Murder escrita por Leticia M


Capítulo 1
Capitulo Unico


Notas iniciais do capítulo

A One Shot tem uma Musica, leia com ela.
Link no capitulo.
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o que está em Italico são Memórias dela.
Boa leitura!



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http://www.youtube.com/watch?v=bhzJO34SCoc

| Musica - Memories - Within Temptation|

 

 

É um típico dia de inverno aqui em Leipzig, o lago em frente á casa está congelado, e ali posso lembrar-me das vezes em que eu o Bill patinamos e caímos no gelo.

Olhei a casa, á 6 anos eu não volto, á 6 anos eu deixei tudo aqui, como está, agora não há mais a barreira policial por fora, mas por dentro deve estar a mesma coisa. Ali em frente à porta da casa, pude me lembrar, do que eu pretendia esquecer, esquecer o começo de tudo...

 

 

_Não Bill!

_Clarice, eu preciso ir, é meu trabalho, é a minha vida, não posso deixar de trabalhar e de viver só por causa dessas ameaças!

_Bill, por favor, elas ameaçaram nos matar, se não for por você, faça-o por mim, não saia em tour, por favor, se elas fizerem algo contigo eu morro Bill.

_Clarice, elas não irão fazer nada com a gente, por favor, me deixa ir!

_vá Bill, vá, não posso te impedir, mas se você for, eu também vou embora, aqui eu não fico mais!

Dito isso o vi sentar na cama e com a mão sobre o rosto ele deitou sobre a cama e assim ficou, eu desci as escadas, a conversa havia terminado, nosso casamento também...

 

 

 

Fazia um ano que a banda estava recebendo ameaças, e agora que eu e o Bill nos casamos as ameaças se tornaram constantes, outro dia fui verificar o correio e quando peguei as correspondências lá havia uma que me chamou a atenção.

 

 

“Senhora Kaulitz, agora devo lhe chamar assim não é?

Já que está casada com o NOSSO Bill.

Se você estava pensando que a sua vida iria ser um mar de rosas se enganou, e se enganou feio, nós tentamos avisar todos vocês, mas vocês nos ignoraram.

Agora é tarde demais, você se casou com ele, e agora minha querida, sofra com as conseqüências.

Preste a atenção em tudo á sua volta, nós estamos aqui, á cada respiração sua ou dele nós iremos ouvir, nós não tivemos ele, e nem você terá.

Ou você morre, ou morre ele.

Cuidado, a morte vos chama.”

 

_BILL!

As lágrimas tomaram conta dos meus olhos, e ele ainda não chegou e eu tornei á berrar.

_BILL!!

Ele apareceu correndo e me abraçando por trás, sentindo meu corpo tremer.

_Clarice, o que foi meu amor?

Eu me virei e entreguei a carta para ele, que a leu detalhadamente em voz alta.

_elas voltaram Bill, elas estão aqui.

_isso é só um blefe, elas não poderiam estar aqui, tem segurança 24hrs. Por dia Clair, relaxa, vem, vamos tomar um chocolate quente.

Ele me levou até a cozinha, eu me sentei na cadeira, ele começou á preparar o chocolate quente, mesmo não gostando de chocolate ele sabia que isso era um dos meus vícios.

Nossa gata Abby veio em meus pés, quando eu me sentei, peguei-a no colo acariciando seus pelos negros.

_Bill eu não acho que aquilo era um blefe.

_eu acho Clair, vamos ignorar, elas vão parar.

 

 

Entrei na casa.

A primeira coisa que eu vi, foi todos os móveis no Hall de entrada quebrados.

Cheguei até a sala de estar, onde estava tudo, completamente quebrado, não havia nada que pudesse estar inteiro ou intacto, elas quebraram tudo.

E foi ali que eu me lembrei, de um fato marcante.

 

 

Estava sentada no sofá da sala de estar, Bill havia saído, ele foi ensaiar com os meninos, estava completamente sozinha, visto que Abby sumiu, quando Bill não estava ela me fazia companhia.

Já fazia uma semana que a gata havia desaparecido, nos primeiros dias Bill e eu procuramos por ela, mas não havia nenhum sinal, então fomos vencidos pelo cansaço e tivemos a conclusão que se Abby quisesse ela voltaria para casa.

A Campainha tocou, eu depositei a xícara de café na mesinha de centro e me levantei indo atender a porta.

Abri a porta e não havia ninguém.

Havia apenas uma caixa marrom.

Peguei a caixa, e ela estava extremamente leve para ser uma bomba.

A trouxe até a sala tirei algumas revistas de cima da mesa de centro e deixei a caixa lá.

Fui até a cozinha pegar uma faca para cortar a fita isolante que colava as abas da caixa.

Abri a caixa.

