Speechless escrita por Vick_Vampire, Jubs Novaes


Capítulo 19
18. Orgulho e desconforto


Notas iniciais do capítulo

Capítulo por Jubs Novaes.
Boa leitura!



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Jasper

- Ela est bem? perguntei a meu pai quando eu e Tanya samos.

Seu olhar ainda estava desfocado, ele parecia realmente chocado.

- Vai ficar. disse simplesmente.

Eu estava prestes a virar as costas quando ele disse:

- Jasper?

Virei-me.

- Sim?

Esperei pela sua resposta por apenas alguns segundos.

- Onde foi que errei com Rosalie? Ela seria mesmo capaz de fazer uma coisa daquelas?

Respirei fundo e falei, sem rodeios.

- Se ela seria capaz? Ah! E voc ainda tem dvidas? E quanto primeira pergunta, bem, voc errou em algum momento entre a compra daquele vestido de dez mil dlares e o BMW.

Sim, fui rude. Meu pai no merecia aquilo. Ou talvez merecesse? Na hora, eu no estava muito preocupado com isso.

A vida inteira ele mimara Rosalie. Sempre fazendo tudo o que ela queria do jeito que queria. Agora, aos dezoito anos de idade talvez fosse um pouco tarde demais para se arrepender e perceber que tinha criado um monstro.

Talvez eu fosse at rancoroso por fazer isso com meu pai. Tortur-lo mais do que a prpria realidade j fizera, mas no seria assim to fcil recuperar uma vida inteira de perdo.

Posso at ser chamado de orgulhoso por fazer isso, mas era para o prprio bem de meu pai, pois Rosalie no tinha sido a nica prejudicada por ser tratada como uma princesinha. Enquanto ela vivia seu conto de fadas, eu era o insignificante da famlia. Aquele que as avs sempre esquecem o nome. J fui Jason, James e at Jackson ou ento O outro filho de Carlisle.

No esperei pela resposta de meu pai. Virei definitivamente as costas, caminhando para o lado contrrio do hospital. Tanya que assistira a cena me comentou em seguida:

- Jazz, isso foi cruel.

- Eu sei, mas foi necessrio. retruquei sem pacincia.

- Me surpreendeu. Achei que esse no fosse um dos seus defeitos. continuou falando.

- Qual?

- Orgulho, claro. sorriu depois do que voc fez por Alice, digo. Como algum pode ser orgulhoso e fazer alguma coisa daquelas?

- Tenho dificuldade em perdoar as loucuras e vcios dos outros, ou suas ofensas contra mim. (n/a: direitos autorais dessa frase reservados Jane Austen) disse simplesmente.

- Agora no me convenceu. Voc perdoou as ofensas da Alice muito facilmente. retrucou.

- Alice diferente.

- Diferente como?

- De nenhum jeito, apenas diferente.

Tanya sorriu silenciosamente. Atravessamos a porta do hospital.

- Agora voc pode me explicar que diabos foi aquela cena com a Rosalie? perguntei debochado.

Ela gargalhou.

- Rosalie mereceu. Quem sabe assim ela aprende a ser gente. disse simplesmente.

- Talvez voc tenha razo. sorri. nunca pensamos em dar uns tabefes nela.

- O que voc pretende fazer? perguntou sria.

- Em relao a qu?

- Rosalie, claro. srio, Jasper, isso j deixou de ser uma mera rivalidade h algum tempo. respondeu sria. Talvez ela faa alguma coisa ainda mais sria da prxima vez.

- No acho que haver prxima vez, meu pai est suficientemente afetado para dar uma dura nela.

Tanya fez uma expresso de desconforto, no parecia que ela estava confiante quanto Rosalie.

- E quanto ao Emmett? questionou.

- O que tem ele?

- Achei muito decente o que ele fez. Contar para voc, pedir desculpas, separar nossa briga e tudo o mais... No parece ser o imbecil que voc descreveu pra mim. Tanya sorriu.

- Acredite, ele j foi o imbecil que eu te descrevi, acho que caiu em si. respondi olhando para ela e tem sangue no seu queixo.

Tanya riu e passou a mo no queixo. O sangue saiu, mas continuou na mo dela.

- Agora tem sangue na sua mo. voltei a falar.

Desta vez ela no riu. Comeou a esfregar uma mo na outra, tentando tirar o sangue, mas no saa.

