Sacrifício escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 8
Capítulo 7




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Assistiu o nascer do Sol. Edward podia sentir que algo iria acontecer, uma certeza palpável. Ignorou a entrada de um de seus servos, este logo se postou atrás do grande soberano.

-Meu senhor, os representantes dos Volturi enviaram isto. –Edward virou-se pegando em uma velocidade humana o pergaminho oferecido pelo servo. Com um movimento de mãos dispensou o serviçal e sentou-se em uma confortável poltrona. Abriu o lacre de cera de vela e leu o conteúdo com rapidez.

Eles sabiam da decisão de Edward desposar a filha de Lorde Swan e aprovavam. Sorriu satisfeito pelo seu capricho ter sido aceito, apesar das conseqüências desastrosas que poderiam acarretar a decisão tomada.

...

Não dormiu. Nos olhos estava explicito o cansaço e preocupação. Amanhecera. Apesar de suas servas terem se incumbido de ajudá-la a se vestir, não se livrou da letargia.

Bella estava pronta para tudo e hoje seria o dia. Encarou com determinação o seu rosto marcado pela noite insone.

Não muito longe dali, Lorde Swan reunia-se com seus mais leais guerreiros. Sairia em expedição a fim de acabar com o suposto problema de um transmorfo enlouquecido. Billy o olhava assentindo para a todas as decisões de seu amigo e senhor. Por dentro sentia-se dividido. Charlie ouviu seu conselho e agora se preparava para partir. O plano de Bella, por hora, estava seguindo bem. Mas até quando tudo ocorreria bem?

-Está na hora meu amigo. Tem certeza de que quer que seu filho vá? –Charlie olhou para Billy.

-Sim. Jacob um dia assumira a liderança dos Quileutes. –Falou incisivo enquanto olhava o próprio filho, Jacob, reunido com alguns guerreiros Quileutes. Sua visão periférica captou um vulto em trajes verde água sair do interior do castelo em direção a eles. Era Isabella.

-Meu pai, soube que está de partida. –Disse sorridente. O pai aproximou-se tocando o rosto da filha.

-Sim meu bem. Um problema surgiu e será melhor estar por perto, mostrar ao meu povo que eu posso resolvê-lo também. Ficará em segurança aqui com os demais servos.

-Tenha cuidado. Todos vocês sejam cuidadosos. –Seus olhos mostravam sua preocupação, mas seu pai, Lorde Swan, não sabia que sua preocupação estava além da missão do pai.

-Eu serei. Seja cuidadosa aqui também, meu bem. –Beijou a testa de Isabella. Bella sentiu um aperto no peito. Aquela poderia ser a ultima vez que veria o pai. Ignorando os olhares sobre si e seu pai, o abraçou fortemente. Charlie ficou surpreso com o ato de Isabella, ela não era de exteriorizar tão abertamente seus sentimentos. Pouco a pouco cedeu ao abraço da filha abraçando-a também.

“Eu lamento meu pai. Lamento por mentir.” –Pensou, mas seus lábios continuaram cerrados. Não diria nada, não poderia dizer. Billy também se sentia comovido sabendo que aquele momento de pai e filha, para Bella, poderia ser uma despedida.

-Precisamos ir meu Lorde. –Disse. Cumprimentou Isabella e seus olhos transmitiam as palavras que ele não poderia dizer. Bella soube o que Billy dizia. Palavras como “cuidado”, “vá em paz” e “salve a todos” nós lhe passaram pela cabeça.

-Vão em paz. –Ela disse olhando para o pai para Billy. Os guerreiros Quileutes, ouvindo as palavras de Isabella, fizeram uma graciosa mesura. Jacob foi o único que se aproximou de Bella.

-Logo estarei de volta. Espero que tudo ocorra bem por aqui.

-E eu espero que não encontrem nenhum perigo, Jacob. –Falou com seriedade. –Lembre-se do treinamento pelo qual foi submetido desde pequeno. –Aconselhou. Jacob sorriu.

