Os Opostos também se Atraem Vol. I escrita por estherly


Capítulo 19
Um ultimo adeus


Notas iniciais do capítulo

Aqui vais as músicas colocadas neste capítulo. Tudo respectivamente na ordem.
* Thinking Of You – Katy Perry
* I’ve Got You – McFly
* Hate That I Love You – Rihanna with Ne-Yo
* Halo – Beyoncé Leiam o final.



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“Sempre acreditamos que haverá o amanhã

Para corrigir um descuido...

Será que haverá uma chance para dizer:

‘Posso fazer alguma coisa por você?’

O amanhã não é garantido para ninguém,

Seja para jovens, ou mais velhos.

E hoje pode ser ultima chance

De abraçarmos aqueles que amamos.”

(Mário Quintana)

 

            Eu estava nervosa. Claro, saber que você vai morrer no dia seguinte, não é uma noticia muito adequada para ninguém. A não ser, para os suicidas ou os homens bombas. Mas isso não vem ao caso. Estou namorando o louco do Victor. Sim, ele é um louco! Coitada da mulher que se casar com ele. E quando eu digo louco, é louco mesmo. Não estou exagerando. Duvida? Um dia eu passava nos corredores e um menino o Arthur Silvit, me agradeceu, pois eu o ajudei numa poção. Sabe o que aquele louco do Victor fez? Estuporou o pobre rapaz. Fiquei indignada com ele e sabe o que ele me falou?

“-Você é minha Rose.”

            Respirei super fundo e contei até um milhão para não bater nele. Os dias foram passando. Victor piorando cada vez mais. E meu coração se partindo. Não consegui ler o livro, já que eu e o Scorpius acabamos participando das Nachweis. E depois tivemos que ir comprar o vestido. O meu vestido é lindo! Eu não sei nem como descrever.

Arrumei meu cabelo num coque. Alguns fios teimavam em cair. Não liguei. Acho que ficou melhor assim o meu cabelo. Meu cabelo agora era um ruivo acastanhado. Mais castanho do que ruivo. Bem melhor do que aquele ruivo chamativo. Sim meu cabelo era muito chamativo. Mas voltando ao assunto... Desci as escadas e vejo Victor me esperando. Ele olhava um olhar de “Saia antes que eu ti mate!” para todos os meninos que olhavam para mim. Respirei fundo e descia escadas lentamente. Nosso ‘namoro’ de hoje não passaria. A bainha do meu vestido ia para frente e para trás. Sorri amigavelmente para ele. Ele me deu sua mão e eu aceitei. Ele estava elegante. Sua camisa era branca, seu terno era preto e a calça social preta também. Única coisa ‘divertida’ era a gravata preta com bolinhas prata.

 

 

 

As portas se abriram magicamente. O salão estava diferente. Seu interior todo prata, dando uma impressão que o salão aumentou de tamanho. As mesas todas em volta do salão, mas nenhuma no centro dele. Nele, uma pista de dança. E na mesa dos professores, os professores com de costume.

 

 E no lado deles, uma mesa com um aparelho de som trouxa.

 

Nele tocava uma música.

- Vem, o Malfoy está junto de Belle. – disse ele como se não tivesse gostado da idéia. Se eu estivesse no lugar dele e fosse extremamente ciumento, também não apreciaria muito a idéia do cara que ti estuporou duas vezes e atacou sua irmã como um lobo convidasse a mesma para um baile. Mas, fazer o que? Aproximamo-nos. Scorpius estava com um conjunto totalmente diferente do que ele estava no aniversário de Hogwarts á dois meses atrás. Ele usava uma blusa listrada bege com prata pelo o que eu pude perceber, sua gravata era prata com bolinhas. Usava uma calça cinza escuro e um paletó preto. Super lindo.

 

 

            Isabelle arrasava. Usava um tomara que caia vermelho sangue. O vestido ia até a ponta de seus pés, que calçavam uma sandália prata. Seu cabelo preso no alto e formando uma trança.

 

 

 

 

 

- ROSE! Seu vestido é lindo! – disse Isabelle me abraçando.

- Obrigada. O seu também é lindo! – falei sincera olhando para o magnífico vestido vermelho. Isabelle sorriu encabulada, então de repente uma música começou a tocar. Eu conhecia aquela música. Era da Katy Perry.

- Vem Victor. Vamos dançar. – eu pedi. Tinha que ser a melhor namorada do mundo. Já que seria a ultima vez que eu poderia tentar.  Ele pegou na minha mão e fomos para a pista.

- Vem Scorpius. – pude ouvir Isabelle pedir manhosa. – Vamos dançar. – ela pediu e, quando eu olhei de relance, ela fez biquinho. Scorpius revirou os olhos, eu odeio quando ele faz isso. Então Isabelle e Scorpius foram para o nosso lado. Quando eu me lembrei da tradução daquela musica, me arrependi rapidamente.

 

Comparisons are easily done

(Comparações são facilmente feitas,) Once you've had a taste of perfection (Uma vez que você prova a perfeição) Like an apple hanging from a tree (Como uma maçã pendurada em uma árvore)

I pick the ripest one I still got the seed

(Eu peguei a mais suculenta e eu ainda tenho a semente)

 

You said move on,

(Você disse 'siga em frente')

Where do I go? (Para onde vou?) I guess second best

(Eu acho que o segundo melhor)

is all I will know (É tudo que eu vou conhecer)

Apenas naquele momento eu percebi que éramos os únicos casais na pista improvisada. Olhei de relance para os professores e o diretor Kosty nos olhava com um sorriso bondoso no rosto. Eu comecei a reparar profundamente na letra da musica.

 

'Cause when I'm with him (Porque quando eu estou com ele)

I am thinking of you (Eu estou pensando em você)

Thinking of you (Pensando em você)

What you would do if (O que eu faria se)

You were the one who was (Você fosse o tal) Spending the night? (Que estava passando a noite)

Oh I wish that I (Ah, eu queria que eu) Was looking into your eyes (Estivesse olhando nos seus olhos)

You're like an indian summer,

(Você é como um verão indiano)

In the middle of winter (No meio do inverno)

Like a hard candy with a surprise center (Como um doce com um centro de surpresa) How do I get better once I've had the best? (Como eu fico melhor uma vez que eu provei do melhor?) You said there's tons of fish in the waters

(Você disse que há toneladas de peixes na água) so the waters I will test (Então eu vou provar das águas)

 

He kissed my lips,

(Ele beijou os meus lábios) I taste your mouth (Eu provei da sua boca)

He pulled me in,

(Ele me colocou para dentro)

I was disgusted with myself (Eu fiquei com nojo de mim mesma)

 

'Cause when I'm with him (Porque quando eu estou com ele)

I am thinking of you (Eu estou pensando em você)

Thinking of you (Pensando em você)

What you would do if (O que eu faria se)

You were the one who was (Você fosse o tal) Spending the night? (Que estava passando a noite?)