- O sangue da sua irm impermevel ou impresso? disse com raiva. Maldita loira!

- Me d sua mo aqui! puxei a mo dela e limpei a gotcula de sangue com a minha mo, j estava quase seca, mas minha mo ficou com uma mancha vermelha.

- Obrigada. agradeceu e continuamos andando atravessando o estacionamento do hospital.

- Acho que preciso ir ao supermercado. falei. ou a supervisora vai me demitir se que ela j no fez isso.

- Eu vou para casa, meus avs devem estar preocupados. disse isso e saiu andando do lado oposto da calada.

Continuei meu caminho em direo ao supermercado.

Pela minha sorte, no fui demitido, mas a supervisora olhou-me com dio assim que me viu.

- V trabalhar no caixa! E voc precisa cortar os cabelos ou podem cair fios nos produtos. reclamou.

Eu estava prestes a retrucar, mas acabei fazendo o que ela mandou e fiquei no caixa.

Era uma segunda-feira, um dos dias menos movimentados no Forks Supermarket.

Atendi apenas dez clientes em duas horas. O bloco de anotaes ao meu lado estava cheio de rabiscos, frutos da falta do que fazer.

Meu bolso vibrou. Era o celular tocando. Imediatamente, saquei-o e atendi a ligao.

- Jasper? reconheci a voz imediatamente, era minha me.

- Oi me.

- Jasper, seu pai foi embora. Ele saiu da cidade. a voz da minha me era entrecortada por soluos.

- Mas como? Ele te falou sobre Rosalie? perguntei.

Isso s fez com que minha me chorasse ainda mais. A velocidade e intensidade dos soluos aumentaram.

- Si...sim gaguejou. Oh, Jazz! Foi tanta crueldade! Ela nem ao menos voltou para casa, no sei o que fazer!

- Estou indo para casa me.- avisei.

Nem esperei para pedir permisso supervisora, troquei meu uniforme e sa correndo daquele supermercado.

A atmosfera estava tensa em minha casa. Rosalie ainda no havia chegado em casa e provavelmente no apareceria ali to cedo. Minha me chorava compulsivamente deitada no sof. A almofada verde brega estava encharcada de lgrimas.

- Alice j est fora de perigo. abracei-a.

- Jasper, foi um crime! Minha filha cometeu um crime! minha me retrucou, chorando ainda mais. No posso denunciar minha prpria filha!

Ela estava certa. No podamos mandar Rosalie para a delegacia, mas tambm no podamos no fazer nada. Era um crime, um crime grave. Mesmo ela merecendo, eu no podia suportar ver minha irm na cadeia.

- Daremos um jeito, me, eu prometo. era tudo o que eu podia dizer ela.

Minhas palavras no produziram muito efeito, claro, mas depois de alguns minutos ela se recomps e foi fazer o jantar. Eu percebia que ela ainda estava extremamente deprimida, mas provavelmente estava tentando ser forte. No falamos mais sobre o assunto o resto do dia e fomos dormir cedo.

***

A manh seguinte chegou deprimente, no havia sol. Nuvens cinzentas tampavam qualquer coisa que se podia identificar como cu.

- Pelo menos no est chovendo. disse a mim mesmo, tentando tornar o clima deprimente um pouco menos melanclico.

Tomei um banho rpido e fui para a aula.

ngela, Mike e Tyler j me esperavam na porta da sala quando cheguei.

- Oi, Jazz. me cumprimentaram.

Retribu com um aceno de cabea.

- Por que saiu correndo ontem? Mike perguntou.

- Alice. expliquei. Rosalie aprontou de novo.

- O QUE ACONTECEU? os trs perguntaram em unssono.

- Depois eu falo, a professora est vindo a.

A srta. Brooks, a loira de olhos verdes que nos ensinava clculo entrou na sala e os alunos a acompanharam. Aquela era uma das poucas aulas que nenhum dos garotos matava, simplesmente para ficar olhando para a professora.

Sentei-me na tpica terceira carteira da terceira fileira e a aula comeou. At que no foi to tediosa assim, mas eu estava ansioso o suficiente para no prestar ateno em nada.

ngela e Mike continuaram me pressionando para saber o que acontecera com Alice, mas eu disse que contaria no intervalo e foi o que fiz.

Fomos em grupo para o refeitrio e nos sentamos na mesa sete.

- Vai, Jazz... Desembucha!

