Regressiva Contagem escrita por Razi


Capítulo 16
XVI - Morte


Notas iniciais do capítulo

E o quarteto retorna, com um pouco de adrenalina.



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-Senhores, se não estiver equivocada – diz Daphe caminhando pela única rua movimentada que encontrara em plena seis horas da noite – Trata-se de latim.

-Latim? – sibila Kurt enquanto entra em casa deparando-se com sua mãe abraçada com seu padrasto, senti vontade de vomitar.

-Kurt – chama sua mãe ao vê-lo ir pro seu quarto.

Ele simplesmente finge não ouvi-la.

-O que houve garoto? – pergunta Daphe seria

-Nada que você precise saber – respondi ele ríspido.

Daphe fica por um instante calada.

Logo depois nota um bar aberto com pouco movimento.

Precisava ficar perto de varias pessoas.

Ainda sabia que estava sendo seguida.

Além do que suas pernas pediam por um descanso urgente.

-Por favor, não faço a menor idéia do que significa essas duas palavrinhas – diz ela suplicante enquanto puxa uma cadeira para se sentar.

Will senti um pouco de dor por conta do tom de voz de Daphe enquanto entra em sua casa.

-O que vai querer? – pergunta um senhor se aproximando de Daphe

-Uma cerveja – respondi ela olhando o local, sentia que quase todos os olhares estavam sobre si, ou seria sua imaginação?

-Orai delos – recita Kurt enquanto senta-se em frente ao seu computador – Parece mesmo ser latim.

-Só que pode ser outra língua também – argumenta Hirako.

-Isso mesmo – concorda Will tirando sua camisa – Existe uma variedade de línguas que podem corresponder a essas palavras.

Daphe suspira enquanto o senhor abri sua cerveja.

-Minha mente não agüenta ficar em atividade direto por tanto tempo – diz ela levando a cerveja a boca.

-De ninguém agüenta – diz Hirako passando a mão por seu cabelo

-Senhorita Guimarães – chama um policial colocando uma mão no ombro de Daphe

Ela senti seu sangue gelar.

Fica por um segundo calada.

O que fazer?

-Sim? – indaga se virando para olhá-lo

Não se tratava do mesmo que a estava lhe perseguindo o tempo todo.

-Pode me acompanhar, por favor? – indagou ele olhando em seus olhos

Ela mordi seu lábio inferior.

Poderia ir com ele sem medo?

Tratava-se do que afinal de contas, aquele homem ter surgido do nada...

-Saia daí agora!- berram os três rapazes ao mesmo tempo

Daphe se assusta por um segundo, controlando-se rapidamente.

Espera não ter chamado atenção do guarda.

Muito bem, solução aceita.

Fugir.

-Preciso ir apenas ao banheiro – diz ela se levantando – Não demorarei mais do que cinco minutos, sim?

O policial a olha nos olhos.

Poderia confiar nela.

Ele assenti com a cabeça.

Ela volta-se para o senhor que está próximo ao balcão.

-Por favor – sussurra ela ao seu ouvido – Onde tem uma saída aqui perto do banheiro?

O senhor a olha antes que pudesse olhar para o policial Daphe aperta seu ombro.

Estragaria tudo se ele olhasse.

-Venha comigo – diz o senhor pondo uma mão em suas costas enquanto caminha.

-Daphe – chama Will preocupado – Saia daí depressa, o mais rápido que puder.

Ela morde o lábio inferior para não falar com ele.

Tinha simpatia por aquele professor inglês.

Ajeita seu cabelo cobrindo o minicelular, não poderia deixar que o vissem.

De forma alguma!

O policial bate a ponta de seu pé no chão com as mãos no bolso.

As coisas precisavam sair perfeitas.

Matá-la é apenas algo bem simples e metódico precisava apenas que ela o acompanhasse.

Só que notara algo de peculiar nela.

Como se soubesse que estaria prestes a morrer.

Ele trinca os dentes.

Ela sabia disso muito bem.

Nota o senhor voltando e vai até ele.

-Onde a mulher está? –pergunta ele colocando uma nota de cinqüenta reais sobre o balcão sem qualquer cerimônia

O homem o olha confuso.

Seu português não está tão bom quanto pensara.

-A mulher – diz ele pausadamente

O homem ainda o olhava com uma expressão confusa.

O policial então entendi, coloca sobre a nota de cinqüenta outra de cem.

O homem olha pelo bar, alguns os olhavam mais nada que denunciasse qualquer curiosidade.

Ele então pega as duas notas enfiando-as no bolso do avental.

