Doll House escrita por Aleksa


Capítulo 15
Capítulo 16




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Naquela noite ainda, todos estão deitados. Eleonor decidiu que seria melhor se ela simplesmente se mantivesse em seu quarto naquela noite, Oliver ainda parecia atormentado.

Na sala, Oliver, debruçado sobre a mesa, encarava a garrafa de vinho que lhe trouxera toda essa desgraça...

- E agora...? – ele suspira.

- Falando sozinho, Oliver?

Sebastian.

- Fico surpreso que esteja acordado Sebastian, ainda não é nem meia-noite. – Oliver diz, olhando no relógio de pendulo da parede.

- Quis acordar mais cedo hoje. – Sebastian da de ombros.

- Entendo.

- Ao que parece, as coisas ficaram bastante desconfortáveis entre você e Eleonor... – Sebastian diz, sentando-se na cadeira em frente a de Oliver.

- Isso... Não sei o que eu faço agora.

- Já pensou em deixar de racionalizar cada minúsculo pensamente que você tiver? – ele diz, apoiando a cabeça na mão direita.

- Todos vocês falam de mais... Agir é outra coisa.

- Não seja por isso... – Sebastian diz.

Sebastian levanta e vai até o meio da sala, tocando um sino bem pequeno que havia sobre a mesinha de centro.

- Por que está chamando os outros? – Oliver pergunta.

Aos poucos, as portas dos quartos dos outros seis foram se abrindo, e eles, ainda de pijama, se dirigiram a sala.

- O que houve? Por que chamou, Sebastian? – Gerrard pergunta.

- Amanhã, Oliver e Eleonor vão sair da casa e ir passear por ai. – Sebastian declara, categórico.

- Eu vou o que?! – Oliver pergunta.

- Você VAI, querendo ou não. – Sebastian diz.

- Claro, por que não? – Yuri concorda.

- Certo, Eleonor não saiu nenhuma vez desde que chegou. – Dominik diz.

- Não tenho nada contra. – Boris da de ombros.

- Se for preciso, eu o amarro. – Nathaniel ri.

- Vai ser interessante. – Gerrard diz, sentando-se.

- Eu aprovo. – Vivaldi diz, apoiando-se no braço do sofá.

- Excelente. – Sebastian sorri.

- Ninguém me pergunta mais nada?... – Oliver reclama.

- Nem é preciso. – Katrina diz, parando no meio da escada.

Os olhares dos oito se dirigem a ela.

- Você vai. – ela sorri, praticamente sarcástica. – É uma ordem.

Pronto, o caso estava encerrado.

- Sim, mestra... – Oliver concorda.

Já na manhã seguinte, Eleonor acorda com uma batida em sua porta.

- Entre... – ela diz, enrolando-se no lençol.

Oliver surge em sua porta, vestido com uma camisa sem botões e mangas longas, preta e branca, e uma calça jeans escura.

- Vista-se. Nós vamos sair.

- Pra onde?

- Não faço ideia... – ele suspira. – Espero você lá embaixo.

Eleonor estranha a atitude de Oliver. Salta da cama e vai se vestir, depois saindo e se dirigindo a sala.

 Oliver está cercado de 8 dos mais diferentes sorrisos, inclusive o de Katrina, que parecia divertir-se.

- O que está havendo? Vocês estão me assustando...

- Você e Oliver têm um encontro hoje. – Yuri sorri, inclinando a cabeça para a direita.

Oliver estremece a menção da palavra “encontro”.

- Nós temos o que?... – Eleonor diz, pensando ter ouvido errado.

- Um encontro. – Gerrard repete.

- Encontro? – ela pergunta, ainda não acreditando ser o que ela ouviu.

- Isso. – Dominik diz.

Eleonor fica em silêncio por um minuto.

- Tá, de quem foi essa ideia? Dele não pode ter sido. – ela aponta na direção de Oliver.

- Foi minha. – Sebastian se manifesta.

- Ah... – ela concorda. – Pessoal, eu não posso obrigá-lo a ir a lugar algum comigo, se ele não quiser. – ela diz.

- Mas nós podemos. – Katrina diz. – Agora vai. – ela aponta na direção da porta.

Nesse meio tempo, Oliver fica calado mexendo nos babados na almofada do sofá, a ele só cabia o papel de ir ou não, mais nada.

Minutos de discussão se passam, e então, Eleonor e Oliver finalmente saem de Doll House.

- Sinto muito por toda essa situação, Oliver.

- Não é sua culpa. – ele suspira. – Só estão tentando me forçar a ser feliz... – ele da de ombros.

Eleonor acaba rindo do comentário, Oliver não entende muito bem o porquê, ele não estava sendo engraçado...

- Faz muitos anos que eu não saio de Doll House. – Oliver diz. – Quer ir pra onde? – ele pergunta a Eleonor.

- Hm... Que tal ao píer, lá encima a vista é linda.

Píer é a borda de um penhasco muito alto, onde embaixo, o mar quebrava em pedras enormes; e lá, tinha um parque, onde as pessoas podiam ver o pôr-do-sol e ler, atrás de uma tela de proteção, para que ninguém caia, claro.

- Claro. – Oliver diz. – Agora escolha o carro.

Olhando pra frente, Eleonor contempla a enorme coleção de carros de Katrina. Diferente da maioria das mulheres, ela não colecionava sapatos caros ou perfumes importados, mas carros feitos sobre encomenda.

 - Nossa... – ela diz.

Oliver encosta em um muro e abre uma embalagem de bala, esperando que Eleonor se decidisse.

- Então? Qual você gosta mais?

- Daquele. – ela diz, apontando uma moto preta e prata.

- Isso foi em presente de aniversário pra mim. – ele diz.

- Hãn? – ela diz, inconformada.

- Mais uma das tentativas de me forças a ser feliz. – ele diz.

- Tiveram muitas?

- Já perdi a conta. – ele diz, subindo na moto.

- Você sabe dirigir essa coisa? – ela pergunta.

- Se não souber, nós vamos descobrir logo.

Um leve arrepio de medo corre a espinha de Eleonor, mas ela não achava que Oliver pudesse fazer alguma coisa que pudesse matá-los.

- Segure. – ele diz.

- Pra que?

Os pneus da moto cantaram e Oliver sai pelo estacionamento.

O sangue de Eleonor gelou e ela grudou nas costas de Oliver, abafando um grito que parou a poucos milímetros de ser expulso a altos brados.

 


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