- Rosalie espancou Alice. disse simplesmente. no sei mais nenhum detalhe srdido.

Todos pareceram chocados. Ningum falou nada por longos minutos. Apenas encaravam uns aos outros de boca aberta.

- Ela faria isso? ngela perguntou.

Assenti.

- E o que voc vai fazer? Tyler questionou.

- Ainda no decidimos. encerrei o assunto.

Olhei para a mesa cinco. Bella Swan tomava um chocolate quente quieta de um lado e minha irm comia um pedao de pizza. Pelo visto ela tinha voltado. S restava agora saber onde tinha passado a noite.

Os vinte minutos seguintes foram tranqilos. Todos viram que eu no estava querendo falara sobre o assunto.

Foi ento, que no meio de uma conversa sobre a aula de biologia, uma figura enorme interrompeu-nos. Era Emmett.

- Posso me sentar? ele perguntou.

Todos concordaram com a cabea apreensivos. Emmett sentou-se ao lado de ngela, que corou imediatamente.

Emmett sentado na mesa sete? O que diabos estava acontecendo com o mundo?

- Olha, Jasper... Me desculpe novamente. ele pediu.

- Esquea isso... Est tudo bem, no foi culpa sua. tranqilizei-o.

O resto do almoo foi normal. Emmett tentou puxar conversa e at que foi bem sucedido. Mike e ele tiveram longas conversas sobre futebol, mas todos pareciam bastante interessados em saber o que diabos ele estava fazendo ali.

Rosalie lanava olharem mirabolantes para ns o tempo inteiro.

O almoo acabou e fomos para a aula.

- Legal esse Emmett, no? Tyler comentou.

- Sim. concordei.

- Muito legal da parte dele te pedir desculpas.

- , s que ele devia pedir desculpas para Alice... No sou eu que estou num quarto de hospital. fui um pouco rude, acidentalmente.

Tyler no falou mais nada.

Assim que tocou o sinal da ltima aula, eu corri para o hospital, sem nem me importar em me despedir das pessoas. Tanya estava me esperando no estacionamento, com flores amarelas na mo. To amarelas que eu podia facilmente confundir seus cabelos louros brilhantes com as flores.

- Resolvi trazer flores... Acho que vai fazer aquele quarto ficar mais alegre. ela comentou. peguei no canteiro da minha av.

Entramos no hospital. Enfermeiras e mdicos transportavam pacientes de uma sala outra. A recepcionista que nos atendera no dia anterior estava l ainda.

- Queremos ver Mary Alice Brandon. anunciei.

- Sim, quarto 33. Podem entrar. a mulher sorriu.

Andamos tranquilamente pelo corredor, entramos no quarto 33 e sentamos-nos em dois bancos prximos cama.

Alice dormia tranquilamente sob a cama do hospital. Podamos ver seus ferimentos atravs da manta branca que a cobria.

- O grande problema so as costas, o resto tratvel. ouvimos uma voz melodiosa atrs de ns.

Viramos-nos. Estava parado ali um homem loiro de olhos castanhos usando um avental de mdico.

- Prazer, sou James, o mdico responsvel por Mary Alice Brandon - estendeu a mo para mim, apertei-a.

- Jasper. me identifiquei. E esta Tanya.

Apertou a mo de James tambm, seu rosto corou e seus olhos azuis o observavam com curiosidade e admirao.

- Vocs so da famlia de Alice? perguntou analisando-nos.

- No, apenas amigos. respondemos ao mesmo tempo.

- Bem, podem ficar at o horrio de visitas acabar, com licena, preciso estar no quarto 48. dizendo isso, ele saiu do quarto.

Tanya ainda tinha o rosto corado, mas nada disse, apenas virou-se para mim e me encarou por alguns segundos.

- Voc precisa mesmo cortar o cabelo. disse.

- Ah! Voc tambm no! reclamei. Meu cabelo est timo.

- No, no est. retrucou.

Tanya pegou alguns fios do meu cabelo em suas mos e os analisou.

- Olha como est rebelde! Parece que voc no lava o cabelo h semanas! comentou.

- Eu lavei hoje! reclamei.

- Corte o cabelo. disse simplesmente. Preciso ir, meus avs pediram para que eu no me demorasse muito. Tchau Jazz.

Acenei fracamente com a mo e observei ela sair. No instante que Tanya fechou a porta, Alice abriu os olhos.

