A Crônica Esquecida escrita por EmmaW, Clarizabel
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem, eu trabelhei bem duro nesse cap.
Os narnianos libertos estavam a salvo e bastante aliviados por não terem sido vendidos como escravos, Victor foi acusado de traição, Frederick deu continuação as investigações sobre o tráfico de escravos. E Edmundo e Pedro avisaram a rei Luna de Arquelândia e ao Tisroc da Calormânia, sobre os fatos ocorridos.
Após alguns dias Catherine, os dois reis e as duas rainhas comiam a sobremesa, quando um toque de magia trazido pela maresia, encheu Cair Paravel. E o dono da voz que falara com Catherine, apareceu com toda sua força e sublimidade, Aslam, um Grande Leão que possuía uma enorme e linda juba dourada, e olhos profundos e andar firme e pesado e ainda assim transmitia tranqüilidade.
Ao se aproximar, todos os presentes se levantaram e curvaram as cabeças, todavia Catherine ao levantar a cabeça e olhar bem no fundo dos olhos de Aslam, sabia que o conhecia de algum lugar.
-De alguma forma eu sabia que o senhor viria.
-E é exatamente esta a razão de eu estar aqui. Aproveito para parabenizá-la por ter cumprido a sua missão com tanto êxito. – Disse Aslam – Agradeço a você Pedro, e também a Edmundo e a Lúcia por terem sido tão prestativos. Mas acho melhor vocês subirem...
-Não, não queremos que vá tão cedo! – Protestou Lúcia
-Jamais perderia a coroação da nova rainha. – Falou o Grande Leão
-C-Como assim? – Isso foi tudo o que Cathy conseguiu pronunciar.
-Sim senhor. Providenciarei para que tudo fique pronto até o crepúsculo, como é o costume. – Afirmou Pedro com certa alegria
Em seguida Aslam pediu para ter uma conversa com Catherine em particular, aquele tipo de conversa que ninguém mais ouve.
O resto da tarde foi destinado aos preparativos para a coroação, o alvoroço foi enorme, pois já havia alguns anos que semelhante evento não ocorria. Entretanto, a grande questão a ser resolvida era: o vestido de Catherine. Lucia chamou as ninfas costureiras para criarem um modelo único para a nova rainha.
Pontualmente no inicio do pôr-do-sol, todos os nobres e os soldados de Catherine estavam no palácio, devidamente acomodados. Então Catherine entrou no salão, ela usava um vestido rosa, tomara-que-caia com um decote em coração. Era feito de tecidos leves e possuía um lindo bordado de folhas e flores brilhantes que ia do ombro direito até a extremidade esquerda do traje, e ao lado direito do bordado, era coberto por pequenos diamantes.
E imediatamente os soldados formaram duas filas a frente dela, e ergueram as espadas, e ela passou por elas em direção aos quatro tronos (onde os reis e as rainhas estavam em pé, e Aslam permanecia ao lado deles).
Quando Cathy parou de andar, Edmundo se aproximou segurando a espada dela, Aslam declarou:
-Ajoelhe-se Filha de Eva. Eis que pela graça, força e bravura é que te nomeio Dama da nova Ordem do Grifo.
E Edmundo tocou-lhe os dois ombros com a espada. Contudo, algo inesperado aconteceu em seguida, Ánemos aproximou e disse:
-É com muita honra e júbilo, que eu, representando toda a nova Ordem, declaro-te Nobre Comandante da Ordem do Grifo.
Após dizer estas palavras ele colocou em seu pescoço um colar de uma linda borboleta dourada. E por fim, entregaram ao Grande Rei Pedro, uma almofada azul, com uma linda coroa de ouro, recheada de folha e flores. Então, ele segurando a almofada aproximou-se e finalmente Aslam declarou:
-E pelas Grandiosas Montanhas do Sul, vos apresento Rainha Catherine, a Sábia. – E que vossa sabedoria nos ilumine para todo o sempre.
E em seguida Pedro colocou-lhe a coroa, e estendeu a mão para que ficasse em pé. E todos bradaram:
-Viva a Rainha Catherine!
Logo se deu inicio a celebração. Todos, inclusive Catherine, puseram-se a dançar. E assistindo-a enquanto dançava Edmundo confidencia a Pedro:
-Garota legal, num é?
-De fato – Respondeu o Rei – Quando você vai falar com ela, Ed?
-Falar sobre o quê? – Perguntou Edmundo sem entender
-Bom, sobre o, hã..., futuro relacionamento de vocês.
