The Chosen One escrita por Ducta


Capítulo 9
When The Lines Overlap


Notas iniciais do capítulo

Quero pedir pra vocês repararem na nova capa, tem uma pequena citação do Justin lá... E quero que vocês me digam suas suspeitas (:



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- Que vocÊ está fazendo aqui? - Alethia perguntou torcendo os cabelos molhados.

- Vim te ver. - Respondi - Estou morto de saudades de você.

- Nem me fale em morte.

- Sei como você está se sentindo.

- Só quero saber quando vão nos contar o que está acontecendo. - Ela disse pegando a toalha na espreguiçadeira.

- Segundo meu pai, nao vai demorar muito agora.

Alethia me encarou, avaliando alguma coisa em mim.

- Que foi? - Perguntei.

- Nada. - Ela desviou o olhar - É só uma coisa que eu comecei a pensar.

- Ok. - Eu disse a encarando - É melhor você trocar de roupa.

Ela segurou minha mão e me puxou até seu quarto, sem falar nada durante o percurso.

- Então, quais são seus planos pro futuro? - Ela perguntou fechando a porta atrás de nós.

- Que corte é esse no seu braço? - Perguntei reparando na linha fina em seu braço.

- Nada. Meu pai fez quando eu cheguei pra certificar que... AH!

- Que foi?

- Anaklusmos é feita de bronze celestial. - Ela disse ainda surpresa com aguma coisa.

- Sim.

- E ela devia atravessar humanos sem os machucar.

- Sim.

- Mas ela me cortou.

- Impossível.

- Não. É sério, emu pai me cortou com a Anaklusmos!

Nós trocamos um olhar rápido e eu sabia que nós dois estávamos pensando na tal profecia.

Alethia começou a correr escada a baixo, comigo logo atrás.

- Pai, desculpa a intromissão. - Alethia disse adentrando o escritório do meu tio, onde nossos pais conversavam - Mas esse corte que você me fez quando eu cheguei... Quer dizer, ele foi feito com Anaklusmos! Não devia ter me cortado... E... - Ela se interrompeu nesse ponto pois nenhum dos presentes na sala parecia surpreso com a informação além de nós.

- Isso quer dizer que nós... - Eu comecei, mas me interrompi. Era um absurdo e impossível sequer pensar naquela hipótese.

- Quando eles se dão conta do que são, o cheiro fica mais forte. - Minha mãe disse.

- Droga. Muitos semideuses no mesmo lugar. - Annabeth disse.

- Semideuses? - Alethia e eu perguntamos em unissono.

- Angie, Justin, vamos pra casa. - Meu pai disse se levantando.

As despedidas foram rápidas e logo já estávamos no carro do meu pai a caminho de casa.

- O que está acontecendo? - Perguntei quebrando o silêncio tenso dentro do carro.

- Nós não somos as melhores pessoas pra te explicar, filho. - Minha mãe disse sem me olhar.

Eu continuei a fazer perguntas pelo resto do caminho, mas meus pais não responderam nenhuma.

Ao abrir o portão de casa, posso jurar que vi alguma coisa na cortina da sala, mas no momento seguinte não estava. Então, quando eu coloquei o pé no primeiro degrau da escada, meu pai me puxou pelo braço.

- Cadê a chave do seu carro, Justin?

- Meu bolso. Que foi?

- Angie, ligue o carro do Justin e mantenha-se fora do caminho. - Meu pai disse passando a chave do meu carro pra minha mãe. - Justin, você vai direto pro se quarto e prepare uma mala com ítens críticos e depois vai sumir daqui.

- Sumir daqui? VocÊ está me expulsando de casa?

- Não! - Minha mãe interveio. - Tem haver com as coisas que andam acontecendo. Você vai entender mais pra frente, eu prometo.

Quando eu os olhei, não vi nenhum sinal de arrependimento por aquelas palavras, apenas lágrimas se formando no canto dos olhos da minha mãe.

