My Alternative Ending escrita por Laradith


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oláá! Espero que todos gostem da fic... Sugestões e criticas são sempre bem vindas! Mesmo que seja para falar mal, pelo menos eu vou melhorar...

Enjoy..



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Estávamos quase fora das cavernas. Eu não conseguia acreditar que finalmente tudo se resolveria. Olhando ao meu redor, vi que o resto dos guardiões ostentava a mesma expressão – ansiedade e tensão. Tínhamos derrotado um grupo com mais de 20 strigoi, resgatado os reféns, que não estavam muito machucados, e logo estaríamos de volta a Academia.

 

Arrisquei um olhar para Dimitri. Ele estava junto com minha mãe, que estava nos liderando, mas diminuiu o passo para assegurar que ninguém nos seguisse. Eu fiquei logo na frente dele, orientando os Moroi e feridos.

 

Eu podia avistar mais a frente o Sol, que agora formava uma fina linha no horizonte. Não havia tempo, logo a escuridão nos abateria.

 

Emergimos da entrada rapidamente, nos virando em direção as wards, nossa única garantia de sobrevivência.

 

E então uma sensação forte de náusea me atingiu.

 

Eu consegui gritar “É uma emboscada!” antes de quatro strigoi pularem em nós. Eles estavam nos esperando, e tinham o fator surpresa. Cada strigoi pulou em um de nós – os mais fortes e que ofereciam mais perigo, eu percebi. Uma strigoi loura pulou na minha mãe, que estava de lado e não percebeu de imediato. As duas caíram no chão e começaram a lutar. Um strigoi alto com cabelos castanhos pulou em Stan, mas ele estava preparado, e conseguiu manejar a estaca, enterrando-a no coração dele. O penúltimo pulou em Dimitri, mas esse nunca era pego de surpresa, e ele conseguiu desviar de seu ataque, começando uma dança mortal que eu tinha presenciado tantas vezes.

 

E o último strigoi pulou nas minhas costas, me derrubando de bruços no chão. Ele ficou em cima de mim, tentando me imobilizar e me morder. Dei uma cotovelada no seu estômago, e ele recuou um pouco. Era o que eu precisava.

 

Dei outro golpe nele, dessa vez mais forte, e suas mãos soltaram meus braços. Procurei desesperadamente por qualquer coisa que pudesse servir como uma arma, e meus dedos se fecharam ao redor de um galho. O strigoi girou meu corpo, para que pudéssemos ficar frente e frente, e ele tivesse uma visão melhor do meu pescoço. Suas mãos empurraram meu tronco para baixo, e ele se abaixou, me pressionando no chão com toda a sua força, e eu fiquei totalmente incapaz de desferir um golpe. Olhei para seu rosto, e congelei.

 

Era o strigoi louro, o que havia ameaçado matar Lissa. Seus olhos mostravam o quanto ele esperou por um momento como esse, assim como seus lábios, que se curvavam em um sorriso malicioso. Lembrei de como ele tinha falando sobre Liss, a satisfação de como ele murmurava os rumores de que ela estava morta.

 

E algo – talvez um último vestígio de alto controle – se quebrou dentro de mim. Eu lutei desesperadamente contra seu aperto, tentando de algum modo enfiar o galho em seu corpo. Não consegui, porque ele arrancou-o da minha mão. Vi a raiva nos seus olhos antes dele abaixar seu rosto contra meu pescoço desprotegido.

 

Esse strigoi não era muito velho, mas sabia lutar muito bem e tinha conseguido me imobilizar – e me deixar completamente vulnerável.

 

Eu senti seus lábios gelados na minha pele antes das presas se afundarem. Eu soltei um grito de dor antes das endorfinas preencherem meu sistema. Uma sensação maravilhosa encheu meu corpo, e eu não pensei em mais nada, somente no quanto eu queria que aquilo nunca mais parasse.

