Acordei no domingo cansada, mas só acordei porque alguém estava me ligando. Devia não me conhecer, pois afinal todos que me conhecem sabem que domingo eu durmo até as 4 horas da tarde e agora era apenas uma hora.

            - Oi! – eu falei meio sonolenta ao telefone.

            - Senhorita Verônica? – perguntou um homem ao telefone.

            - Sim sou eu. – eu odiava essa formalidade se “senhorita” estamos em pleno século XXI, que chatice.

            - Sou Anderson Wolf, diretor da Forks High School. Queria informar que a senhorita foi aceita no colégio. Depois de algumas cartas que recebemos, ficamos curiosos e demos uma olhada no seu currículo escolar e adoramos.

            - Sério? – agora eu estava bem acordada. Eu ia realizar meu sonho e estudar em Forks. Legal!

            - Sim. Segunda-feira, a senhorita já pode estudar aqui. Cuidaremos de sua transferência.

            - Ok! Muito obrigada. Até segunda-feira. – eu falei quase pulando de alegria e gritando também.

            - Ate! – e desligou. Passou-se alguns segundos e eu comecei a comemorar.

            - Qual o motivo dessa animação toda? – perguntou meu pai.

            - Vou estudar em Forks! – eu falei e o abracei, continuei gritando e pulando, até que parei. O diretor do colégio falou de cartas. Que cartas? Eu não mandei nada.

            - Pai, você que mandou as cartas ao colégio? – perguntei a ele.

            - Você vive me perturbando e falando “Quero estudar em Forks” – falou meu pai tentando me imitar e não deu muito certo.

            - Valeu pai. – abracei ele e dei um beijo no rosto dele, que corou. Fomos correndo para a garagem – eu e meu pai – consertar o meu carro para amanhã.

            O carro ficou pronto rápido, não era o motor como o meu pai havia pensado, era outra coisa, a mangueira-de-sei-lá-o-quê, - como eu à apelidei. Fui dormir cedo e bastante ansiosa por amanhã. Eu tinha certeza que meu dia ia ser maravilhoso.

            POV Edward    (obs: Essa parte dos pensamentos de Edward aconteceu na noite da festa em que Veronica teve a recaída com Victor, logo depois que a Veronica viu o Volvo na rua.)

            Depois do meu ataque de rebeldia, voltei para casa e pedi desculpas à Alice e ela , claro, aceitou meu pedido de desculpas. Depois de sua visão as coisas mudaram. Carlisle tem uma teoria sobre essa visão, que talvez a decisão tenha vindo da filha de Bella, e agora eu tinha que dar a segunda escolha. Não sei porque eu tomei esta decisão mas retornamos para Forks. Estava sentado no sofá, quando Alice entra em casa.

            - Tenho uma notícia boa e outra ruim. Qual eu conto primeiro? – Alice estava evitando pensar na novidade e estava cantando o Hino Nacional do Brasil. Alice sempre foi alegre e me apoiava no que eu precisa-se. Por isso apenas eu, Alice e Jasper retornamos, e também para não causar suspeitas.

            - Fale a ruim. – eu pedi.

            - Ta! – falou ela e chegou perto de mim. – Bella mora em La Push, o que dificulta de nós vermos ela.

            - E a boa? – eu perguntei. Será que piorava mesmo, Bella morar em La Push? Ou era uma coisa boa?

            - Eu vi a filha da Bella! – eu não esperava que fosse isso. – Ela é alta, bonita. Não se parece com Bella, mas isso eu já sabia. E o melhor de tudo é que ela se veste super bem.

            - Tem certeza que viu ela? – eu perguntei e Alice apenas acenou a cabeça, como um sim. – E você falou com ela? – perguntei.

            - Não. Quando ela viu o carro e eu estava dentro, ela simplesmente saiu correndo. – falou Alice triste. – Mas vamos vê-la, tenho certeza, eu vi. E será que você vai consegui ler os pensamentos dela?

            - Não sei. – e realmente eu não tinha idéia.

            - Você gostaria de ler? – ela perguntou com muita curiosidade.

            - Sim, eu gostaria. – admiti. Eu sempre evitava mentir para Alice, por dois motivos: porque ela sabe se é verdade ou mentira e porque nela podemos confiar. – Me fale sobre ela. – eu pedi.

            - Ok! – ela disse animada. Eu apenas fiz esse pedido, pois captei em seus pensamentos que ela estava doida para falar. – Ela é bem alta, uns 1,70 de altura ou mais. Usa maquiagem, roupas lindas, não são de grife, mas são legais, o cabelo é preto, mas não é tinta.

            - Por que você não pensa nela e acaba com minha curiosidade? – ela temia em não pensar na garota.

            - Porque quando você conhecer ela, quero que seja uma surpresa. Agora me deixe terminar. – falou ela e mandei com que prossegui-se. – Logo quando avistei ela, vi que ela ia fazer tatuagens e um piercing.