Oh I wish that I (Ah, eu queria que eu) Was looking into your eyes (Estivesse olhando nos seus olhos)

 

            Isso era verdade. Odeio quando as musicas tocam e eu vejo nelas a minha vida. Mas, eu tenho que admitir. Essa fala bem a minha vida aqui. Desde que eu namorei o Victor. Toda vez que eu estou com Victor eu penso nele. E toda vez que eu olhava os olhos castanhos escuros de Victor, eu acabava imaginando o porquê deles não serem azuis que expressam liberdade.

 

The best and yes, I do regret (Você é o melhor sim, eu realmente me arrependo How I could let myself let you go (Como eu pude me deixar deixar você ir)

And now, now the lesson´s learned (Agora a lição está aprendida) I touched and I was burned (Eu toquei isso e eu fui queimada)

Oh I think you should know

(Ah eu achava que você devia saber)

 

            Certo, isso já estava ficando assustador. Eu confesso!  Às vezes eu chorava no meu quarto, perguntando a mim mesma como eu pude deixar ele partir. Eu tinha tudo para ser feliz com ele. Poderíamos ir ao topo juntos e felizes, mas não...

'Cause when I'm with him (Porque quando eu estou com ele)

I am thinking of you (Eu estou pensando em você)

Thinking of you (Pensando em você)

What you would do if (O que eu faria se)

You were the one who was (Você fosse o tal) Spending the night? (Que estava passando a noite?

Oh I wish that I (Ah, eu queria que eu) Was looking into your eyes (Estivesse olhando nos seus olhos)

 

Your eyes, your eyes (Seus olhos, seus olhos)

Oh, won't you walk through and (Ah, você não irá percorrer e)

Bust down the door and (Busto baixo da porta e)

Take me away (Leve-me para longe)

No more mistakes (Não há mais erros)

'Cause in your eyes I'd like to stay (Porque em seus olhos que eu gostaria de permanecer ) Stay... (Fique ...)

 

            A musica parou e eu ouvi duas mãos se batendo formando assim palmas. Olhei, era o Sr. Kosty. Ele tinha se levantado e começou a bater palmas. De repente todos o imitaram. Todos se levantaram e começaram a bater palmas. Todos olhavam para nós. Meu rosto se queimou. Então outra música começou a ser tocada. Não! Eu conhecia aquela música. Era a musica que Scorpius “cantou e dedicou para mim” na noite do karaokê. Odeio admitir, mas era tudo um sonho. Fechei os olhos e deixei a imaginação fluir. A musica tocava e a minha imaginação rolava. Eu amava esta música. Era I’ve Got You. Uma música bem bonita, e seria mais bonita ainda se alguém dedicasse ela para o amor de sua vida. Alguns casais começaram a andar para a pista. A música começou. Alguns professores também foram.

 

The world would be a lonely place

(O mundo seria um lugar solitário)

Without the one that puts a smile on your face (Sem aquela que põe um sorriso em seu rosto)

So hold me 'til the sun burns out (Então me abrace até o sol se apagar)

I won't be lonely when I'm down (Eu não vou estar sozinho quando estiver para baixo)

'Cause I've got you (Porque eu tenho você)

To make me feel stronger (Para me fazer me sentir mais forte)

when the days are rough (Quando os dias são duros)

and an hour feels much longer (E uma hora parece muito mais longa)

I never doubted you at all (Eu nunca duvidei de você de forma alguma)

The stars collide, will you stand by and watch them fall?

(As estelas colidem quando você está presente e as assiste cair)

So hold me 'til the sky is clear (Então me abrace até o céu ficar limpo)

And whisper words of love right into my ear (E sussurre palavras de amor bem no meu ouvido)

'Cause I've got you (Por que eu tenho você)

to make me feel stronger (Para me fazer me sentir mais forte)

When the days are rough (Quando os dias são duros)

and an hour feels much longer (E uma hora parece muito mais longa)

Yeah when I got you (E eu tenho você)

Oh to make me feel better (Para me fazer me sentir melhor)

When the nights are long they'll be easier together (Quando as noites são longas elas serão mais fáceis juntos)

Looking in your eyes (Olhando em seus olhos)

Hopping they won't cry (Esperando que eles não chorem)

And even if you do (E mesmo se você chorar)

I'll be in bed so close to you (Eu vou estar na cama bem perto de você) Hold you through the night (Para te abraçar pela noite)

And you'll be unaware (E você vai estar inconsciente)

That if you need me I'll be there (E se precisar de mim eu estarei lá)

Yeah I've got you (Eu tenho você )

Oh to make me feel stronger (Para me fazer me sentir mais forte)

When the days are rough (Quando os dias são duros)

and an hour seems much longer (E uma hora parece muito mais longa) Yeah when I got you (E eu tenho você)

To make me feel better (Para me fazer me sentir melhor)

When the nights are long they'll be easier together (Quando as noites são longas elas serão mais fáceis juntos)

Oooh and I've got you

(Oooh E eu tenho você)

 

            A música passou e a euforia de todos também. Todos estavam com respirações ofegantes. Pulavam e dançavam umas danças que não era o mais comum em uma festa de gala. O diretor se levantou e foi até o meio do ‘palco’.

- Boa noite queridos.

- Boa noite diretor Kosty. – disseram todos. O diretor sorriu.

- Que bom que gostaram das duas musicas que acabaram de tocar. Agora, eu quero lembrar a todos que este é um baile de despedidas. Despedida aos nossos dois alunos do exterior. Por favor, recebam com uma forte e calorosas palmas Sr. Scorpius Malfoy e a Srta. Rose Weasley. – todos começaram a bater palmas. – Por favor, venham aqui. – pediu o diretor. Ainda com o rosto vermelho fui. Subimos o degrau e ficamos ao lado dele. – Pelo o que eu me lembre, você vieram aqui pois ganharam um concurso de talentos. E o talentos de você é cantar. E para vocês ganharem é por que vocês devem ser bons. Vamos ver. Por favor. Cantem um dueto para nós.