-De onde você tirou isso, hein Pedro? – Disse Ed surpreso – Eu sei que ela é muito bonita, inteligente e corajosa, mas nós somos apenas bons amigos.
-É que o rei Luna disse que vocês deviam se gostar... – Pedro tentando explicar
-E desde quando você leva o rei Luna a serio quando se trata desse tipo de coisa? – Eu acho que na verdade, se alguém aqui precisa ir falar algo com Catherine, esse alguém é você Pedro. E de preferência o mais depressa o possível – Falou Edmundo dando umas tapinhas no ombro do irmão
Pedro olhou para o lado e viu a nova rainha encostada na varanda olhando para a praia, e foi fazer-lhe companhia:
-Noite agitada?
-Nem imagina o quanto – Respondeu Cathy
-Na verdade eu posso imaginar, eu tinha a sua idade quando fui coroado como Grande Rei de Nárnia. Entendo perfeitamente como a senhorita se sente. – Comentou o Rei
-Imagino que o senhor deva realmente saber.
-A propósito, eu gostaria que a senhorita não mais me chamasse de “senhor”, eu me sinto como se tivesse idade para ser seu pai. – Pediu gentilmente
-Ah! E eu apreciaria se o s... você parasse de me chamar de “senhorita”, faz parece que sou uma criança de cinco anos de idade.
E os dois caíram na gargalhada.
-Sabe, isso tudo é incrivelmente maravilhosos, mas as vezes parece tão... tão.. – Falou Cathy tentando se expressar
-Sufocante – Disse Pedro e acrescentou – Também demorei a me acostumar com isso. Sabe o que ajuda?
-Não. O quê?
-Caminhar pela praia – Propôs oferecendo o seu braço
-É uma excelente ideia! – Ela aceitou com um belo sorriso
Então eles desceram até a praia situada em frente ao castelo. A noite estava iluminada pela grande lua cheia que reinava no céu, e as estrelas eram maiores e mais brilhantes que as do nosso mundo.
A brisa era suave e acariciavam-lhe os rostos e balançava os seus cabelos enquanto caminhavam.
A areia fazia os sapatos da moça, afundar, o Rei achou que isso a faria desistir do passeio, mas ela descalçou-os e prosseguiu a jornada segurando-os na mão.
A maré subia lenta e delicadamente, mas ainda assim ambos recuaram em direção da floresta. Subiram numa grande pedra, sentaram-se e assistiram silenciosamente o quebrar das ondas.
Passado uma pouco mais de duas horas, Pedro sugeriu:
-Acho que é hora de voltarmos.
-Sim, claro. – Concordou Catherine
Ele se levantou e ofereceu-a a mão esquerda para que se levantasse, mas ela ao ficar em pé escorregou e teria caído se Pedro não a tivesse segurado.
Então, ele e puxou-a suavemente para junto de si. E, passou a sua mão direita em seu ombro e passou por suas costas até repousar a mão abaixo do braço esquerdo dela, apertou-a delicadamente. Ela instantaneamente inclinou a cabeça para trás, olhou profundamente em seus olhos, sem dizer absolutamente nada e tudo o que ele precisou fazer em seguida (e fez) foi abaixar a cabeça e encostar os seus lábios com os dela. E o primeiro beijo aconteceu docemente, como se ele provasse o mel que brotava dos lábios de Catherine.
E depois do beijo, Pedro que olhava nos olhos dela, ia dizer algo quando repentinamente se ouve uma voz bem próxima:
-Estão procurando vocês. A festa já terminou. – Disse Susana
-Oh! Mas já? – Falou Catherine desajeitadamente enquanto descia da pedra – Acho que já vou para o meu quarto, boa noite rainha Susana, boa noite Pedro.
-Boa noite, Catherine - Desejou Pedro carinhosamente
Ao ver a moça se afastar, Susana revira os olhos para o irmão e diz:
-Vocês homens não perdem um oportunidade...
-Oh, Susana, por favor, cale a boca somente esta vez – Pediu o Rei chateado com interrupção
***
Não preciso dizer, que nem Pedro nem Catherine, conseguiram dormir direito. Ele incerto dos sentimentos dela, e ela por estar explodindo de emoção por causa dos lábios que tocaram os seus, das mãos mornas que a seguraram, e também por causa da voz que ainda ressoava aos seus ouvidos.
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E ai? Surpresos, felizes ou chateados?
comentem!