- Ol. cumprimentei.

Ela sorriu em resposta.

- Est se sentindo bem? perguntei. Aquele James cuidou direito de voc?

Alice sorriu ainda mais e assentiu.

Ficamos em silncio por alguns segundos e ela fez meno de pegar o bloquinho e a caneta no criado-mudo branco. Arregalou os olhos para as flores no pequeno vaso que eu e Tanya havamos deixado.

Seu brao no alcanava a caneta e peguei para ela.

Obrigada pelas flores, so lindas.

- Foi idia da Tanya. esclareci embaraado.

Tem sangue na sua mo, escreveu.

- Ah, sim. da Tanya, estava no queixo dela.

Alice lanou-me um olhar incomodado, logo adivinhei o que ela estava pensando.

- No, no o que voc est pensando, eu estava apenas lim...

Ela mostrou a mo para mim, num sinal para que eu parasse de falar.

No precisa explicar, no tem nenhum problema nisso, vi-a passando a mo no seu cabelo, eu j imaginava, sabe? E voc precisa mesmo cort-lo, no que eu me incomode com ele assim. escreveu numa caligrafia desengonada.

Alice corou e eu assenti, era melhor concordar do que discutir com aquela garota, ainda mais quando ela estava to frgil.

- Desculpe-me pela Rosalie. comecei.

Alice negou com a cabea e recomeou a riscar a caneta no bloquinho.

Voc no tem culpa de nada, s no entendo a razo de ela ter feito isso

- Pra falar a verdade, nem eu. resolvi mudar de assunto - O mdico disse que o ferimento mais grave na coluna. A cicatriz abriu?

Apenas uma pequena parte dela, di um pouco s vezes, mas James diz que ficarei bem em alguns dias.

- Quando esse James chegou? perguntei.

Hoje de manh, sinto muito sobre seu pai.

- No sinta, nem eu mesmo o fao. Era uma questo de tempo.

Por que no me disse que a situao na sua famlia estava to ruim?

- Bem, voc no era uma das pessoas que eu mais estimava, digamos. brinquei.

E o que te fez mudar de ideia?

Sorri timidamente.

- Preciso mesmo dizer? perguntei embaraado.

claro, eu tenho o direito de saber e por que est corando? ela riu.

Fiquei em silncio por alguns segundos. Ela percebeu, claro. E riu mais ainda.

- Est rindo de qu? reclamei, eu era motivo de piada agora?

Voc devia ver seu rosto, est hilrio.

Que timo! pensei, agora eu era definitivamente o palhao da sala. Irritei-me.

- Voc tambm no est nenhuma princesinha com esse tampo na cara. devolvi na mesma moeda, querendo irrit-la tambm, num impulso.

Alice mudou imediatamente a expresso e virou o rosto, desviando seu olhar de mim, aborrecida.

Arrependi-me instantaneamente de ter dito qualquer coisa.

- Ei, Alice, eu estava brincando. argumentei. No falei srio.

Ela ainda no olhou para mim, continuou fitando qualquer coisa no cho do meu lado oposto, com a mesma expresso chateada de antes.

- Alice, olhe para mim, eu estava brincando. me justifiquei, inutilmente, ela continuou sem me encarar.

Sem nem pensar nas conseqncias dos meus atos, estendi meu brao at tocar seu rosto com as costas da minha mo.

Uma corrente eltrica passou por meu corpo assim que toquei sua pele com a minha, os olhos de Alice se arregalaram imediatamente, mas ela continuou sem olhar para mim. O aparelho que contava seus batimentos cardacos aumentou a velocidade dos bipes. Ignorei totalmente.

Acariciei sua cicatriz mais visvel com a ponta do indicador, contornando desde seu incio abaixo de seu olho esquerdo at o fim, em seu nariz. Depois segui a

trilha at a segunda cicatriz, que ia do olho direito parcialmente tapado at a parte superior de sua orelha. Tentava tornar meu toque leve, pois Alice era frgil. No havia nada de errado com o rosto dela. Mesmo cheia de cicatrizes, Mary Alice ainda me fazia lembrar de fadas.

Foi ento que o bipe acelerou ainda mais e eu percebi o que estava fazendo. Tirei minha mo de perto de Alice.

O que diabos foi isso? perguntei a mim mesmo.