- Co... como? – eu gaguejei para o diretor na nossa frente

- Ah qual é?! Vocês ganharam um concurso de milhares de alunos cantando e depois o Sr. Malfoy cantou para nós na noite do karaokê. Não é difícil. – disse ele

            Estar numa escola com milhares de pessoas desconhecidas ti olhando, um monte de professores ti apoiando e cantar ao lado da pessoa que você odeia mas ao mesmo tempo ama não é nada difícil? O diretor colocou a musica no som. Merda! Essa era um dueto dramático e amoroso. Era a “Hate That I Love You” da Rihanna. Engoli em seco. Peguei o microfone e comecei a cantar.

 

[Rose] That's how much I love you (Isto é o quanto eu te amo)

That's how much I need you (Isto é o tanto que eu preciso de você)

And I can't stand you (E eu não posso ficar ao teu lado)

Must everything you do make me wanna smile (A maioria das coisas que você faz me fazem querer sorrir) Can I not like you for awhile? (No....) (Eu posso não gostar disso por um momento?(não))

[Scorpius] But you won't let me (Mas você não vai me deixar)

You upset me girl (Você me chateia, garota,)

And then you kiss my lips (Então beija os meus lábios) All of a sudden I forget (that I was upset) (E de repente eu esqueço que estava chateado) Can't remember what you did (Nem me lembro o que fez)

But I hate it... (Mas eu odeio isso...)

 

[Rose] You know exactly what to do (Você sabe exatamente o que fazer)

So that I can't stay mad at you (Então não consigo ficar chateada contigo)

For too long that's wrong (Por muito tempo, isso é errado.)

 

But I hate it... (Mas eu odeio isso...)

 

[Scorpius] You know exactly how to touch (Você sabe exatamente como me tocar)

So that I don't want to fuss and fight no more (Portanto não quero mais discutir) Said I despise that I adore you (Já disse, eu detesto o quanto eu te amo)

 

[Rose] And I hate how much I love you boy (yeah...) (E eu odeio o quanto eu te amo, garoto. ) I can't stand how much I need you (I need you...) (Não suporto o quanto eu preciso de você. )

And I hate how much I love you boy (oh whoa..) (Eu odeio o quanto eu te amo, garoto. )

But I just can't let you go (Mas, simplesmente, eu não posso te deixar ir. )

And I hate that I love you so (oooh.. ) (Eu odeio te amar tanto)

 

[Scorpius] You completely know

(Você sabe muito bem)

the power that you have (O poder que tem)

The only one that makes me laugh

(É a única que me faz rir. )

 

[Rose] Said it's not fair (É triste e injusta) How you take advantage of the fact (A forma como aproveito do fato)

That I... love you beyond the reason why (De que eu te amo sem motivos)

And it just ain't right, that (E isso não está certo)

[Scorpius] And I hate how much I love you girl (Eu odeio o quanto eu te amo, garota)

I can't stand how much I need you (yeah..) (Não suporto o quanto eu preciso de você. )

And I hate how much I love you girl (Eu odeio o quanto eu te amo, garota)

But I just can't let you go (Mas eu simplesmente não posso te deixar ir. )

But I hate that I love you so (Eu odeio te amar tanto)

 

[Rose] One of these days maybe your magic won't affect me (Um dia desses, talvez a tua magia não me afete mais) And your kiss won't make me weak

(E o teu beijo não me enfraqueça)

 

[Os dois] But no one in this world knows me the way you know me

(Mas não há ninguém nesse mundo que me conheça como você. )

 

[Scorpius] So you'll probably always have a spell on me…

(Então provavelmente você sempre me encantará)

 

[Rose] As how much I love you (as how much I need you) (É o quanto que eu te amo (É o quanto que eu preciso de você))

As how much as I need you (oooh..) (É o quanto que eu preciso de você)

As how much I love you (oh..) (É o quanto que eu te amo) As how much as I need you (É o quanto que eu preciso de você)

[Rose e Scorpius] And I hate that I love you so... (Eu odeio te amar tanto)

 

[Rose e Scorpius] And I hate that I love you so... (E eu odeio que eu te amo ... )

And I hate how much I love you boy (E eu odeio o quanto eu te amo menino)

I can't stand how much I need you (can't stand how much I need you) (Não posso suportar o quanto eu preciso de você (não pode repousar o quanto eu preciso de você) ) And I hate how much I love you boy (girl!) (E eu odeio o quanto eu te amo menino (menina!) ) But I just can't let you go (but I just can't let you go no..) (Mas eu não posso deixar você ir (mas eu não posso deixar você ir ..) ) And I hate that I love you so

(E eu odeio que eu te amo) [Rose]

And I hate that I love you so...

(E eu odeio que eu te amo ...)

            Nós terminamos de cantar. Eu dei graças a Deus. Desci do palco. Todos ainda batiam palmas. Scorpius me acompanhava. Íamos para a nossa mesa. Isabelle abriu um belo de um sorriso e Victor me olhava como se ele estivesse orgulhoso.

- Bom, vamos tornar esta noite divertida. Para comerem façam o seguinte. Peguem o cardápio na mesas de vocês e estalem os dedos. A comida aparecerá. O som ficará tocando sozinho. Se alguém quiser vir cantar, venha que automaticamente um microfone aparecerá e o som acompanhará a musica.  Boa noite. – o diretor voltou a se sentar. Voltei A me sentar. Olhei para o som. Ele tocava uma música mixuruca. Todos que dançavam davam um passo para lá e um para cá. Não era nem dois passos para lá e dois para cá. Era um mesmo, e um bem pequeno. Respirei fundo. Eu ia me odiar pelo resto da minha vida. Mas... espera aí. Ela iria terminar amanha e só recomeçar daqui a 5 anos. O que custa? Me levantei decidida. Fui até o microfone. Então uma música começou.

Remember those walls I built? (Lembra-se daquelas paredes que eu ergui? Well, baby they're tumbling down (Bem, baby, elas estão desmoronando

And they didn't even put up a fight (E elas nem resistiram à queda, They didn't even make up a sound

(E a queda nem sequer foi barulhenta

 

I found a way to let you in (Encontrei uma maneira de te deixar entrar

But I never really had a doubt (Mas eu realmente nunca tive dúvida Standing in the light of your halo (Quando em frente da luz da sua Aureóla

I got my angel now (Eu tenho o meu anjo agora

 

It's like I've been awakened (É como se eu estivesse sido despertada,

Every rule I had you breaking (Tantas regras eu tive que quebrar

It's the risk that I'm taking (É o risco que estou correndo

I ain't never gonna shut you out

(Eu nunca vou te deixar de lado

Everywhere I'm looking now (Em Todo lugar que estou olhando agora I'm surrounded by your embrace (Você me cerca com o seu abraço Baby I can see your halo (Baby, eu posso ver a sua Aureóla

You know you're my saving grace (Você sabe que é a minha graça salvadora,

 

You're everything I need and more (Você é tudo que eu mais precisava, It's written all over your face (Isso está escrito em todo o teu rosto

Baby I can feel your halo (Baby, eu posso sentir a sua Aureóla,

Pray it won't fade away

(Vou rezar para que ela não desapareça.