            - Como? – eu odiava essas coisas, me lembrava rebeldia.

            - Bom ela já tem as tatuagens, só vai finalizar elas. E vai colocar um piercing no nariz.

            - Ódio essas coisas. – eu falei irritado demais. – Como vou me envolver com uma garota assim?

            - Os opostos se atraem. – falou Alice e saiu da sala.

            Eu tinha muita coisa em que pensar. A idéia de ter voltado para Forks era muito confusa e seu eu visse Bella novamente seria doloroso demais, e ainda por cima ficar com a filha dela. Não! Edward Anthony Cullen, você não pode! E essa garota tem tatuagens e piercings. Eu odeio isso. Amanhã retornaremos ao colégio, mas meu nome será Edward Hale, serei filho de Rosalie e Emmett – ri só de pensar. Alice vai ser Alice Manson, filha de Emmett com outra mulher, - o que tornava o Emmett um pegador. E Jasper seria, Jasper Cullen meu filho e de outra mulher. Obvio que nossos pais são os que moravam aqui. Já que somos parecidos com ele, de alguma forma tivemos que fazer essa mudança radical para não causar suspeitas.

            POV Verônica

            Acordei super feliz essa manhã. Tomei banho, me arrumei, tomei café e fui para o colégio. Chegando lá alguns alunos olhavam para mim e outros para um carro no estacionamento, um Porsche amarelo, divino, fiquei com inveja do dono ou dona daquele carro. Entrei no prédio da escola e fui até a secretaria, chegando lá, uma mulher perguntou.

            - Bom dia. O que gostaria? – ela estava com um sorriso falso na cara.

            - Oi. Sou Veronica Black. – informei a ela com meu sorriso falso na cara.

            - Ah, ta! – ela mexeu em alguns papeis e me entregou dois. – Seu horário e um mapa do colégio. Boa sorte.

            - Valeu. – eu falei e sai da secretaria. Quando eu saí logo encontrei com o Victor, que estava sentado na mesa com alguns colegas, e quando me viu me chamou até lá. E eu claro fui até ele.

            - Oi. – ele falou quando me aproximei. Ele estava junto de dois meninos e três meninas.

            - Oi. – eu respondi e ele me puxou para um abraço, fazendo com que a ruiva que estava parada com ele quase caísse e depois ficasse com raiva de mim.

            - O que você está fazendo aqui? – ele perguntou surpreso depois de me largar do abraço.

            - Estou estudando aqui agora. – eu falei e a ruiva me encarava com raiva, e eu claro, não ia deixar barato.

            - Legal! – logo quando Victor falou isso o sinal tocou.

            - Eu já vou. – eu disse ao Victor. – Tchau amo... desculpa é a força do habito. – e ele sorriu mostrando todos os seus dentes. E por fim dei um beijo demorado na bochecha dele e saí. A ruiva me fuzilava pelas costas.

            As primeiras aulas passaram rápido. Primeiro tive biologia, depois história e depois inglês e antes do almoço eu teria Educação Física, chegando na quadra um homem bonito e forte veio até mim.

            - Você deve ser Verônica. – ele falou e eu acenei um sim com a cabeça. – Sou Marcelo o professor de Educação Física.

            - Ah, oi. – que professor gato. Em La Push meu professor de Educação Física era baixo, gordo e com os dentes sujos e amarelados, mas esse tinha os dentes excepcionalmente brancos.

            - Aqui está uma roupa para você, mas se não quiser jogar hoje, não precisa. – peguei a roupa e perguntei.

            - O que vão jogar hoje?

            - Vôlei. – ele falou e eu me animei com a idéia.

            - Então eu jogo. – e eu fui até o vestiário me trocar, a roupa ficou meio garnde, mas não me importei, eu queria jogar. Quando saí do vestiário vi a ruiva, que quando percebeu minha presença me olhou com um misto de desprezo. Vaca, é o que ela é. O professor apitou dando início ao jogo, o time da ruiva estava ganhando e com alguns minutos o professor para o jogo e diz.

            - Lucia, troque de lugar com a Veronica. – PERFEITO, eu ia adorar acabar com o time da ruiva. Meu time estava dando uma lavada no outro, quando a ruiva se estressa e saca a bola em direção à mim. Eu claro consegui me desviar, mas a bola bateu com muita força na minha mãe e eu acabei escorregando e caí, e ela ficou rindo. O professor viu que foi de propósito e disse.

            - Kate, detenção. – ele falou e ela saiu bufando de raiva da quadra e o professor foi até mim. – Tudo bem? – e me ajudou a levantar.

            - Sim. – ele me olhou um pouco e viu minha mão.

            - Sua mão está vermelha, é melhor ir na enfermaria.

            - Tudo bem. – eu falei e fui me trocar, mas eu não iria na enfermaria de jeito nenhum. O sinal bateu e fui para o refeitório que estava cheio. Onde eu ia me sentar? Droga, no chão só se for. Foi quando olhando que eu vi um anjo.

