It Takes Two escrita por Chase_Aphrodite


Capítulo 21
Capítulo XXI


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a minha amiga Lanninhah.



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- Acho bom mesmo. Por tudo. – Hermione disse friamente.

Harry bagunçou ainda mais os cabelos. Um típico gesto de quando ele estava sem graça e nervoso.

- Er... Por onde eu começo... – ele disse pensando em voz alta.

- Que tal do começo? – Gina disse revoltada.

- Ok. Hermione. – Harry disse olhando para sua Ex-Amiga. – É verdade. Eu sabia do Ron... E da Lilá.

Hermione levantou-se, cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha. Victor a abraçou por trás.

- Eu sei. – Hermione disse seca.

- Mas... – Harry disse tentando encontrar as palavras certas – Eu disse a ele... Eu disse a ele que você era muito esperta e inteligente... E que ia acabar descobrindo tudo... Ele disse que ia contar... Todos os dias eu mandava ele lhe contar... Eu queria contar...

- E por que não contou? – Hermione disse segurando a mão de Victor e virando-se para o namorado. – Achei que éramos amigos...

- Eu sei... É que... É que você parecia tão... Tão... Tão feliz. Chegando da ronda e beijando Ron... Tão feliz de chamá-lo de N-A-M-O-R-A-D-O. – ele disse destacando cada letra – Que eu não tive... Coragem... De estragar sua felicidade... Eu me importava demais Hermione, para dizer-lhe a verdade... Por que ela te magoaria... Ela te faria chorar... – Harry concentrou as íris verdes no céu.

- Foi... Por isso? – Hermione perguntou.

- Sim. – ele disse sem desviar o olhar – Curioso, não é? Eu cometi o mesmo erro de Dumbledore. Eu prezei a felicidade acima da verdade. E fiz uma das pessoas com quem eu mais me importo sofrer e me odiar. Você tem razão Hermione. Você deve me odiar com todas as forças. Porque parece que eu não soube aprender com meu Mestre. Eu não soube aprender com os erros dele e com suas frases.

Hermione olhou para a grama.

- Você sabe Hermione? Qual foi a primeira frase que Dumbledore disse a mim?

Ele não esperou uma resposta.

- A verdade é uma coisa bela e terrível, por isso deve ser tratada com grande cautela. – ele disse – Eu tinha onze anos. Parece que eu não sei ouvir não é Hermione? – ele disse voltando a olhar a jovem.

- Harry...

“Por que é tão difícil ficar brava com ele?!”

- Hermione... Deixe-me terminar. – ele disse com um olhar sofrido – Durante nosso quinto ano. Após o Ataque ao Ministério. Vocês se recuperavam na Ala Hospitalar. E eu conversava com Dumbledore. Você lembra-se da conversa? - Hermione assentiu. – Eu ocultei um detalhe. Enquanto ele dizia tudo aquilo... Eu... Eu senti... Uma raiva tão grande... Como você lembra demorou 8 meses para Sirius se recuperar totalmente. Eu achava que o tinha perdido. E eu o culpava... Culpava meu Mestre... Por que na tentativa de proteger minha felicidade ele me ocultou a verdade. E eu fiz a mesma coisa.

- Mas...

- Você dirá que eu poderia ter me afastado de Ron. Mas, como? Hermione, com todos os defeitos... Ele fez uma coisa que eu serei eternamente grato. Ele me viu Hermione. Não como Harry Potter. O super bruxo que derrotou Lorde Voldemort. Ou Harry Potter. O garoto esquisito e perigoso. Ele viu o Harry. Simplesmente o Harry. O garoto que era tímido, não gostava de atenção e queria desesperadamente os pais. Ele foi o primeiro a ver isso. Foi o primeiro a me mostrar algo que eu nunca tive com os Dursleys. Amizade. Família. Ele é como um irmão para mim. Eu sei que você também me viu assim. Mas... Com ele... Era diferente. Eu falava de Quadribol, Xadrez Bruxo... Eu podia me sentir verdadeiramente um bruxo com Ron. E com você... Eu me tornava o Harry, o mestiço crescido com trouxas. – Harry encarou a grama. Uma lágrima lhe escorreu o rosto. – Eu quis tanto... Todos os dias eu desejei... Que você ficasse com Ron... E eu com Gina... Assim seriamos os dois Weasley. Faríamos parte dessa grande família. Tudo ia melhorar. Arthur ia entender melhor as coisas trouxas. Molly ganharia Harry Potter na família. Gui teria alguém com quem discutir feitiços egípcios. Fleur encontraria uma amiga que conheceria a frança. Carlinhos alguém que também era um bom apanhador. Percy uma boa companhia para tudo. Fred e Jorge alguém com quem dividir as palhaçadas. Ron um irmão e a pessoa certa. E Gina a irmã e bem... Eu achei que seria o cara certo. Ron ia amadurecer. Ia mudar. Você também ficaria mais... De boa com os estudos. Eu pararia de bancar o herói. Gina deixaria de seduzir cada cara que ela queria... Tudo iria apenas melhorar.

- As pessoas não mudam. – Hermione disse.