Alice olhou para mim, no havia nada comprometedor em seu olhar, ela estava apenas espantada.

- No tem nada de errado com seu rosto. falei, tentando faze-la esquecer do meu comentrio infeliz.

Alice sorriu e pegou o bloco para recomear a escrever.

Acho que esta foi a primeira vez que algum realmente tocou em mim desde o acidente, tirando os mdicos, claro. Obrigada.

- Pelo que? perguntei.

Por no ter receio, nem preconceito. Desculpe-me por ter me aborrecido com voc, voc no tem ideia do quanto difcil se sentir um lixo, ainda mais quando se trata de mim, eu tinha o mundo aos meus ps alguns meses atrs.

- s vezes necessrio se sentir uma mera mortal para aprender a dar valor s coisas. Eu tenho certeza que voc nunca mais vai tratar ningum do jeito que voc tratava antes. - falei.

Sim, eu no o farei de novo me mostrou o papel e depois voltou a escrever.

Voc me faz bem, sinto que sou uma garota perfeita quando estou com voc, sem todas essas cicatrizes e capaz de falar. Quando eu ficar aborrecida com voc de novo, me lembre de tudo o que voc est fazendo por mim e eu vou esquecer a razo do aborrecimento imediatamente.

- No entendo. O que estou fazendo por voc? questionei.

Alice pensou por alguns segundos e voltou a riscar a caneta no bloquinho.

Voc est aqui comigo quando poderia estar com seus amigos ou com sua namorada, falando comigo, me dizendo que no h nada de errado com meu rosto quando ns dois sabemos que estou totalmente mutilada, me trazendo flores, tocando meu rosto como se eu fosse algo delicado, se voltando contra sua irm, me defendendo, mesmo depois de eu ter te tratado mal minha vida inteira.

- Todos merecem uma segunda chance expliquei. e Tanya no minha namorada, no sei de onde voc tirou isso.

Alice corou num vermelho profundo e senti vontade de tocar sua pele novamente.

Voltou a escrever.

Bem, achei que fossem porque vocs agem de forma diferente quando esto juntos, esto sempre sorrindo, fazendo comentrios pessoais, se ajudando e abraando.

- Amigos fazem isso, no nada demais. me defendi. nos conhecemos h muito tempo e j passamos por muita coisa juntos...

Alice fez um gesto de compreenso e escreveu mais.

Eu nunca fazia nada disso quando era amiga do pessoal da mesa cinco, apenas falvamos sobre fofocas e saamos juntos.

- Me desculpe por dizer isso, mas voc considerava aquelas pessoas suas amigas? Depois do que a Rose fez a voc? questionei.

Alice fez uma expresso indecisa e depois me deu um papel onde estava escrito:

Est certo, mas agora eu tenho voc como amigo e isso basta para mim

Ela sorriu para mim, era mais um daqueles sorrisos que ela me lanava. Aqueles que eu sabia que eram verdadeiros. Aqueles com quem eu aprendi a conviver. Aqueles em que eu me via refletido no brilho dos olhos dela quando Alice os fazia.

Tudo estaria bem enquanto ela continuasse sorrindo assim, porque isso significava que ela estava feliz, e se ela conseguia ser feliz numa situao daquelas, eu tambm podia e acredito que o resto do mundo tambm.


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Notas finais do capítulo

Oiee XENTIII!!!
AVISO: AS NOTAS FINAIS ESTÃO GIGANTESCAS HOJE. Kkkkk fiquei assustada quando vi. ;D
Pessoas, me agradeçam, viu? Porque não era para esse capítulo sair hoje... Eu tinha planejado assistir “A identidade Bourne” hoje pela milésima vez, mas eu acabei ligando a TV e o filme já estava na metade... A mulher que anda com o protagonista já estava de cabelo curto, ou seja, eu tinha perdido a melhor parte (a parte fofa) e ninguém merece assistir filme de ação sem partes fofas...  Então eu acabei vindo aqui escrever.
Resultado: eu descarreguei minha frustração de não ter visto o filme num daqueles chocottones que você mesma põe a cobertura... (ganhei do meu vizinho kkkkk). E a minha dieta anoréxica de quatro meses foi para o saco.
Então...
Achei muito fofa essa cena no hospital da Alice e do Jazz... MUITO LINDA! (modéstia parte)... Estou romanticamente inspirada... Essa última semana eu me declarei para umas 5 pessoas (não estou brincando)Kkkk. Acho que estou vendo muitos filminhos fofos com finais felizes ultimamente e lendo aqueles livros da Nora Roberts que sempre acabam em “eu te amo”. Kkkkkkkkkkk
AH! Falando em filmes fofos e livros mais fofos ainda... QUEM SACOU A BRINCADEIRINHA NO NOME DO CAPÍTULO?
Kkkk
Foi uma homenagem à mim, está bem? (é, eu sou importante). Kkkk.