Do your halo halo halo (Eu posso ver a sua Aureóla I can see your halo halo halo (Eu posso ver a sua Aureóla

Do your halo halo halo (Eu posso sentir a sua Aureóla

I can see your halo halo halo (Eu posso ver a sua Aureóla

 

Hit me like a ray of sun (Me atingiu como um raio de sol

Burning through my darkest night (A queimar através da minha escura noite

You're the only one that I want (Você é o único que eu desejo

Think I'm addicted to your light (Eu estou viciada em tua luz

I swore I'd never fall again (Eu jurei que não cairia(me apaixonaria) novamente,

But this don't even feel like falling (Mas eu nem me sinto como se estivesse a cair. Gravity can't forget (A gravidade não pode se esquecer

To pull me back to the ground again

(De me colocar no chão outra vez

 

It's like I've been awakened (É como se eu estivesse sido despertada,

Every rule I had you breaking (Tantas regras eu tive que quebrar

It's the risk that I'm taking (É o risco que estou correndo

I ain't never gonna shut you out

(Eu nunca vou te deixar de lado)

- ROSE! Venha! – gritou Scorpius me puxando no braço. Eu parecia uma idiota que estava fazendo algo errado.

- Scorpius, para onde está me levando?

- O Lautner, ele está com um problema.

- Como?

- Ele está com um problema. – repetiu Scorpius. Olhei para trás, todos olhavam para nós. Fechei a cara para ele. Ele me guiou para o jardim da escola. Olhei e vi que Victor estava olhando para Isabelle. Furiosamente.

- Victor! – eu exclamei feliz por ele não ter se matado. Ele olhou para mim. Sorriu e veio na minha direção.

- Rose! – ele veio correndo, me abraçou e eu retribui. – Que bom que está aqui.

- Am... O que está acontecendo? – eu perguntei confusa.

- Uns probleminhas sobre o nosso namoro. – ele comentou. Neste momento eu senti um aperto no coração. Engoli em seco.

- Victor, eu queria conversar contigo. – eu disse abaixando a cabeça. Ele olhou para mim, eu podia sentir isso, ele levantou o meu queixo me fazendo eu olhar para ele. Então ele me beijou. Com ternura, carinho, com um cuidado como se eu fosse o vaso valioso da mãe. De todos os nossos beijos, foi o mais carinhoso. Foi tão carinhoso que, por uma fração de segundo eu imaginei que era um ultimo beijo. Era como se fosse um beijo de despedida. Por um lado seria, pois eu iria terminar com ele. Mas, era ele quem me dava essa sensação. Então eu senti que suas mãos estavam na minha cintura, de uma forma possessiva. E depois de cinco segundo, eu senti os meus dedos em seus cabelos. Quando eles foram parar ali? Senti a língua dele explorar minha boca. Arrepiei-me toda. Estávamos nos beijando faz um bom tempo. Meu ar estava faltando. Até que eu com um ultima força empurrei ele delicadamente. Olhei para ele. Os cabelos um pouco desarrumados e sua boca inchada. Eu não passava disso. Minha boca devia estar inchada e a minha cintura marcada. Pois eu conseguia a sentir latejar de leve. Respirei fundo. Tinha que ser agora.

- Victor... Eu...

- Não. Rose, eu queria ti dar isso como uma lembrança. – disse ele me interrompendo. Ele tirou do bolso, uma pulseirinha. Ela era de ouro e tinha apenas um pingente. Ele era um coração escrito. Victor e Rose. Ele colocou em mim. Eu sorri para ele. Abracei-o novamente. Ele retribuiu.

- Fale. O que você gostaria de dizer para mim?

- Olha, eu gosto muito de você, mas eu quero que sejamos apenas amigos.

- O que? – ele perguntou estupefato – É sério?

- Sim. Eu quero que sejamos apenas amigos.  – eu respondi olhando para baixo.

- Foi algo que eu fiz? Foi Rose?! – começou ele gritando para mim.

- Não Victor. Mas, é que nós vamos voltar para Hogwarts, a maioria dos namoros não resistem uma longa distancia.

- Um amor verdadeiro sim. Então você na me amava?!

- Victor, não faça tempestade num copo de água! – eu pedi para ele

- Não. Você não me quer mais, eu não vou conseguir viver sem o seu amor Rose. Adeus. – murmurou Victor.

            Ele apontou a varinha para o seu coração e olhou para mim.

- Eu te amo Rose. – disse ele para mim. Então um feitiço verde saiu da varinha atingindo seu coração. Ele ficou duro e caiu no chão.

- NÃÃOO!!! – eu gritei. Comecei a chorar – Victor! Não! – eu me atirei em seu corpo.

- ROSE! VICTOR! Finalmente achamos vocês! – exclamou Isabelle contente. Eu virei o rosto e vi ela se aproximar. Ela deve ter visto o meu rosto inchado. – Rose? O... o que está acontecendo?

- O...O Victor... ele... – eu não consegui terminar o resto da frase. Comecei novamente a chorar. – Ele se...

- Não... Victor, - começou Isabelle se aproximando do corpo do irmão. Ela colocou a mão no pulso do irmão. – acorde! Não faça essa brincadeira comigo! – suplicou ela. Engoli em seco. Eu era culpada por sua morte. – O pulso dele... – começou Isabelle olhando para mim. – Sem batimentos. – ela comentou para mim. Então ela começou a chorar.

- Isabelle, eu...Isso é tudo culpa minha. – afirmei para Isabelle, ela apenas olhou para mim.

- Não, não é culpa sua. – afirmou ela. – Rose, pode ir buscar ajuda? – pediu Isabelle tímida. Sorri para ela.

- Estou indo. - Dei um beijo na testa dele, olhei para Victor.

