Escolhas escrita por naathy


Capítulo 12
11. Voltando a realidade.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem mais uma vez pela demora, mas final de semestre tem muita coisa para fazer.
Desculpem também não estar respondendo aos reviews, mas é pelo mesmo motivo, mas agradeço de coração a todos os reviews lindos e que me motivam a continuar escrevendo.
Muito obrigada de verdade.


Ah quero agradecer a recomendação linda da nicoole, obrigada flor. Amei *-*

P.S: Desculpem o linguajar do Eduardo, mas é necessário.



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Olhei para o rosto do anjo a minha frente e me senti culpada. O que eu estava fazendo? Destruindo a vida dele. Ele é tão jovem, tão belo, tão singular. Fechei meus olhos e permiti que uma lágrima solitária rolasse por minha face. Ele prontamente ergueu a mão e com um gesto carinhoso seco-a, aproveitando para acariciar no local. Abri meus olhos e com um movimento brusco retirei sua mão do meu rosto e me levantei rapidamente correndo para o portão.

- GABI... – Escutei ele gritar, meu peito se apertou com a sua voz sofrida.

Eu não podia ter deixado que as coisas chegassem nesse ponto. Eu sabia que agora seria difícil fazê-lo desistir dessa história. Olhei para traz e ele estava parado no mesmo lugar, seus olhos fixos na minha direção, como em um romance clichê, ele chorava. Levei minhas mãos ao portão e o escalei, pulando em seguida, sequei com o braço algumas lágrimas que teimavam em cair.

Nos filmes e nos livros, os romances impossíveis sempre aconteciam e no final e davam certo mesmo com todas as dificuldades, os vilões que por inúmeras vezes tentavam separar o mocinho e a mocinha, perdiam, e então se arrependiam ou eram castigados por seus atos. Mas isso minha vida não é uma ficção e sim uma história real, onde um romance com um anjo não seria algo dos sonhos.

Peguei um ônibus e logo já estava de frente ao velho edifício, respirei fundo e entrei no local. Chegando a frente no apartamento rapidamente.

- Chegou tarde, hein? – disse encostado na batente da porta da cozinha o meu algoz, apenas com uma bermuda e sem camiseta. O ignorei e larguei minhas coisas sobre o sofá, me encaminhei para a cozinha e ao passar pelo local, Eduardo segurou firmemente o meu braço. – Onde você estava? Ou melhor... – sorriu perversamente. – Com quem você estava?

- Estava na escola... – ele riu.

- Não minta para mim. – Acariciou o meu rosto com a mão livre, sua voz ficou tranquila de repente. – Princesa, você sabe que eu sei que você não estava na escola. – Sua mão foi parar em minha nuca onde segurou firmemente meus cabelos. – Anda sua vadia me responda, onde e com quem você estava? – explodiu.

- Não te interessa! – disse com raiva.

- Perdeu a noção do perigo? – ele estreitou os olhos. – Você pensa que eu sou burro ou idiota e que eu não sei que você estava com aquele moleque? – ele disse com raiva me sacudindo, depois sorriu e sua mão, que até então, prendia meu braço soltou o aperto e desceu e subiu por ele como uma caricia. – Você é minha, não se esqueça disso. E quando eu resolver acabar com essa palhaçada, eu não pensarei duas vezes em tomar uma atitude e o garotinho que se acha o super-herói verá que não passa de um inseto insignificante.

Eu estava apavorada e tenho certeza que ele percebeu isso, pois seu sorriso se alargou. Ele sabia do Gabriel, lógico que ele saberia. Como eu fui burra, idiota, ignorante pensando que ele não tinha conhecimento dele.

- Fico curioso para saber o que vocês estavam fazendo até a essa hora... – Puxou-me para si pela minha cintura. – Mas acho que você não seria tão burra de ter dado para aquele moleque. Uma por que ele não deve ser tão bom quanto eu, ou melhor, deve de ser um virgem punheteiro ainda. E outra por que você tem medo... – sua boca aproximou-se do meu ouvido e então sussurrou: - Medo do que eu seria capaz de fazer com ele. – Voltou a me olhar e então puxou meu rosto para perto do seu me beijando com fúria. – Você é minha, só minha. – ele disse assim que separou nossos lábios.

(Kelly Clarkson – Addicted http://youtube.com/watch?v=P1PB2_vR8qw&NR=1 )

  - Você pode ter meu corpo, mas também tem o meu desprezo e meu ódio. – Só senti a forte dor no meu rosto assim que o seu soco atingiu-o. Não caí para trás, por que ele me segurava. Olhei para ele novamente e ele me encarava com um sorriso no canto dos lábios, mas um segundo depois ele me puxou e me abraçou, depositando um beijo sobre o local ferido.

- Você me deixa descontrolado, retirando de mim a sanidade que ainda me resta. Por que você faz isso? Como pode você ter esse poder sobre mim. – ele murmurou entre meus cabelos sua voz era quase inauditível, de repente me soltou de forma brusca e gritou levando as mãos a cabeça, como se estivesse tendo uma crise, uma espécie de distúrbio. Correu em direção ao quarto e trancou-se lá. Escutei mais um grito desesperado, minha respiração estava acelerada, eu nunca o tinha visto daquele jeito.

