Incrível como uma decisão pode mudar a sua vida completamente.A ideia de Carlisle era de eu ir morar com ele e sua família"vegetariana",que eu tinha aprendido que significava que eles só se alimentavam de sangue animal.Aro tinha concordado contanto que quando eu tivesse 17 de teria que ser  transformar em uma deles e ele teria que  tomar conta de mim ate eu poder me controlar.Não sei o que isso significa mas estou feliz por poder sair daqui.

Carlisle estava arrumando as suas coisas em uma mala pequena e preta,eu estava sentada em cima da cama as pernas balançando no ar.Caramba essa maca é alta!

-Pronta?-Carlisle fechou a mala e sorrio para mim.

-É.Acho que sim.

-Não se preocupe eu vou cuidar de você.Eu sei que você deve estar muito confusa ainda ,mas não se preocupe.Vai dar tudo certo.-Ele estendeu a mão para me ajudar a de ser da cama.Ele pegou a sua maleta e saímos do quarto .Eu não soltava a mão dele nem por um milhão de Euros.Se eu tinha alguma chance de sair daqui viva; era com ele.                                                                                               

Nós seguimos por um corredor ate uma porta dupla de vidro que  dava em aparente saguão de um hotel ou empresa chique .Uma mulher ruiva cumprimentou Carlisle com uma cortesia desnecessária Carlisle assentiu com um sorriso e finalmente saímos daquele lugar esquisito.

Seguimos pela rua ate encontrarmos um ponte de taxi e tomamos ate  o aeroporto internacional de Florença.Cerca de 1hora e 28 minutos.Foi um viagem longa e cansativa .Carlisle não falou nada por todo o percurso o que me deixou meio inquieta,mas se ele avia dito que tudo iria dar certo  eu deviria me acalmar e tentar manter a sanidade.

Ta,isso era muito difícil não consigo acreditar em uma palavra que ouvi hoje.Eu estava louca ou isso era um sonho muito estranho?

Se fosse um sonho eu já teria acordado ou alguém já teria feito isso.Então, talvez eu estivesse louca.Eu fechei os olhos tentando ao máximo não pensar,mais uma missão impossível.

Então bolei uma nova técnica ,cantar uma das minhas musicas favoritas.Bem ,já que não era daqui eu teria que prestar mais atenção nela para cantá-la corretamente.Não que eu fosse cantá-la em voz alta,não eu não cantava bem.Então comecei a cantar mentalmente “Miracle!” do Paramore, minha banda favorita.

   http://www.youtube.com/watch?v=lIVcXB5wCKo                   

Funcionou.Quando dei por mim Carlisle já estava me chamando.Ele achou que eu estava dormindo,acho que eu cantei mentalmente umas 20 musicas não só do Paramore mas de varias bandas.

 O vôo foi mais longo que eu imaginava,parecia uma eternidade.

-Afinal,para onde nós estamos indo? -perguntei me virando para ele.

 Carlisle sorrio e pegou um pedaço de papel do seu bolso e o desdobrou.Então eu percebi que era um mapa da America do norte.Ele apontou para o Canadá . 

-Chilliwack,no estado de Colúmbia Britânica .70mil habitantes. Bem normalmente nós preferimos as cidades menos populosas,mas eu recebi um pedido urgente de lá.E eu não quero recusar. -Ele sorrio-Eu sou medico; e eles precisão de mais médicos...

 Ele se interrompeu,parecia ter lembrado de alguma coisa.  

-Aproposito, você sabe falar inglês?

-Sim.Era umas das matérias que eu sempre me dava bem.-Que sorte a minha por coincidência e era a melhor em inglês  de todo o orfanato.

-Fluentemente?-Carlisle disse em inglês.Eu ri.

Era estranho como eu já me sentia confortável perto dele.Agora a minha única preocupação era a “família” dele. Como será que eles vão reagir a mim.Eu nunca tive uma família,nunca tive alguém para confiar os meus pensamentos as minhas idéias...Bem provavelmente não seria como nos filmes,eu não seria tratada como os outros.Que ótimo agora eu seria a criada de vampiros...Que absurdo.

Carlisle pareceu perceber meu desconforto.

-Qual é o problema Halley?

-Como é a sua família?-Respondi com uma pergunta.

Carlisle rio.

-Eles são... -Ele parecia não encontrar palavras para descrevê-los.

-Os seu filhos são como você?Todos são... -Não continuei a pergunta mas ele entendeu e balançou a cabeça levemente.

-Sempre pensei que vampiros não pudessem ter filhos.-Sussurrei a palavra vampiro para ninguém ouvir.

O sorriso dele desapareceu.

-E nós não podemos.