As pessoas começaram a entrar pelas portas da frente. Três com o olhar altivo de Katrina, humanos como Eleonor, e um grupo de Dolls.

Dos Doll Makers, dois eram homens, e uma era mulher, seus nomes eram:

Friedrich, o Doll Maker do Oeste.

Ludwig, o Doll Maker do Leste.

Abigail, a Doll Maker do Sul.

Friedrich trazia consigo um grupo de seis Dolls, todas mulheres. Ludwig trazia sete delas, cinco mulheres e dois homens. Já Abigail trazia oito Dolls, assim como Katrina, seis homens e duas mulheres.

Fora os convidados humanos.

O salão for preenchido rapidamente, e os pequenos grupos de conversa começaram a surgir. Eleonor ficou parada, observando os pequenos grupos de pessoas, rindo e se exibindo. Até que uma das Dolls de Ludwig veio lhe dirigir a palavra.

- É raro ver uma humana morando entre Dolls, ainda mais com consciência do que se passa dentro de sua casa. – ela sorriu.

- A-Ah... Fique tão surpresa quanto você, acredite. – ela respondeu, fitando os olhos agradáveis da garota de olhos e cabelos castanhos.

- Muito prazer, me chamo Natasha. – ela sorriu, doce.

- Eleonor. – ela retribuiu o sorriso.

- Diga-me, você tem o desejo de se tornar uma Doll?

Eleonor nunca havia nem sequer parado para ponderar, ela não sabia o que responder.

- Erm... Eu nunca pensei a respeito.

- Desculpe, estou sendo inconveniente, não estou? – ela falou, sem nem ao menos esperar uma resposta. – Ah, eu sabia. Por Deus Natasha! Você tem que parar de incomodar os outros. – ela se repreendeu.

- Não se preocupe. – Eleonor não pode deixar de esboçar um sorriso. Todas Dolls que encontrou até agora eram gentis e doces, lhe pareciam até melhores que a maioria dos humanos.

A garota voltou a sorrir. Tinha o cabelo preso em duas marias-chiquinhas, seu cabelo se enrolava em um único e perfeito cacho em cada lado.

- Desculpe. Mas quem é o senhor-alto-misterioso-e-atraente que está olhando nessa direção? – ela perguntou, rindo suavemente.

O olhar de Eleonor cruzou o salão pra esbarrar no olhar cinzento e penetrante de Oliver, sorvendo um gole de champanhe.

- Erm... – ela tomou fôlego, desviando os olhos. – Aquele é Oliver.

- Eu acho que você devia falar com ele.

- Não sei se há o que falar.

- E quem disse que é preciso falar?

A música dos dedos habilidosos de Gerrard enchia o ar da sala numa melodia suave de piano.

A garota sorriu. Eleonor se sentia espantada em como sentia falta  de conversar com outras garotas, e Natasha era um tipo muito agradável.

- Hum... Nos falaremos antes da valsa.

- Não se você, mas se alguém me olhasse assim eu não esperaria até a hora de coisa alguma. Mas se você diz. – ela da de ombros despreocupadamente. – Venha, vou lhe apresentar aos meus irmãos.

Eleonor foi arrastada pela sala até onde um grupo de seis pessoas estava sentado, quatro mulheres e dois homens.

- Pessoal. Essa é Eleonor, a humana residente de Doll House.

Instantaneamente, seis sorrisos calorosos se abriram na direção de Eleonor.

- Ouvimos falar muito de você, Eleonor. – outra das mulheres se manifestou.

- É um prazer finalmente conhecê-la. – um dos homens sorriu, sentado ao lado da garota.

- Esses são Luccia e Aaron. Eles são os mais velhos. – Natasha sorri, ainda segurando Eleonor pela mão.

- Soubemos muitas coisas boas a seu respeito. – uma outra garota, no outro extremo da mesa, sorriu.

- Aquela é Alicia. – Natasha apontou alegremente.

- Gostaria de se sentar? – outro dos homens perguntou, este estava de pé ao lado de Luccia.

- Aquele é Arthur.

- Oh, não, obrigada. – Eleonor sorriu.

- Você é amiga de Oliver, certo? – Aaron perguntou.

- Isso, sou sim.

- É mais que isso.

E de repente Oliver estava parado atrás das duas.

- Ah! – Eleonor pulou no lugar.

- Boa-noite Oliver. – Luccia e Aaron sorriram.

Todos os outros se curvaram educada e reverentemente.

Eleonor começou a se dar conta de um fato que talvez não tivesse notado: Oliver era importante e influente.

- Soube que você e o seu irmão não estão mais em estado de guerra. – Aaron perguntou, casualmente.

- Mérito de Eleonor. – ele sorriu aristocraticamente, parecia habituado a convivência com essas pessoas. – Me ajudou a ver o ponto dele.

- Grande conquista senhorita. – Luccia acenou positivamente com a cabeça.

- Erm... Obrigada eu acho.

- Não minha cara. Obrigada você. – Luccia sorriu.

Dietrich se aproximou pouco depois e disse algo sussurrado a Oliver.

- Dietrich. – Aaron sorriu.

- Aaron. – Dietrich acenou, sério e formal.

Ambos partilhavam a mesma idade.

Oliver se vira a Eleonor enquanto ambos conversam.

- A valsa já vai começar.

- Sim... E...?

- Quer dançar? – um sorriso atravessa o rosto de Oliver, iluminando o olhar que permanecia cravado em Eleonor.

- C-Claro...