Ainda chorando fui em direção do castelo. Quando eu senti duas mãos me virarem pela cintura. Olhei. Era Scorpius. Sem pensar duas vezes, abracei-o. Ele retribuiu o abraço. Eu acabei molhando toda a camisa dele. Aquele cheiro de hortelã era magnífico. Ficamos ali, parados, abraçados ele me consolando inconscientemente e eu molhando sua camisa.

- Obrigada. – agradeci para ele. Ele sorriu para mim, senti minhas pernas tremerem.

- O que aconteceu? – ele me perguntou carinhosamente.

- Eu... O Victor... ele, se... – eu novamente não consegui terminar a fala. Despenquei num choro novamente.

- Shííí... Calma... – disse Scorpius me confortando.

- Faz um favor?

- Claro.

- Chame o diretor Kosty. Por favor.

- Mas...

- Por favor. Chame o diretor. – eu supliquei. Ele engoliu em seco e foi em direção do castelo. Caminhei até Isabelle que ainda chorava. Sentei-me ao lado dela e a abracei. Ela retribuiu. – Apenas chore. – sugeri para ela. Ela obedeceu.

            Ela colocou a cabeça no meu colo e começou a chorar. Eu fazia carinho nos seus cabelos loiros. Paramos com esta ‘cena’ quando ouvimos passos vindo na nossa direção. Nos viramos, era o diretor.

- Srtas. O que fazem aqui? E por que o Sr. Lautner está deitado? – perguntou o diretor inocentemente. 

- Ele... ele está... morto. – falou Isabelle.

- Olhe, isto é uma brincadeira de muito mal gosto. – ralhou ele conosco.

- Mas, não é brincadeira! – agora fui eu quem ralhou com ele. – Permita-me demonstrar.

            Fui até ele, peguei a varinha e apontei para ele.

- Ennevarte. – eu murmurei. Ele não acordou. Como eu já sabia.

- Bem... – ele começou. O diretor se aproximou colocou a mão no pulso e depois no peito dele. – Realmente. Srta. Becker. Eu sinto muito mesmo. Eu vou... A Srta. Sabe onde ele gostaria de ser enterrado?

- Bem... O Victor sempre me falou num lugar chamado O Topo. Mas, ele nunca me falou onde ficava.

- O Topo? – perguntou Sr. Kosty confuso.

- Sim senhor. – afirmou Isabelle

- Srta.  Becker, eu realmente não sei onde fica O Topo. – lamentou Sr. Kosty.

- Eu sei onde fica! – exclamei. Eu sei? Eu pensei comigo mesma.

- Você sabe Rose? – perguntou Isabelle esperançosa. Merda. Pensei comigo mesma.

- É... bem, eu nunca fui até lá, mas ouvi boatos que sei onde fica. Podemos procurar...

- Claro. Mas e o Victor?

- Eu levarei ele para minha sala. – assegurou Sr. Kosty á Isabelle. Ela assentiu com a cabeça e viu o irmão desaparecer.  – Srta. Weasley. Onde fica?

- Aqui no colégio.

- O que?! – exclamaram os dois.

- Sim, o topo fica no colégio. Isabelle, como é O Topo que Victor descreveu?

- Era um topo, onde dava vista para umas colinas, flores, ele disse que era muito lindo.

- É aqui no colégio.

- Certo. Sr. Malfoy, pode ir para o baile. – ordenou Sr. Kosty. Me lembrei das palavras ‘Com o amor você acha o caminho’.

- Não! – eu exclamei – Ele precisa ir. – eu enfatizei bem o precisa. Pois, para não nos perder, ele tinha que ir junto. Bom, entenderam né?

- Tudo bem. Vamos Sr. Malfoy.

- Am... Eu e Scorpius iremos na frente e vocês seguem a gente.

- Tudo bem. – concordaram os dois.

            Comecei a andar. Subia corredor, dobrava alguns. E sempre com Scorpius ao meu lado. E eu andava tão colada que nossos braços se encontravam. Estávamos na metade do caminho, eu podia sentir. Quando me lembrei o motivo de estarmos ali. Comecei a chorar silenciosamente. Scorpius olhou para mim e entrelaçou suas mãos nas minhas. Olhei para ele. Ele sorriu e eu sorri em resposta. Agora eu tinha certeza. Estava no caminho certo. Era como se todo o castelo se escurecesse e apenas um corredor fosse o iluminado. Andamos, e chegamos. Chegamos na porta com um coração verde. Sorri.

- Chegamos. – eu falei contente. Eu pude ouvir um Aleluia do Sr. Kosty. Olhei para a porta. Ela era igual á descrição ‘no diário’. Ela não tinha fechadura. Engoli em seco. Empurrei Scorpius levemente para trás de mim, mas sem soltar nossas mãos. Empurrei a porta com a mão livre e uma voz apareceu.

- Quem é você?

- Sou Rose Weasley e este é o meu amigo Scorpius Malfoy e estes dois são meus amigos. Isabelle Becker e Rar Kosty. – eu disse para uma voz.

- Você é descendente de quem? – perguntou a voz. Engoli em seco. Vamos tentar.

- Sou descendente de Warlock Zauber e Luna Stock.

- O que?  - eu pude ouvir os três perguntarem para mim. Não liguei.

- Você sabe a ordem da sua família?

- Como? - A arvore genealógica de sua família?

-Sim.

- Prove. Monte ela.

            Então numa parede (todos já estavam na salinha) aparece um monte de nome. Era para eu colocar no lugar. Coloquei. Tudo certinho. Coloquei todos. Do bisavô de Scorpius até ele.

- Certo. Qual é a senha?

- Roma.

- Como você achou o caminho?

- Com o amor você acha o caminho. – respondi para ele.

- Certo. Podem entrar. – disse a voz. Uma porta se materializou. Abri ela. Eu entrei primeiro. Depois de Scorpius e depois Isabelle. O Sr. Kosty foi entrar também mas a voz disse.

- Você não pode.

- Como não posso?

- Apenas membros do mesmo sangue do fundador.

- Como? – o Sr. Kosty parecia louco gritando com o nada.

- O Sr. me  ouviu.

- Mas, a Srta. Becker, ela não é descendente.

- Ela é sim. – afirmou a voz – Junto do Sr. Malfoy e da Srta. Weasley.

- Mas...

- NÃO! – gritou a voz.

            Então, entramos. Era o paraíso. Como descrevera Luna em seu diário. O fundo das montanhas, e era cheio de flores. Tinha uma porta. Uma sala. Eu abri. Lá tinha dois túmulos.

- Os túmulos de Luna e Warlock. – murmurei. Fui para lá. Seguida de Scorpius e Isabelle. Tinha dois túmulos, mas os dois tinham uma ligação. – Luna está segurando a mão de Warlock. Por isso essa ligação. – eu expliquei.

