Kiss Me, Kill Me escrita por aegyo nad


Capítulo 5
4 - Amigas


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpa a demora, e desculpa não ter respondido os reviews! Vou respponder quando chegar, estou atrasada :O vou correr...



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 Passei o resto da tarde procurando saber mais de Gustav. Não achei muita coisa, ele é realmente muito reservado. Então, resolvi ouvir alguns CDs do Tokio Hotel. Surpreendi-me ao ver que sabia cantar as músicas de algum dos CDs. Os únicos que eu não conhecia eram os Humanoids, que deveriam ter sido lançados quando eu estava internada.

 Depois de ouvir os CDS de trás para frente, e ter redecorado as músicas, comecei a ouvir outras bandas, que aparentemente, eu gostava. E descobri que a música me fazia feliz, e preenchia todo aquele enorme vazio em mim.

 Eu esperava ansiosamente Gustav chegar. Eu queria ver a reação dele ao perceber que eu estou diferente.

 Após o banho, decidi cortar meu cabelo com gilete. E posso garantir que ficou muito bom. Acho que já fiz aquilo antes, com certeza.

 Aproveitei para depilar aqueles pelinhos indesejáveis na sobrancelha, pernas e virilha. Por sorte, eu achei cera fria no guarda-roupa.

 Passei pouca maquiagem, apenas um pouco de blush, rímel e gloss. Eu estava bonita, e não tenho ideia de como consegui fazer aquilo.

 Quando cansei de ouvir músicas, fui para a sala. Sentei no sofá, e pouco tempo depois, Gustav entrava. Tive de me controlar para não suspirar ao vê-lo.

 Ela parou na porta, mas não a fechou, apenas a encostou e me observou cuidadoso.

 - Becky... Você mudou.- Ele sorriu.

 - Sim. Estou me sentindo melhor.- Levantei-me.- E você, gostou?

 - S-se eu gostei? Eu adorei, Becky! Você continua linda.- Ele desviou os olhos, ficando vermelho.- Bom, é que... Eu trouxe uma surpresa pra você, mas não sei como você irá reagir.

 Ergui uma sobrancelha, o encarando curiosa. Ele se afastou, ainda com o olhar em mim, e abriu a porta.

 Eu não vi nada. Apenas um vulto colorido e de repente havia alguém me abraçando tão forte, que eu sentia minhas costelas doerem.

 - Ah, Becky! Que saudades de você! Eu nem acredito, amiga!- Ela murmurava, me apertando.

 - Andressa, lembra do que combinamos? Vai com calma!- A garota me soltou e me olhou chorando e sorrindo ao mesmo tempo. Era uma das meninas de minhas lembranças, loira, cabelo liso e olhos azuis.

 - Desculpa!- Ela se afastou. Havia outra garota parada na porta, com cachos perfeitos e olhos verdes me olhando cautelosa. Sorri timidamente.

 - Oi, Becky.- Ela disse.- Eu sou a Amanda, e ela é a Andressa. Somos suas amigas.

 - Ah... Eu sei. Eu lembro de vocês.- Elas se entreolharam. Andressa voltou a me abraçar.

 - Eba! Que bom, eu fico tão feliz, Becky!

  - Dessa... Calma!

 - Desculpa!- Ela se afastou, e eu não pude deixar de sorrir.

 - Bom...- Gustav disse.- Acho que vou deixar vocês sozinhas um pouco. Vou para o quarto, depois conversamos, Becky.- Ele saiu, e nós ficamos sozinhas.

 - Ai, Becky! Sentimos tanta saudades de você! Foi bem difícil sabe? Mesmo porque a gente sofreu ameaças e... Ai!- Amanda deu um beliscão e Andressa parou. Franzi as sobrancelhas, frustrada por não receber mais informações.

 - Ameaças?- Repeti, tentando entender. Elas olharam para o chão, e eu entendi que não iriam contar.

 - Bom, Becky... Você ficou tanto tempo fora!- Amanda mudou de assunto, e agora estava sorrindo e me puxando para o sofá.- Temos que te contar as novidades...

 Ela falou de um garoto chamado Bill. Disse que tinha a impressão de que ele a pediria em casamento em breve, já que eles namoravam há dois anos e meio. Disse que estava completamente apaixonada por ele, e ela sabia que ele também.

 Andressa disse que Tom estava melhorando aos poucos. Disse que antes, ele realmente não se importava com nada e saía com outras garotas, mas parou, e agora, se comportava melhor e ficava cada vez mais próximo dela. Seus olhos brilharam ao dizer que ele a tinha pedido em namoro.

 Mesmo sem saber quem são Bill e Tom, fiquei feliz por elas. Afinal, eram minhas amigas, pelo que eu sabia, e eu gostei delas.

 Conversamos animadamente, e quando percebemos, já estava escuro. Começamos a ficar com fome, mas eu não tinha ideia do que fazer. Por isso, fui até o quarto de Gustav.

 Bati uma vez na porta, devagar, e entrei em seguida. O quarto era simples, assim como Gustav, e eu adorei isso. Estava escuro, e frio, a janela estava aberta. Aproximei-me da cama e me sentei ao seu lado. Ele estava dormindo com os óculos, havia um livro em suas mãos. Toquei em seu braço e percebo que ele estava arrepiado. Levantei, fechei a janela, e voltei.

 Pelo pouco que eu podia ver, ele estava ainda mais bonito dormindo. Tinha um ar sério, mas angelical, e eu fiquei com pena de acordá-lo. Lembrando de que estava com fome, e ouvindo as risadas das garotas na sala, suspirei e sacudi seu braço uma vez.

 Ele acordou lentamente e me olhou assustado por alguns segundos. Depois que percebeu quem eu era, sorriu e se levantou, colocando o livro ao seu lado.

 - Eu dormi... Já é muito tarde?- Ele perguntou com a voz rouca.

 - Não, anoiteceu à pouco.- Respondi.- Gustav, nós estamos com fome, mas eu não sei o que fazer.

 - Ah, claro... Desculpa, vou fazer alguma coisa pra nós.- No entanto, ele não se mexeu. Percebi que ele olhava para baixo e segui seu olhar. Ele observava minha mão sobre o seu braço, que eu tinha esquecido de que estava ali.

 - Ai, desculpa.- Retirei a mão rapidamente, mas quando estava levantando, ele a puxou, e me fez virar. Tentei enxergar seus olhos, e os achei, na pouca luz que entrava no quarto.

 Ele não falou nada. Mas de repente, percebi que precisava fazer alguma coisa.

 Ele se levantou, me soltando, mas eu parei na sua frente para impedi-lo de passar.

 - O que foi, Becky?- Ele perguntou com a voz doce.

 - Nada... Eu só... Queria ver uma coisa.- Aproximei-me mais, e percebi o quanto eu era baixinha. Gustav, mesmo não sendo muito alto, é bem mais alto que eu. Levantei a cabeça e percebi que ele estava prendendo a respiração, e o quanto nós estávamos próximos.

 Tarde demais para voltar atrás.

 Sua boca estava suficientemente perto da minha para que eu pudesse beijá-lo. E foi o que eu fiz. Um beijo rápido, mas o suficiente pra sentir minha nuca formigar e meu estômago dar uma estranha cambalhota. Senti que ele ficou paralisado. Afastei-me e saí do quarto sem olhar para trás.


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Notas finais do capítulo

Bom, meu capítulo de presente de aniversário do meu Biscoito, gemt *---*
Gustav, parabéns atarsado, meu amor! Já te falei tudo o que eu queria, então qq
Bom, deixem reviews *---*
Beijos :*
ps: Quem vai no show do TH? *--*