Sem Barreiras escrita por Arlequina


Capítulo 11
Contagem Regressiva


Notas iniciais do capítulo

Hm, adivinha quem... Bom, leiam e vejam XD



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Como combinado, Cassandra havia saído primeiro que eu. Avisei ao jardineiro sobre nossas saídas e pedi para que ficasse atento. Não poderia deixar nenhuma brecha para quem quer que fosse.

Saindo do jardim, voltei para sala. Precisava pegar as chaves dos demais cômodos e portões. O telefone tocou e eu atendi.

-- Alô?

-- Bom dia. Poderia falar com a senhorita Eugenee? É assunto de urgência.

A pessoa do outro lado da linha falava de maneira apressada, o que acabou me assustando, ainda mais depois de ouvir a palavra ‘urgência’.

-- S... Sou eu, pode falar...

-- Senhora, falo do hospital onde seu marido George está internado; preciso que venha aqui o mais rápido possível.

-- Eu vou, mas diga-me, o que aconteceu? Estou assustada com toda essa urgência!

-- Senhora, não é nada grave, mas é urgente. Por favor, venha logo!

-- Tudo bem, eu estou a caminho.

Como já estava me programando para ir ao hospital, apenas pedi para que o motorista fosse o  mais rápido possível. Fiquei com um nó em minha mente. Como algo pode ser urgente e não ser grave? Estaria o enfermeiro tentando me prevenir de algo ruim? Melhor deixar esses pensamentos de lado.

Alguns minutos passados, e estávamos na frente do hospital.

-- Espere-me, por favor, pois não sei o quanto demorarei.

-- Tudo bem senhora.

-- Obrigada.

Desci do carro e corri em direção à recepção. Lá me esperavam o enfermeiro e o médico que cuidavam de George.

-- Bom dia Eugenee. Que bom que chegou. Precisamos que veja uma coisa.

-- Bom dia. Céus, o que aconteceu dessa vez? George não está bem?

--George deu alguns sinais noite passada, é uma suspeita. Ele parece ter saído do coma e... Dorme normalmente.

Não tive reação diante do que o médico acabara de me contar. George agora repousava normalmente...

-- Por favor, acompanhe-nos.

O enfermeiro e o médico me acompanharam até o quarto em que George estava. Eu fiquei do lado de fora do quarto por mais ou menos cinco minutos.

-- Bom dia, George. Não achei que fosse dormir por mais tempo; afinal, já faz alguns dias que descansa. -- brincou o doutor.

-- Nem eu queria. Estou farto de ficar deitado e... Essa luz... Essa luz está me incomodando!

-- Entendo bem. Bom, seus olhos desacostumaram com a claridade, mas é questão de pouco tempo pra que volte ao normal. Dói alguma coisa?

-- Não, me sinto bem, e... Apenas enferrujado. Quero ir pra casa.

-- Certo... Ainda não. Vamos fazer alguns últimos exames, e os resultados nos mostrarão se vai poder ir para casa.

-- Droga.

-- É assim mesmo; faz parte do procedimento. Ah, você tem uma visita.

-- Visita?

-- Sim.

O médico fez sinal pra que o enfermeiro abrisse a porta e me chamasse. Entrei.

-- Vou deixá-los sós, qualquer coisa me chamem.

Eu parei estática; creio que eu nem respirava. George estava recostado sobre alguns travesseiros, tinha ainda alguns curativos no lugar do tiro e... Estava com alguns pequenos fios ligados ao corpo. Pelo que sabia, eram pra monitorar os batimentos cardíacos. Lágrimas correram sem cerimônia de meus olhos, e um sorriso imenso começou a surgir em meus lábios. Estava rindo alto e... George sorria sereno, como sempre.

Vê-la aqui me fez sentir algo no peito, e certamente não era dor pelo ferimento. Uma sensação boa, acolhedora... Parecia aquecer meu coração. Quando vi que Eugenee ria e chorava, me rendi, não poderia ficar indiferente. Ri, e também chorei.

Aproximei-me do leito e me sentei de frente para ele.

-- George...

-- Você veio me visitar durante todo esse tempo? Quer dizer...

-- Sim, eu vim aqui sempre que me era permitido. O horário de visitas é muito rigoroso, ainda mais com pacientes frágeis como você, err...

-- Sim, mas... Por quê? Por que você veio aqui pra me ver? Eu, justo eu que não mereço seu amor?

-- Mas...

-- Eu, justo eu que, por algum tempo, fui o maior canalha.

-- Não diga isso! Você mudou. E não só mudou, como provou isso no parque, lembra?

George se lembrava de cada palavra dita, e lembrou também que agia daquela maneira apenas por interesse. Mas na festa, enquanto dançavam e ele a olhava nos olhos, sentia algo diferente.

-- Eugenee... Eu tenho muito a te contar... Não imagina o que...

-- Você vai ter tempo querido, e vou ouvir cada palavra. Mas agora o que importa é que você está bem, fora de risco.

Tinha também muito que falar com George, mas o melhor era esperar até que ele voltasse pra casa.

-- Sim, verdade. O doutor disse que preciso fazer mais alguns exames e, depois do resultado, vou saber se posso ou não ir para casa.

-- Certo. Isso é bom.

-- Bom mesmo vai ser quando voltar pra casa. Não gosto de hospitais; e eu não agüento mais ficar por aqui, olhando pro branco.

-- Ah, querido! Logo você volta!

Ela ri gostosamente, com aquela espontaneidade jovial que sempre a acompanhava.

Estranhei ainda não ter abraçado George, mas, como ele ainda estava com os curativos, achei melhor não exagerar. Céus! Nem em sonho quero vê-lo em coma de novo.

-- Eugenee... Eu te amo.

George pegou minhas mãos. E me fez ficar mais próxima dele e, assim, me abraçou. Desse jeito. Foi algo bom, mas senti como se fosse um abraço desesperado, como se ele fosse partir a qualquer momento... Céus! Lá vem esses pensamentos de novo...

-- Eu também George, te amo muito, e não quero te perder mais uma vez, nunca.

-- E não vai. Eu prometo. Eu vou te proteger e nada nem ninguém vai impedir.

Instantes depois, o doutor bateu à porta.

-- George, nós faremos agora os seus exames. Contudo, terá que passar mais uma noite por aqui...

-- Tudo bem. Acho que resisto mais uma noite...

-- Fique tranqüilo, meu bem. Certamente será sua última noite neste hospital; e amanhã voltarei pra te buscar.

Assim ela foi. Minha doce Eugenee...


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Notas finais do capítulo

Ele ta bem, acordadinho da silva XDD
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Vou ter que mudar esse aviso de novo...
Como dito no meu perfil, meu pczinho deu tilt, está na ass. técnica, mas não sei quando vou pegar. Portanto,cap. 12 sem data de entrega >.