- Rose, que história é esta de descendentes? – me perguntou Isabelle e Scorpius se virou. Ele parecia super interessante na conversa.

- Scorpius, quem era a sua bisavó paterna?

- Era uma tal de Jennifer...

- Hingtun. - completei

- Como...

- Certo. Você chegou a conhecer ela?

- Convivi com ela até os meus 9 anos. Quando entrei em Durmsntrang.

- E ela nunca ti contou uma história da irmã dela...

- Contou. Ela tinha uma irmã. Anne, ele teve um filho que foi raptado.

- O filho raptado de Anne é pai da minha mãe. – eu disse

- O QUÊ?

- É, eu também fiquei em choque. – eu disse dando ombros.

            Andei para fora da sala.

- Bom, Rose eu...bem, eu vou ir falar com o diretor. Bom, se não nos virmos. – ela começou a falar e se aproximar de mim – Foi muito bom ti conhecer. Você uma ótima amiga. Você é uma pessoa muito boa mesmo. Espero ti ver um dia. – e dizendo ela me abraçou. Eu a apertei.

- Você é forte. – foi a ultima coisa que eu falei antes dela partir.

- Tchau Scorpius!

- Tchau Isabelle. – se despediu Scorpius.

            Cinco minutos depois, eu resolvi sentar no banquinho que tinha ali. Eu sentei e encostei minha cabeça na parede atrás de mim. Senti que começou a chuviscar. Quando eu vejo, senti uma coisa me envolver. Era o abraço confortável de Scorpius. Encostei minha cabeça em seu peito.

- Obrigada. – eu murmurei sem perceber

- Pelo o que? – ele perguntou fazendo carinho nos meus cabelos. Fechei os olhos automaticamente.

- Por tudo. Pelo cappuccino, por me proteger nos meus malucos sonhos, por estar ao meu lado, por me mostrar o caminho certo, por me proteger, por ser... – eu parei de falar. Eu pensei em dizer “por ser o amor da minha vida”. Mas achei melhor não.

- Por ser... – insistiu Scorpius

- Por ser meu amigo. – eu dei um sorriso amarelo. Ele deu um sorriso de canto de boca. Voltei a fechar os olhos assim que senti o carinho dele. – Obrigada, por tudo.

- Não foi nada. – disse ele perto do meu ouvido. Arrepiei-me toda. Sorri inconscientemente. Resolvi me virar e encarar ele. Maldita hora. Nossos rostos estavam bem perto. Castanho se misturou com o azul. Engoli em seco. Me matei por dentro para não beijar ele. Pedi a Merlin. Mas parece que ele não gosta de mim. Vi Scorpius se aproximando lentamente. Tinha que pensar rápido. Metade de mim queria beijar ele e fugir com ele. Mas a outra metade me disse para eu não machucar ele, pois eu vou morrer amanhã. Merda. Virei a cara e ele beijou a minha bochecha. Abaixei a cabeça. Fiquei vermelha para ele.

- Olha, Scorpius temos que voltar para os dormitórios. – eu comecei a dizer.  Eu me levantei ele me imitou. Então, nos dirigíamos para a porta quando ele me puxa pela mão e beijou. A sensação que eu senti ao beijá-lo foi cinco vezes mais forte e gostoso do que a primeira vez no Central Park. A sensação foi... sem palavras. Ficamos ali. Nos beijando, se esquecendo onde estávamos, quem éramos, a guerra, esquecendo tudo...

~*~ Alguns minutos depois ~*~

            Nós estávamos  lá. Cada um em seu quarto. Fazendo as malas. Ele indo para a continuação de sua longa vida e eu para a morte. Sei que pareço muito melodramática toda vez que falo no dia de amanha, mas... eu não consigo ser diferente. Faz uns cinco minutos que terminei.

- Oi. – eu o ouvi dizer. Ele foi até a minha cama. Sentou-se ao lado da minha mala e ficou me olhando. Imitei-o. Fiquei olhando. Merlin, como pude me esquecer daquele ser lindo que me acompanhava todos os dias? Seus cabelos loiros, mas com um toque de castanho. Seus olhos azuis que expressavam liberdade, me lembrando toda hora do céu. Seu sorriso que deixa qualquer garota hipnotizada. Ele me olhou confuso e levemente vermelho. Provavelmente porque só faltava eu despir ele. Dei um sorrisinho de canto para ele e olhei para baixo. Ele percebeu que, de alguma maneira ou outra, eu estava triste. E realmente eu estava. Ele veio até mim. Me abraçou. Me deixei me envolver com aquele carinho. Apertei ele mais forte. De repente eu comecei a chorar. Ou pela perda que eu faria, se eu fizesse alguma perda, ou a saudade que eu tinha dele. Estivemos mais próximos do que nunca nesses dois meses, mas eu me senti vazia. Sozinha nesses meses. Parece, que apenas aquele abraço foi o suficiente para me completar. Soltei ele. Fui até o meu criado mudo e tirei um embrulho da gaveta. Entreguei para ele.

- O que é isso? – perguntou ele curioso pegando o pacote.

- Uma lembrança. – eu respondi. Ele olhou para mim. Senti um aperto no peito.

- Rose, sabe que não precisava. – disse ele. Pude sentir que ele me repreendia.

- Por favor. Apenas abra e fique com ele. – eu pedi.

            Ele engoliu em seco. Sentou na cama, já que na hora do abraço estávamos de pé. Eu sentei ao lado dele. Vi a mão forte dele, trabalhar cuidadosamente para não rasgar o papel. Eu ri internamente. Éramos bruxos. Se ele rasgasse poderíamos usar um Reparo para consertar depois. Ele colocou o papel de lado e olhou para o presente. Era um porta retrato. A moldura era dourado com bolinhas de prata. A foto era de nós dois. Era parada. Uma foto trouxa. Ele me abraçando pela cintura e eu com a cabeça em seu peito. Nós sorriamos. Tiramos no ultimo passeio á Liège.

- Então era para isso que você queria a foto? – perguntou ele me repreendendo um pouco

- Aham. Gostou? – perguntei insegura. Se ele não tivesse gostado eu pegaria de volta.

- Muito! Muito obrigado Rose! – ele disse colocando o presente na cama e me abraçando. Retribui. Com muito agrado é claro! Reparei que já estava de pijama.

- Hum... Scorpius? – perguntei timidamente, enquanto ele observava o porta retrato.

