As Caçadoras escrita por PillySword, Bellaplayhot


Capítulo 34
Capítulo 25 - O Lobo Revelado


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo, eu queria desejar um FELIZ NATAL pra todos akiii, que vocês tenham tido um dia maravilhoso, alegre e magico como todo Natal deve ser... E por isso, esse mega capítulo vai de presente a todas vocês, minhas leitoras perfeitas que me acompanham e sentem as emoçoes da história dessas três irmãs piradas.
Agora, eu queria agradecer muito e dedicar mais uma vez, esse capitullo à algumas pessoas especiais: minha melhor amiga e companheira escritora, a Bells. E duas leitoras que me ajudam mais do que podem imaginar, e que estão se mostrando verdadeiras amigas, a Breeh e a LarissaBruunks ((Juuuh))... Brigadão meninas. E ah, teve outras leitoras homenagadas no cap, a Julisanmel e a Cah TCT pelos óótimos reviews e por sempre estarem akii...
Beeeem, ja falei de maaais, então queridas, peguem a pipoca, o refrigerante, tranquem a porta e se acomodem... porque esse capítulo promete...
Feliz Natal



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Niny POV


– Ai Nessie, o que eu faço com você? – eu suspirei pela milézima vez naqueles cinco dias, enquanto a olhava na cama hospitalar.

Depois que ela desmaiou, eu e a Alice a pegamos e a trouxemos para nossa casa enquanto os outros levavam a Jéssica para o hospital e faziam um boletim de ocorrência relatando tê-la achada caída desacordada e sem a perna na estrada de terra na divisa da cidade, com uma moto destraçada jogada a alguns metros dela. Agora como eles
conseguiram colocar uma moto num estado deplorável lá para que os policiais confirmasem a história é outra coisa...

Assim que chegamos em casa, eu e a Alice levamos a Nessie para a ala hospitalar do meu laboratório, deitamos ela na cama e eu já comecei a aplicar o soro regenerador. Seu corpo começou a ter leves convulções mas isso é normal, só uma reação ao soro. Alguns minutos depois foi que eu comecei a examiná-la. A louca tinha três costelas quebradas do lado esquerdo, e duas do lado direito. Quebrou a perna em quatro lugares, os dois tornozelos torcidos, o ombro deslocado, braço direito torcido, o esquerdo quebrado, isso sem contar com os vários ematomas, cortes e pequenas lesões. Mas que diabos aconteceu com ela?!

E assim se passaram cinco longos e intermináveis dias. Eu passava o tempo todo ao seu lado, junto com o Tayco – que não saía de lá por nada – e ela não apresentava nenhuma melhora.



Bella POV


– E então mana, ela já acordou? – eu disse entrando na ala hospitalar antes de ir para a escola, hoje é sexta feira.

– Nada ainda... – a Niny respondeu bocejando – os batimentos vitais estão bem, mas nenhum sinal de conciência ainda.

– Você vai faltar de novo? – eu perguntei – uns quatro professores seus já vieram me perguntar o porque de você estar faltando tanto. E tem uns nossos perguntando pela Nessie também.

– E o que você disse? – ela disse se virando para me encarar.

– Que vocês duas tiveram que viajar pra resolverem uns problemas de família...

– Pelo menos assim ninguém pergunta muito... – ela disse rindo se voltando para a Ness de novo.

– Pois é, a ideia é essa... Eu já vo subindo, o Ed vai vim me dar uma carona tah.

– Não que eu esteja rogando praga, mas essa história de você com o vampiro vai acabar dando merda.

– Sua fé em nós é algo notável maninha... vou me lembrar disso no discurso do casório... – eu terminei de dizer dando risada e correndo para o elevador, porque eu sabia que ela iria jogar alguma coisa em mim.

A porta estava quase fechando quando uma adaga fina entrou zunindo e ficou presa na parede do fundo do elevador, sorte que ele num tinha espelho...

Cheguei na cozinha e o Ed já estava lá, sentado no bancada tomando suco de laranja que a Ginx tinha acabado de servir.

– Desde quando o sangue-suga toma suco? – eu disse rindo e dando-lhe um beijo no pescoço.

– Desde quando deu vontade, eu acho... – ele respondeu rindo também e me deu um selinho.

– Ginx acha que Ginx nunca vai se acostumar com isso – a Ginx disse balançando a cabeça e sumindo atrás do balcão.

Depois de tomar o café, eu e o Ed fomos para o carro dele e seguimos para a escola. A semana foi toda assim... como a Ness estava apagada e a Niny não saia do lado dela, eu estava indo pra escola com o Edward. O melhor foi segunda-feira quando agente chegou na escola de mãos dadas, a cara do povo foi de maaaaaais! E é claro que depois daquela cena junto com o beijo que ele me deu na frente de todo mundo não ajudou muito. Assim que ele saiu, veio a avalanche de perguntas
em cima de mim, o problema é que não foram só de meninas, um mooonte de garotos também vieram saber como aquilo aconteceu e bláblá.

Outra coisa um pouco fora do normal foi o Jake. No dia mesmo do ataque do Wendigo, depois que entregamos a Jéssica perneta no hospital e contamos toda a história para o Carlisle, eu e os Cullen estávamos voltando para a minha casa e conversando sobre os acontecidos – normal, tudo bem – mas só percebemos que fizemos merda quando chegamos em casa. Estávamos na porta da frente quando o assunto chegou no final trágico da Jéssica e da Nessie, e nisso o Jake estava
atrás de nós. Assim que ele ouviu que a Nessie tinha apagado, me pegou pelos ombros e me sacudiu até eu contar tudo o que tinha acontecido.

É... isso sim foi turbulento, depois daquilo, todo dia ele passava lá em casa e ficava horas e horas na sala esperando a Nessie acordar. A outra parte do problema é que a Niny ainda não sabe da parte canina dele, e não vai ficar sabendo tão cedo, só a ideia de que ele nos enganou e nos escondeu isso mesmo depois de saber tudo sobre nós, enfureceria a Niny de uma forma monumental; mas eu ainda acho que a Nessie é quem ficaria mais nervosa com tudo isso. Então, ele esperava na sala passientemente – não tanto assim – porque assim, a Niny – que estava lá em baixo no laboratório – não ficou sabendo de que ele estava lá, então não fez perguntas que seriam desagradáveis de responder. A sorte dele é
que nem a Niny e nem o Tayco subiram enquanto ele estava lá, falando no Tayco, ele literalmente não saiu do lado da Nessie em momento algum! Pelo menos não que eu tenha visto... passava o dia todo com a Nessie, deitado ao lado dela com a cabeça pousada na sua barriga ou no pé da cama.

Mas onde eu estava mesmo? Ah sim, eu estava chegando na escola com o Edward.

– E ae? Alguma coisa? Ela acordou? – fomos abordados por um muleque lobo bem afobado.

– Não Jake, ela ainda está em coma – o Edward disse pondo a mão nos ombros dele – calma cara, ela vai ficar boa...

– Calma, calma... – o Jake repitiu - fala isso pro povo lá em casa! Eu sei que vocês inventaram a desculpa que ela e a Niny tiveram que viajar para resolver uns problemas de família, mas ninguém caiu nessa por lá. Todos da matilha sabem que vocês são caçadoras, e da pra sentir o cheiro das duas do lado de fora da casa. Eu consegui enrolá-los essa semana inteira, mas vocês tem alguma ideia do que vai acontecer se o conselho ficar sabendo que nós não detectamos aquele espírito da floresta?? E pior! Que uma das protegidas do chefe do conselho está em coma um semana por incopetência nossa?!

– Como assim protegida do chefe? – essa eu realmente me perdi.

– Meu pai é o chefe do conselho, e ele diz pra todo mundo que vocês três são afilhadas e protegidas dele e bláblá... – eu Jake me explicou.

– Ah fica tranquilo Jake! - tentei acalmá-lo – isso acontece o tempo todo... Ela só se esforçou de mais, logo logo ela acorda...

Foi então que aconteceu... Aquele som característico de milhares de vozes falando alto ao mesmo tempo e uma correria sem fim dos alunos, e todos indo para a entrada da escola.

– O que está acontecendo? – eu perguntei enquanto pulava para perto dos armários para me desviar da multidão.

– Ah, oi Bella – a Mia K, uma amiga minha da aula de história, me ouviu – estão dizendo que a Jéssica voltou! – e dizendo isso ela voltou a correr.

Eu e os meninos nos entreolhamos por um segundo e corremos junto com a multidão para a entrada da escola. Os alunos, tanto do colégio quanto da faculdade, tinha formado uma verdadeira muralha em volta do portão e não dava pra ver nada. Os dois amiguinhos trocaram um sorriso cúmplice e foram abrindo espaço a empurrões e cutuveladas até chegarmos no olho do furacão.

O que antes estava um verdadeiro rodeio com todas as vozes se misturando e ecoando pela escola, agora era um silêncio mortal, estava tão denso que poderia se cortar com uma faca... Todos ficaram mudos ao ver a rainha da escola, a riquinha patricinha e filinha de papai da Jéssica Stanley entrando na escola sem uma das pernas, com o cotoco na altura do joelho todo enfaixado, sendo apoiada por muletas.

O choque geral se estendeu por mais alguns segundos, até que surgiu uma risada isolada em algum lugar, e daí outra, e mais uma, e mais uma, até que todos riam horrores, choravam de tanto gargalhar, apontavam-lhe o dedo e tentavam imitá-la levantando uma perna e se apoiando nas pessoas do lado.

– I ae rainha, como vai ser a estrela da escola agora?? – gritos surgiam de todas as partes.

– Quem mandou nos humilhar na ginástica!? Vai tentar jogar vôlei agora!!

– ÉÉ espertona, tentou sabotar o elenco da apresentação para ser a principal... Quero ver você dançar ballet agora!

E os gritos, insultos e chingos aumentavam sem parar, ficavam cada vez mais feios, até que chegaram ao ponto de começar a jogar coisas nelas: um copo de suco, uma lata de refri, sanduiches, meio hamburger, bolinha de papel...

– VOCÊS QUEREM PARAR!!! – a última pessoa imaginável em todo mundo berrou, foi até a Jéssica e ficou parada de braços abertos na frente dela... EU.

O choque foi total, ninguém, nem mesmo eu, imaginaria que seria eu a defender aquela coisa! Mas fazer o que, sou boazinha por natureza...

– O que vocês estão fazendo? – eu continuei – se vão continuar assim vão para um zoológico, porque estão parecendo animais!

– Você sabe melhor do que ninguém do que ela já fez com todo mundo aqui! – algumas meninas de varias turmas minhas gritavam, e as outras apoiavam – agora que essa desgraça foi burra o suficiente para ir andar de moto sem saber, ela finalmente se deu mal!!

