“-Não deve ter sido ilusão. Ouvi aquela musica antes de adormecer. A música que minha mãe cantava para mim!” – Pensava Bella enquanto tomava seu banho. Logo saiu de seu aposento indo até a sala de estar onde fez sua refeição juntamente com Edward.

Edward: Vai sair hoje?

Bella: Sim.

Edward: Deveria descansar. Parece abatida.

Bella: Não tenho tempo a perder. Minha sanidade logo me deixará sendo assim preciso encontrar o quanto antes o vampiro que procuro.

Edward: Então irei com você.

Bella: Não.

Edward: Por quê? Eu a ajudei ontem não é?

Bella: Se descobrirem que me ajuda terá problemas. Não quero que se prejudique por travar uma luta que não é sua.

Edward: Se não quisesse me envolver, Bella, teria ido embora assim que despertou. Agora é tarde. –Bella ficou pensativa e as perguntas começaram a se formar em sua mente.

Bella: Por que quer tanto me ajudar? Certa vez disse ter um motivo. Qual motivo seria esse? –Viu Edward a olhar profundamente.

Edward: Não é o momento oportuno para contar-lhe. –Viu Bella levantar-se e usando a força sobre-humana herdada pelo seu sangue vampirico arremessar a mesa onde almoçavam. Ela prontamente o agarrou pelo pescoço e, fitando-o com os olhos rubros, ergueu o rapaz.

Bella: EU QUERO SABER AGORA! POR QUE NÃO ME CONTA? OU TALVEZ TENHA MEDO DE FALAR E EU ACABE DESCOBRINDO QUE VOCE É O VAMPIRO QUE PROCURO!

Edward: Não diga... Diga tal bobagem!

Bella: ENTÃO COMO SABIA ONDE EU ESTAVA E ME RESGATOU? COMO SABIA DA MÚSICA QUE MINHA MÃE FEZ PARA MIM? COMO? RESPONDE!

Edward: Se continuar assim não lhe contarei! Acalme-se! –Falou Edward plácido, mas sentindo-se mal pela reação explosiva de Bella. Esta levou uma das mãos à cabeça, o soltou lentamente e sentou-se no chão olhando para um ponto qualquer, Edward continuou em pé. Logo se aproximou de Bella ajoelhando-se diante dela, pegou a mão de Bella colocando-a sobre o rosto e segurando para que assim permanecesse.

Edward: Tente se lembrar... Bella. –Tão logo os olhos de Bella o vislumbraram arregalado e cenas passaram pela sua cabeça.

Flash back

Um jovem estava escondido em um beco, suas vestes encharcadas com o sangue de sua primeira vítima assim que teve seus poderes vampirescos despertados. Estava assustado, estava triste... Tantos sentimentos o atormentavam que a morte seria um verdadeiro alivio neste momento. Perdera os pais, descobriu ser um vampiro e agora havia matado uma humana na sua sede por sangue. Sentiu o cheiro de alguém e ao levantar a cabeça viu, em meio à chuva, uma menininha de uns sete ou oito anos, a mesma idade que ele, olhá-lo assustada.

Bella: MEU DEUS CÊ TÁ TODO SUJO DE SANGUE! –A menina tentou toca-lo, mas Edward, com os olhos rubros e caninos visíveis, afastou com violência o braço da menina.

Edward: AFASTE-SE DE MIM! –Sua atitude deveria fazê-la temê-lo, mas os olhos castanhos da pequena o fitavam com compaixão.

Bella: Calma! Vou te ajudar! –Ela se aproximou retirando a capa de chuva rosa que usava. Cobriu Edward e pegou sua mão. –Consegue caminhar? –Edward apenas assentiu com a cabeça levantando-se vagarosamente enquanto seus olhos agora cor ocre fitavam o sorriso da menina.

Bella: Vou levá-lo para casa, ta? Assim posso cuidar de você. Ah, qual é o seu nome?

Edward: Edward.

Bella: Meu nome é Isabella.

Fim do flash back.

Bella: Não pode ser! Você é aquele garoto? Aquele que eu cuidei as escondidas durante sete dias? –Edward assentiu em fim largando a mão de Bella que mantinha em sua face, mas para sua surpresa Bella não afastou a mão de seu rosto. Ela o olhava, maravilhada, com um sorriso que há muito tempo Edward não via em sua face.

Bella: Eu pensei que... Nossa eu pensei que você tivesse morrido eu...

Edward: Passei sete dias com você, mas tinha medo de machucar você como machuquei a minha primeira vitima, a vítima que tinha matado no dia em que nos encontramos. Eu fugi e nem ao menos me despedi, mas não desapareci. Durante todos esses anos estive perto de você a observando. Queria fazer algo por você pelo que fez por mim. Mas não consegui chegar a tempo de salvar toda a sua família. Eu sinto muito! –A jovem jogou-se nos braços do jovem e Edward correspondeu ao abraço sentindo uma felicidade que chegava a doer.

Bella: Eu estava tão cega, perdoe-me! Mas... Eu me sinto... Sinto-me tão bem agora! Sinto que não estou tão sozinha!