-E você não vá se aventurar por ai. –Beliscou a bochecha de Isabella. Sentindo novamente aquele aperto por estar mentindo, Bella tocou o rosto moreno do amigo com a ponta dos dedos.

-Perdão. –Murmurou. Jacob a olhou interrogativo.

-Por que me pede perdão?

E antes que Jacob a pressionasse mais, Billy se aproximou.

-Precisamos ir. Cuide-se Lady Swan. –Pegou o filho pelo braço. Jacob manteve o corpo virado para Bella durante alguns instantes até se virar.

O povo aglomerou-se abençoando o caminho por onde Lorde Swan e os bravos guerreiros Quileutes seguiam. Bella permaneceu durante algum tempo vendo-os partir, só caminhou quando não poderia mais vê-los.

Preciso me apressar, pensou. Caminhou rapidamente, passando pelos servos e cumprimentando-os quando notava que eles lhe faziam uma mesura. Precisava se dirigir ao seu aposento onde vestiria roupas masculinas que conseguiu com Billy, e sairia pelo estábulo com a carruagem onde tinha algumas vestimentas e as armas cedidas por Billy.

Aproveitando o furor dos ocupantes do castelo com a partida do mestre, Bella seguiu até o seu aposento. Fechou a porta atrás de si e tratou de vestir as roupas masculinas escondidas no fundo de um baú. Após vesti-las, prendeu o cabelo em um coque e cobriu a cabeça com um pano. Vestiu uma manta por cima das roupas como se fosse um velho vagando pelos corredores, algo não incomum, protegendo-se do clima. Não pretendia sair pela porta da frente e correr o risco de ser pega por uma criada. Certificou-se de que a porta do seu cômodo estava devidamente fechada e saiu por uma passagem secreta que havia em seu quarto.

O castelo inteiro possuía passagens que apenas Lorde Swan e pessoas de confiança sabiam. Sua mãe mostrou as passagens a Bella como prevenção para o dia em que a filha tivesse que fugir de algum perigo. Irônico pensar, enquanto afastava um pesado baú e olhava a escadaria secreta do local, que ela teria que usar a passagem não para fugir do perigo, e sim para ir de encontro a ele. As brincadeiras que fizera com Jacob naqueles antigos tuneis foram substituídas pelos pensamentos nebulosos acerca de seu futuro.

Isabella amava a vida, amava a tudo que cercava. Seus planos e alegrias foram ceifados quando os sacerdotes dos Volturi fizeram o anuncio. Bella poderia ter mudado sua condição, agindo como uma patética mulher e exalando pelos poros o desejo de ser rejeitada por Lorde Cullen, mas não conseguiu. Nunca aceitou essa submissão pelo qual os humanos tinham perante os vampiros. É claro que os tempos eram muito melhores do que no passado, quando humanos eram gado para vampiros, mas nada mudou. Na mente de Isabella, humanos não deveriam sequer ser respeitosos para com um vampiro. Por isso ágil da forma que ágil com Lorde Cullen, por isso não se rendeu ao medo.    

Eu preciso sobreviver, pensou aflita. Se não sobrevivesse Bella sabia: todos – humanos, vampiros e transmorfos – iriam perecer.

Seguiu pelos escuros tuneis. Se não conhecesse tão bem o local, jamais teria sido capaz de seguir para o caminho que desejava naquela escuridão. Tarde demais para não se arrepender de deixar tochas próximas para que pudesse usar. Mas na noite anterior, Bella estava tão atarantada em organizar algumas vestimentas suas, armas e uma carruagem com cavalos que não pensou em mais nada.

Ignorando as teias de arranha e o estranho cheiro do local, seguiu trôpega até o local onde, juntamente com Billy, escondeu as coisas. Os cavalos estavam tranqüilos, alimentando-se da comida e água deixadas lá. A pouca luminosidade daquele pequeno espaço onde estava escondida a carruagem foi como um bálsamo para os olhos de Isabella.

“Esta entrada sairá em um ponto um pouco afastado dos portões de Ceres.” –Subiu na carruagem e, procurando cobrir-se melhor com o manto puído, ordenou aos dois cavalos que cavalgassem para fora da caverna.