– ÉÉÉH! – o coro seguiu.

– E ela se deu tão mal que até perdeu a perna com essa merda! – outras continuaram – agora ela vai poder ver como é ser humilhada e deixada de lado! Vai finalmente sentir o próprio gostinho.

– Vocês tem alguma ideia do quanto isso está patético? – eu perguntei com nojo na voz – Desde que eu cheguei ela vive me atormentando, a mim e a Nessie... nós damos umas cortadas nelas e seguimos numa boa. Mas olha só vocês!? Aturam ela a vida inteira e nunca fizeram nada, e agora que a menina sofreu um acidente, está debilitada, ficou presa numa cama de hospital a semana toda, vocês vão querer descontar?? Vocês estão no ensino médio ou no jardim?? Deviam ter é pena e não raiva, porque agora que ela precisa ter pessoas ao lado dela não vai ter ninguém! Eu não estou dizendo que é para serem boazinhas com ela, mas não precisam tratá-la que nem lixo!

Depois dessa minha explosão, todos ficaram em silêncio um tempo, ainda sem entender porque eu a estava ajudando. Para falar a verdade, acho que é porque eu me sinto um pouco culpada pelo o que aconteceu com ela... Quando eu achei o Wendigo, ela ainda estava inteira, mas não fui boa o suficiente e ele me pegou... a Niny me disse que quando ela e a Ness chegaram na caverna dele, a Jéssica já estava sem a perna. A única que poderia ajudá-la era eu, e não fui capaz de fazer isso.

Algumas pessoas começaram a dispersar a rodinha, outras deram uma ultima olhada e foram embora com a cabeça baixa. Um por um as pessoas começaram a sair. A cara delas só perdia para a da própria Jéssica, que me olhava abestalhada, provavelmente em completo choque, com a boca aberta, os olhos arregalados, com o estado estático que ela estava, deixou a bolsa escorregar do seu ombro e foi parar no chão. Eu me abaixei para pegá-la e com um sorriso amigável...

– Vamos Jéss, eu te ajudo até a sala – eu ainda tive que cutucá-la para que voltase ao estado normal, ela agradeceu e fomos juntas até a sala dela.



Jake POV


Que dia mais bizarro! Nem preciso comentar o acontecido com a Jéssica na escola néh? Depois daquilo até que não aconteceu nada de especial... a não ser, tipo, por TODO MUNDO estar falando disso!! Mas tirando isso, acho que foi relativamente normal.

No final do último período, recebi uma mensagem do Seth, dizendo para correr para a aldeia porque eu tinha que resolver umas coisas com o conselho. Então o que e retardado aqui fez? Foi só bater o sinal que eu sai correndo feito um louco e sabe no que deu esse desespero? NADA! Na metade do caminho o Sam me manda outra mensagem dizendo que já resolveu a situação e que eu tava livre de tarde ¬¬’

Bom, então o que um lobo solitário poderia fazer numa tarde nublada, em plena sexta-feira? Ver se a imprinted dele já acordou do coma após ter lutado contra um Wendigo, LÓGICO!

Depois de me decidir fui para a casa das meninas, fui correndo mesmo, preguiça de pegar a moto, maior ainda de pegar o carro e se eu me transformasse num lobo teria que ouvir o povo falando um monte de merda, então fui como gente mesmo, mais fácil.

Como a casa delas é no começo da floresta, ela é cercada por mato o por todo o lado. Eu estava vindo pela estrada mesmo e assim que cheguei perto da frente da casa, ouvi portas de carro se fechando e vozes indo na direção da porta. Pelo visto meu mano Ed e a Beliinha só chegaram agora... eu estava indo cumprimentá-los quando o nome da Nessie surgiu na conversa. Aproveitei os altos e cheios arbustos que formavam uma cerca viva na lateral da casa e me aproximei mais deles sem ser visto, e o cheiro dos pinheiros espalhados por ali disfarçava o meu.

– Bella, todos lá de casa estão ficando preocupados... – o vampirão estava sussurrando – a Nessie já esta naquela ala hospitalar a 5 dias! Eu sei que você disse pro Jake que isso é normal mas...

– Mas eu menti – ela cortou o Ed olhando para baixo.

– Como?

– Eu menti... geralmente quem demora mais pra acordar sou eu... a Nessie sempre se “concerta” primeiro.

– Ela nunca demorou tanto assim? – o Ed perguntou com um tom de preocupação, se fosse eu ali ja estaria surtando, hey... eu JÁ ESTOU surtando!!

– Lógico que já... ela já ficou um mês!! – nisso eu quase infartei – mas depois que enfrantamos coisas BEM piores do que um Wendigo... e ela ter ficado num estado bem mais deplorável do que esse... Mas essa? Foi só um briguinha com um espírito natural e todos os órgãos vitais estão funcionando perfeitamentem já era pra ela ter acordado à 3 dias trás! Até 4 se formos otimistas...

– COMO É QUE ÉH?! – depois dessa o lobo dentro de mim não agüentou e a vontade que tive foi de pegar a Bella pelo pescoço, o Ed com certeza ouviu e ficou na frente dela – Já era pra ela ter acordado e ainda esta em coma? Você mentiu pra mim!?!?

– JAKE! – acho que minha repentina aparição assustou a Bella – Você.. você ouviu tudo o que eu disse?

– Cada. Palavra – fiz questão de falar bem devagar – então quer dizer que a Ness esta num tipo de estado de emergência e você não ia me contar!?

– Eu ia sim, mas não agora! – ela respondeu – olha só como você ficou! Já pensou se tivesse descoberto antes? Não teria saído aqui de casa e a Niny já teria te matado... você sabe disso!

– Éh... esta aí uma verdade incontestável Jake... – o Ed disse olhando pra mim e pondo a mão no meu ombro – você não pode discutir com isso.

– Tah bem, adimito, eu teria surtado bunito depois dessa – eu fui obrigado a admitir – mas fala sério Bellinha, você não iria querer saber se alguma coisa acontece com o sortudo ai? – eu perguntei apontando para o Ed.

– Como o que por exemplo? – ele mesmo perguntou com uma sombrancelha levantada.

– Sei lá cara... você virar lenha pra fogueira, quem sabe? Ou sua cabeça ter virado bola de futebol? Essa sua dentadura se transformar numa espécie de troféu... Conheço algumas pessoas que pensam nisso de vez em quando.

– Ta bem Jake, eu já entendi! – o casalzinho ternura disse junto, depois foi só a Bella – desculpa tah, eu devia ter te contado.

– É, devia mesmo, mas já que não contou, vamos compersar o tempo perdido concorda? – eu perguntei com um sorriso irônico e a abraçando pelos ombros, abri a porta da frente e entrei com ela, com o morcego de guarda logo atrás.

A Bella foi me levando para a sala, ela e o projeto de par romântico se sentaram juntos no sofá de dois e eu me esparramei no sofá de três. Fechei os olhos e respirei fundo tentando localizar o cheiro da Nessie, senti-o bem leve vindo do andar de cima provavelmente do quarto dela, mas pelo jeito ela não ia pra lá a uma semana. Ouvi uma porta de metal se abrindo, parecia ser de elevador, então eu o cheiro dela apareceu, fresco e puro, mas misturado com o da Selline e do Tayco e de mais alguma coisa, depois a porta se fechou e não senti mais nada.

– A senhorita Selline pediu a Ginx para Ginx avisar que... – um ser baixinho, com orelhas grandes e pontudas, olhos grandes e redondos chegou correndo vindo da cozinha – Ginx esta confusa... Por que o garoto Jacob está na casa das senhoritas, mesmo depois de a senhorita Selline ter dito que o garoto Jacob nunca mais colocaria os pés aqui?

– Quem, como, por que, quando, onde?? – surto máster mode on.

– Jake, essa é a Ginx – o Ed depois de jogar uma almofada na minha cara – lembra que eu te falei dela e dos outros elfos?

– Ah... lembrei – pliin e faça-se a luz! – mas que história é essa de a Selline ter dito pra eu não voltar aqui?

– Ué – a Bella respondeu – depois de você ter quase estrangulado a Nessie, ter vindo aqui e eu quase ter te matado com um taco de basebol, acho que ela pode ter ficado com um pouco de receio de você aparecer por aqui de novo...

– AAAAH como se a culpa tivese sido toda minha néh! – eu disse jogando os braços pra cima – olhando assim até parece que a Nessie é uma santa...

– Ann, a Ginx tem que avisar que... – a tal elfo começou.

– Para néh Jake, a Nessie é meio louquinha mas você também não ajuda néh!? – o Ed comentou rindo.

Meio? Louquinha?? – eu repeti exagerando um pouco – a garota é completamente pirada! Na boa, acho que eu nunca conheci ninguem tão louca, sádica,problemática quanto ela!

– Desculpem a Ginx mas, Ginx tem mesmo que... – a Ginx tentou de novo.

– Mas fala sério néh! Além de tudo isso, parece que a Nessie tem um parafuso a menos! Ou pode até ter a mais, aí ele ta solto naquela cabecinha e fica batendo em tudo e dando interferência... – eu e o Edward começamos a rir desesperadamente.

A pequena Ginx correu até a Bella que estava nos encarando de cara feia, puxou sua blusa e sussurrou algo no seu ouvido. Imediatamente a Bella já arregalou os olhos e deu uma única risada muito alta e depois botou as duas mãos na boca e praticamente chorava com a força que fazia para não rir.

O Ed também parou de rir, mas ele foi de uma vez só... vi o morcegão engolir em seco uma vez e levantando um pouco a mão, apontou para algum ponto atrás de mim. Eu também parei de rir de uma vez só. Senti um frio na espinha e um único pensamento surgiu... Eu vo morrer! Fechei os olhos e respirei fundo, sendo inundado por aquele cheiro indescritível.

Fui virando a cabeça devagar e finalmente eu vi. A Nessie estava apoiada na soleira da porta da cozinha, com os braços cruzados e a espressão de serial-killer que ela faz tão bem, e o seu fiel escudeiro, o Tayco, estava do seu lado. Se fosse possível, eu diria que ele estava rindo da minha cara...

– Ah, desculpe atrapalhar a conversa – ela disse muuito irônica – pode continuar Jacob... Mas escolha bem as próximas palavras, porque vão ser as suas últimas – ela terminou com um sorrisinho de lado.

– Annn – minha boca abriu mas não saiu nada decente – e mesmo com tudo aquilo ainda é a pessoa mais linda, maravilhosa, inteligente, divertida, gostosa e perfeita que eu conheço – terminei com a mais convincente carinha de cachorro manhoso que existe!

– Éh... ótima escolha de palavras – ela disse dando uma risada de canto – mas essa carinha não funciona, eu convivo com a da Bella toda a minha vida.

–NEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEESSSSSSS!!!!!! – a Bella saiu correndo e pulou em cima da minha Nessie, fazendo as duas caírem no chão.

– Ginx tentou! Ginx tentou avisar que a senhorita Nessie acordou, mas ninguém ouve Ginx! – e ela saiu da sala reclamando e resmungando.

– Calma aee Bella, assim ela volta pro coma! – a Niny saiu da cozinha rindo e levantou as meninas, mas depois olhou pra frente e nos viu – O que eles estão fazendo aqui?

– Niny.., já conversamos sobre isso – a Bella começou, ainda abraçada à Nessie.

– Eu sei, eu sei... – a Niny suspirou – eu vou manerar com o sangue-suga... Mas ninguém disse nada sobre você – ela disse olhando pra minha cara.

Num segundo ela estava na porta da cozinha só me encarando, no outro, já estava a menos de um metro de mim com a mão semi aberta mirando o meu pescoço. Mas aí, mais rápido do que quando saiu, ela parou, num instante, simplismente congelou.

– Valeu maninha – ouvi a Nessie sussurrando para a Bella.

– Disponha mana – a Bella respondeu rindo.

– Então néh Bellinha – a Niny disse – por que você está me segurando mesmo? Que eu saiba o acordo é com o Edward, esse aqui não tem nada a ver com isso!

– Aaaaah tem sim... – a Nessie disse rindo um pouco – nem pense em sugá-lo até a alma mana...

– Ah tah! – a Niny gritou irônica, se não estivese paralizada aposto que teria jogado os braços pra cima – eu não posso encostar no projeto mal feito do Drácula por que é o novo namoradinho da Bella. Então me de um único bom motivo para não apertar o pescoço desse aqui e apagá-lo por um mês!

Eu nem preciso dizer que ela estava com uma puta cara de pscótica assassina quando disso isso néh? Me gelou até a espinha... mas o fato que minhas mãos já estavam tremendo, que eu já sentia o sangue correr mais rapido e mais quente, e que uma leve pressão pelos dentes crescendo não vem ao caso, isso tudo foi puro senso de auto-preservação. Então olhei para a Nessie, que ainda estava na porta da cozinha, ela estava com a cara maldosa do Cebolinha bolando seus planos infalíveis para pegar o Sansão...

– Um bom motivo não é? – ela repitiu – esse aqui está bom o suficiente pra você?

Então ela veio andando até parar atrás da Niny, passou seus braços por dentro da irmã, agarrou a minha camisa e me puxou indo um pouco pra trás me fazendo passar por dentro da Selline. Assim que reuni forças pra perguntar o que ela estava tramando, aquela coisinha me segurou pela nuca, colou seu corpo no meu e me deu o beijo mais quente, macio, e gostoso que eu já ganhei! Sabem o que eu fiz? Congelei, entrei em pânico e saí correndo... TE PEGUEEI! Na verdade eu a agarrei com mais força, puxava a sua nuca com uma mão e a cintura com a outra, invadi sua boca com a minha língua e a ouvi gemer beixinho...


Bella POV


Aaaaaaaaaaaaannnn... Alma temporariamente fora do corpo devido ao choque do momento, por favor, tente novamente em alguns minutos.

as o que foi isso?!?!?! A Ness defendendo o Jake eu até entendo... mas agarrando ele!?!?! Na frente de todo mundo?!?!

Por favor! Não me diz que eles estão fazendo isso... – a Niny praticamente choramingou.

– Ta bem, eu não digo – eu disse rindo litros – eu mostro!

Dei uma virada com a mão e o corpo da Niny se virou e ficou de frente para o casal desintupidor, que detalhe, ainda estavam se agarrando!

– Wooow!! Já deu aí néh gente... separa, separa – o Edward foi falando e pondo as mãos entre eles para separá-los.

Quando finalmente se largaram, os dois estavam com falta de ar, o Jake com uma cara de cachorro recém adotado ((bobo-alegre e feliz além da conta)), e a Nessie estava com uma mão na própria nuca e com aquela expressão de eu-devia-ter-percebido-alguma-coisa.

PUUUUTS!!! O septagrama deve ter dado o alerta quando o Jake tava com a mãozona na nuca dela... Se ela se tocar do Jake... nooooooooooooooossa que muita peninha dele.

– Jake, o que... – ela começou a formular a frase, eu tenho que pensar rápido!

– Aaaaah que bunitinho!!! Agora temos dois casaizinhos namoraaando! – eu disse suuuper feliz, pulando em cima dela.

– OPAAA, como assim namorando!?!? – oooooooook, trabalho feito, depois dessa o arrepio da nuca vai ser a ultima coisa que ela vai se lembrar... – ta bem, a gente resolve isso depois, agora eu to realmente necessitando de um copo bem grande de refrigerante e um pedaço enorme de bolo de chocolate...

– Ah, isso eu tambem quero, mas na minha é cobertura extra! – a Niny saiu do ‘congelamento’ e foi para a cozinha dando risada, mas sem esquecer de esbarrar no Jake antes, lógico.

O Edward foi para a cozinha rindo também e eu fui atrás, minha sorte foi que eu estava com a mente aberta.

“Hey Jake, espera...” ouvi a Ness pensando/falando.

Nisso eu já parei e voltei para a porta para poder ver a cena, ela de costas pra mim, segurando o Jake pelo braço, e ele antes falar com ela olhou para a porta onde eu estava e me viu.

– Ann... o que foi Nessie? – ele perguntou voltando o olhar para ela.

– Lembra quando estávamos no penhasco, e você me disse que não tinha nada pra dizer pra mim?

– Claro, o que tem?

– Você tem certeza que não tem nada pra dizer? Você quer me contar alguma coisa?

Ele abriu a boca mas não saiu nada, me deu uma rápida olhada e eu comecei a balançar a cabeça negativamente o mais rápido e desesperado possível.

– Nessie... – ele começou bem devagar, a segurando pelos ombros – se eu tivesse algo importante para te contar, eu contaria, mas não tenho. Eu te juro, não tenho nada pra te contar...

E terminando a mentira mais melosa e bem contada que eu já vi, ele começou a beijá-la e a minha adorável maninha começou a retribuir.. Ah fala sério, eu não recebo pra isso ¬¬’

O fim de semana foi bem agradável, acordamos tarde, comemos panqueca, treinamos um pouco para por a Nessie em forma, a Niny foi para o cinema com umas amigas da facul, a Larissa Bruunks, a Julisanmel, e a Cah TCT. Os meninos vieram aqui e ficamos vendo filme atééé tarde, depois caímos na piscina, foi bem legal.

E a semana toda foi assim, eu parei de ir para a escola com o Ed e voltei a ir com as meninas. A atenção na escola foi dividida entre a Jéssica perneta e nosso grupinho, eu, minhas irmãs, os Cullen e o Jake... por incrível que pareça, andávamos todos juntos, até a Niny! Pelo menos nos períodos livres, não podemos esquecer que ela, a Rosalie e o Emmett estão na faculdade. Fico imaginando quantas vezes os Cullen freqüentaram a escola, ou a faculdade... que pesadelo.

Pensando bem, essa semana foi quase perfeita! O alarme tocou três vezes e conseguimos pegar os vampiros seguidores do Alucard antes deles pegarem alguém. Ninguém se intrometeu na briga, e voltávamos para casa na hora do jantar, onde a Ginx e os elfos tinham feito uma refeição perfeeeita! Eu e o Ed também estávamos bem, saímos algumas vezes, ele apareceu no meu quarto no meio da noite outras vezes, nada além do normal.

O mais estranho, é que a Nessie e o Jake também estavam se dando bem, até de mais pro gosto na Niny, e isso estava bem estranho de uma certa forma. Eu já sabia que o Jake era lobo, que tinha tido uma espécie de magnetismo amoroso mágico e super forte com a minha gêmea, até aí tudo bem, mas a Nessie... ela estava... feliz. Ria o dia todo, nunca tirava o sorriso do rosto, foi para La Push algumas vezes, e quando estava lá ou estava com o Jake, ou com o Billy, ou com a nova amiga dela, a Breeh, ela é bem divertida e o pior é que se parece com a Nessie! É tão louca e birutinha quanto a minha irmã. Mas o estranho, é que a mente dela não estava tão feliz assim. Seus pensamentos estavam confusos e nebulosos, ela me olhava de vem em quando de um jeito meio... preocupada, ansiosa, com medo de alguma coisa, como se eu fosse explodir a qualquer momento; eu percebi que enquanto conversávamos, ela tentava falar alguma coisa, mas sempre desistia e começa a pensar em coisas mais zuadas possíveis, como por exemplo, como um rinoceronte ficaria de roupa de ballet. E ela ainda estava disconfiada do Jake, de que ele escondia alguma coisa. O probleminha é que eu estava tentando ajudá-lo de mais, e ela começou a
disconfiar de mim também.

Tirando esses pequenos detalhes, a semana foi perfeita... e finalmente chegamos na sexta.

– Muito bem ô bando de piolhento – o professor Edson, de filosofia, disse para a sala – estamos na ultima aula, eu sei que todo mundo esta louco pra sair, mas me façam um favor vai... calem a boca até eu terminar – eu já falei que a gente ama esse cara? – eu tava pensando, como vocês estão me agüentando desde o começo das aulas, até mesmo os mais... metidos – ele da uma pausa e olha pro Ed – acho que vocês merecem um presente! – ele termina tirando um saco de chocolate de baixo da mesa dele.

– Ta legal Sor, o que vai ser dessa vez? – a Nessie começou – prova, apresentação, teatro, exame surpreza?

– Como assim, Nessie? – outra coisa que a gente gosta, só ele e o Benjamim, de laboratório, nos chama pelo apelido.

– Ué! – dessa vez fui eu – sempre que você aparece com alguma coisa assim é porque tem bomba no final...

– Ta... me pegaram – ele disse levantando os braços em posição de rendição – vocês vão ter que fazer um trabalho de 100 paginas sobre as vantagem e desvantagens das idéias de Kant, Hume e Descartes... Antes que alguem faça um boneco de vudu meu, isso é coisa do governo, um tipo de exame de aprendizado eu sei la...

– TA BRINCAAANDO!? – eeeeeeeee deu a louca na sala...

Mas o professor foi salvo pelo gongo, literalmente, o sinal da saída bateu e o cara simplismente evaporou porta a fora, isso é que é vontade de fugir!

– E então... – os meninos apareceram nas nossas mesas, eu e a Nessie sentamos uma trás da outra – maratona de filme?

– Claro... – eu respondi – mas só se for lá em casa.

Chegamos em casa e nós quatro fomos para a sala de TV, na verdade... parece um mini-cinema, mas ao invés de cadeiras, a sala era lotada de pufs, almofadões, poltronas... adoro essa sala.

