “treinamento” antes de ter os seus próprios.

- Vai precisar de carona?  - perguntou o pai em uma manhã de segunda-feira. Katharine tinha marcado médico novamente para ver como estava o filho, e se sua saúde estava boa.

- Não, pai. Alex já está vindo.

- Então, eu vou para o trabalho. Tchau. – E saiu.

Para falar a verdade, Alex não iria chegar, pois ele já estava lá. Em todas as noites, ele se recusava a deixar Katharine sozinha, apesar de muitos protestos da mesma alegando que seu pai poderia vir, a saber, ela acabou cedendo quando o garoto implorava de um jeito que fazia o coração dela amolecer.

Ela subiu as escadas até o seu quarto, onde pode perceber que o chuveiro tinha acabado de ser ligado por ele, logo que seu pai saiu. Katharine aproveitou, e ficou se analisando no espelho. Ela estava muito mais inchada. Não só porque carregava dois bebes na sua barriga, mas também porque comia pelos três – ela e as duas crianças.

- Você acha que eu estou ficando gorda? – perguntou ela quando Alex saiu do banheiro, com uma toalha enrolada apenas da cintura para baixo, deixando a mostra seu peitoril definido e seus braços fortes.

- Acho que você está linda! – disse ele, indo até ela enlaçando seus braços em sua cintura e lhe dando um beijo. Ela o olhou com descrença. – É sério! Você fica super sexy grávida.

- Eu não estou brincando.

- Nem eu. Katharine, você está maravilhosa. Você fica linda com seu cabelo bagunçado quando acorda, linda agora grávida, linda quando está com raiva. Linda em todas as horas. Mesmo que você não perceba tem alguém aqui te admirando.

- Obrigada. Eu te amo tanto. – ela o abraçou, colocando a cabeça na curva do seu ombro. – Eu vou tomar um banho para podermos ir.

Logo os dois estavam fechando a porta de casa e saindo. Mas havia algo de diferente na rua. Ela estava sem movimento, silenciosa, você não escutava nada além do vento que batia nas árvores.

- O que está acontecendo? – perguntou Katharine.

- Eu realmente não sei. Mas não acho que vou querer saber.

Alex estava com um pressentimento ruim. A coisa estava estranha de mais para ser algo bom. Ele pegou a mão da garota e com cautela caminhou junto com ela, examinando a rua. Os carros estavam parados, apesar do sinal estar verde, os motoristas com a cabeça no volante.

- Impressionado Alexander? – perguntou uma voz conhecida atrás do casal. Eles se viraram. Era ele de novo. – Que lindinho o casalzinho de mãos dadas. Tenho até vontade de vomitar.

- O que você quer? – perguntou claramente irritado Alex.

- Você sabe muito bem o que eu quero, caro Alexander. A sua amada terá gêmeos. Nefilins. Pois é, as notícias chegam rápido no inferno, talvez mais rápido do que a sua internet.

- E por que eles seriam úteis para você?

- Não está claro? Anjos escolhem seu caminho, podem servir ao céu ou ao inferno. Lúcifer é um anjo. Mas nefilins recém nascidos? Alvos muito fáceis, além de muito eficientes, eles são quase tão fortes quanto vocês.

- E você acha que nós simplesmente te entregaremos?

- Claro, e de muita boa vontade. Mas se vocês acham que as vidas desses dois bebês são mais importantes do que o pai de Katharine, talvez não. – disse, dando uma gargalhada.

- O que você fez com o meu pai?! – gritou alterada Katharine ao ouvir ele se referir a ele.

- Vamos dizer que eu me encontrei com ele de manhã. Relaxe, é só você fazer a escolha certa, que tudo ficará bem.

- Você está mentindo. – disse Alex.

- Ah, não estou não. Sabe como somos conhecidos pela nossa lealdade. – disse irônico. – Então, já vou indo. Vou dar um prazo de, hum..., vamos ver. Até eles nascerem? Todos de acordo? Bem, já vou indo. – ele se virou de costas, indo embora.

- Como você fez tudo isso? – perguntou Alex antes dele ir embora.

- O quê?

- Você não tem cara de ser um anjo que serve para o inferno, se não já saberia do que eu estava me referindo, tem muita ajuda, não é? Não poderia fazer isso com essas pessoas.

- Você está certo, eu não sou um anjo. Mas tenho ajuda de outros.

- Toda uma equipe para pegar simples crianças recém-nascidas?

- Já respondi bastantes perguntas suas. Agora estou indo.