- Sim?

- Você... bem... Você dorme comigo? – eu perguntei. Este seria o meu ultimo desejo. Ele tirou os olhos do presente e me olhou. Percebi que seus olhos brilharam.

- Claro. Am... Você ainda não está de pijama. Colocarei o porta retrato na mala enquanto você coloca o pijama. Ok?

- Claro.

            Ele saiu e eu rapidamente fui para o banheiro. Troquei de roupa e quando eu cheguei, ele já estava embaixo das minhas cobertas. Sorri para ele. Ele sorriu como resposta. Puxou a ponta do cobertor e bateu a palma da mão no colchão me chamando. Rapidamente fui até ele. Deitei. A minha cabeça em seu peito e suas duas mãos me envolvendo pela cintura. Dormi satisfeita como nunca dormi antes.

~*~ O resto do capítulo não é mais narrado por Rose ~*~

            “O lugar estava escuro. Abafado. Tinha um vento sim, mas era abafado. Era sinal de chuva. Ela corria. Lentamente. Andava rapidamente. Viu e ouviu um vulto ao seu lado. Não ligou. A luz da sua varinha aumentou fazendo assim ela enxergar mais ainda a profunda floresta negra que rodeava a menina. Ela via vultos ao seu lado. Engoliu em seco. Começou a correr. Os vultos não se intimidaram. Correram também. Pulou um tronco e parou de supetão. Ela estava em um campo aberto. No fundo, bem no fundo, árvores. Grandes. Ao seu redor. Arvores. Ela começou a andar para o meio do campo. Sem motivo. De repente. Escurece mais ainda, se possível, e uma neblina envolve os pés e joelho da garota. Ela sente que deve parar. Para. Dá um giro no mesmo lugar, observando lentamente o lugar onde estava parada. Alguns vultos apareceram e se puseram em volta dela. Formando um círculo onde ela ficava no meio. Tinha uma capa no chão, e embaixo dela um animal. Rapidamente a capa voa revelando o animal embaixo de si. Uma cobra. Logo ela reconheceu quem era. Scamanta.

- Olá Weasley.

- ...

- Não seja estúpida. Mas, tudo bem, já me acostumei. – disse Scamanta andando em zigue zague para perto da menina. – Me diga onde está ele que eu não machucarei eles.

            Falou Scamanta apontando para o rabo para os encapuzados. Ela deu um giro novamente e viu. Cada ser encapuzado segurava alguém. Sua mãe, seu pai, Jake, Scorpius, Lílian, Hugo, Harry, Gina, Tiago, Alvo e até mesmo Draco Malfoy.

- Eu não sei de quem você está falando.

- Mentira! Nunca ti disseram que é feio mentir?

- Mas eu realmente não sei de quem estamos falando!

- Ai ai... – lamentou Scamanta. – Serei obrigado a fazer isso.

            Scamanta apontou a varinha para Hermione.

- Avada Kedavra.

            Hermione caiu dura.

- MÃE! – gritou Rose chorando – Por que?! Porque você faz isso?

- Me diga, onde ele está?

- Eu já disse que não sei quem é ele!

- Avada Kedavra. – agora quem caiu duro foi Rony.

- PAI! Pare por favor! – suplicava Rose. – Por favor! Eu não sei de quem estamos falando. Me mate no lugar de todos, mas não mate mais ninguém.

- Apenas me responda.

- Eu não sei de quem falamos!

- AVADA KEDAVRA. – agora foi Jake e Lílian, os dois que caíram duros no chão.

- PARE! – suplicou Rose. – ME MATE! ME MATE, MAS NÃO ELES! – disse Rose abrindo os braços.

- Podemos poupar sua vida. A deles também. Apenas precisamos saber onde ele está.

- NÃO SEI!

- Avada Kedavra!

- HUGO! – Rose gritou, ela despencou em lágrimas. – Pare... por favor.

- ME RESPONDA! ESTOU FICANDO SEM PACIENCIA!

- Eu não sei onde ele está! Eu já disse!

- AVADA KEDAVRA! – e num só feitiço Scamanta matou seus tios.

- Não... – Rose chorou tanto que não tinha mais força para gritar. – Pare por favor!

- Me responda garota!

- Não! Eu já disse que não sei quem ele é!

- Avada Kedavra. – junto Scamanta matou Tiago e Alvo

- PARE! – gritou Rose nervosa. Ela procurou sua varinha. Não achava. – PARE!

- ME RESPONDA!

- JÁ DISSE QUE NÃO SEI DE QUEM ESTAMOS FALANDO!

- Avada Kedavra.

- Sr. Malfoy! Por que ele? Por que os meu pais e os meus tios? E os meus primos e Jake também? Não é a mim que você quer? Pois bem, me mate! Mas não mate mais ninguém!

- Não. Eu quero você. Eu quero ver você sofrer.

            A varinha enrolada pela cauda de Scamanta apontava para a ultima pessoa daquela roda. Ela se virou. A varinha de Scamanta apontava para Scorpius.

- Não... – murmurou ela. Ela olhou para Scamanta. Viu uma luz verde sair de lá.

            Do nada, Rose estendeu a mão, com a palma dela para baixo. Olhou para a varinha de Scamanta e murmurou.

- Mit der Liebe, die wir alle.

            Scamanta explodiu em mil pedaços. Virando pó antes mesmo de encostar no chão. Ela viu, os encapuzados, explodindo. Um por um. Não ao mesmo tempo. Um depois do outro. Numa perfeita sincronia. O encapuzado de Scorpius explodiu. O loiro rapidamente caiu no chão. Rose foi correndo para a direção do loiro. Apertou ele e quase sufocou o coitado.

- Você está bem? – perguntou Rose preocupada segurando o rosto dele entre as mãos e olhando para o rosto dela na procura de algum arranhão.

- Estou. Estou sim. – disse ele sorrindo. Ela sorriu para ele. Seus rostos se aproximavam. Cada vez mais. Podiam sentir a textura da boca dele quando...

- PPPÉÉÉÉÉÉ!!! – o despertador toca

- Rose, que diabos é isso? – perguntou Scorpius mau humorado, sentando na cama e coçando os olhos.

- É um despertador. Dãã... – disse ela se sentando na cama e arrumando o despertador.

- PÉÉÉÉÉÉÉÉÉ...

- Rose, desliga logo isso!! – murmurou Scorpius irritado tapando sua cabeça com o cobertor. Rose deu um sorrisinho e desligou o despertador. – Rose, que horas são?