Eu berrei, com lagrimas invadindo os meus olhos, e pude ouvir a porta batendo, e uns passos correndo em minha direção.

_Clarice!

Era o Bill que me pegou quando eu iria cair, minhas pernas enfraqueceram quando eu vi o que havia dentro da caixa.

Achei a Abby.

As Stalkers cortaram a cabeça da Abby, como elas têm a coragem de matar um filhote de gato?

Bill viu a cabeça da Abby na caixa e colocou a mão sob a boca deixando sua expressão traumatizada tomar conta de sua face

_Bill, elas estão aqui.

Havia apenas um bilhete e mais nada

 

“Acho que matamos a sua Gata”

 

 

Não pude evitar deixar lágrimas escorrerem sobre minha face.

Sai da sala de estar.

Entrei na cozinha, assim como a sala de estar esta estava destruída.

Lá me lembrei dos bons momentos, de toda a manhã o Bill se levantava e vinha me desejar bom dia com um beijo doce e animado, e depois eu lhe entregava sua xícara de café.

Lembrei-me também, de todos os sorrisos que ele costumava dar, quando me via na cozinha, fazendo alguma refeição, ou algum doce, ou quando eu fazia um bolo de morango que ele tanto gostava, e ele vinha calmamente sem fazer nenhum barulho e roubava os morangos, ou quando ele me beijava loucamente para roubá-los da travessa onde eles estavam depositados.

Lembrei-me dos nossos jantares á dois, onde ele enchia a cozinha de velas e pétalas de rosas vermelhas.

Ou quando os jantares sempre terminavam em algo mais, e muitas vezes sob a mesa.

Lembrei-me de quando nós compramos a casa, e para estrear a cozinha resolvemos cozinhar, tentamos fazer pizzas, mas estas queimaram quando estavam no forno, nós as deixamos queimar, devido nosso deslize sexual sob a pia.

Lembrei-me dos dias em que ele cozinhava e eu costumava lavar a louça suja e ele me ajudava secando a louça e guardando-a, como um casal normal.

 

Voltei de minhas lembranças.

Sai da cozinha, tinha de subir aos quartos.

Olhei a escadaria, apoiei a minha mão no corrimão e subi o primeiro degrau.

Meio á medo, terminei de subir a escadaria e cheguei até o corredor e onde ainda havia cacos de vidros, flores mortas, fotos nossas pelo chão.

Caminhei pelo corredor escuro, chegando até o quarto, nosso quarto.

Chegando lá, vi nossa cama branca ainda manchada de sangue, e a parede com as palavras que eu queria esquecer.

 

 

Depois de nossa discussão, eu resolvi espairecer, sai de casa, se ele não achava perigoso, eu achava, não podia vê-lo morto.

Fui até a casa de meus pais, passando o dia por lá.

Mas foi quando voltei para casa que percebi que algo estava errado.

Corri até a porta da casa, com o coração apertado, vendo que esta fora arrombada.

Olhei a sala de estar e esta estava completamente destruída, então corri para cozinha e vendo que ele não estava lá

_BILL!!

Não ouvi respostas, meu coração estava explodindo, eu estava com medo, muito medo, não, não pode ser...

Subi as escadas ainda gritando pelo seu nome, mas ele não emitia nenhum som.

Cheguei até o corredor, estava tudo quebrado, nossas fotos espalhadas pelo chão, as cortinas voavam com o vento, estava tudo escuro...

Corri até o nosso quarto.

Encontrei-o

_BILL!!

Berrei uma ultima vez, como se ele fosse me ouvir.

Corri até seu corpo deitado sem vida sob a cama.

Debrucei sob o mesmo, chorando, berrando, sentindo a minha vida se esvaziar, junto com a dele.

Havia muito sangue sob a cama branca, ainda chorando levantei minha cabeça, e na parede branca onde estava a cabeceira da cama, com sangue havia duas palavras.

 

“agora acabou”

 

Duas palavras, que ficariam por toda a eternidade martelando em minha mente.

Mataram-no, elas o mataram-no, e eu não pude evitar.

Elas Mataram-no com 27 facadas sob o corpo, e escreveram aquilo com o sangue de Bill.

 

 

Foi naquela noite que eu resolvi não voltar para aquela casa, minha vida acabou, acabou sem ele.

Lentamente caminhei até a janela, apoiando minha cabeça no vidro, desejando que tudo isso fosse um sonho, que nada disso tivesse acontecido.

Seu cheiro ainda estava no ar, senti um toque em meus ombros, sabia que ele ainda estava ali, esperando que eu voltasse ao lugar onde nossa vida começou e acabou.

_como é possível um assassinato acabar com nossas vidas?

Não sei, mas é possível.


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Notas finais do capítulo

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