Depois de muuuuita discusão, acabamos assistindo X-man – primeira classe, e os meninos ficaram nos zuando horroooooooooooooores, nem preciso dizer porque néh ¬¬’

Depois de muita risada, guerra de pipoca e um pouquinho de agarração, o telefone do Jake toca, era o Sam dizendo que eles estavam um problema meio sério e que ele TINHA que voltar pra aldeia naquele exato momento!! Então o totó se despediu e saiu correndo.

– Bem... – a Nessie disse – já que o bobo alegre me fez o favor de me dar um banho de refrigerante – ela mostrou a camiseta e a calça dela toooda molhada e melecada – vou tomar um banho de verdade, to me sentindo grudenta.

E ela subiu para o quarto dela e o Tayco, que estava na porta, foi atrás.

– Qual é a desse lobo enn, Bella? – o Ed me perguntou.

– Eu sei la... ele criu um vínculo muito forte com a Nessie. Além disso, a Niny modificou um pouco o DNA dele, eu também fiz umas coisinhas, e pelo que eu saiba a Nessie também, depois de tudo isso eu tenho certeza que ele esta começando a ter pensamentos racionais.

– Começando? – o Ed disse irônico – ele já pensa racionalmente a muito tempo Bells, eu me lembro da vez que ele arrancou um pedaço do meu braço... Quem teve a ideia de deixar a ponta dos dentes dele em prata enn?

– Quem fez foi a Niny, mas a ideia foi da Ness – eu disse rindo.

– Ah, ta rindo disso né? – ele disse um pouco bravinho – você deve adorar a ideia de mim sem um pedaço enn...

– Huuuum, eu amo essa ideia enn – eu disse irônica e sexy.

O vampirão estava deitado num sofá no canto da sala, e eu num pufh grandão bem no meio, mas em menos de um segundo, o espertinho já estava em cima de mim.

– Ah é? Que triste você amar isso, por que eu amo uma coisa muuuuito melhor...

Nem preciso dizer o que aconteceu depois dessa néh? Ah, não preciso mas eu vou! Ele grudou seus lábios no meus e começou a sugá-los da melhor maneira possível. Eu os abri um pouco para poder respirar e minha boca foi invadida por aquela língua deliciosa. Nossas línguas me mexiam e enrroncavam numa perfeita sincronia, as vezes parecia uma dança, outras vezes pareciam que estavam brigando, mas nunca saíam da harmonia. Agarrei seus cabelos e o puxei para mais perto ao mesmo tempo que o entrelaçava com uma perna. Seus beijos agora começaram a se disperçar... foi para a bochecha, orelha, voltou para o queixo, desceu para o pescoço, onde me beijou, me deu um chupão que fez tudo arrepiar,
e começou a dar leves mordidas me fazendo rir... Os beijos continuaram descendo até o decote da minha blusa – um decote em ‘v’ bem fundo – ele abaixou as alças da minha blusa e ficou alguns segundos adimirando meus seios sobre o sutiã vermelho rendado. Praticamente salivando, ele começou a beijar entre os meus seios, afundando a cabeçaprocurando maior contato, suas mãos passearam pelo meu corpo, desde as coxas, apertando a minha bunda, subindo pelas minhas costas até que chegou no feixo do meu sutiã.

O som do tiro veio ao mesmo tempo do grito abafado do Edward.

A cara de dor que ele fez foi inesquecível, ele colocou a mão no ombro e caiu para o lado, indo parar no chão, fechou os olhos com força enquanto puxava a bala pra fora.

– Bala de chumbo oca cheia de água benta do Vaticano – a Niny disse da porta da sala, guardando a arma no suporte do cinto – dói néh? Mas pra sua espécie não é letal... que pena.

– NINY!! – eu gritei – a gente já não combinou que você o deixaria em paz!? – e fui ajudá-lo.

– Não... a gente combinou que eu seria legal e não me intrometeria no namoro bizarro de vocês, mas eu nunca disse nada sobre ter que aceitar ver essas cenas do monstrengo em cima de você...

– Niny, você é impossível sabia!? – to começando a me irritar com isso!

– Relaxa Bella, to bem – o Ed se levantou e ‘sacudiu a poeira’ dos ombros – não vai ser uma coisinha dessas que vai conseguir me machucar.

– Ah é, acabei de me lembrar – foi como se uma luz se acendesse em cima da cabeça da minha irmãzinha.

Ela começou a vir até nós puxando alguma coisa no braço, como se estive... arrumando as luvas de combate que ela fez, isso não vai prestar.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ela deu um soco tão forte da cara do meu namorado que a cabeça dele por pouco não ficou virada para trás, mas por pouco MESMO!

Eu deu um passo pra frente pra chegar mais perto dele, mas o esperto levantou a mão num jesto de negação, segurou a a cabeça com as duas mãose com um tranco muito forte a virou e colocou na posição certa.

– Ta bem... acho que não merecia essa – ele disse estralando o pescoço.

– Não, não merecia – ela disse com um sorrisinho – mas acabei de fazer umas melhorias na luva e tinha que testá-la com alguma coisa. Aposto que a Nessie vai amar isso! Falando nela, cadê a doida?

– Tomando banho – eu respondi – e fala sério mana, isso era realmente necessário?

– Não... mas eu já estava com vontade faz um tempo – e dizendo isso ela saiu da sala dando risada e pelo visto voltou para o laboratório.

– Isso tudo é amor à minha pessoa? – o Ed me perguntou irônico.

– É sim... mas se você acha que ela está má agora, imagine quando descobrir do Jake. Acho que a única coisa que me assusta mais é a ideia da Nessie descobrindo do Jacob.

– Agora que você disse, a Nessie descobrindo que o Jake é lobisomen é realmente muito mais medonha, acho que ela explodiria...

– O Jacob é o que? – nunca um sussurro foi capaz de gelar as minhas veias como fez agora.

A Nessie passou pelo teto e aterrissou perto da porta, e ouviu essa última parte da conversa.

– Vocês estão dizendo... – ela falava bem devagar – que o Jacob, o meu Jake... é um... lobisomen?

– N-não! C-clar-ro que não maninha... era brincadeira – no desespero eu fiquei muito nervosa, minha voz ficou super alta e fina, e o gaguejar não ajuda.

– Nessie, me ouça ta bem... eu explico tudo se... – o Ed começou a ir para perto da Nessie, bem devagar, com as mão ligeiramente levantadas.

– E vocês sabiam... – ela o cortou falando muito baixo, num tom medonhamente calmo, abaixando a cabeça e fechando os punhos com tanta força que algumas gotas de sangue pingaram de suas mãos, e um leve tremor percorria todo seu corpo – vocês sabiam disso, e não me contaram...

– Mana me escuta primeiro tah, antes de fazer alguma coisa...

– Vocês sabiam que o Jacob era um lobisomen, e não-me-contaram!?!?!?!?! - seu tom calmo, sutil e bizarro foi drasticamente alterado para um berro enlouquecido.

Com um único grito, furioso e estridente, suas roupas normais foram trocadas pelas de caça. Duas longas espadas Katanas ((aquelas estilo ninja)) brilhavam nas suas costas, no suporte do cinto tinha algumas facas de atirar, no da coxa, uma arma semi-automática. Mas além disso, varias outras facas de atirar de prata benzida, todas as balas eram de prata com núcleo de carvalho, ela levava um bolsinha com uma mistura altamente inflamável... todas as formas possíveis para eliminar qualquer espécie de lobisomen.

– Se tentarem me impedir – ela disse com aquele tom sombrio e calmo de novo – eu mato vocês também... – ela terminou olhando no fundos dos meus olhos.

“Não pense que está livre dessa Isabella, se vier atrás de mim, também vai levar” ouvi ela pensando...



Nessie POV

“Nunca irrite uma caçadora treinada” – foi isso que eu disse para o Jacob... e foi isso que ele não cumpriu.

Dei uma última olhada para os dois antes de sair correndo pela corredor rumo a porta da frente, minha irmã e o namorado, os dois traidores que me deixaram no escuro esse tempo todo... depois que eu resolver meu problema do lobisomen, acho que vou resolver o problema em casa.

Eu já tinha chegado na porta quando o vampiro metido a bonzinho me alcançou, ele veio correndo e saltou sobre mim, me ‘abraçando’ por trás e fazendo nós dois cairmos feio, rolando para frente... nem preciso mencionar que arrebentamos a porta nessa brincadeirinha néh. Fiz seus braços passarem pela minha barriga, me levantei e continuei correndo para frente, eu tinha que alcançar a minha moto! No dia anterior, eu e o Tayco estávamos apostando uma corrida, eu de moto é claro, e quando terminamos, eu acabei a deixando numa parte da trilha. O problema é que o quintal da frente é bem longo, não lembrava exatamente onde minha moto estava, e o casal mais bizarro que eu já vi estava me perceguindo...
não é exatamente a situação mais favorável pra mim...

Mesmo com todos esses fatores contra mim, minha raiva só aumentava, o mais puro ódio me consumia, me forçando a continuar... deve ser assim que a Fênix se sente o tempo todo, mas diferente da minha gemia bipolar, eu controlo meu próprio corpo. Continuei correndo como se minha vida dependesse disso, e de repente fui tirada do chão, comecei a levitar em pleno ar.

– Nessie se controla por favor! Pense no que você está fazendo! – ouvi a Bella gritar ao se aproximar.

– EU DISSE PRA FICAR FORA DISSO ISABELLA!! – comecei a me revirar, me contorcer, forçando a Bella a me soltar, até que tive uma ideia melhor – já que você não me solta, eu te faço me soltar!

Um segredinho da Bella, vocês já sabem que a minha gemia problemática é claustrofóbica não é? Mas aposto que não sabem que alguns materiais são capazes de praticamente neutralizar ondas Ppsquicas... O chumbo é um deles, além de reter radiação, ele também é ótimo com paranormais como a minha irmãzinha. Uma das únicas magias que eu sou posso ser considerada boa, é a de invocação, posso fazer objetos aparecerem do nada com certa facilidade, e divinhem o que eu fiz? A Bella ainda me ‘segurava’ a alguns metros do chão, e comecei a recitar o encantamento que anos atrás, havia prometido nunca mais fazer...

– Nessie! Não.. você não pode... – o mais doce e maravilhoso som do medo saia com as palavras dela.

– Desculpe mana, mas adimita, essa você merece... – eu disse com provavelmente o sorriso mais sádico que já tinha dado.