- Ok, eu vou embora.

Minh mãe tirou um canivete da bolsa e o entregou a meu pai que logo avançou pela escada fazendo sinal pra que eu o seguisse.

- Suba, mantenha a guarda, pegue suas coisas e pegue a faca no fundo falso so seu guarda-roupa e depois desça e vá embora, não pare dentro de casa pra nada, me entendeu? - Meu pai disse, com a mão na maçaneta e a espada da minha mãe na outra.

- Sim senhor.

Logo que abriu a porta, meu pai e eu fomos atacados por uma saravaida de espinhos, mas meu pai os desvio com um movimento de espada.

Corajosamente ele entrou na penumbra que era a sala de estar e logo eu podia ouvir o barulho da espada raspando em algo viscoso, gemidos e alguns gritos de o- que-quer-que-seja que estivesse lá dentro.

Eu corri escada acima, tateando as paredes a minha frente, era íncrível como a escuridão ficava mais densa quando você precisa ver o que está à sua frente.

Quando eu cheguei ao topo da escada, corri para o quarto dos meus pais e comecei a tatear até encontrar o guarda-roupa. Não queria acender a luz, vai saber o que estava me esperando lá...

O guarda- roupa dos meus pais também tinha fundo falso e era lá que eles guardavam as armas. Peguei a primeira espada que eu senti e sai do quarto movimentando a lâmina de um lado pro outro até chegar ao meu quarto, onde fui surpreendido logo no batente da porta por garras extremamente afiadas que perfuraram meu ombro que logo eu sentia queimar.

Com o pulo que eu dei devido ao susto, as garras entraram mais em minha pele e rasgaram até o topo do meu braço.

Antes que eu pudesse levantar a espada, a tal garra já tinha se firmado em meu pescoço.

- Você vai morrer, Justin Di Ângelo. - Disse uma voz raspada, fazendo um péssimo hálito atingir meu rosto.

- Talvez. - Respondi entre os dentes. - Mas voce vai voltar pro tártaro antes de mim.

E em um movimento corajoso, eu levantei a espada com emu braço dolorido, mas a lâmina encontrou barreira. Com um gemido de dor, eu forcei a espada até que senti a lâmina perfurar alguma coisa escamosa.

Eu acendi a luz a tempo de ver o-que-quer-que-fosse se transformar em pó e depois sumir.

Sem parar para pensar, eu peguei a primeira mochila que encontrei e peguei apenas os ítens que meu pai dissera e o carregador do meu celular.

Voltei correndo para sala onde tudo ainda estava escuro, empunhando a faca e a espada, a mochila jogada no ombro bom enquanto o outro queimava e manchava minha camisa de sangue.

Eu queria parar e ajudar meu pai que eu aind apodia ouvir lutando porque ele acabara de derrubar o televisão, mas eu segui as instruções dele e corri de volta a garagem.

- Seu pai está bem? - Minha mãe perguntou apreensiva.

- Sinceramente, eu não faço ideia. E você, nem se atreva a ir lá, eu pretendo conhecer meu irmão.

- Vou me segurar. E você, vai embora logo!

- Pra onde eu vou?

- Pra onde seu coração mandar. Mas fique longe de becos e bares.

- Sim senhora.

Minha mãe me puxou para um abraço e depois me deixou ir . Sequer me olhou partir.

Eu mal conseguia ver pra onde estava indo, minha cabeça estava a mil meu ombro doía horrores agora.

Quando eu realmente me concentrei no asfalto, eu estava estacionando no portão da casa dos meus tios.

Alethia estava saindo de casa correndo, nenhum sinal dos meus tios.

- Nós realmente estamos mais ligados do que eu pensava. - Ela disse adentrando no meu carro, segurando o antebraço, a camisa de manga longa suja de sangue.

- Você também foi pega?

- A maldita fúria outra vez. Pra onde vamos?

- Pra onde o coraçao mandar. É a única pista que eu tenho.


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