            Não, eu não estava doida, era um humano, um deus grego melhor dizendo, ele estava indo se sentar junto com uma garota que parecia uma fadinha de conto de fadas. Fiquei olhando ele à distância, ele era lindo demais para ser verdade.

            POV Edward

            As aulas foram repetitivas. Antes do almoço eu estava tendo álgebra 2, quando ouço os pensamentos de uma garota que estava na quadra. “Meu time está dando uma lavada no outro. A ruiva vai perder. Perae? Aiiiiiii, minha mãe e aiii minha bunda”. Era uma mente interessante, infantil, excêntrica e com uma pitada de humor. “Kate, detenção”, falou a voz do professor, captado pelos ouvidos da garota. “Bem feito para a ruiva Kate. Se minha mão não estivesse doendo eu dava uns belos socos nela”, e a garota se imaginou batendo na outra e dessa vez eu tive que rir.

            - Alguma graça, sr. Hale? – perguntou a professora.

            - Não senhora Wolf, nenhuma. – ela me olhou e continuou a aula. Depois de algum tempo o sinal tocou e eu queria ouvir mais dos pensamentos daquela garota, até que Alice se aproxima.

            - Edward, a garota estuda aqui. – ela falou animada.

            - A filha de Bella? – eu perguntei e nos sentamos, enquanto Jasper se aproximava de nossa mesa.

            - Sim. – falou ela. – Ali está ela. – falou Alice e apontou para uma garota alta, magra, de cabelos pretos, de certo modo era bonita, até que prestei atenção em seus pensamentos “Aonde eu vou me sentar? Droga! No chão só se for!”, era a mente da garota que eu procurava. Não sabia por que ou como, mas aquela mente me fascinava. Era uma mente normal, mas algo em mim estava falando que aquela mente tinha algo de especial, o que dizia que a garota também era especial.

            - Eu escuto seus pensamentos. – eu falei enquanto Jasper se sentava. Eu me sentia obrigado à ajudar aquela garota, sem ao menos conhecê-la. Era mais inacreditável do que foi quando conheci Bella. – Ela não tem onde se sentar. Vá até ela Alice.

            - Eu? – ela perguntou com dúvida e alegria em seus pensamentos.

            - Sim. Vá até ela.

            - Como eu disse. Os opostos se atraem. – falou Alice e foi até a garota.

            A menina estava olhando em nossa direção e nossos olhos se cruzaram e ela rapidamente para um humanos, desviou os olhos. Ela era totalmente o contrário de Bella, mas eu não me importava com isso. Fiquei observando ela e descobri seu nome. Verônica.

POV Verônica  

Eu estava no refeitório olhando aquele garoto lindo e meu coração começou a palpitar, até que nossos olhares se cruzam e eu rapidamente desvio os meus olhos para o outro lado do refeitório e de repente escuto uma garota falando comigo.

- Oi. – falou uma garota baixinha de cabelos curtos. – Sou Alice e você?

- Sou Verônica. – ela parecia com uma daquelas fadinhas.

- Você é nova aqui não é?

- É. – eu respondi com um sorriso no rosto.

- Eu, meu irmão e meu primo também somos. Quer sentar conosco? – ela falava tão certinho, que eu diria que ela não é desse época, o que é impossível.

- Ahh... – eu pensei, e vi que ela estava com aquela garoto o deus grego e disse – Claro.

- Ok! – e fomos até a mesa dela. Cheguei lá e não consegui me segurar, fiquei olhando o deus grego, quase babando em cima dele.

- Veronica esse é meu irmão Edward e meu primo Jasper. – falei indicando os dois.

- Oi. – eu falei e me sentei no meio entre Alice e Edward.

- Quantos anos você tem? – perguntou Alice.

- 17, e vocês? – eu perguntei.

- Eu e Alice temos 17 e Jasper 18. – falou o deus grego.

- Você e Alice são gêmeos? – afinal eles são irmãos e tem a mesma idade, só se forem adotados.

- Não. – respondeu Edward. – Somos filhos de mães diferentes. E eu sou mais velho.

- Hum. – respondi.

- Por que sua mão está assim? – perguntou Alice.

- Eu caí na Educação Física. – que chatice ela reparar isso.

- Melhor ir na enfermaria. – falou Edward.

- Não é preciso, tenho que ir. Tchau. – eu falei e sai correndo daquela mesa.

POV Alice   

- Por que ela saiu correndo? – perguntei ao Edward.

- Ela ficou intimidada com a minha presença. – falou Edward se gabando.

- No que ela está pensando? – perguntei.

- Nos pais dela. Bella e Jacob, vão fazer 22 anos de casados. – falou Edward um pouco triste, e me lembrei que Jacob, era um quileute.

- Se ela é filha de Jacob, ela é filha de um lobisomem?

- Sim. – falou Edward e se foi.