-Já vai! – Gritou Brooke correndo até a porta enquanto colocava seu roupão, ela trombou nos dois sofás, ainda estava com sono, também pudera às 3 da manhã. Ela não fazia idéia de quem era, mas sabia que a pessoa estava com pressa, por que não parava de tocar a campainha. – Já vai! – Gritou novamente, desta vez já parada enfrente a porta, ajeitou o roupão, deu uma arrumada no cabelo e finalmente abriu a porta. Sua cara de sono mesmo sendo 3 da manhã completamente sumiu, dando espaço a outra expressão em seu rosto, a de espanto, espanto tão grande que mal conseguiu pronunciar: - Lucas?

-Brooke! – Não chovia apenas, caía o mundo lá fora. Lucas estava completamente encharcado, porém mesmo assim Brooke pode perceber que duas gotas em seu rosto não eram chuva. – Eu não tinha para onde ir.

Ainda pasma ela não conseguia esconder sua expressão de surpresa, fez um movimento indicando para que ele entre, ele entrou e ela encostou a porta.

-Parece que minha casa é a opção de todos que não tem para onde ir. – Ela riu, e percebeu que Lucas não estava para brincadeiras agora. – Sente-se vou pegar uma toalha.

-Obrigado! – Ele pegou a toalha e começou se a secar.

-Eu trouxe um chá, talvez te ajude a se esquentar.

-Ah, obrigado. – Ele pegou a xícara e deu um gole. – Onde está a Sam?

-Dormindo, já é meio tarde... Então... O que houve?

-Acho que acabou Brooke. – Ela fez cara de quem não entendeu, e se ajeitou no sofá.

-O que acabou?

-Acabou para mim e Peyton.

-O que? Mas vocês estavam tão bem, agora com a Brooke Sawyer vocês tinham tudo para ser completamente feliz.

-É temos, mas não somos. Agente tem brigado direto, até começamos uma terapia de casal a uns dois meses. – Ele pois as mãos no rosto – Não resolve, nada resolve. Começo achar que fizemos errado em nos casar...

-Do que você ta falando Luke? Vocês se amam, sempre se amaram.

-Será Brooke? Eu já não sei mais, talvez...

-O que?

-Não, esquece! – Ele colocou a xícara na mesa, levantou e foi indo embora – Tenho que ir. – Ele saiu e Brooke foi atrás dele mesmo com aquela chuva toda.

-Luke! – Ela segurou no braço dele e ele se virou para ela.

-Talvez eu não devesse ter ficado com a Peyton, Talvez quando você entrou no meu quarto e disse “Eu sinto sua falta” eu deveria ter dito que também sentia... Eu sinto sua falta Brooke Davis, eu não sei o que quer dizer, mas... – Ele colocou uma das mãos no rosto dela e aproximou um pouco mais seu rosto do dela. – Eu sinto sua falta!

Brooke ficou apenas o olhando surpresa, e espantada com o que ele disse. Ele foi lentamente aproximando seu lábio do dela ela recuava um pouco, mas acabou retribuindo, por alguns segundos. Por alguns segundos eles voltaram quatro anos, por alguns segundos voltaram a ser Lucas e Brooke.

Ela então parou o beijo e afastou seu rosto um pouco.

-Outra vez na chuva! – Lucas disse rindo.

-Não... Não somos os mesmos Luke, - Ela pegou a mão dele que ainda estava em seu rosto e mostrou a aliança em seu dedo – Você é casado e tem uma filha. Eu tenho uma filha adolescente e estou com o Julian...

-Você nunca vai amá-lo como me amou.

-Eu sei. Mas essa é a nossa realidade, é como se por alguns segundos tivéssemos voltado no tempo, mas o sonho acabou, é hora de encarar a realidade: Não somos mais Lucas e Brooke os adolescentes apaixonados daquela noite de chuva, somos Lucas e Brooke, dois adultos com vidas.... Vidas separadas. Eu não sou mais a frágil e apaixonada Brooke que acreditava em todas as suas palavras e se iludia com elas. O nosso tempo passou Lucas, a nossa história acabou e agora só falta... – Ela disse olhando nos olhos dele e se afastando – O Adeus. – Ela deu as costas e foi andando em direção a sua porta.

-Brooke! – Ele gritou completamente desconcertado. Ela volta até ele, colocou uma das mãos eu seu rosto e deu-lhe um selinho.

-Adeus Lucas! – Ela entra em casa.

Encostou-se a porta, piscava repetidas vezes e forte para segurar o choro. Foi até o banheiro e começou a se secar, trocou de pijama e estava já indo para a cama, quando resolver abrir uma gaveta da sala que a muito tempo não mexia, por baixo de uns livros e revistas velhos ela tirou uma foto, quando ouviu o seu celular tocar.

-Peyton! – Ela viu de quem era a ligação, então atendeu. – Alo.

-Brooke... – Ela chorava no telefone. – O Lucas, agente brigou... Ele saiu de casa e não voltou até agora...

-Eu sei, ele... Tava aqui.

-Ah claro.

-Peyton! Não é hora de ciúmes bobo, você tem que conversar com o Luke, vocês se amam.

-Ciúme bobo? – Ela riu – Ele por acaso não te contou por que brigamos desta vez né?

-Não.

-Estávamos na terapia semanal, a Kate (Terapeuta) fez um exercício de ligação de palavras a primeira coisa que vem a cabeça...

-O que isso tem haver?

-Ele disse você. Quando ela disse amor Brooke, ele disse você.

Duas lagrimas rolaram dos olhos de Brooke bem na foto dos dois que estava em suas mãos.