 

Era doce e perfeito, melhor do que qualquer coisa que eu já tinha experimentado. A mordida de um Moroi é prazerosa, mas os Strigoi tinham muito mais endorfinas, o que fazia da situação impossível de descrever.

 

Cedo demais, ele retrocedeu, e tudo aquilo foi embora, me permitindo pensar mais claramente. Acabara de ser mordida pelo inimigo. Tinha que sair dali, tinha que voltar para a Academia.

 

Tentei sair de perto dele, mas meus braços não obedeceram o comando facilmente. Um único levantar das minhas mãos parecia difícil de ser executado.

 

Me encontrei olhando para o louro, com seus lábios cheios de sangue. Na velocidade de um flash, ele estava atrás de mim, colocando suas mãos debaixo dos meus ombros e me arrastando para longe.

 

Eu tentei lutar, tentei impor alguma resistência, mas – embora soe muito estranho – eu tinha perdido sangue demais. Ele tinha bebido muito de mim em questão de pouquíssimos segundos. Somente um strigoi muito habilidoso poderia ter feito tal coisa.

 

Olhei ao meu redor, buscando ajuda, e vi minha mãe matando sua oponente, assim como Dimitri, que agora estava olhando em volta, procurando por alguém, e eu tinha certeza de quem era. Quando seus olhos pousaram em mim, choque e dor passaram pelas suas feições. Ele tentou passar pelos guardiões, mas estes o seguraram.

 

Não consegui ver o que aconteceu em seguida, porque o strigoi me arrastou para a completa escuridão da caverna.

 

Dimitri PDV

 

Enquanto lutava contra meu oponente, consegui ter uma boa visão periférica da luta que acontecia ao meu redor. Janine estava quase acabando com a strigoi loura, e só carregava um arranhão da luta, no rosto. Stan estava perto dos moroi, pronto e tenso, para o caso de um deles ser atacado. Os usuários de fogo queriam usar seus elementos para ajudar, mas Stan estava fazendo um bom trabalho em impedi-los.

 

Nós podíamos passar por isso sozinhos. Bem, pelo menos era o que eu esperava.

 

Desferi um soco no strigoi que estava me atacando, e em sua distração, o empalei. Pude ver a luz saindo dos seus olhos, a medida que seu berro de dor me arrepiava. Mesmo assim, mantive uma expressão fria enquanto ele caia morto na minha frente.

 

E então eu ouvi um grito.

 

Me virei rapidamente, sabendo que era de Rose. Ela estava imobilizada no chão, com um strigoi em cima dela – o líder, pelo o que tínhamos observado. Aquelas presas estavam afundadas no pescoço dela, e o strigoi bebia seu sangue compulsivamente, sem se preocupar em rasgar sua garganta.

 

Eu ouvi outro grito – dessa vez, era o meu.

 

Senti como se meu coração estivesse sendo despedaçado. Repentinamente, eu não estava mais ao redor de uma batalha – quase totalmente ganhada. Eu estava perdendo o que mais amava. O que mais valorizava. Eu estava perdendo Rose.

 

O strigoi bebeu dela rapidamente. Então, em uma velocidade sobre-humana, ele a agarrou e a arrastou para a caverna, de volta para a escuridão.

 

Antes de saber o que estava fazendo, meu corpo já se movia em direção a ele. Eu tinha que ajudá-la. Eu precisava ajudá-la.

 

Um par de mãos me restringiu. Ela tinha vindo tempestuosamente na minha direção, bloqueando o caminho. Eu tentei passar por ela.

 

- Pare! Temos que voltar! Mais estão vindo! – Ela gritou, e por um momento, eu pensei que ela não sabia que Rose estava lá. Porém o olhar de dor nos olhos de Janine me disse que ela sabia tudo, e que sua vontade de salvar Rose era da mesma intensidade que a minha. Cada célula do meu corpo gritava para ir atrás de Rose, para morrer se fosse preciso. E eu morreria se fosse preciso.

 

Tentei passar por ela de novo, mas dessa vez Stan veio e ficou do seu lado.