Culpa e PRECONCEITO

x

ORGULHO e desconforto

SIM! ORGULHO E PRECONCEITO! A história literária e cinematográfica que eu mais amo! É o filme mais perfeito que existe (desculpa James Cameron, mas nem os azuizinhos do planeta Pandora são capazes de me fazer pirar desse jeito).
Eu falo desse filme/livro no mínimo uma vez por semana, se não eu não sobrevivo. A Vick é prova viva disso... Sério, já vi o filme dezessete vezes (contadas)... E TODAS AS VEZES, SEM EXCEÇÕES eu deliro com aquela penúltima cena, que na boa, é a cena mais FOFA
da história. SIM! É MAIS FOFA QUE A KATE WINSLET ABRINDO OS BRAÇOS NO TITANIC! E É MAIS FOFA QUE O MATT DAMON CORTANDO O CABELO DA MUIÉ NO IDENTIDADE BOURNE TAMBÉM! E É MAIS FOFA QUE A BELLA PROBLEMÁTICA CORRENDO PROS BRAÇOS DO EDZINHU NAQUELA PONTE EM BP X ES QUANDO ELES DESCOBREM QUE SE AMAM. Que Deus abençoe a Lunah... kkk. NÃO! QUE DEUS ABENÇOE JANE AUSTEN! MINHA DIVA! A SALVADORA DA MINHA PÁTRIA...
AIAI... É tão perfeito que eu nem tenho palavras... ;D... Esse é outro filme que merecia ganhar no mínimo cinco OSCARS... Mais uma vez os membros da Academia falhando nas escolhas... Keira Knightley (que interpretou Elizabeth) foi indicada ao OSCAR de 2006, mas perdeu para uma tiazona totalmente amadora que eu nem me lembro do nome agora... Surtei totalmente... Acho que só me revoltei assim quando AVATAR, o filme revolucionário perdeu o OSCAR de 2010 para a bosta do GUERRA AO TERROR, que é um filmezinho que mais parece um documentário para homens que se acham machões... Ou quando a Fernanda Montenegro a atriz mais sensacional que eu já vi foi roubada pela IMBECIL, FEDORENTA, BURRA, FÚTIL, NOJENTA, XEXELENTA, FILHA DA MÃE, AMADORA, PODRE E SEM TALENTO da Gwyneth Paltrow. Sim, ela foi roubada! Dar um OSCAR para aquela cabeçuda em vez da Fernanda Montenegro é um crime! Um roubo! OU então ainda em 2010 quando a Meryl Streep perdeu a estatueta pela décima oitava vez! Acho que eles fazem de propósito... Indicam a pobre mulher um bilhão de vezes só pra ver a coitada perder...
DÁ LOGO A ESTÁTUA PARA ELA! QUE SACO, MEU!
SÃO VERGONHAS MUNDIAIS ESSAS PREMIAÇÕES DO ACADEMY AWARDS... EU ME REVOLTO TODOS OS ANOS... Cada ano é uma palhaçada diferente... Só não perde para aqueles SEI-LÁ-OQUE Choice Awards... Que só votam aquelas adolescentes ridículas sem amor-próprio que não tem nada melhor pra fazer da vida e ficam elegendo filmes ridículos e escolhem tipo... Miley Cyrus como melhor atriz... Revoltante... 
Quero só ver qual vai ser a palhaçada de 2011 no dia 27 de fevereiro... porque esse ano foi decepcionante quanto a filmes bons... As únicas coisas decentes que eu vi foram A Origem, Harry Potter (que provavelmente eles não vão indicar porque é filme de saga) e Alice no País das Maravilhas... Estou pensando seriamente em não assistir para não passar raiva...


Ok, eu nem sei mais o motivo para estar falando disso... Então vamos parar por aqui.  
Bem, VOLTANDO À FANFIC...

