Além da Coragem - Prólogo do Céu escrita por Nala_Ellenika


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

E aki vamos nós de novo! Mais uma etapa das nossas aventuras!

Shun: Impressão minha ou a cronologia dessa fic num tem nada a ver c/ a do Kurumada?

Hyoga: Se num tem tá certo. A cronologia de Kurumada num faz o menor sentido mesmo =P

Pois é... Na minha história o tempo vai correr um bom tanto mais do q na original. Essa aki é a readaptação do Prólogo p/ a minha fic. O surgimento de outros Deuses, as decisões dos Olimpianos, os novos desafios. Será q o mundo está mesmo por um fio?

Hyoga: E a gente lá vai deixar? u.u

Shun: E lá vamos nós de novo, c/ mais batalhas crueis e violentas... -.-

Shiryu: Mas lutaremos novamente pelos nossos ideais e pela vida na Terra, certo?

Hyoga: É isso aí!

Não precisa dizer duas vezes! Vamos nessa pessoal. P/ as novas batalhas dos Cavs de Atena! Boa leitura =)



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O tempo longe de nossos irmãos:


Três anos se passaram até que rápido, um pouco mais que isso, na verdade. Havíamos completado maioridade, terminado o ensino médio, vivido como pessoas normais por estes anos. Era estranho pensar o que cada um de nós faria de suas vidas a partir de então, como se tivéssemos de nos separar. Depois dos dezoito anos, cada um seguiu um caminho.

Shiryu foi para a China, cuidar das terras dos Cinco Picos de Rozan ao lado de Shunrey. Shun voltou para a Ilha de Andrômeda onde, junto com June, treinava um pequeno grupo de aspirantes a Cavaleiros. Hyoga resolvera se afastar, pois não conseguia mais conviver com um certo impulso de seu coração que pensava não ser permitido a existir. Por isso quis voltar para a Sibéria, onde estudaria história da Rússia e, quem sabe, teria isso como sua profissão.

Eu voltei para o Brasil, trabalhei por um tempo em coisas simples, enquanto estudava para algum concurso. Resolvi que lidaria com a justiça mesmo no mundo de homens normais, consegui a prova teórica, tive facilidade com a parte física e a boa saúde ajudou muito. Achei que talvez não passasse no psicológico, com tantas coisas pelas quais passei, mas parece que consegui superar até que bem as dificuldades e perdas, se bem que eles não analisam tão fundo assim...

Aos vinte e um anos, diziam os meus superiores que eu era uma investigadora de futuro. Como agradeço meu mestre por me ensinar a ser tão centrada nas horas necessárias e a prestar tanta atenção aos acontecimentos. Agradeço também às palavras de mestre Dohko: "Lute com a paixão que sempre teve e que a tornou quem você é." Essa paixão me tornou boa em tudo o que fazia, é verdade...

Fiz novos amigos, sim, aposto que Shun, Hyoga e Shiryu também, mas nunca tive amigos como aqueles, verdadeiros irmãos. Nunca deixamos de nos comunicar, de dizer um ao outro como estávamos indo, e suas cartas me deixavam mais feliz que qualquer momento com os colegas. Mas estranhamente quem menos me escrevia era Hyoga, sempre com um tom cheio do mesmo carinho que sempre teve, mas não com tanta freqüência. Algumas vezes ficava triste por isso, queria receber mais cartas dele, queria mesmo era sair dali e ir direto para a Sibéria vê-lo, tanta era a saudade que sentia. Eu podia fazer isso, na verdade, mas tinha medo, não sei bem do que, mas tinha. Tinha saudades de todos eles, mais de Hyoga, mas cada um levava suas vidas, agora, e talvez não nos víssemos mais. Talvez só estivéssemos juntos por causa das batalhas.

Será que aqueles dias nunca voltariam? Será que nunca mais viveríamos como irmãos, perto, se vendo todos os dias? Nem discutir pelos pratos sujos, ou brigar pelo controle do videogame? Nem sentar na varanda vendo o por do sol... Sentia-me uma pessoa normal, nunca parara de treinar, mas era como se tudo aquilo, o Santuário, os Cavaleiros, o poder que desenvolvêramos, não estivesse lá. Será que um dia sentiria como se meus amigos não estivessem mais lá? Isso é tão terrível... Não queria ter que me afastar, não quero perder esses irmãos... Não quero que seja verdade que estivéssemos juntos só por que havia batalhas para serem vencidas...