 

- Ela está morta! Tem Moroi e Dhampirs feridos aqui. Não podemos arriscar a vida de vinte pessoas por uma! – Ele me falou.

 

Eu sabia que era inadmissível voltar para caverna, que eu acabaria morrendo lá dentro.

 

Desde o inicio do treinamento, éramos ensinados que os Moroi vem primeiro, e que em uma situação como essa, eu devia ir embora e assegurar a vida dos que estavam conosco. Tínhamos que deixar alguns para trás – infelizmente -, em alguns casos. Como esse.

 

Mas eu nunca conseguiria colocar a vida de qualquer pessoa – Moroi ou dhampir – acima da de Rose. Ela era o que mais importava. Tínhamos falado que não poderíamos ficar juntos porque nosso relacionamento nos distrairia do dever, e que protegeríamos um ao outro ao invés de nosso Moroi.

 

E era isso que eu estava fazendo. Sabia que devia voltar, patrulhar a Academia, e ajudar os Moroi, e não voltar por alguém.

 

Mas ela não era alguém. Ela era Rose – A que eu tinha prometido meu amor. A quem pertencia meu coração. E ela não era alguém. Ela era muito para mim. Se eu fosse embora, uma parte minha – uma grande parte minha, na verdade – ia ficar com Rose.

 

Então tomei minha decisão. Meu punho atingiu o rosto surpreso de Stan, me abrindo caminho. Eu o empurrei e fui em direção a caverna.

 

De algum modo, consegui seguir um caminho de sangue, que eu não duvidava ser de Rose. Não encontrei strigoi no caminho, o que me salvou energia, mas ao mesmo tempo me deixou com medo. Eles queriam que eu seguisse em frente, por isso não me mataram.

 

Eles estavam no final da caverna. A boca do strigoi louro ainda estava no pescoço dela, bebendo, mas dessa vez lentamente, sem pressa. Ataquei-o com tudo que tinha, e ele finalmente levantou seu olhar de Rose. Ele desviou do primeiro golpe, se inclinando para trás enquanto minha estava procurava seu coração, atingindo o ar. Sai de seu alcance quando ele tentou me agarrar, com uma fúria cega.

 

- Como você se atreve a interromper? – ele perguntou, com uma voz fria e sem emoção, mas seus olhos vermelhos pareciam estar em chamas. A principio, não entendi. Mas depois, a revelação me atingiu, e eu me senti como se estivesse absorvendo a escuridão do Espírito – completamente tomado por sede de sangue.

 

Seu objetivo não fora matar Rose – e sim transformá-la; bebendo seu sangue lentamente, deixando-a quase completamente drenada, e depois dar seu próprio sangue. Isso a mudaria completamente. A transformaria em um strigoi. Em uma criatura sem alma e tão fria que mataria sem hesitar.

 

Só o pensamento dele transformando Rose... Nisso... bem, me deixou absolutamente enraivecido.

 

Tinha que acabar com aquela luta. Então, por um segundo, mantive meu pescoço desprotegido enquanto tentava chutá-lo para longe. Funcionou.

 

Ele me atacou, mas – como eu tinha previsto – sua fúria tinha interferido nas suas ações, e seu golpe foi muito óbvio, fazendo com que eu conseguisse desviar, aplicando toda a minha força na estaca, que agora estava afundada no seu coração.

 

Vi a luz saindo dos seus olhos, esperei para ver se estava realmente morto, e retirei a arma do seu peito.

 

Freneticamente, olhei em volta, e corri até Rose. Ela estava caída em um canto mais distante. Sua pele estava pálida e ela quase não respirava. Senti seus batimentos cardíacos – quase sem nenhum. Isso tudo sem falar sobre seu pescoço, que estava praticamente aberto. Tinha tanto sangue... oh, tanto sangue. Meu estomago se contorceu em preocupação, e eu a peguei nos braços. Abaixei um pouco meu tronco, tentando aquecê-la, mas não adiantava. Ela estava muito fria... Como se estivesse...