É, o James entrou na história... E já chegou abalando corações. Kkkkkk... Já até pensei no que vou fazer com ele... Tive uma idéia muito gordinha hoje... Lembrando de umas coisas aqui... MEU DEUS! TÔ MUITO EMPOLGADA HOJE... PELO VISTO ESSAS NOTAS VÃO LONGE... O pior é que eu sempre fico explicando as coisas aqui... Cada um com a sua mania... Eu explico as coisas e a Vick pede desculpas em TODAS as notas finais. kkkkk

Mais uma pessoa LINDONA e maravilhosa mandou uma recomendação:

Nandy – Oiee! Não é muito boa em palavras? PELO CONTRÁRIO! VOCÊ É ÓTIMA COM PALAVRAS. ;D... Me comovi com a sua recomendação... Muito obrigada pelos elogios... Nós fazemos o máximo, mesmo com preguiça às vezes... ;D. Sim, a história é sobre a capacidade das pessoas de perdoar e amar umas às outras... Sendo esse amor romântico ou apenas fraternal... Eu me apaixono pelos personagens... ;D... Os objetos da minha afeição são Jasper (óbvio), Tanya, Emmett, mãe do Jasper, que tem um jeito de mãe muito fofo... Ficar se metendo na vida amorosa dos filhos e os avós da Tanya, que eu não falei muito sobre, mas terão mais cenas com eles, pensei nos velhinhos de Up! Altas Aventuras (o filme) quando estava escrevendo eles... hehe... Nunca parei para ler a fanfic inteira, mas quero comprovar essa coisa da atmosfera que você falou. ;D. Obrigada mesmo por recomendar a fic. Beijos.

Bem... Esse é meu último capítulo do ano. Não sei se a Vick ainda vai postar, mas eu com certeza não. Vou estar na estrada descendo a serra paulista a caminho da praia no dia 26 (é foda morar em SP ;( pegar 2 horas de estrada pra cair no mar...) e não vou tirar minha poupança da areia até dia 12 de janeiro...
Ou seja, queridos (as), Meu próximo capítulo vai demorar bastante pra sair, mas eu também sou filha de Deus e mereço umas férias... Além disso, não vivo de fanfic. Espero que compreendam.
Feliz natal para todos, que o Papai Noel traga muitos presentinhos para vocês e que 2011 seja um ano ótimo para todos, vocês merecem, galera! Não esqueçam de pular as sete ondinhas e fazer os pedidos! E tem que usar branco também!

Agora está na hora mais legal do dia, ou da madrugada para ser mais específica. Porque são 3:00 da matina... Vou ser rápida hoje porque eu já estou ficando com sono, vou ter que acordar às oito e meia da manhã pra ir na igreja... e meu pai e minha madrasta estão dormindo no quarto do outro lado do corredor... Se eles me descobrem acordada agora eu morro antes mesmo de postar o capítulo...

Bem... Amigos... Essa é provavelmente a última oportunidade do ano pra vocês mandarem um review na fic... Ou talvez a penúltima, mas eu peço de coração que vocês mandem, trabalhamos nisso aqui durante muitas horas desse segundo semestre, muitas vezes deixamos de estudar, ir em festas, assistir filmes, ...para escrever isso daqui para vocês. Acho que o mínimo que vocês tem que fazer é demonstrar que se importam com o que fizemos aqui. É muito difícil escrever uma fanfic, podem acreditar. E é muito triste para um autor quando as pessoas não comentam. Acho que é a maior falta de consideração...
Obrigada às pessoas que mandaram reviews durante esses meses em que postamos... Vocês fizeram a parte de vocês e merecem receber reviews nas suas fics... Sentimos que nosso trabalho é recompensado. Obrigada por trazer tanta felicidade para nós autoras!
E para você que não manda reviews... Não tenho nenhum sentimento em relação a você... Faça sua parte pela primeira e última vez no ano... Termine 2010 sabendo que ajudou duas autoras a melhorar cada vez mais e tornou o fim de ano dessas autoras ainda mais feliz. Te desejo toda a felicidade do mundo e espero que deseje o mesmo por mim... E se você o faz, deixe um review e torne minha felicidade ainda maior.
UM FELIZ NATAL E ANO NOVO! E BOA SORTE PARA QUEM JOGOU NA MEGA SENA! Kkkkk *EU* (ideia da Vick)
2011 SERÁ FANTÁSTICO!