Eu chego a sentir saudades daqueles tempos, pois era quando estávamos juntos, era quando eu me sentia realmente feliz. Mesmo com as dificuldades, perigos, preocupações e tristezas, eu sentia que estava vivendo de verdade, eu me sentia eu mesma, e sentia o aconchego e apoio dos meus amigos. Às vezes me sinto angustiada, de olhar para as paredes e saber que só tem eu entre elas, e que nada de divertido vai acontecer tão facilmente, porque sou só eu...

Mesmo quando saio com os amigos, e me sento num barzinho, sinto que não consigo ter a mesma energia e alegria de antes, como se eu me esforçasse para ser alegre. Não tenho muito que conversar, porque minha vida não é entendida por estas pessoas, e se eu disser qualquer coisa, pensarão que sou maluca. Quando os outros rapazes chegam perto de mim querendo conversar e me conhecer, sinto-me bem por saber que as pessoas se interessam por mim, mas não pareço ter interesse por muitas coisas deste mundo, e não consigo gostar de ninguém... Claro, meu coração está inteiramente preso a uma só pessoa, para quem nunca disse nada por um medo que não sei do que, mas que me atrapalha. Chego a ter raiva do momento em que não quis dizer nada a ele e perdi a chance, pois agora estávamos longe demais.

Pois é... Se minha vida continuasse assim por mais tempo, eu ia acabar me tornando uma velha chata e triste, com rugas antes dos trinta e ranhetando com qualquer coisa sem importância da vida dos outros. Foi por isso que, nos últimos meses, resolvi me esforçar mais para deixar de gostar apenas do que eu fazia neste mundo normal, e passar a gostar um pouco mais das outras coisas à minha volta. Ah... Mas uma coisa eu não conseguia, e nem queria: Esquecer aquele par de olhos azuis que um dia eu procuraria novamente naquela cabana, entre a neve da Sibéria, para dizer o quanto meu coração é somente dele...

Mas neste dia, depois de quase quatro anos das batalhas no reino de Hades, quando terminava de preencher alguns papéis de urgência na delegacia, mais ou menos umas três da manhã, senti uma sensação que já não tinha desde a época de meus últimos combates. Virei-me repentinamente para o leste, com um olhar sério e combatente que assustou meu parceiro.

- Na... Nala... Que cara é essa?

- Hum? Ah... Me desculpe, Fernando. Foi só um mau pressentimento...

- Xii... Espero que seus maus pressentimentos não sejam reais, porque vindo de mulher, isso é um perigo...

- Hahaha... Concordo com você.

- Caramba, nunca te vi com um olhar tão ameaçador.

- É, faz tempo que não tenho esse tipo de reação... Bom, tenho que ir, amanhã termino isso. – disse, e empilhei tudo rapidamente, mas logo me toquei – Ah... Na verdade, pode ser que eu não possa vir amanhã, será que você pode segurar as pontas pra mim?

- Como assim? Por que pode ser que você não possa vir? Faltar não é do seu feitio. Aliás, pela hora que é agora e estamos aqui adiantando serviços urgentes, não é mesmo do seu feitio.

- Não dá pra explicar... Por favor... – pedi com cara de piedade.

- Ta bem, deixa comigo. – disse sorrindo.

- Obrigada. – respondi, retribuindo o sorriso e saindo.

Cheguei às pressas em casa, desengavetando minha roupa de Amazona e pondo rapidamente a armadura nas costas. Eu tinha certeza, um cosmo muito poderoso vinha da direção do Japão, e não era nada amigável. Elevei meu cosmo, tocando o amuleto que jamais tirava do pescoço, e os portais das dimensões se abriram. Mentalizei Tóquio, as proximidades da casa de campo de Saori, me concentrando, e logo estava em meu destino.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Nooooossa! Acabei de me tocar de uma coisa! Não foi proposital, juro, mas o nome do meu colega de trabalho aí nesse capítulo é o mesmo q o meu amigo e colega de fanfics... Né, nando-kun? XD Hiahiahia. Muito bom! Bom... Fora isso... Próximo capítulo, né? =)



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