O ar em volta da Bella começou a se solidificar, como se estivesse se transformando em fumaça, e depois em concreto. Antes de poder fazer qualquer coisa, uma grande caixa de chumbo se materializou em volta da Bella, a prendendo la dentro. A caixa era bem grande (para que ela não surtase lá dentro e acabase liberando a Fênix de novo), mas também era bem grossa, o que a impediria de usar seus poderes psíquicos em mim.

Assim que a caixa apareceu, senti a força me segurando diminuir e comecei a cair, dando um mortal antes de alcançar o chão. Olhei para trás para me certificar que tinha feito um bom trabalho, e vi o Edward correndo para a caixa e socando-a. Comecei a rir e voltei a correr, aquilo foi chumbo invocado, demoraria horas para o chupa-cabra conseguir quebrá-lo. Mas então eu ouvi a Bella falando com ele.

– EU TO BEM EDWARD! PEGA ELA!!

Eu poderia simplismente ficar com meu dom ‘ativado’ e ele nunca me pegaria, mas isso consumiria muita energia, e ele poderia ajudar o Jake a fugir, eu tenho que dar um jeito nele também.

Desacelerei um pouco para poder me concentrar... não vou gastar nenhuma dessas balas nesse sangu-suga, mas nem vou precisar das armas... O septagrama me avisou quando ele chegou perto, eu dei uma volta de 360º puxando a espada das minhas costas e a baixei bem a tempo de cortar a mão direita dele fora.

Um sorriso se abriu no meu rosto ao ouvi-lo gritar, mas também pude ouvi-lo voltar a correr atrás de mim.

– EU JÁ DISSE PRA NÃO ATRAPALHAR!! – eu gritei me virando mais uma vez e jogando um sequência de facas e entraram até a cabo em todo tórax dele.

Parei e o vi caindo, guspindo um pouco de sangue. Minha respiração estava irregular e eu sentia meu coração quase pular do meu peito, por um momento minhas veias congelaram e um lampejo de consiência tomou meu ser: não era pra eu matá-lo, pelo menos não ainda. Mas então um suspiro de alívio veio junto com a imagem dele se levantando, se apoiando numa das pernas e me encarando no fundo os olhos.

– Não posso deixar que você faça isso Nessie...

– E eu não posso te deixar me impedir, agora é do meu jeito – eu disse guardando as espadas de volta nas minhas costas e ajeitando as lutas de combate nas minhas mãos.

Eu não quero e não posso demorar muito aqui, é só pra fazê-lo não conseguir me seguir depois... Corri em sua direção com o máximo de força que consegui reunir, estilo jogador de futebol americano. Como ele estava maneta de um braço, tentou me segurar com a mão que sobrara, até que deu certo por dois segundos, depois fiz com que meu pulso passasse pela sua mão, e com um sorriso sádico, pulei por cima dele, plantando bananeira em seus ombros e o empurrando pra baixo fazendo-o se afundar no chão, foi tão rápido que ele não teve tempo de reação, ele levantou os braços tentando me segurar, mas passavam por mim como se eu fosse fumaça.

O fiz afundar até o meio do peitoral, desci dos seus ombros pegando seus braços levantados e os virando para trás, os torcendo até o limite, e junto com os gritos de dor o vampiro vieram minhas risadas sádicas.

– Eu falei pra não vir atrás de mim não foi? – sussurrei em seu ouvido de um jeito tão calmo quanto sinistro – acredite, vai doer mais em você do que em mim...

Ele já sabia o que eu ia fazer, com certeza me ouviu pensando, mas mesmo assim o choque dele foi aparente. Continuei puxando seus braços pra trás colocando um pé das suas costas como apoio, com meus olhos brilhando mais que holofotes, uma bizarra risada ecoando pela minha garganta, e uma vontade mostruosa que só combinava com a antiga cicatriz que pegava todo meu ombro, com um último impulso, puxei seus braços até arrancá-los. Os joguei longe e ouvindo os poucos gritos que o sangue-suga deu, o empurrei mais para baixo, só deixando parte do pescoço e a cabeça na superfície.

– Vou matar o Jacob, Edward– eu disse me abaixando na sua frente – vou matá-lo e nem você nem a Bella podem me impedir... não vou deixar um lobisomen que me enganou por tanto tempo livre por aí – as últimas palavras foram soltas com veneno, e com a dor e a queimação que irradiava da lembrança da cicatriz do meu ombro... uma dor que eu teria que carregar sozinha para o resto da vida, e ninguém nunca seria capaz de me entender.

Nem me dei o trabalho de olhar para os dois traíras novamente, me levantei e percorri a distância até minha moto, arranquei com ela jogando terra pra todo lado e voltei para a estrada a caminho de La Push. Mal pude sentir os minutos passando devido o ódio me inundando, preenxendo todo o meu ser e me tirando a razão. O ódio pela criatura monstruosa que estava prestes a matar, esse sentimento só poderia ser comparado à aversão da Niny por demônios, porque diferentemente da Bella, o nosso era pessoal... o meu até de mais, e aquela maldita ardência no meu ombro só servia pra me lembrar disso.

Passei reto pela praia e só parei quando cheguei na casa do desgraçado. Não pensei em nada, não me lembrei do Billy e nem que alguém podia me ver daquele jeito, eu só tinha uma coisa em mente... Chutei a porta que se abriu com um estrondo e já saquei duas armas, mas não tinha ninguém a vista, fui até a cozinha e nada. Passei pela casa inteira, e o último lugar foi o seu quarto. O cheiro dele estava pela casa inteira, ao respirar fundo uma vez para tentar pensar melhor, fui invadida por aquele cheiro, e senti algumas borboletas no estômago e comecei a me acalmar...

Mas essa calmaria não durou nem três segundos, pois me lembrei de quando ríamos juntos, da semana que passamos, com ele praticamente indo em casa todo dia, dos abraços, dos beijos roubados, daquele dia no penhasco onde revelei coisas que nunca disse pra ninguém, e daquela vez em que nós... em que nós fizemos...

Senti meu sangue ferver, meus pensamentos serem embriagados com uma raiva insana e toda minha íra foi mostrada pelos meus olhos, num azul tão intenso, tão perturbador, que eles não brilhavam, eles irradiavam, iluminavam... eram como faróis... Peguei fôlego e dei o grito mais alto, forte, desesperado, estridente, maníaco, raivoso e com sede de sangue que alguém poderia ouvir...

Saí correndo pela casa com vontade de por fogo em tudo, mas uma voizinha mínima na minha cabeça me impediu de fazê-lo, pois aquela também era a casa do Billy. Olha só, eu tenho consiência afinal das contas... Cheguei a porta da frente e nem me dei o trabalho de abri-la, passei por ela e pulei a cerca da varanda, aterrissando em pé na frente de uma das pessoas que realmente não queria ver agora... a Breeh.

Ela me olhava com os olhos arregalados, amedrontados, a boca aberta e o lábio inferior tremendo um pouco, ela olhava do meu rosto contorcido em fúria, para minhas roupas, depois para minhas armas, para a porta fechada que eu acabei de passar, e de volta pra mim.

– N-nessie... como foi que você? – ela perguntou apontando de mim para a porta – e que roupas são essas? Halloween chegou mais cedo? E.. espera aii... – o medo deu lugar para a confusão e curiosidade, ela deu um passo para ficar mais perto de mim e apontou para minha arma presa à coxa – me diz que isso não está carregado com balas de prata com núcleo de carvalho...

– Como é que você...

– Armas normais não suportam essa munição, tem que ser modificadas – ela disse estreitando os olhos pra mim – o que você veio fazer aqui?

Confesso que me deu um curto-circuito por uns dois segundos, como é que ela sabia das balas? E como ela sabia que só uma arma odificada agüentaria aquilo?

– Breeh, me desculpa mas não tenho tempo pra isso agora tah! Licença... – eu disse da forma mais seca que consegui.

Assim que eu tentei desviar, ela foi pra minha frente.

– Nessie, o que você veio fazer aqui? – ela repetiu a pergunta.

– Já que quer tanto saber, to procurando o Jacob, tenho uns assuntos a acertar com ele... – disse isso e instintivamente pousei minha mão sobre a arma.

– Hey, amiga... não vá fazer uma coisa que vai se arrepender depois – ela disse bem calma, levantando as mãos um pouco para tentar me tranqüilizar – eu vim correndo pra cá depois que ouvi aquele grito, e não posso deixar que você vá atrás do Jake desse jeito, você tem que se acalmar...

– Minha briga com é com você Breeh, minha intenção não é lutar com você... mas eu juro que se não sair da minha frente...

– Vai fazer o que!? – ela teve coragem de me desafiar – vai atirar em mim? Você não vai querer gastar essa munição comigo, balas assim são difíceis de encontrar... E já que pretende gastá-las com o Jake, acho que sou obrigada a te impedir.

– E será que eu posso saber como você... uma pessoa normal sem qualquer habilidade, poderia fazer isso? – eu perguntei cética até com um toque de humor, mas com o ódio borbulhando no fundo.

– Normal? Sim – ela começou - mas sem habilidade... eu não contaria com isso amiga – terminou com um leve sorriso nos lábios puxando uma semi-automática 9 mm do cós da calça, nas costas, e a apontando-a para minha cara, um tiro daquilo a queima roupa e minha cabeça explodiria – será que podemos revolver isso como pessoas
civilizadas?

– Mas quem diria... – eu disse depois de um asssobio – acho que só tem um pequeno probleminha com o seu plano, amiga – eu disse com um sorriso enorme estampando meu rosto, dei mais um passa para frente fazendo com que nossos rostos ficassem a poucos centímetros de distância um do outro, e ao mesmo tempo, fazendo com a arma, sua mão, e parte do seu braço passasse por dentro da minha cabeça – você vão vai conseguir atirar com isso mim...

Sua expressão voltou ao choque e medo inicial e ela deu um pulo enorme pra trás, derrubando a arma no chão e me encarando como se visse um fantasma, o que, tecnicamente, ela via.

– Eu sei de muitas coisas – ela começou – eu conheço muitas coisas e também faço muitas coisas, mas isso... eu nunca vi –percebi um leve toque de... adimiração, mas não pode ser.

– Breeh, você sabe onde ele está não sabe? – ela enguliu em seco e desviou o olhar, traduzindo, sabia sim – Breeh, amiga, eu tenho que revolver isso... ele mentiu pra mim, ele me enganou, ele é um... – respirei fundo – um monstro, se você não me ajudar, vou encontrá-lo sozinha, e você sabe disso...

Ela respirou fundo algumas vezes, apertou a ponto do nariz com os olhos fechados com força, quando os abriu, olhou pra mim, nos fundo dos meus olhos... parecia que via alguma coisa neles. Então se abaixou, pegou sua arma e a colocou no cós da calça de novo, se voltando pra mim.