Isabella sabia que descobririam seu sumiço logo. Caso algum guerreiro Quileute soubesse, um grande lobo se incumbiria de farejá-la. Claro que não fariam nada precipitado sem a decisão do líder dos Quileutes, Billy, e Lorde Swan, seu pai. Bastaria apenas passar o território de Lorde Cullen e assim teria tempo suficiente.

Cavalgou como nunca, encoberta pelo disfarce tosco de andarilho, rezando para que não encontrasse pelo caminho algum vampiro desgarrado, não cumpridor das leis dos Volturi, ou um dos famosos transmorfos irracionais.

...

Billy ouvia atentamente as palavras de seu Lorde no interior da carruagem que ocupavam, mas sua mente estava longe. Preocupava-se com Bella e seu plano, e com as conseqüências. Se Lorde Swan soubesse a verdade, jamais o perdoaria por não contar a ele a real situação em que a filha se encontrava. Se seu filho Jacob soubesse, jamais perdoaria o pai por não contar o que se passaria com a amada.

“Corro o risco de ser odiado e o peso que terei caso a menina morra...” –Não quis estender muito mais aquela linha de pensamento.

-Está me ouvindo, Billy? –Charlie chamou sua atenção. Billy passou a olhar para o amigo ao invés da paisagem ofertada pela pequena janela da carruagem.

-Perdoe-me meu senhor. O que dizia?

Enquanto isso, seu filho Jacob caminhava a alguns metros da comitiva de Lorde Swan, mas não na forma humana. O grande lobo de pelos marrom-avermelhados tomara o seu lugar, farejando qualquer vestígio de que outro lobo tenha percorrido por aqueles lados. Não encontrou nada.

“Algum novo cheiro, Jacob?” –Os pensamentos do lobo Sam tomaram sua mente. Não sabia onde exatamente estava o lobo de pelos negros como a noite, mas não precisava saber para responder.

“Nada. Acho que era só um boato afinal.” –Pensou e seu pensamento chegou a Sam. Os lobos presentes conversaram entre si, trocando informações e informando suas posições.

Mas a mente do jovem Jacob não estava apelas lá com a matinha, enquanto caçavam o suposto transmorfo enlouquecido. O modo como Bella tocou o seu rosto e pediu perdão... Por que ela havia feito aquilo? E por que Jacob sentia um aperto no peito, ainda que um peito de um lobo, ao se lembrar?

“Concentre-se Jacob!” –Jared, braço direito de Sam, ordenou a Jacob. Ele havia notado, assim como todos os outros lobos cujas mentes eram conectadas, que Jacob estava disperso. O rugido do lobo Jacob foi um murmúrio de desculpas. Tentando afastar os pensamentos perturbadores, voltou a se concentrar na caçada.

Subitamente um uivo soou pelo prado estendo por onde a comitiva seguia. Lorde Swan estacou com o barulho, um sinal claro de que havia algo de errado. Billy olhou para fora da pequena janela.

-O que foi isso? –Charlie perguntou ao amigo. Sabedor do comportamento dos lobos, apesar de não ter o poder da transmutação, Billy disse:

-Eles localizaram alguma coisa. –Billy murmurou em uma voz tensa.

...

O Sol estava bem acima indicando o meio do dia. Bella não se lembrava a que horas deixou Ceres. Parou uma única vez quando sentiu que os cavalos não agüentariam. Alimentou-se com o que trouxe algumas maçãs do pomar, pães e cevada. Procurou comer enquanto pode, sua maior preocupação era atravessar os limites entre Ceres e Voltus.

Sentia os primeiros sinais de cansaço, mas procurou esquecer tudo. Bella tinha um objetivo e iria cumpri-lo. Por isso exigiu ao máximo dos seus cavalos enquanto cavalgava e ignorou os protestos do próprio corpo. Ela tinha que chegar a Voltus antes que percebessem seu sumiço. Caso ela não fosse localizada em Ceres, os guerreiros Quileutes que permaneceram certamente seriam convocados para localizá-la. Ela bem sabia o quão rápidos eram em sua forma de lobo.

