Lacuna Sangria escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 5
E como Fêlix, ela renasce




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Ela não estava nas proximidades, foi o que Edward pode concluir. Ainda sim continuou sua busca. Enquanto isso Bella mantinha-se a frente da casa escura, as fitas com escritas policiais isolavam o local. Adentrou sem se preocupar com nada, sentiu que ainda havia resquícios de sangue de seus progenitores pelo faro apurado que desenvolvera. Em sua mente cenas dos dias felizes contrastavam com cenas do fatídico dia. Subiu vagarosamente as escadas, parecia em transe.

 

Bella: Pai? Mãe? Cheguei em casa. –Ignorava o fato de que estava só. Foi até o quarto de seus pais, tudo estava desde aquele dia intocado. Deitou na cama abraçando um dos travesseiros. Os olhos inexpressivos derramaram mais lagrimas.

 

Bella: Eles estão mortos afinal. –Afundou a cabeça no travesseiro. Logo mais se levantou indo em direção ao seu quarto.

 

...

 

Nem mesmo ele sabia quantas vezes olhou aquela fotografia em que estava com a namorada. Aquele dia tinha sido um dia feliz. Deitou-se pegando a fotografia e a fitando até seus olhos inchados pelo choro se cansarem e fecharem.

 

Jacob: Bella, por quê? –Logo mais estava dormindo. Sofria com todas as perdas que teve em vida a começar pela mãe e pela sua outra irmã, Rebecca, e agora a garota que amava. Nem mesmo o apoio do pai e irmã surtia efeito.

 

...

 

Diante do tumulo dos pais assim como o tumulo dela própria, embora não houvessem encontrado um corpo, estava Bella. Bella puxou todo o ar que conseguia para dar um grito desesperado. Em fim a confirmação de seus temores. Jogou-se aos pés do tumulo segurando um punhado de terra nas mãos. Continuou a gritar com os olhos marejados.

 

Bella: POR QUÊ? POR QUE CONOSCO? PAI... MÃE... –A voz embargada não pronunciava mais nada. Olhou agora indiferente para um ponto qualquer, um olhar cheio de ódio e amargura. –Acho que você morreu finalmente Bella.  –Fala Bella para si própria. Começa a dar os primeiros passos fora do cemitério.

 

...

 

Não a encontrou em sua antiga casa, tampouco na vizinhança. O desespero de Edward era latente. Do jeito que Bella andava seria bem capaz de ficar perambulando pelas ruas até o nascer do Sol.

 

“Onde ela pode estar?” - O celular na mão, talvez tivesse que pedir a ajuda do irmão, mas não agradava a idéia de expor que mantinha uma vampira em sua casa.

 

!Não tenho escolha! Logo o Sol vai nascer!” –Segurou fortemente o celular discando os dois primeiros números. Ouviu um barulho no telhado, seguiu para lá. Viu alguém que não reconheceu de imediato. As vestes negras e um olhar perdido.

 

Edward: Você... –Ela o olhou, jamais havia visto tal expressão no rosto da jovem. Não parecia mais a Bella que havia conhecido.

 

Bella: Seu nome.

 

Edward: O que?

 

Bella: Perguntei seu nome.

 

Edward: Edward Cullen.

 

Bella: Você é um vampiro, certo?

 

Edward: Sim, assim como você.

 

Bella: Eu deveria odiá-lo só por ser um vampiro assim como aquele que matou meus pais.

 

Edward: Pode me odiar se quiser.

 

Bella: Não há tempo para odiá-lo. Quero sua ajuda.

 

Edward: Minha ajuda?

 

Bella: Quero matar o vampiro que fez isso comigo e com minha família.


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