- Não. – ele concordou – Mas... Quando eu soube do Ron e da Lilá. Eu fiquei irritado com ele. Afinal isso estragava os meus planos. Percebe o quanto eu estava sendo egoísta? Eu só queria isso. Eu, você, Gina, Ron, junto com os Weasleys... Uma grande família feliz. Eu não me perguntei um único momento se eu e Gina seriamos felizes para sempre ou você e Ron... Eu estava... Tão desesperado para ganhar uma família... Que nem me preocupei com os sentimentos alheios. Eu queria que você e Ron voltassem... Depois que ele terminou com a Lilá... Eu ainda não sabia de Você e Krum... Eu imaginei... Que vocês iriam voltar... E tentei chamar Gina para sair... Ela, com toda razão, me deu um fora. E eu fiquei ainda mais deprimido. Quer dizer... Eu não teria a minha família, o meu plano falharia... – ele soltou uma risada triste e sem emoção – A vida é mesmo irônica, sarcástica e cheia de Humor Negro não acha? Eu, o famoso e humilde Harry Potter, um verdadeiro poção de eu, eu, e mais eu.

Hermione respirou fundo. Olhou para os profundos olhos verdes.

“Sempre haverá dor nesses olhos...” – ela pensou.

- Harry... – ela começou, mas, foi rapidamente cortada.

- Não tente me inibir de culpa Hermione. Eu errei. E muito. Todos os anos. E continuo errando.

- Você é humano. – Hermione disse baixinho. Harry soltou mais uma risada baixa e sem emoção.

- No meu quinto ano Dumbledore me disse que doía por que eu era humano. E eu lhe gritei de volta dizendo que eu não queria ser humano... Talvez eu parasse de magoar a todos.

Ele se virou para ir embora e sentiu braços o segurando.

Gina não sabia exatamente o porquê, ou melhor, ela sabia, desde o primeiro dia que conhecerá Harry... Ele tinha essa dor... Essa culpa... Esse sofrimento nos olhos. Ela queria que isso desaparecesse. Que ele sempre sorrisse. Que tudo aquilo fosse substituído por alegria, felicidade e amor. Talvez por esses motivos ela tenha corrido e o abraçado por trás.

Harry girou e olhou a jovem.

- Gina... Desculpe-me... Eu... – antes que ele pudesse terminar a frase Gina tinha ficado na ponta do pé e colado seus lábios.

- Você precisa parar de se culpar o tempo todo. Daqui a pouco você vai dizer que o Aquecimento Global é culpa sua.

Harry riu. Verdadeiramente.

- Acho que eu tenho minha parcela de culpa nisso...

Hermione revirou os olhos. E sorriu.

- Se você disser que não acham a Cura do Câncer por culpa sua eu juro que vou te bater. – ela disse.

Victor riu. Ele segurou a mão de Hermione e olhou para ela. Ele sabia que ela estava feliz por fazer as pazes com o amigo.

- Então... Quem quer jantar na minha casa? – ele perguntou.

Todos levantaram a mão, menos Harry.

- Vamos lá Harry! Prometo que a comida de Buck e Georgina é boa.

Harry sorriu.

- Estou contando com isso.

Eles foram de Flu para “casa” de Victor.

- Nossa! – Gina exclamou – Isso é enorme!

- Obrigado.

Buck apareceu, como sempre, bem vestido e sorrindo.

- Boa Noite, Mestre. – ele disse fazendo uma reverencia. – Senhores.

- Olá Buck! Hoje no jantar vamos ter... – ele se virou e contou os amigos – Nove convidados, mais Hermione e eu.

- Sim!

- A espere! – Tonks disse – Sem querer abusar da hospitalidade, mas, abusando. Você se incomodaria de meu marido vir também? E o Teddy?

- É claro que não. – Victor disse sorrindo. Ele se virou para Buck – Mais duas pessoas.

- Teddy tem quatro meses. – Harry disse.

- Você ainda o alimenta com leite materno? – Buck perguntou.

- Ele come umas frutas. Mas, é só. – Tonks disse.

- Eu vou providenciar algumas frutas. E um quarto para você o amamentar e o por para dormir se necessário. Se me derem licença. – Buck fez uma reverencia e sumiu.

- Ok. – Tonks disse – Eu vou chamar Lupin e já volto. Licença. – ela voltou para a lareira.

- Aaron?

Um pequeno elfo domestico apareceu. Ele era uma mistura de Georgina e Buck perfeita. Usava calça jeans e uma camiseta vermelha, com uma jaqueta preta por cima, e tênis Nike.

- Chefinho. – ele disse fazendo uma reverencia.

Victor percebeu a confusão das pessoas a sua volta.

-Buck tem 49 anos e Georgina 48. Este é o filho deles. Aaron. Ele tem 13 anos. Por isso normalmente fica com o irmão mais velho aprendendo a ser um bom Elfo Domestico.

- Claro. Eu e o Lankford vivemos juntos. Ele tem 18 anos. Ele tá preparando o quarto para a Senhora de Cabelos Rosa Chiclete.

- Aaron. A Tonks foi buscar o marido e o filho para o jantar. Fique aqui e espere eles para guiá-los para a sala de estar. Ou de jantar se eles demorarem. – Victor disse.

- Ok. Esperar a Cabeça de Chiclete, o marido e o filho.

Victor balançou a cabeça e começou a guiar todos para a sala de estar. Ficariam mais confortáveis ali, para esperar o jantar.


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Notas finais do capítulo

Lembre-se.
Aaron e Lankford.
Eles serão MUITO importantes daqui para frente.
Bjos



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