...

-Lady Swan? –A serva chamou novamente, mas não obteve resposta. Preocupada, olhou para o corredor vendo outra serva, agora acompanhada por um guerreiro Quileute. Suspirou aliviada.  

-Eu o trouxe aqui. –Disse a menina que até então acompanhava o guerreiro.

-O que está acontecendo? Inquiriu Quil olhando para as duas servas.

-Lady Swan trancou-se no quarto. Tentei chamá-la para fazer sua refeição, mas não há resposta. –A serva disse vendo o guerreiro postasse em frente à porta. Quil pareceu sentir o cheiro daquele aposento.

-O cheiro dela presente, mas está fraco demais. Ela não deve estar aqui. Tem certeza que Lady Swan não saiu? –Perguntou a criada que encontrou em frente ao aposento.

-Sim. Eu a vi entrar e estive próxima deste corredor. Se Lady Swan saísse por essa porta, eu teria percebido, mas...

Quil não perdeu tempo. Forçou a porta sem se preocupar com o dano que causaria. Com sua força de transmorfo, conseguiu abrir a porta sem problemas. Como suspeitava Isabella não estava no cômodo. As demais criadas entraram, olhando o lugar com assombro. Quil não perdeu tempo.

-Vou procurá-la juntamente com um companheiro. –Disse saindo apressadamente do aposento de Bella.

...

Sacudiu a bola de couro onde até então estava armazenada a sua água, mas ela já estava seca a essa altura. Olhou a frente, mas sabia que ainda faltavam algumas milhas para chegar a Voltus. Os cavalos estavam exaustos. Bella queria parar e deixá-los descansar, mas também não queria correr o risco de ser encontrada, ou pelos guerreiros Quileutes, ou por algum outro vampiro. Claro que se encontrasse com algum vampiro ligado a Voltus e Voltera, não correria riscos. Ela carregava o brasão que lhe identificava como pertencente à Ceres, sendo assim o vampiro em questão teria que cumprir o tratado de paz deixando-a em paz. Mas Bella sabia que havia vampiros nômades, sem leis e, portanto sem limites, que poderiam matá-la. Ela podia estar com um baú carregado de armas capazes de ferir um vampiro, mas não era tão rápida quanto para se equiparar com um ser sobrenatural. 

Além disso, sabia da existência de transmorfos irracionais, um caso que ainda estava sendo averiguado pelos guerreiros Quileutes. De tão distraída que estava em seus pensamentos, não percebeu que o entardecer chagava ao fim e, como por um milagre, a linha divisória entre Ceres e Voltus já era visível. Sorriu. Faltava pouco, bem pouco. Devido à aproximação inevitável, sem ter corrido nenhum risco, desacelerou o movimento dos cavalos. Procurou se acalmar, algo quase impossível à medida que adentrava o território inimigo. Mas deixar o nervosismo tomar conta não a ajudaria nesse momento.

“Preciso planejar o próximo passo. Devo convencer Lorde Cullen a realizar a cerimônia o quanto antes.” –Pensou distraída do que acontecia ao seu redor. Foi quando ela ouviu. Parou a carruagem e virou-se olhando o bosque por onde cavalgou boa parte do dia. Um barulho alto e estranhamente familiar veio sendo trazido pelo vento.

Bella segurou fortemente as rédeas e fez os cavalos se movimentarem a toda velocidade. Que diabos, ela pensava. Não acreditava que o caminho entre os dois reinos tivesse sido feito tão rapidamente pelos transmorfos da tribo Quileute. Mas não era algo difícil de imaginar. Ela conhecia um pouco da força e rapidez de um transmorfo, a única coisa que poderia lutar em pé de igualdade com um vampiro. Por esse motivo, Bella precisava o quanto antes passar a fronteira.

Enquanto seguia em linha reta, pode ouvir o barulho produzido pelos lobos mais de perto. O ritmo da corrida era acelerado. Não ousou olhar para trás e ver os lobos, ela simplesmente não pararia. Sabia que se passasse pela fronteira, teria tempo para seu plano. Mas se não passasse...

