Bom, irei logo ao ponto, então, deixe-me contar quando comecei a ficar "louco".

Depois que os Volturi se foram, a vida de todos voltou ao normal, quer dizer, quase, pois eu fiquei paranóico em relação ao meu imprint, Claire. Você deve estar se perguntando como assim... Bem, eu irei explicar.

O negócio é que, desde a quase-batalha com os Volturi eu tenho dado mais valor a Claire, pois existiu uma grande possibilidade de eu ter morrido e deixado. Então, tudo que eu não reparava eu comecei a reparar e a criticar.

Se ela usasse uma saia mais curta, mesmo sendo uma criança, eu já a mandava tirar ou não a levava para passear. Se ela passasse algum tipo de maquiagem infantil, eu reclamava com Emily e lavava o seu lindo rostinho. Se vestisse um short muito apertado, eu a vestia com outro short e jogava a roupa promiscua no lixo. Se... E por aí vai.

Devo admitir, eu estava mesmo um porre, mas eu não conseguia enxergar isso.

Emily já estava de saco cheio por causa das minhas reclamações, poderia até estar me odiando, mas eu continuava a lhe infernizar.

Certo dia, ela perdeu a paciência.

Já era a 10ª vez que eu mandava que ela trocasse a blusa minúscula que Claire estava usando.

- Emily, ela não pode andar como uma vadia! Não a minha futura-esposa! – resmunguei.

- Ela está linda assim! – rebateu Emily.

- Ela é minha e eu estou dizendo que...

Naquele momento, Emily ficou vermelha e seu rosto se transformou em um máscara de fúria.

- Ela não é nada sua, seu infeliz! Não me venha com essa de que ela é sua, pois ela não é! Ela é como uma filha para mim, e eu sei o que é melhor para ela e você não tem nada a ver com isso – gritou Emily.

Fiquei resmungando baixinho e não reclamei mais.

Mesmo com ela tendo feito aquele show, minhas não cessaram por muito tempo.

Com o passar dos anos, a beleza de Claire se tornava a cada vez mais irresistível. Era difícil para mim se controlar. Só de pensar em quando ela tivesse idade o suficiente para podermos ficar juntos, nos amar...

Quando ela fez doze anos, seu corpo já tinha belíssimas curvas, seus cabelos eram sedosos e sua pele era muito macia, por isso, eu ia junto com ela para fazer compras. É isso aí... Mesmo eu odiando coisas de garotas, compras e tudo o mais, eu sempre a acompanhava. Era uma ótima maneira de eu vigia-la e controla-la.

Era difícil controlar minha fúria, quando rapazes lhe faziam elogios ou a olhavam com malícia.

Em um dia de sol, uma raridade em La Push, ela estava usando uma maiô e uma toalha e, quando ela tirou a toalha, todos os rapazes começaram a olha-la.

- Claire, coloque sua toalha! Cubra-se! – rosnei para Claire.

- Eu não quero, está calor e eu quero curtir – disse Claire, assustada e inocente.

- Não importa! Cubra-se logo!

- Não!

- Ah, é? Então, vamos voltar para casa! – disse eu, pegando-a no colo e a levando para casa.

Quando chegamos, ela não parava de chorar e isso me fazia sentir um pouco de culpa, mas ela era minha e tinha que aprender isso.

- O que aconteceu? – perguntou Emily, nervosa.

- O Quil não deixou que eu ficasse na praia! Ele me pegou no colo e me trouxe de volta! – disse Claire, aos berros.

- Porque ele fez isso? – perguntou Emily para Claire, mas fuzilando-me com o olhar.

- Porque ela tirou a toalha de seu corpo e tinha um bando de abutres ficaram olhando para ela.

- Quil, eu não acredito que você fez isso! – gritou Emily.

- Fiz sim e faria de novo! – disse eu.

- Não importa! Não quero que você se intrometa mais na vida de Claire! – disse ela e virou-se para Claire – Amor, que tal irmos a praia só nós duas?

- Eba! – gritou Claire.

- Não! Você não vai leva-la! – disse eu, firme.

- Sim, eu irei. Já estou até com a roupa adequada – disse ela, apontando para seu vestido florido.

- Mas eu não permiti nada – disse eu.

