Escolhas escrita por naathy


Capítulo 7
6. Quem é ele?


Notas iniciais do capítulo

Oi, flores!
Bom esse capítulo é narrado em primeira e terceira pessoa, vocês entenderão o pq. ;)

Se não gostarem desse método, me avisem, por favor!

Beijo ;*

Ah! Quero agradecer a Juh_banana e a indicação linda que ela fez para a fic! MUITO obrigada, flor! *-* Amei!



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Ali naquele momento, depois daquela frase sombria, eu senti medo. Muitos me perguntariam o por que de quando ele saía eu não fugia? Eu tentei uma vez e ali eu percebi que era vigiada. Ele não me amava, não gostava de mim, eu tinha certeza disso, porém, para ele, eu era um objeto do qual ele era dono e, por isso, ele me mantinha ali próxima a ele.

Voltei para os estudos em um colégio público, mas sabia que tal liberdade não era real, ele não faria isso e depois de uma semana de aulas ele tirou minhas dúvidas dizendo com todas as palavras que eu era vigiada e se eu tentasse qualquer "gracinha" seria muito pior, pois além me me machucar faria algo aos meus pais.

Ah, meus pais! Que saudades que eu tenho deles. Sinto falta de tudo, absolutamente tudo. Desde brigas até o carinho e mimo com que eles me tratavam.

Nesse momento estava terminando de me arrumar, eu havia colocado um casaco com capuz, uma calça simples e um tênis, não me maquiava, quanto mais comum e menos as pessoas me notassem era melhor.

Peguei meu caderno e meu estojo e saí de casa indo em direção ao colégio. Ao chegar no corredor avistei um garoto, o qual aos meus olhos, era novo ali. Estava com uma folha e olhava a numeração dos armários. Caminhei naquela direção, afinal tinha que retirar um livro que seria necessário para a primeira aula.

- Oi! - apenas o olhei. - Er... Desculpa, eu sou novo aqui e não conheço ninguém e nem nada nesse colégio. - sorriu sem graça, ele aparentava ter dezesseis, no máximo dezessete, anos. Seus olhos castanhos, seu rosto que lhe denunciava a idade, não por conter espinhas e cravos, muito pelo contrário era liso e lembrava o rosto de um bebê, o aparelho talvez fosse algo que me remetesse a sua idade. Seu cabelo do mesmo tom de seus cabelos, não era curto, nem comprido. Desviei o olhar daquele rosto e olhei para o lado impaciente. - Olha, desculpa estar te incomodando, mas realmente estou perdido. - fez uma careta.

- Tá, essa é a folha com os seus horários? - ele assentiu e eu a peguei. - Sua sala é a terceira à direita. - devolvi a folha, retirei meu livro e tranquei rapidamente a porta do meu armário.

- Obrigado! - ele disse enquanto eu me virava, não respondi. Ele encostou a mão no meu ombro e eu me virei arqueando as sobrancelhas. - Gabriel. - se apresentou, assenti e me virei indo em direção à minha sala. - Ei, e você quem é?

- Não te interessa! - Não me virei para olhá-lo, apenas respondi o mais grossa possível. Eu sei, isso foi cruel com o garoto com nome de anjo, mas infelizmente era necessário, temia, não por mim, mas pelas pessoas que assim como ele tentaram se aproximar de mim. Ele não seria diferente, não podia deixar ele se aproximar e fazê-lo correr perigo. Afinal, não sabia até onde Eduardo era capaz de ir, já havia matado pessoas, ferir alguém para ele era simples.

- Por que você tenta afastar as pessoas de perto de ti? - não era possível! - Me responda, por favor! - me virei e com um sorriso irônico em meus lábios respondi:

- Eu sou perigosa!

- Não é...

- Olha só, garoto! Você tem algum problema? Não estou afim de conversar nem com você, nem com ninguém. Me deixe em paz! - me virei e caminhei rapidamente para a minha sala de aula. As aulas passaram rapidamente, o que não me parecia bom, não gostava de ter que voltar para casa, ao contrário da maioria dos alunos que rezavam para que chegasse logo o horário de término das aulas.

No intervalo, sentei-me embaixo da árvore que durante as duas semanas, naquele lugar, era minha maior companheira, abri meu livro e continuei estudando, nunca fui estudiosa, porém agora os livros eram uma das minhas poucas distrações. Levantei meu olhar por um momento e como um ímã atraísse a minha atenção, olhei diretamente para uma roda de garotas e garotos, lá estava ele com o olhar fixo em minha direção, nossos olhares se cruzaram por breves segundos, eu desviei meu olhar do dele e voltei a atenção para o meu livro. Qual era o problema daquele garoto? Ele não podia simplesmente não falar comigo, não me encarar e entender que sou eu que não quero ninguém por perto? Alguma coisa me dizia que ele não seria como a maioria das pessoas daqueles alunos, que se intimidavam com a forma com que eu os tratavam.