Isabella não percebeu quando passou a fronteira, continuou cavalgando rapidamente. Dois lobos, que até então estavam em seu encalço, Quil e Seth, araram abruptamente, como que sabedores do exato lugar onde havia uma linha delimitando o território dos vampiros. Latiram e uivaram para a figura que conduzia uma carruagem, coberta por um manto. Apesar das vestes masculinas e cheiro mesclado ai tecido que a cobria, sabiam que se tratava de Isabella Maria Swan, única filha de Lorde Swan e, em breve, um cadáver.

...

Não acreditou no que sentia. Deixando as incumbências diárias de lado (assim como aos seus servos embasbacados por sua repentina saída) Edward seguiu para fora de seu castelo, parou e ficou olhando o interior do bosque que margeava sua casa. Em uma posição defensiva, esperou pela confirmação daquele cheiro. Quando uma rajada de vento veio em sua direção, seguido por uma imagem de alguém em uma carruagem, o Lorde sorriu.

Não acreditava apesar de tudo o que havia acontecido, na ousadia da humana. Mas aquela era Isabella Swan, filha de Lorde Swan, senhor de Ceres, e a única humana que ousou desafiá-lo. A única mente que não conseguiu ler com seus poderes telepáticos. E ao analisar a situação, assim como os trajes usados por Isabella, estranhou a situação. O que ela estava fazendo lá, em tão pouco tempo desde seu anuncio? Por que estava sozinha? E por que vestia aquelas roupas masculinas, mal cobertas por um velho manto?

Bella aproximou-se com cautela, olhando para o Lorde. Os cavalos pararam num átimo, cansados demais para prosseguir. Quando a carruagem parou completamente, a um metro de Lorde Cullen, desceu do local deixando o manto que até então a cobria cair, revelando sua face feminina e corpo coberto por vestes de um camponês.

-Veio. E sozinha. –Comentou enquanto a jovem parava a sua frente.

-E por que eu haveria de estar acompanhada? Eu não tenho medo de sua pessoa. –Falou em um tom firme encarando os olhos vermelhos, a única coisa visível de Lorde Cullen por detrás da mascara prateada. Ao invés de se enfurecer pela ousadia e Isabella, Edward soltou uma gostosa gargalhada.

-Você mente. Veio para cá desacompanhada por que, se viesse acompanhada, seria pelo seu pai e os guerreiros Quileutes. Certamente haveria uma batalha. Sabe disso. Eu aposto, pelo modo como chegou aqui e sem nenhuma companhia, que Lady Swan fugiu de Ceres.

-É, acertou Lorde Cullen. –Deu um sorriso zombeteiro. Não pode ver, mas o rosto de Edward despencara de alegria a irritação.

-Não me desrespeite. Está em meus domínios agora. –Ameaçou. Ouviu o coração de a Lady acelerar, mas a face da mulher continuava imperturbável.

-Não vim até aqui perder o meu tempo. Vamos logo ao que interessa. Lorde Cullen, eu vim ser desposada e quero que ocorra o quanto antes. –Sua voz decidida espantou Edward. Aquela mulher era uma incógnita.

-Pois bem, a cerimônia será feita o quanto antes. –Assentiu.

-Faça os preparativos. Eu irei arrumar meus pertences e me limpar. Enquanto isso chame um clérigo. –Caminhou dando-lhe as costas.

-O que está sugerindo? Que a cerimônia seja feita ainda hoje? Já anoiteceu. –Reclamou. Por mais rápido que seus servos vampiros fossem, achava difícil arrumar todos os preparativos tão rapidamente.

-Diga a um criado para levar as minhas coisas a um aposento e indicar qual aposento ficarei. –Sua voz subiu algumas oitavas. Edward ficou irado com sua atitude, mas calou-se. Bella seguiu decidida para o interior do castelo, ignorando os olhares hostis e até famintos dos servos de Lorde Cullen. Entrelaçou suas mãos a fim de que ninguém percebesse o quanto elas tremiam.

Hoje será o dia, ou eu morrerei ou eu triunfarei, pensou.


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