– Eu o vi a uns 15 minutos, ele disse que estava com a cabeça cheia de problemas e queria relaxar. Foi naquela direção – ela disse apontando para a ponta da praia com o polegar.

– Eu sei pra onde ele foi – eu disse fria e seca, estreitando os olhos para a direção do alto penhasco que fora cenário para uma parte importante da minha vida, e agora, vai ficar manchado de sangue...

Subi na minha moto e dei a ignição, mas antes de sair, a Breeh parou do meu lado e segurou a minha mão.

– Nessie, agora eu sei o que ele fez, e sei o que você pensa que ele é... mas por favor, pense bem antes fazer uma burrice.

Fiquei alguns segundos a encarando, com meus olhos ligeiramente estreitados, como houvesse uma forma de ver o que se passava na cabeça dela. Como ela sabia tudo aquilo? Como poderia reconhecer minhas armas e munição e parecia saber sobre o Jacob. Só me faltava essa... mais uma com que me preocupar. Marquei mentalmente para resolver isso depois, com calma, porque agora eu não raciocinava direito,
a única coisa que conseguia pensar era que o Jacob era um maldito lobisomem, e isso eu não deixaria passar.



Jacob POV


***

Hoje estava tudo perfeito... Sem problemas na escola, o que é um milagre... Depois um filme da casa das meninas, e melhoro ainda mais quando ela saiu do pufh do lado e se sentou nomeu colo no meu no filme, e ficamos daquele jeito até terminar... Hey, só pra deixar as coisas bem claras, eu não sou do tipo romântico, babão, que escreve poemas e envia flores, mas tenho meus momentos de fraqueza...

A ligação do Sam foi porque o Seth, que é da minha matilha, e o Jared, que é da matilha do Sam, tiveram uma pequena discusão e o Sam não estava conseguindo controlar toda a situação, então eu tinah que ir lá dar uma de alpha e mandar o Seth parar de fazer birra. No final deu tudo certo... Eu já estava voltando pra casa delas quando mudei de ideia, se eu aparecese lá de novo iria parecer que sou do tipo grudendo, então comecei a ir para um lugar que saiba que ficaria sozinho, só pra poder relaxar...

Na metade do caminho para o penhasco, vi uma cena que pensei que nunca aconteceria... o Paul se comportando como gente. Ele a Breeh, sua imprinted – mas que ainda não sabia do nosso lado animal, entavam... brincando. Ela corria dele, rindo, e ele tentava pegá-la, pereciam duas crianças... até que ele finalmente a pegou, a abraçou por trás, a levantou e começou a rodar, com ela ainda rindo e batendo no braço dele pedindo pra soltar. Ele a põs no chão, lhe deu um beijo na buchecha e saiu correndo pra casa do Sam, provavelmente tem reunião deles lá.

– Olha, tenho que admitir... – eu disse parando ao lado da Breeh – você fez ele começar a agir como gente. Obrigado.

– Ah.. oi Jake – ela me lançou um sorriso e depois voltou o olhar para a figura do Paul correndo até se perder de vista – é, eu acho que fiz um ótimo trabalho com ele néh? E a Nessie, como esta? Faz tempo que ela não aparece por aqui...

– Ta ótima, acabei de voltar da casa dela.

– Aaaaaaaaaaaahh seu danaaado!! – ela toda brincalhona, mas depois ficou séria e me deu um senhor tapa no braço – mas toda cuidado com ela enn! É minha amiga seu tarado, ai de você se fizer alguma coisa com ela!

– Hey... a gente se conhece a mais tempo, somos praticamente da família já que você ta morando com os Clearwather, nos vemos todos os dias, e você ainda fica do lado dela!?

– É coisa de mulher Jake, não queira entender... eu até poderia sujerir você tirar o equipamento e entrar pro clube feminino, mas acho que a Nessie ia me matar por acabar com o brinquedo novo dela.

– Ah sua!! – eu a peguei pelo pescoço e comecei a esfregar a cabeça dela com a outra mão, fazendo o cabelo dela voar pra todo lado – quer saber? Vou pro penhasco que eu ganho mais. Te vejo depois, ok?

Nem esperei ela respoder, sai correndo antes que viesse com a ideia de querer me bater sério e acabar quebrando a mão.

Cheguei no penhasco, sentei na beirada e me deitei com os braços atrás da cabeça... Pensando bem em como venho agindo ultimamente, cheguei a uma conclusão... eu to muito froxo! Fala sério! Se fosse à um tempo atrás eu teria entrado naquela briga do Seth com o Jared só pra me divertir, e depois ainda iria lá na casa dos Cullen enxer a paciência da loira de gelo até o gorila das cavernas ficar irritadinho e vir pra cima. Um dos meus passatemos preferidos: arrumar encrenca... Eu nem me lembro a última vez que entrei numa briga! Nem estou mais saindo com a matilha como fazia antes...eu estou ficando... sério. Que pesadelo, daqui a pouco começo a falar como o meu velho... Depois que sair daqui acho que vou
aloprar o Paul um pouco só pra arruma voltar a forma.

Devo ter cochilado, perdi completamente a noção do tempo, só sei que uma hora acordei e me sentei com tudo, com um calafrio passando pela minha espinha. Isso não é um bom sinal, tem alguma coisa errada... Então sinto a aproximação de alguma coisa, ouço o som de algo vindo na minha direção, pelas minhas costas... alguma coisa rápida.

Me joguei para o lado, rolando pra longe da beirada do penhasco, e vejo uma espécie de faca voando por onde eu estava a caindo para o mar. Se eu ainda estivese sentado ali, com a força que aquilo tava, teria atravessado a minha garganta! Olhei para o lugar em que ela provavelmente foi lançada, e só vi uma sombra escondida atrás das varias árvores que tem ali.

– HEY! QUAL É A SUA? PODIA TER ME MATADO!! – eu gritei pra quem quer que estivesse ali, o vento não estava vindo daquele lado, então eu não conseguia distinguir o cheiro – Seth, se você ta de brincadeirinha de novo eu juro que a próxima faca vai parar num ligar que você não vai gostar, muleque!

Seu cretino... – uma voz baixa, rouca, fria e completamente medonha ecoou, não pode ser – seu desgraçado... – todos os meus músculos se enrigeceram e enguli em seco – seu mentiroso... – meus olhos se arregalaram e minha boca ficou seca – eu juro que vou te matar, SEU LOBISOMEM DO INFERNO!!!

Uma Nessie completamente fora de si, com os olhos injetados no mais profundo e aterrorizador azul, sua expressão desfigurada pela raiva e a mão apertadas em punhos surgiu de trás das árvores me encarando como se pudesse me matar só com o olhar.

– N-nessie...

COMO VOCÊ PODE!?!?! – ela gritou enfurecida, fazendo até com que seu cabelo se esvoaça-se dando um ar de filme de terror – EU CONFIEI EM VOCÊ! – jogou uma faca – EU ME ABRI PRA VOCÊ! – e mais uma – EU ME ENTREGUEI PRA VOCÊ! – e mais uma – ACREDITEI EM VOCÊ!! UM MALDITO LOBISOMEM!!! – dessa vez foram três.

Eu me desviei de todas as facas que ela lançou, mirando minha testa, pescoço, peito... e as ultimas três eu consegui pegar com uma mão a centímetros de alcançarem meu olho.

– Nessie... por favor se acalma! Eu explico tudo, juro que explico, só me da uma chance! – eu disse jogando as facas pro mar e dando um passo na direção dela com as mãos levemente pra cima.

CALA A BOCA!!!! – aquele grito foi capaz de gelar as minhas veias, estava tão carregado de veneno que chegava a ser palpável – Já te dei chances de mais, confiei em você de mais... não sei como não percebi antes, mas não vou deixar passar... vou te matar seu lobisomem filho da puta!

Se fosse qualquer outra pessoa, qualquer outra... eu já teria feito alguma coisa, era o que eu queria não é? Uma boa encrenca. Mas de todas as pessoas no mundo, a única que eu não poderia revidar era ela. Vou ter que fazê-la me ouvir, de um jeito ou de outro.

– Por favor ruivinha, eu posso explicar...

NÃO ME CHAMA ASSIM!!!

Dessa vez ela ela sacou duas armas que estavam presas nas coxas e começou a atirar. Não sei se foi o instinto ou o senso de sobrevivência, só sei que senti o cheiro da prata e mesmo aquilo não me matando, dói pra porra! A tremedeira começou pelo corpo todo, fui capaz de senti meus olhos ficando completamente pretos, meus dentes crescerem e até minhas unhas ficaram parecendo garras em miniatura. Eu sabia que só teria alguma chance se me transformase, eu não podia fazer isso, tinha que mostrar a ela, tinha que falar com ela, e como lobo não daria certo.

Seus tiros eram precisos, acertariam em todos meus pontos vitais, além de ombros e joelhos (o que não é letal, mas causa um dor alucinante), mas no meu estado pré-lobo, dei uma sequência de saltos mortais, me desviando das balas, mas uma delas me acertou... a sorte é que foi a última e que pegou meu braço.

Caí no chão dando um grito que podia ser comparado à um urro de animal. Levantei com a mão em cima do local e olhei para a Nessie, que estava com a mesma expressão de fúria.

Armas... – ela disse com desprezo – nunca gostei muito delas, quando a munição acaba ela se torna inútil... – e guardou as armas de volta do suporte, e dessa vez tirou duas espadas das costas, e o que me deixou mais nervoso ainda, tinha sangue nela – seu amiguinho vampiro tentou me impedir, tive que dar um jeito nele antes de vir atrás de você.

Se meus olhos estavam arregalados antes, agora iriam saltar das órbitas... Ela pegou o Edward?? Mas matou ou só o feriu? Eu tinha que fazer alguma coisa, não posso deixá-la assim, não posso deixá-la me atingir e não vou deixar!

Me endireitei e a encarei no fundo dos olhos, o preto contra o azul, enquanto usava as garras como pinça e tirava a bala alojada no meu braço. Nem senti a dor, não senti a prata me afetando, só um pensamento me dominava, eu tinha que pará-la.

– Você vai descobrir que não sou tão fácil quanto o Edward... – eu disse inclinando minha cabeça levemente para o lado, percebendo a sutil mudança na postura dela quando me viu retirar a bala sem problema – não vou lutar com você Nessie, mas não vou deixar você me matar.

– Ah é, seu lobisomem grotesco? – ela respondeu praticamente guspindo as palavras na minha cara, o estranho é que ao dizer ‘lobisomem’, seu ombro direito deu um leve puxão, como um tiqui – vamos ver se é tão ruim assim...