- São... – disse ela, crente que seria 9hs, o horário que era para levantar. – 4 HORAS?

- 4 horas?! Rose eu não acredito que você me acordou às 4 horas da manhã.

- Não fui eu. Alguém alterou o relógio. Vamos voltar a dormir. – disse ela voltando a se tapar com o cobertor. Ela se virou e ficou de frente para Scorpius. Ele estava de olhos fechados. Dormindo. – Scorpius?

- Hun.

- Está dormindo?

- Agora não. – disse ele abrindo os olhos lentamente. – Quer conversar?

- Claro.

            Eles ficaram conversando. Até que bateu 6:30 e finalmente eles foram dormir.

- PÉÉÉÉÉÉÉ...

- De novo?! – perguntou Scorpius emburrado.

- Agora ele ta certo Scorpius. São nove horas. Vamos levantar. – disse ela tirando as cobertas de cima do loiro.

- Rose...

- Rose nada. Acorda seu preguiçoso. Eu quero ir no Topo pela ultima vez. – disse ela. Ele engoliu em seco.

- Tudo bem. Eu vou me arrumar e quando eu chegar quero ti ver pronta! – disse ele

- Sim general. – disse Rose brincando. Ele sorriu e depositou um beijo na testa da menina. Então logo saiu. Ela foi correndo para se trocar. Se trocou. Colocou uma calça jeans e uma blusa vermelha. Ela abriu a porta e viu que Scorpius saia do seu quarto. Ele fechava a porta. Estava com uma calça jeans escura e uma blusa preta.

- Vamos?

- Claro. – respondeu.

            Eles iam. Rose encostava o braço no braço de Scorpius quando se sentia perdida, este ato ajudava a menina a achar o caminho para irem até lá. Chegaram. Rose empurrou a porta.

- Senha? – perguntou a voz

- Roma. – disseram os dois juntos.

- Senha correta. 

            Eles entraram. O lugar continuava igual. Rose foi até o meio. Começou a chover. Ela abriu os braços e começou a girar. A cabeça para trás e um sorriso imenso. Ela parou de girar. Seus cabelos, quase castanhos, agora molhados e juntos, formando um castanho mais forte. Olhou para Scorpius. Sorriu paro o loiro. Um sorriso divertido. Ele sorriu para ela e começou a andar em direção da ruiva. Como se ela fosse a presa. Rose começou a recuar... Então, Rose se virou e começou a correr. Ficaram correndo em círculo. Até que Scorpius alcança Rose e, segurando-a pela cintura, gira no ar.

            Ficaram conversando por horas. Como se fosse a ultima conversa deles.

- Rose, qual é o problema? – perguntou Scorpius preocupado. A ruiva estivera calada toda a conversa. Apenas falava para terem um tema para conversarem ou apenas para responder, e sempre respondia apenas “Aham”, “Também acho”, “Não acredito nisso”, “Sério?” e “Que horror”.

- Desculpe.

- Rose! Você esteve escutando alguma coisa que eu falei? – perguntou Scorpius

- Olhe, Scorpius me desculpe. Eu preciso te falar um coisa.

- Diga. – disse Scorpius um pouco emburrado com a Ruiva.

- Preciso que preste muita atenção. É de extrema importância.

- Rose, me fale logo! Eu estou ficando curioso. – disse Scorpius começando a ficar impaciente.

- Eu sei que agora não irá fazer sentido, mas... num futuro próximo, irá fazer todo o sentido. Então, apenas com isso que eu vou ti falar, você terminará com algo que aterroriza todos.

- Rose, você está me assustando. – confessou Scorpius, um pouco receoso com o que poderia ser. Rose engoliu em seco antes de responder.

- Aqui vai. – ela respirou fundo. Mas, antes de responder. Algo invadiu ela. Seus olhos fixos em algum ponto no chão, ela apertava a mão de Scorpius. E falou. Mas, falou com uma voz rouca, nem parecia dela. Apenas sabia-se que era dela por que saia dela a voz estranha.

- Ela chegará mais cedo para alguns. Para outros, está marcado nas estrelas. Assim que ele perder a amada, um tempestade começará, e ele deve dizer as palavras que os deuses fizeram ao saber o destino deles. Com todo seu amor deve falar. Mit der Liebe, die wir alle”

            Então, Rose voltou ao normal. Olhou para Scorpius, o loiro estava estupefato.

- Entendeu?

- N...não. – confessou o loiro

- A única coisa que você deve saber é. Quando a tempestade chegar, você deve falar com todo o amor, Mit der Liebe, die wir alle.

- Mit der Liebe, die wir alle?

- Isso mesmo.

- Mas...

- Sr. Scorpius Malfoy e Srta. Rose Weasley, por favor compareçam à sala do diretor.

- Está na hora. – anunciou Rose. – Vamos para casa.

~*~

 

Eles tocaram na pena antes de verem a liberdade pela ultima vez. A luz os envolveu e eles foram enviados para a sala de Minerva. Silencio. Não tinha ninguém.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando... Tem mais um capítulo e depois o epilogo.
TRAILER PARA VOCÊS =DDD
"- ROSE! Que saudade! - gritou Lílian entusiasmada.
— Eu também. – disse ela. Ela viu que iria começar a chorar. Segurou as lágrimas. – Eu vou ir para aquele lado. E vocês para os dormitórios. Eu amo vocês! TODOS! – disse. Então ela deu um beijo em Lílian e um em Jake. – Cuida bem dela. – mandou Rose.
— Rose, o que...? – perguntou Jake confuso.
— Jake! Eles tão vindo! Ela chegou. Hoje é o dia! – disse Rose nervosa. "
"- Rose eu...
— Shíí... Eu te... – começou Rose, mas foi interrompida por um grito.
— AAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!! – o grito vinha dos jardins.
— Vamos. Ela finalmente chegou. Vamos lá cumprir a profecia. – disse Rose num tom de heroína. Scorpius engoliu em seco."
"- Não se empolgue Weasley... Vamos colocar vocês no chão. Não se preocupem – disse ameaçadoramente Júlia. Rose apenas olhou ameaçadoramente para ela. Começou a chover. Muito forte – Vamos pessoal, a festinha está chata. – Júlia recuou alguns passos. Segurava sua varinha fortemente. Rose a imitou.
Era agora. Era a hora."
"A luz invadiu todos. Fazendo todos os desacordados acordarem. Todos. Menos ela. Menos ela e os mortos. "
"Eu te amo"
"Como seria sua vida se ele tivesse se declarado para ela..."
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