 

POV. Autora.

Gabriel não entendia o por que daquela garota querer se isolar de todos daquela forma, ela possuía um mistério, um segredo, ele percebeu isso e ele estava disposto a descobrir o que aquela garota tinha.

O garoto era muito comunicativo, simpático, atencioso e atraente, o que logo o permitiu que fizesse amizade com um grupo de colegas. Algumas garotas se aproximavam dele pela sua beleza e em poucas palavras que trocavam já se encantavam com ele.

Quando o sinal para o intervalo soou, ele se dirigiu juntamente com o grupo para o pátio, logo que chegou ali, procurou discretamente pela garota misteriosa de logo cedo, seu olhar passou por todas as rodas de alunos até chegar a uma árvore e ali sentada com com sua atenção prendida em um livro estava ela. Gabriel não prestava atenção na conversa de seus novos amigos, não conseguia desviar a atenção da garota, ela era muito bonita, mas não era isso que o perturbava e sim o seu isolamento, ele não conseguia entender o por que daquilo. Ela como se percebesse que era observada o olhou e eles se encararam por poucos segundos até que ela voltou a sua atenção para o livro.

- Gabriel! - Chamou uma das garotas. Ele então olhou para ela e sorriu sem graça. - Estamos falando com você e você parece que está no mundo da lua. O que aconteceu?

- Me desculpem, estou pensando em uma coisa e me distraí, perdão! - ele olhou de novo na direção da árvore e um dos garotos seguiu seu olhar e negou algo com a cabeça.

- Cara, desista.

- Do que? - o rapaz fez um gesto para a árvore. - Não, ela que me indicou a sala hoje cedo, mas sei lá depois ela foi bem grossa. - o outro garoto riu.

- É normal, ela é estranha. Afasta todos de perto dela. Dizem que é por causa do marido dela, outros é que ela tem disturbios, mas ao certo só ela sabe mesmo. - deu de ombros.

- Marido? Mas ela é tão nova!

- Parece que ela mora com um cara, já vi ele por aqui vindo buscá-la. Ele é lindo, mas ele me deu medo! - comentou outra garota.

- Hum. - fora só o que conseguiu dizer.

Outras conversas sobre os mais variados assuntos surgiram no grupo, Gabriel, aparentemente, prestava atenção, mas, na verdade, seus pensamentos estava na história daquela jovem garota e um provável marido. Ela não parecia feliz, e isso o incomodava, não sabia ao certo o por que. O sinal que indicava o término do intervalo soou e todos se recolheram para suas respectivas salas de aula.

Quando o final das aulas havia chegado, ele fora um dos últimos a se levantar e sair do local, chegando ao portão, avistou-a conversando com um rapaz, "o suposto marido" pensou, suas suposições se confirmaram. Primeiramente pelo beijo que o homem havia dado nela, confirmando que eles possuíam um relacionamento e pelo fato de ela não parecer feliz em vê-lo. Somente quando o casal foi embora é que Gabriel conseguiu voltar para a sua casa.

Uma residência simples, mas extremamente aconchegante.

- Mãe, cheguei!

- O almoço já está quase pronto, querido. - Gritou ela da cozinha. Ele foi até lá deu-lhe um beijo estalado na sua face e a abraçou pelas costas. - Também fico feliz em vê-lo, meu filho! - ambos sorriram e ela acariciou os casbelos dele. - Como foi o primeiro dia no novo colégio? - O garoto sentou em uma cadeira.

- Foi bom, mãe, só que tem uma garota...

- Uma garota? - ela arqueou uma das sobrancelhas.

- Não é nada disso que a senhora está pensando, dona Vera. É só que ela se isola de todos a sua volta.

- Ela pode ter sofrido algum trauma, ou talvez seja apenas tímida.

- É mais provável a parte do trauma, mas eu vou descobrir o que ela tem. Mas o que mais me intriga é que ela já é casada.

- Quantos anos ela tem?

- Não sei ao certo, mas não é muito mais velha do que eu.

- Cuidado meu filho, a culpa pode estar no marido dela.

- Pensei nisso.

Pouco tempo depois o almoço fora servido e os dois ficaram conversando sobre o colégio e a nova cidade.

 

Continua...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não?
A opinião de vocês é realmente muito importante!

Muito obrigada pelos reviews, e me desculpem a demora em respondê-los. =/
Começaram os trabalhos e provas da faculdade e eu estou sem tempo.

Beijo ;*
Naathy



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