Ela começou a correr na minha direção com as duas espadas ao lado do seu corpo, e eu também corri para ela. Assim que alcançou uma boa distância, ela saltou e ergueu as espadas apontando para mim. Eu parei e tomei posição. As pontas das espadas iriam acertar, cada uma, um lado do meu pescoço, mas fui um pouco mais ágil e segurei no meio da espada, nas lâminas. A dor foi como um choque elétrico, a espada era de prata e mais alguma coisa... um metal especial que não reconheci, mas pelo menos não perdi as mãos. Pela expressão de surpreza e incredulidade da Nessie, acho que a intenção era essa, arrancar minhas mãos, mas o único ferimento que tive foram cortes pouco profundos.

A caçadora deu um pulo pra trás e derrapou um pouco até parar completamente, olhando de mim para a espada com meu sangue escorrendo pela lâmina. Já pude sentir o buraco da bala quase completamente fechado, e as fendas nas minhas mãos começarem a cicatrizar.

– Nessie, eu ia te falar... – tomei coragem e quebrei o silêncio – toda a vez que eu te via eu queria te contar, mas era exatamente essa reação que me impediu.

– ESSA REAÇÃO?? – ela gritou em choque – que outra reação você queria!?!? – nisso ela correu pra mim de novo, e cada vez que ela falava me dava um golpe com as espadas, com as quais eu conseguia desviar – você sabia! – ataque pela direita - Sabia que a coisa que eu mais odeio! – esquerda – São lobisomens!! – por cima – Como você... – uma de cada lado – pode fazer isso... – das duas mirando meu pescoço – COMIGO?

Eu a segurei impedindo o último ataque, mas dessa vez foram seus pulsos. Finalmente consegui olhar para seu rosto, e vi a coisa que mais me chocou até agora... ela estava chorando. Isso é de conhecimento de todos que conhecem essas três: no dia da morte dos pais, elas fizeram uma promeça, uma espécie de pacto, que nunca mais chorariam, pelo menos não na frente de alguém. E tenho certeza que estavam cumprindo a sério essa promeça, mas agora...

– Nessie... – senti meus olhos voltando ao normal, e meus dentes também, mas as garras continuaram – foi por isso que eu não te contei, porque eu sei dessa sua aversão por lobisomens.. Isso vai ficar muito gay, mas eu queria que você gostá-se de mim pelo o que eu sou, queria que você percebese que sou muito mais do que um lobisomem... Eu sempre gostei de você Nessie, desde criança, e só queria que você entendese isso!

A lágrimas pararam de correr, mas seus olhos ainda estavam marejados e suas pupilas dilatadas, mas ainda estavam azuis. Eu apertei um pouco seus pulsos, ela soltou as espadas e baixou a cabeça. Soltei seus pulsos e seu braços foram abaixando lentamente.

– Jake, eu... – ela praticamente sussurrou.

Com uma mão eu segurei seu queixo e levantei sua cabeça até ela voltar a olhar pra mim. Finalmente eu consegui... ela me ouviu! Fui subindo a outra mão pelo seu braço até pousá-la no seu ombro direito a
apertar levemente pra mostrar confiança. E com isso acionei a bomba.

Eu não sei o que aconteceu, mas assim que apertei seu ombro, seus olhos voltaram a ser aquele mar de fúria, sua expressão voltou a se fechar e uma áurea bruxuleante começou a surgir em volta dela. Minha mão pelo seu ombro e eu a olhei com surpresa e dúvida, mas não foi uma explicação que eu ganhei.

CALA A BOCA!! – ela me deu um empurrão com as duas mãos no meu peito, mas foi tão forte que dei vários passos pra trás, tropecei numa pedra e cai – NÃO QUERO MAIS OUVIR! NÃO QUERO SABER DE NADA! Vou te matar Jacob, juro pelos meus pais que eu vou te matar... Mas dessa vez, vai ser do meu jeitoela terminou ajeitando alguma coisa nas mãos, pelo o que a Bella me contou, eram as tais luvas de combate.

Meus instintos foram mais fortes de novo, meus olhos e meus dentes voltaram a se transformar em menos de um segundo e rolei bem a tempo de evitar um soco que ela deu no chão onde eu estava, que abriu um buraco do tamanho de uma bola de praia.

– Nessie! O que aconteceu? – eu perguntei alarmado.

CALA A BOCA! NÃO FALA MAIS NADA!– e veio pra cima de mim de novo.

Ela mandava uma sequência de golpes dos mais diversos tipos: boxe, kung fu, taekwondo, capoeira... foram chutes, socos, rasteiras, saltos, tudo! Caí diversas vezes, fui acertados otras, mas também conseguia me desviar de alguns. A única coisa que eu não conseguia, ela barrá-la ou segurá-la, porque toda a vez que eu tentava, eu pasava por ela como se fosse feita de luz.

Seus olhos incandecentes só não eram piores do que seus gritos de pura fúria, a tensão era forte que chegava a carregar o ar, era até palpável. Mas uma coisa eu percebi, ela começou a respirar com mais dificuldade, e uma vez chegou a se desviar de mim ao envés de simplismente me deixar passar por ela. De repente percebi porque gosto tanto de ciências, principalmente biologia.

Esperei até o momento certo, até o golpe certo, até que ela veio com a intensão de me dar um soco crusado na cara, e como eu suspeitei, consegui pegar sua mão. Ela tentou me dar um soco no queixo com a outra mão, que também segurei. Dei uma rasteira nela e caímos. Ela caiu pra trás, de costas no chão, e eu fiquei por cima dela, a imobilizando, ainda segurando suas mãos. Ela se debatia feito louca, quase não conseguia respirar, tentou fazer de tudo para se libertar de mim mas não conseguiu.

– O que foi Ness? Não consegue passar por dentro de mim? – eu perguntei um sorriso de canto e a respiração um pouco falha devido ao cansaço.

ME LARGA SEU ANIMAL!!! – ela não parava de gritar.

– Sabe por que você não consegue? – eu ainda provoquei – você se esforçou de mais. Tanta raiva, tanta tensão causa muito estresse no seu organismo. Você está cansada, está fatigada, não consegue reunir forças nem energia pra obrigar suas molecular a vibrarem para poder atravessar coisas sólidas. Posso não ser um aluno brilhante, mas em biologia me garanto... sei como o corpo humano funciona, você pode fazer tudo isso mas ainda é humana.

Maldito o dia em que te contei essas coisas! – ela gritou na minha cara – posso não atravessar meu corpo todo, mas isso eu ainda faço!

Sua mão direita atravessou a minha e ela conseguiu pegar uma das facas de atirar, mas naquela distância não precisaria atirá-la. Ela cortou o ar com a faca em punho, mirando minha garganta, se ela cortase eu morreria, sendo lobisomen ou não. Instintivamente pulei pra trás dando um salto mortal e caí de pé a alguns metros. Ela se levantou, e com aquele olhar assassino e segurando a faca com as duas mãos na frente do corpo veio correndo da minha direção reiniciando a sequência de golpes até que me acertou. Ela me fez um corte relativamente profundo crusando todo meu peito e fazendo meu sangue escorrer. Parei por um instante, em hoque, e a vi abrir um sorriso medonho, apontar a faca pro meu coração e lançá-la. Fiz a única coisa que me salvaria no momento, asm que sabia que daria mais motivos para ela me matar: peguei o maior impulso que consegui, pulei para frente... me transformando em pleno ar.

Aterrisei a menos de um metro da Nessie, um lobo marrom gigantesco. No susto ela acabou caindo pra trás, de bunda no chão. Me olhava com os olhos arregalados e a boca aberta, piscou alguma vezes e balançou a cabeça cabeça para voltar a si. Ela se levantou bem devagar, com uma mão no ombro direito e fazendo uma careca de dor. Seus olhos começaram a voltar ao normal, o azul sinistro foi deixando lugar para o mais belo verde escuro, ela me olhava com a expressão... triste, cansada,
acabada. Bufou negando com a cabeça e apertando a ponto do nariz, voltou a olhar pra mim e olhou no fundo dos meus olhos.

– Adeus Jacob... – disse com a voz carregada com os meus sentimentos que passavam pelo seu rosto, me deu as costas e saiu andando de volta para a trilha que levava para a praia.

O QUE FOI ISSO?!?! Voltei a me transformar em gente e corri até ela, segurei seu braço a virei pra mim.

QUE?!?! – acho que falei alto de mais – depois de tudo isso, você simplismente vira e fala: “Adeus Jacob”?!?! Como assim?!!?

Ela olhou pra cima e respirou fundo, depois voltou a me encarar.

– Você não é um lobisomem, é um Transmorfo...

– Do que está falando? Eu sou um lobisomem!

– Só porque vocêse transforma num lobo, não quer dizer que é um lobisomem... Você é um transmorfo Jacob, acostume-se com isso – ela terminou fazendo outra careta de dor passando seu braço por mim e ainda com a mão sobre seu ombro e voltou a ir para a trilha.

– Nessie, como assim? Espera!! – fui atrás dela, mas antes de alcançá-la, ela se virou com a expressão fria e dura, mas a tristeza e o cansaço ainda estavam nos seus olhos.

– Olha, só porque você não é um lobisomem, não significa que vou te perdoar! Você mentiu pra mim, me enganou... então se você realmente se importa comigo como você diz, nunca mais fale comigo... sai da minha vida! – ela se virou novamente mas em seguida se voltou pra mim de novo – e faça o favor pra todos, vê se põe um roupa...

Não tive tempo pra nada, quando abri a boca ela já tinha corrido de volta para a trilha, me deixando sozinho e completamente perdido e confuso em cima daquele penhasco.

Resumindo: também segui a trilha, encontrei com o Embry e o fiz buscar uma roupa pra mim. Coloquei a bermuda, subi na moto e corri a toda para a casa delas. Eu vou resolver isso e vai ser agora! Ela vai ter que me explicar tudo e eu também vou falar tudo o que preciso.

Parei a moto na frente delas e comecei a correr pelo quintal da frente, até que percebi o estado que ele estava... tinha pó de chumbo espalhado pra todo lado, vários pedaços da grama estava revirada, faltando, e várias daquelas facas que ela me atirou estavam espalhadas num canto. Isso sem contar com o sangue que manxava vários pedaços do terreno, que pelo cheiro era sangue do Edward.

Cheguei na porta e vi que estava aberta, entrei logo os vi na sala, meu mano chupa cabra e a Bellinha. Ela estava toda descabelada, suada, com umas olheiras meio estranhas, já que quando eu vim aqui mais cedo ela não estava com aquilo. O Ed tava bem pior, dava pra ver uma marca recém cicatrizada no pulso direito dele (acabou de por a mão no lugar, aposto), e agora tentava por o braço esquerdo de volta ligado ao ombro e a Bells estava tirando algumas facas cravadas nele, pelo visto o único lugar que se salvou foi o pescoço e a cabeça, o resto foi atingido.