Ele desapareceu na rua, e de repente, toda a cidade acordou de um sono profundo, muitos nem sabiam porque estavam dormindo.

Katharine se encontrava parada no meio da rua. Eles estavam com seu pai, e queriam seus filhos. A garota não sabia o que fazer, não sabia côo escolher entre duas coisas que amava.

- Calma, Katharine. Vai ficar tudo bem. Vamos voltar para casa agora.

Eles regressaram a casa, quando entraram, Katharine enlouqueceu. Começou a andar de um lado para o outro, quase pega um dos vasos em cima da mesa e o joga no chão, mas se lembrou de que pertencia a sua mãe e o colocou no lugar.

- Alex, o que eu faço! – disse já agoniada.

- Nós temos que pensar... – disse se sentando no sofá e levando Katharine junto.

- Pensar?! Eles querem meus filhos, e pegaram meu pai! Vamos fugir!

- Claro que não. Você acha que eles vão deixar essa para a gente tão fácil? Concerteza tem gente nos vigiando. Ele tem ajuda. E muita. E você deixaria seu pai com ele, para morrer? Se os bebês nascerem, e você não se decidir, eles o matarão.

Lágrimas começaram a cair dos olhos da garota com o pensamento de ter o seu pai morto também. Já era difícil não ter sua mãe. Como ela seria?

- Calma, calma. – Disse Alex, enxugando as lágrimas da menina.

- O que eu vou fazer?!

Ele a colocou nos seu colo, afagando seus cabelos, até a garota dormir.

Katharine acordou na hora do almoço, com o cheiro da comida vindo da cozinha.

- Dormiu bem? – perguntou Alex, quando ela estava na porta da cozinha.

- Acho que sim. – Mentiu. Ela sabia muito bem que não havia dormido bem. Ficar sonhando em como seu pai morreria não era o que ela chamava de bom sonho. – Você não acha que devemos chamar a Victória?

- Claro, depois.

Alex colocou a travessa com comida na mesa. Era frango assado, e parecia que estava muito bom. Eles se sentaram, e começaram a comer.

- Alex, o que ele quis dizer quando falou que os nefilins poderiam ser quase tão fortes quanto vocês? – Alex apesar de seu um anjo, e ter todos aqueles músculos, ele apenas parecia um adolescente normal. Ele nunca mostrou nada de impressionante, além de suas asas.

- Nós anjos fomos criados para servir ao céu, é claro. Alguns de nós são ambiciosos de mais para ficar lá. Eles caem. Existem agora, vamos dizer, três tipos de anjos: os anjos do céu, os anjos caídos, e os anjos do inferno. Quando você é banido de lá, ou cai, fica sendo um desses. Os anjos caídos, estão no em cima do muro, não são um nem outro mas podem fazer as mesmas coisas que um do céu pode, menos voar.

- Voar?

- Se eles são banidos, ou caem por vontade própria, não podem mais ter suas asas. É uma conseqüência. Mas respondendo a sua pergunta, nós podemos fazer muitas coisas. Entrar nas mentes de vocês, mandar imagens, palavras, mas nós, que servirmos a Deus, não fazemos. Não invadiremos a sua privacidade, mas anjos caídos, anjos do inferno e nefilins concerteza podem fazer isso. E farão se souberem como. Os anjos mandaram essa cidade toda dormir.

- Você quer dizer que eles querem usar meus filhos como armas do inferno?

- Felizmente, nem todos os demônios são anjos. Eles preferem serem anjos caídos para poderem vagar o quanto quiser na terra, do que receber ordens Lúcifer. Eles são espertos. Não vão sair de um império para servir a outro muito pior.

- O que vamos fazer?

- Vamos ter que esperar.

- Você não pode falar com os outros anjos?

- Não. Eles sabem que eu estou aqui, mas não que eu a engravidei. Na maioria das vezes, os nefilins nascem dos anjos caídos que mantém relações com humanas.

- Chame Victória então!

- Eu vou chamá-la. Vai dar tudo certo, ok?


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Notas finais do capítulo

Bem, minhas caras leitoras, um Feliz Natal para vocês! Espero que seja repleto de felicidade, presentes, diversão, e muito Rock N' Roll. rs. E como não sei se irei postar antes do ano novo, desejo desde já um Feliz Ano novo para vocês, e gostaria de agradecer a cada uma de vocês que segue a "Angel Of mine" por mandarem comentários, e fazerem eu sentir prazer de escreve-la.

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