Comi algo e depois de um tempo, não sei por qual razão, mas comecei a me preocupar com ele, sentir pena. Ele era um monstro que já havia feito as maiores atrocidades possíveis, mas ainda sim era uma pessoa. Dei uma leve batida na porta e não obtive resposta, bati novamente e ele abriu a porta e me abraçou fortemente pela cintura.

- Que droga você usou hoje? – perguntei, enquanto ele me ergueu ainda me abraçando.

- Nenhuma.

- Deve ser abstinência então. – dei de ombros. – Me solta. – disse.

- Por que você se preocupou? – ele me olhava confuso.

- Por que você ainda é uma pessoa apesar de parecer um monstro.

- Por que você não aproveitou para fugir?

- Como se você não fosse atrás de mim, assim que a crise passasse... – revirei os olhos.

- É... Eu iria até o inferno te encontrar.

- Nós já estamos no inferno, você sabe que vivemos nele há algum tempo.

Ele me olhava tão fixamente, estava sério. Porém isso durou pouco, logo ele já estava me jogado sobre a cama e retirando a sua roupa. Virei meu rosto para o lado já sabia o que aconteceria... Quase todos os dias era a mesma coisa, uma rotina que eu não desejo para ninguém.

Adormeci e quando acordei Eduardo estava de banho tomado, secando os cabelos com uma toalha de costas para mim. Uma gota escapou de seus cabelos e atrevidamente desceu por suas costas, acompanhava o trajeto que ela fazia, quando ele se virou e me encarou com um sorriso torto.

- Fazia tempo que não a via me analisando dessa forma. – arqueou as sobrancelhas e olhando para o relógio sobre a mesa ordenou que eu fosse tomar um banho. Eu precisava mesmo de um belo banho, então me levantei e fui até o banheiro.

Quando retornei ao quarto, ele remexia em minhas roupas no armário.

- O que você está fazendo? – perguntei nervosa.

- Escolhendo uma roupa para você. – disse passando a mão pelos meus vestidos, até que parou em um vermelho decotado e curto.

- Uma roupa? Para quê?

- Vamos a uma festa. – deu de ombros e retirou o vestido vermelho, analisando-o. – Hum, esse te deixa ainda mais gostosa. Perfeito. – sorriu de canto e me olhou umedecendo os seus lábios.

- Que festa? Eu não vou a lugar nenhum, ainda mais com esse vestido. – disse indo até ele e tentando retirar a roupa de suas mãos. Com apenas um braço ele me empurrou e eu caí na cama.

- Acho que você não está em situação de escolher nada. Você vai colocar esse vestido, fazer uma maquiagem e ficar linda e gostosa para ir à porra dessa festa.  – ele então abriu a gaveta onde eu guardava as minhas roupas íntimas e retirou de lá um conjunto da mesma cor da do vestido e mordeu o lábio inferior. – Você tem vinte minutos para estar pronta. Vou te dar um pouco de privacidade, por que senão eu não vou resistir e vamos acabar nos atrasando.

Ele saiu e eu fiquei ali encarando o vestido estendido ao meu lado na cama, e o conjunto de calcinha e sutiã. Minha vontade era de rasgar aquele vestido e fazê-lo engolir cada pedacinho. Que festa seria essa? Que intenções ele teria lá? Céus, o que ele planejava? Vesti a roupa que ele havia escolhido e depois me maquiei e coloquei minha sandália, de salto alto e fino, preta. Parei em frente ao espelho e analisei, eu estava bonita, o vestido curto deixou minhas pernas à mostra. Eu estava desconfortável com aquela roupa, e pelo visto era essa a intenção dele, me deixar desconfortável e parecendo um pedaço de carne. Bufei com aquele pensamento. Olhei no relógio e vi que não demoraria muito para ele bater na porta e dizer que eu estava atrasada. Revirei os olhos, e abri a porta.

Ele estava confortavelmente sentado no sofá e tomava uma cerveja, direto do gargalo. Assim que ele ouviu o som dos meus passos se aproximando ele se virou e sorriu maliciosamente.

- Você está muito apetitosa. – mordeu o lábio inferior e eu bufei mais uma vez.

Eduardo vestia uma calça jeans escura, uma camiseta social preta e um sapato da mesma cor. Ele deixou a garrafa sobre a mesa e me estendeu a mão, eu ignorei e passei reto por ele, como eu esperava, ele me puxou pelo braço me virando.

- É uma festa importante e espero que você saiba se comportar muito bem. Tenho certeza que todos babarão pela minha bela e gostosa esposa. – sussurrou ao pé do meu ouvido e depois mordiscou o lóbulo da minha orelha. Eu o empurrei e surpreendentemente ele me soltou.

- Estamos atrasados, imagino. – dizendo isso abri a porta e saí pelo corredor, não demorou muito e ele estava ao meu lado, chamou um táxi, assim que este chegou entramos e ele disse o endereço para o taxista, em poucos segundos estávamos a caminho da tal festa.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?


Muito obrigada pelo carinho.

Beijo ;*
Naathy



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