– Cara, tudo bem? – eu perguntei – ela te arrancou o braço inteiro?!

– E o direito também – ele adimitiu – a Bella que recolocou pra mim, to me sentindo um zumbi.

– E você Jake? Ta bem? – a Bells me perguntou preocupada – e esse corte no seu peito.

– Ta sim Bellinha, daqui a pouco cicatriza – eu disse para tranquilizá-la, porque aquilo ia demorar pra voltar ao normal – Onde ela esta?

Os dois se entreolharam por um momento e depois voltaram-se pra mim.

– Eu não acho uma boa ideia você ir procurá-la agora... – a Bella sussurrou.

– Por favor gente, eu preciso falar com ela...

– OK... – a Bells disse – ela foi pra sala de música, deixa que eu te levo.

Ela se levantou, deu um selinho no sangue suga e me guiou até a tal sala me levando pela mão. Quando chegamos perto deu pra ouvir, ela estava tocando na bateria dela, mas de um jeito bem agressivo, quase como se desconta-se no instrumento.

– É bem por aí... – a Bella respondeu meu pensamento – sempre que ela está mal, desconta na pobrezinha da bateria... daqui a pouco ela quebra alguma coisa.

Foi só ela dizer isso que ouvimos um tambor estourar e a Nessie começar a xingar horrores.

– Boa sorte – a Bella me lançou um sorriso e saiu correndo de volta pra sala.

– É isso ai, eu consigo... – falei pra mim mesmo batendo duas vezes na porta.

Bella, eu já disse pra não me enxer!! – eu a ouvi gritando lá de dentro.

– Não é a Bella... – eu disse abrindo a porta e entrando na sala.

Eu nunca tinha entrado ali antes, e meu queixo quase caiu quando eu olhei ao redor. Com certeza a sala estava dividida entre as três. Num lado da sala, havia um piano de corda enorme (aqueles clássicos), um saxofone reluzindo, dois baixos, um violãocelo e vários outros instrumentos de sopro. No meio, outro piano, só um pouco menor do que o do canto, três guitarras diferentes, alguns microfones, uma coleção de violinos e outro baixo. Do outro lado, um teclado elétrico, duas guitarras, umas cinco flautas de estilos diferentes, dois violões e uma bateria completa... roxa e prata, e atrás dela, a Nessie me encarava como se fosse a primeira vez que me visse, ou nesse caso, a última vez.

– O que você pensa que está fazendo aqui? – ela disse com veneno escorrendo em cada palavra.

– Você sabe que a gente tem que resolver isso Ness.

– Eu não tenho que resolver nada com você! Na verdade eu não tenho mais nada pra falar e nem quero ouvir mais nada de você. VAI EMBORA!

– Você quer parar com isso! Fugindo desse jeito... Cadê aquela manina louca e determinada que eu sempre conheci? Você nunca foi de fugir dos problemas, sempre quis resolver tudos os problemas que apareciam!

– Essa menina cresceu, viu como a vida pode ser extremamente cruel e sádica com algumas pessoas... Viu suas esperanças serem perdidas e seus sonhos morrerem... Essa menina está cansaça de tudo isso e só quer um pouco de paz! Paz que não conseguirei perto de você. Então vai embora e finja que nunca me conheceu...

Ela voltou a tocar a bateria como se sua vida depende-se disso, acho que reconheci a música... um metal ou hard rock, provavelmente do Metallica ou do System of a Down. Respirei fundo e fui até a bateria, segurando suas mãos e fazendo-a soltar as baquetas.

– Por que você está fazendo isso comigo? – eu perguntei irritado – Você já me disse que não sou um lobisomem, o que eu não entendi... então qual é o problema?!

– Você sabe a diferença de um lobisomem para um transmorfo? – ela me perguntou e eu neguei com a cabeça – ok... vou fazer umas perguntinhas básicas e você só me responde com sim ou não ta? Você é
afetado pela lua?

– Não...

– Tem uma espécie de fraqueza com prata? Ou carvalho, madeira abençoada?

– Não...

– Tem fome de carne humana e mesmo estando em grupo prefere ficar sozinho?

– Com certeza não.

– E o mais importante... Você teve que ser infectado, mordido, por um lobisomem para poder se transformar?

– Não, isso é hereditário... uma lenda da tribo.

– Então parabéns Jacob, você não é um lobisomem, é um transmorfo.

Até que depois que ela explicou, fez todo o sentido... não tive que ser mordido, não me transformo só na lua cheia, e com certeza nunca matei um humano para comer... eu não me encaixava em nenhuma característica que ouvimos falar por aí. Soltei a Nessie, dei alguns passos pra trás e me sentei no banquinho do piano menor.

– Então quer dizer que essa história de transmorfo faz parte dos quileutes? – ela me perguntou se sentando novamente no banco da bateria.

– É... mas são só algumas pessoas, os decendentes dos primeiros guerreiros espíritos da tribo, longa história... Sabe o meu grupinho? Seth, Embry, Quill, Leah..

– Até a Leah?! – ela perguntou em choque.

– Éh.. a única mulher da matilha – eu disse rindo – E também tem a do Sam... tem ele, o Paul, o Jared.. a você entendeu.

– Por que tem duas? – ela se levantou, pegou seu banquinho e o trouxe até a minha frente.

– Porque tem dois chefes.... eu e o Sam.

Ela abriu a boca e seus olhos ficaram um pouco vidrados, chegou a tomar fôlego para falaar alguma coisa mas desistiu.

– Ta legal, minha vez... – eu disse me ajeitando no banquinho – por que essa sua sina com lobisomens?

– Bem... – ela fechou a cara e apertou seu ombro direito – eu tinha quinze anos, foi alguns meses depois do nosso aniversário. Eu e as meninas fomos para o Texas segiundo o rastro de um grupo grande de lobisomens, e uma noite os achamos. Conseguimos pegar a maioria deles, por causa do elemento surpreza, mas depois que eles preceberam o que estava acontecendo, começaram a revidar. Só faltavam alguns e eu acabei me distraindo e aí... – ela parou um momento, fechou os olhos com força e apertou mais seu ombro – um deles me mordeu.

– Hey, espera.. como? – agora eu me compliquei todo – se você foi mordida você...

– Me transformei... – ela disse olhando no fundo dos meus olhos – me tornei um lobisomem, um monstro sem alma nem conciência. Foi quase instantâneo, aquela raça é muito funcional e era lua cheia... depois que me transformei, fugi e fui procurar comida.

– Comida? – perguntei temeroso.

– Éh... carne humana fresca – ela disse com nojo – pra falar a verdade eu não me lembro de nada depois de ter me transformado, foram as meninas que me contaram, e eu ainda acho que estão omitindo algumas partes pra não parecer tão ruim, mas eu ataquei uma família. Invadi a casa. Pai, mãe e um casal de crianças – ela fez outra pausa, abaixando a cabeça e praticamente fincando as unhas do ombro.

– Mas você não é lobisomem... não sei como sei, mas sei que não é!

– Não, não sou – ela disse voltando a olhar pra mim – não mais. A minha sorte é que aquela espécie tem uma coisa bem especial. Se você matar o líder, ou aquele que te transformou, você volta a ser humano. As meninas reconheceram a raça e quando eu fugi, ao envés de irem atrás de mim, foram atrás daquele desgraçado que me mordeu. Elas femoraram, mas conseguiram pegá-lo, mas eu já tinha pego a família. Pode-se dizer que eu fui lobisomem por uma noite – ela disse dando uma
risada sem humor – mas as vezes, quando fico muito irritada, nervosa ou com vontade de matar alguém – ela deu uma risada de verdade me encarando – sinto meu ombro arder, sinto uma força maior tentando me segurar, me controlar... como se tivesse um animal enjaulado forçando as barras de ferro que o prendem. A Niny desenvolveu um soro que faz com que nossas cicatrizes sumam, a Bella também tem um feitiço especial que ajuda a sumir com essas coisas, mas ela não some! Ainda está aqui, pegando boa parte do meu ombro e a base do pescoço, mas a Bella fez umas mágicas aqui que ajuda a escondê-la. Eu sou apaixonada por lobos, porque um já salvou a minha vida. Mas odeio lobisomens, porque um destruiu a minha vida, depois daquilo nunca mais fui igual. Sempre estou irritada, sempre fico olhando sobre os ombros a espera de alguma coisa que nunca acontece, e tomei um gosto por carne sangrando que você nem imagina... – ela termina com um sorriso de lado e abaixando a cabeça.

Tive que rir dessa última parte, mesmo com tudo isso, com tanto peso sobre ela, ainda faz piada da própria situação! Me agaxei na sua frente e levantei sua cabeça fazendo-a olhar pra mim, seus olhos estavam novamente marejados, mas dessa vez nenhuma lagrima escorreu, todas ficaram presas la dentro, não tendo coragem se saírem e manxarem aquele rosto.

– Eu to aqui Ness, e sempre vou estar... Me desculpa, sei que fiz besteira mas vou fazer de tudo pra compensar. Eu confio em você, eu cuido de você, eu gosto de você... E espero o tempo que for pra que
você possa me retribuir.

Ela ficou muda, em choque, por alguns segundos, depois, deu um leve sorriso e me abraçou, passando os braços em volta do meu pescoço e afundando a cabeça ali. Eu retribui o abraço e fechei os olhos, aproveitando aquela sensação.

– Me desculpa Jake... – ela sussurrou no meu ouvido, depois tirou o rosto do meu pescoço e lentamente, juntou seus lábios aos meus, fazendo uma união perfeita.

– Que bom que vocês se resolveram – nos separamos tão rápido ao ouvir a Bella que os dois caíram, no caso da Ness foi pior, já que ela ainda estava sentada no banquinho – agora, que tal irmos comer alguma coisa enquanto vocês contam tudo pra Niny?


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Notas finais do capítulo

Adicionais: Nessie Caçadora (( http://www.polyvore.com/nessie_ca%C3%A7ada/set?id=31113958 )) [look montado pela minha amiga e leitora, Breeh]
Fala sério, presentão de Natal esse enn??
Mas então eu queria falar umas coisinhas... agradecer a força de vocês com o meu avô, ele ainda ta muito mal e sinceramente, acho que se ele conseguir chegar até o ano novo é muito... então valw gente, me ajudaram bastante.
Aquelas leitoras que surtam completamente e fazem uns reviews fantaaaaasticos, BRIGADÃÃOO, eu amooooooo aquiloo!!! mesmo!! então, as que não fazem isso, põe a opinião tah, comentem de verdade que eu agradeço muito...
I ae, a descoberta do Jake foi como vocês esperavam?? uahsuahshahsa' espero que tenham gostado ^^
e novamente, FELIZ NATAAAL GENTE!!
Bejoos Girls*
hohoho...