 

Pare. Eu disse a mim mesmo. Ela não está morta. Pare!

 

Como esperado, todos já estavam dentro das wards, em segurança, pensando que estávamos mortos. Assim que entrei nos terrenos, guardiões vieram e me ofereceram ajuda, mas eu recusei. Precisava mantê-la perto de mim.

 

Pelo canto do olho pude ver Janine chorando silenciosamente, vindo até mim com uma expressão que misturava o agradecimento e preocupação.

 

- Belikov! Oh Deus, Rose... – Ela começou a soluçar, tentando se recompor para não mostrar seu lado sentimental na frente de todos os guardiões.

 

- Onde está a princesa? – Eu perguntei, e minha voz soou rouca, como se eu estivesse com dor.

 

Bem, tecnicamente, eu estava. Tinha de chegar até a Princesa ou Rose com certeza não sobreviveria. E se ela morresse...

 

Você vai perder o que mais valoriza. Naquele momento, eu estava certo de que o que eu mais valorizava era a mulher que amava. Eu não ia deixar aquilo se tornar realidade, não iria.

 

- Onde ela está? – Perguntei de novo.

 

- Na clinica, ela... – Sem hesitar, corri até a clínica, recebendo olhares que iam de alarmados até com pena. A Academia estava um caos, havia muitas vitimas – mas só uma realmente importava.

 

Vasilisa estava na ala médica, curando uma Moroi que tinha cortes feios pelo rosto. Parecia que alguém tinha afundado suas unhas nela – eu percebi. Uma Drozdov, sem dúvida. No momento que Lissa me viu, suas feições empalideceram, e ela soltou um grito; as lágrimas já enchendo seus olhos.

 

- Rose! Não, não... – ela balbuciou, estendendo a mão sobre o pescoço de Rose, fechando seus olhos. Depois de alguns segundos, um pouco de cor voltou ao seu rosto, e as feridas abertas do seu pescoço pararam de sangrar, mas não cicatrizaram.

 

- Eu não tenho força... eu preciso ter força... – Lissa murmurava, mais para si mesma do que para mim.

 

- Está tudo bem, Princesa. Ela... – Não sabia como descrever. Bem? Melhor? Não era inteiramente verdade, mas a melhor amiga dela estava inconsciente e apenas alguns minutos atrás, à beira da morte. – Ela vai se curar. – Foi o melhor que consegui dizer. Também não podia exigir muito dela, porque haviam pessoas ao nosso redor, precisando de ajuda médica; precisando do Espírito.

 

Dra. Olendzki gesticulou em direção a uma cama, e eu gentilmente coloquei Rose ali. Sentei-me na cama, e a observei. Pela segunda vez, dançamos com a morte, e tínhamos ganhado.

 

- Guardião Belikov, você não precisa ficar aqui... Ela vai acordar eventualmente, quando seu corpo tiver forças.

 

Eu sorri, mas mantive meu olhar em Rose.

 

- Obrigada, Dra, mas... Eu vou ficar com ela... Sinto que devo isso. Obrigada, mesmo assim.

 

Ela assentiu e me foi cuidar dos outros. Deixei meus ombros caírem, juntamente com toda a tensão que eu carregava. Foi a melhor coisa que eu podia ter feito. Foi como se trezentos quilos fossem tirados das minhas costas.

 

Finalmente, me permiti relaxar um pouco, observando a única coisa que realmente me importava naquele momento.

 


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Notas finais do capítulo

O proximo capitulo vai ser do ponto de vista da Rose mesmo, eu só escrevi essa parte com o PDV do Dimitri pra que todos entendam o que aconteceu =)

Não sei se perceberam, mas eu usei algumas falas parecidas com os livros originais... Espero que não tenha ficado ruim...

Como foi o primeiro capitulo? Horrivel? Legal? Chato? Com pouco ação? =D me mandem reviews dizendo!

Bjoss.
•Bia•