Carta para Harry Potter escrita por SunnyMunroe


Capítulo 4
Finalmente?


Notas iniciais do capítulo

N/A: Oiie. Espero que tenham gostado deste capítulo, ele foi escrito aos poucos, eu estive viajando e era meio tenso de ficar escrevendo. Espero que tenham gostado. Beijinhos. Sunny. REVIEW!



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Finalmente?

O impacto da visita de Dino durou por volta de dez segundos, que eu o fiquei encarando. Após isto, voltei a mim, já possibilitada a falar novamente.

- Dino? O que faz aqui? – perguntei incrédula.

- Oi Gi – cumprimentou-me ele, me abraçando. Fiquei rígida enquanto estava envolvida em seus braços. – Como vai?

- Ahn – hesitei, olhando discretamente para o curativo em meu pulso. – Bem.

Ok, mentir não é a melhor coisa. Mas o que eu diria? "Ah, eu vou muito mal! Hoje eu quase me matei, este corte no meu pulso é por causa disto sabia?". Não havia jeito, mentir era a melhor solução, por mais que não seja correto.

- Ouvi falar de seu estado – disse ele calmamente.

- Meu estado? – perguntei, franzindo a testa – Qual é o problema? Eu estou louca ou algo assim? – ah, o jeito que ele disse "seu estado" deixou-me nervosa. Soava como se eu estivesse doente, louca. E eu odiava quando falavam assim de mim.

- Gi, todos sabemos que você está deprimida por causa da partida de Harry.

Fitei os olhos deles, tentando transmitir meu ódio a ele.

- Eu não estou afirmando nada, mas se for, o que você tem com isso? – perguntei rispidamente.

- Gi, eu...

- Não me chame de "Gi"! – cortei-o furiosa.

- Gina! Você tem de esquecer ele! Ele vai morrer se ainda não morreu!

- NÃO ELE NÃO VAI! – comecei a gritar, com muito ódio. Afinal, como ele tinha a ousadia de vir até minha casa e dizer que Harry morreria, se já não morreu?

- Gina! – ele começou a falar um pouco mais alto, porém ainda não gritava como eu fizera – É que...

- É que o que? – perguntei com as lágrimas de ódio já transbordando de meus olhos. Como eu pude ser tão estúpida de ter namorado um idiota como Dino? Qual é o meu problema?

- Sou eu – sussurrou ele, tão baixo que se eu não tivesse uma audição aguçada jamais teria escutado.

- Dá pra você ser mais certo no que fala? É você o que, Mérlin?

- Eu sou a solução! Para tudo. Sua depressão...

- Eu não estou em depressão – disse eu, rispidamente com os dentes cerrados.

O que ele queria dizer com solução? Afinal, o único que seria a solução seria Harry. Não que eu fosse uma pessoa depressiva, mas com certeza acabaria com esta minha triste fase.

Então Dino deu um grande passo, cortando a distância entre nós, e ele me beijou.

Seus lábios nos meus me deram repulsa, nojo. Acho que ele não me conhece bem, pois Gina Weasley não deixaria alguém fazer isto com ela. Dei um forte tapa diretamente na cara dele e puxei minha varinha, apontando-a ameaçadoramente para seu peito.

- Nunca. Mais. Faça. Isso. Pelo menos, não sem minha permissão. Ou seja, nunca irá acontecer.

Seus olhos grandes e castanhos cintilaram de raiva. Eu sabia como ele se sentia humilhado. Eu poderia me desculpar, mas a raiva e o ódio ardiam em cada célula de meu corpo, eu nãoconseguiria negar. Então, eu ouvi um barulho, algo como "craque". Dino Thomas desaparecera dali, aparatando.

Guardei a varinha, com as mãos tremendo de raiva. O que era aquilo? Minha mãe estava deixando qualquer um entrar, bater em minha porta e dizer o que quisesse? Lembrando-me depois de algum tempo, de que eu devia respirar.

- Respire, Gina, respire – murmurava eu para mim mesma. Naquele momento eu não podia desistir da vida, não em tempos como aqueles. E se uma batalha estivesse próxima? Um bruxo a mais é sempre bom, e um a menos é sempre ruim. Eu iria desistir, e deixar o mundo, antes que eu ao menos lutasse para o bem dele? E também havia as pessoas que me amavam, elas se tornariam mais vulneráveis na batalha, elas poderiam morrer. E a culpa seria minha.

Sai de meu dormitório, lugar onde eu passara tanto tempo nos últimos dias, a minha ilha no meio daquele oceano de angústias, aflições e dúvidas...

Na cozinha, onde fui procurar algo para comer, encontrei minha mãe. Aquela senhora gordinha que eu tanto amava, ia sofrer tanto a perda da filha mais jovem. Como eu pude pensar em algo como aquilo?

- Gina! – exclamou ela, alegre. Seus olhos passeavam pelo espaço atrás de mim, procurando algo. – Onde está Dino?

Ah, sim. Tinha de ser isto o que ela procurava.

- Ahn, ele... Teve de ir – disse eu, sombria. Não entraria em detalhes, minha mãe sempre achara Dino um menino muito decente, assim vamos dizer. Ela ficaria magoada comigo se eu lhe contasse o jeito que eu o tratei, e ficaria decepcionada pelo jeito que Dino me tratara. Resumindo, se eu entrasse em detalhes, aquele sorriso belo que ela exibia no rosto desapareceria, e eu não queria aquilo.

- Ah que pena! Eu ia convidá-lo para o almoço – disse ela, decepcionada – Hoje que eu fiz meu frango Weasley – ela voltou os olhos para mim e apontou o dedo indicador da mão esquerda para o teto, parecendo que queria alertar-me sobre algo – Receita de família.

- É claro – concordei. Sorrindo. Encostei-me na bancada de mármore da cozinha, contemplando o trabalho culinário de minha mãe.

Estávamos em silêncio, ela trabalhando e eu assistindo por muitos minutos. Assistir minha mãe cozinhar sempre fora algo que eu gostava de fazer desde pequena. Tenho de admitir que a partir de meus 13 anos isto não me interessara muito mais. Então eu sai da bancada e dirigi-me a meu quarto.

Chegando lá, sentei-me em minha cama. Minha testa estava molhada de suor por causa da umidade que estava fora da casa. Quando sentei-me na superfície mole e confortável do colchão coberto pela colcha vermelha, vejo que sentei em cima de algo. Levantei-me e olhei o que era o objeto que eu sentara.

Assim que bati meus olhos no que eu sentei, meu coração disparou. O suor se espalhou por todo meu corpo e meus olhos brilharam de excitação, ansiedade. Em cima da colcha vermelha, se destacava um pedaço de papel. Eu havia recebido uma carta. Seria finalmente a minha tão esperada resposta?

 


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