-Na rua atrás do bar – sussurra ele rapidamente

O policial olha-o e depois sai do bar lentamente.

Saborearia a caçada ao poucos.

Enquanto encaminha-se para a tal rua, tira a farda.

Mostrando a roupa comum preta que usava.

Ajeita seu casaco.

Como faz calor!

Daphe tira o blazer que usava jogando-o numa lata de lixo.

Lá se ia um investimento de quase cem reais.

Não ousa olhar para trás e nem responde aos chamados de seus companheiros. Não podia se dar ao prazer ainda.

Olha para o beco onde se encontrava a caminhar.

Como parara ali?

Aquele homem não deveria ser um policial convencional e nem se parecia com um.

Albino do jeito que é.

-Por favor, Daphe – implora Will – Dê sinal de vida!

-Acalmem-se – sussurra rapidamente e ofegante.

-Daphe, o que está acontecendo por ai? – pergunta Hirako tentando manter a voz controlada.

Ela nada responde enquanto ouve um tiro passar de raspão ao seu lado direito.

Começa a correr.

A única saída que tinha.

-Daphe, o que foi isso? – pergunta Kurt levantando exaltado

-Kurt – diz sua namorada entrando em seu quarto com um amplo sorriso no rosto.

Ele volta seu olhar para ela surpreso.

Por que ela tinha aparecer numa hora dessas?

-Sabrina – diz ele surpreso enquanto ouvi o barulho de algo caindo.

Senti seu coração bater mais rápido.

O que está acontecendo com Daphe?

A mesma continua a correr pelo beco com Drew as suas costas colocando um novo cartucho em sua Glock.

Já notara que ela não iria agüentar correr por muito tempo.

Suas pernas não estavam acostumadas a isso, mesmo que se trate de uma situação de desespero.

Daphe ofega enquanto corri.

Por quanto tempo ainda agüentaria?

Espera que fosse tempo o suficiente para encontrar alguém ou um táxi.

Esse beco não tem fim!

-Daphe, fala alguma coisa – pedi Will quase gritando.

Ela senti seu coração apertar, mas nada de palavras ainda.

Precisa se concentrar em sobreviver.

Apenas isso por hora.

Drew aponta sua Glock para ela que corria mais lentamente.

Enfim estava se cansando.

Sorri triunfante.

Mais uma morte na sua gorda conta.

Corre apenas um pouco, queria acabar com tudo em apenas um tiro.

Daphe senti seu coração bater de forma descompassada e sua respiração fica ainda mais difícil.

Para bruscamente, sentindo o mundo inteiro desabar sobre si.

Senti que lagrimas desciam de seus olhos.

Sim, está acabada.

O beco não tem saída.

Volta-se para frente deparando-se com Drew á passos de si com a arma apontada diretamente sobre sua cabeça.

Ela encosta-se na parede.

Que bela morte seria a sua não?

Ela fecha os olhos.

Os rapazes com os nervos a ponto de terem um colapso ouvem apenas um tiro e depois o baque de algo caindo.

Kurt senti seu sangue esvair de seu corpo enquanto Sabrina o olhava preocupada.

Will simplesmente empalideci enquanto Hirako cerra as mãos em punho controlando suas próprias emoções.

Alguém tinha que permanecer lúcido na historia toda.

-Dada? – indaga Kurt numa voz morta

Segue-se então silencio.

Ele senti o choro ficar preso a garganta.

Não poderia acreditar que ela tinha morrido.

Mesmo que não gostasse dela, mesmo que não a suportasse não queria que ela fosse embora ainda.

-Dada? – ele repeti quase que gritando

-Já disse que não te dei permissão para me chamar assim, seu bebezao – diz ela ríspida.

Ele sorri aliviado desabando na cadeira, mas acaba caindo no chão.

-Ai – gemi ele se levantando.

-Que idiota – resmunga Daphe

Todos sorriem aliviados por ela ainda estar viva e pela estupidez atordoante de Kurt.

Uma calma que dura apenas minutos.

Ainda seus problemas estavam longe do fim.

 


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Notas finais do capítulo

Ok. estamos á um ou dois cap. de fechar o terceiro arco.
Acho que posso pedir por Recomendações, reviews e tudo mais.
Além do que se tiverem gostando da historia, dê 100 pontinhos para guria aqui e que eu retribuo do mesmo jeito.
Agora sobre o proximo dia de postagem, estou em duvida entre Segunda-feira ou terça-feira.
Bem, acredito que é mais provavel na terça.
Assim até lá.
o/