- Você não tem que deixar nada! – rosnou ela.

- Vamos, Emmy? – perguntou Claire, ansiosa.

- Vamos sim, meu amor – respondeu Emily, levando Claire para fora de casa.

- Não – disse eu, apertando o braço de Emily.

- Ai – gemeu Emily.

Naquele exato momento, Sam chegou junto com Paul e Jared.

- O que está havendo? – perguntou Sam, quase arrancando minha mão do pulso, para afastar Emily de mim.

- Ele está me dando nos nervos com essa mania possessiva dele! – disse Emily, passando a mão no braço recém-marcado.

- Seu idiota! Como ousa tratar minha mulher assim? – rosnou Sam.

Eu estava quase me transformando, mas Paul e Jared me seguraram e não permitiram.

- Sua mulher quer levar a minha...

- Ela não é nada sua, seu cretino!

- ...Para a praia sem a minha permissão.

- Você não manda em nada aqui, então, vá embora e não volte mais até esfriar sua cabeça de merda! – sibilou Sam.

- Ótimo – resmunguei e corri para a floresta.

Desde aquele dia, eu odiei Sam e Emily.

Quando Claire fez 16 anos, ela me lançou bombardeou minha paciência. Ela disse: "Quil, tem um garoto tão lindo na minha classe... Ele se chama Pedro e disse que queria me beijar... Tão fofo!" Eu nem pensei duas vezes até ir procurar pelo garoto para falar com ele.

Quando cheguei na casa do garoto, eu estava bufando de raiva, ou seja, tinha que descontar um pouco da minha raiva em alguma coisa. Então, eu soquei algumas árvores, mas, ao invés de ajudar-me, só me estimulou mais...

Bati na porta da casa do tal Pedro e fui recebido por um rapaz magrelo, moreno e com cara de medo ao olhar para meus músculos.

- Você é o Pedro? – perguntei.

- S-s-s-sim – gaguejou o rapaz.

- Já vi que não existe competição...

- C-c-como? – perguntou Pedro.

- Bom, mesmo assim lhe darei o aviso.

- Q-que avi-so?

- À partir de amanhã, você nunca mais vai falar com a Claire, ok?

- P-porque?

- Ela é a minha garota e não é para o seu bico! Estamos entendidos? – perguntei, ameaçadoramente.

- S-sim...

- E nada de falar que eu estiva aqui.

- E-entendido.

- Ótimo – disse eu, virando-me para correr, mas me detive.

O garoto estava me olhando com uma cara hilária... Parecia que ele estava contando os segundos para a sua morte.

- Ah, mais uma coisa... – disse eu, sorrindo malignamente.

- O-o quê?

- Pare de gaguejar, pois, homem que é homem, não gagueja – disse eu, transformando-me em lobo e partindo.

Arrependo-me de não ter me escondido para vê-lo desmaiar.

No dia seguinte, Claire contou-me que Pedro não queria mais conversar com ela e corria, quando ela chegava perto dele.

- Não sei o que aconteceu com ele... – murmurou ela.

Cai na gargalhada e ela olhou-me feio.

- Foi você, não foi? – sibilou ela.

Assenti constrangido.

Ela começou a rir e eu fiquei imerso na confusão.

- O que foi? – perguntei.

- Eu sabia que você faria algo! – disse ela, entra uma risada e outra.

- Sabia? Como?

- Eu sabia, porque você me ama.

Fiquei paralisado.

- Qual é, Quil? Acha que eu nunca descobriria que você teve imprint comigo, quando eu era bebê?

- Mas como...

- Quil, você vive tentando me controlar igual a um namorado maluco e ciumento e, devo admitir, eu adoro isso.

- Adora? – perguntei, surpreso e maravilhado.

- Sim. E só tenho uma coisa a dizer: "Eu também amo você, amor!".

Depois disso, nada mais chamava a minha atenção, apenas mover meu lábios em sincronia com os dela e dar prazer a ela me interessava.

- Quem é seu dono? – perguntei, em meio aos beijos e carícias.

- Você.

- Não ouvi direito...

- Você, Quil Atera.

- É assim que eu gosto...

E assim, continuamos por horas e horas.

Amando, possessiva e loucamente, Claire, eu envelheceria.