Casar? Eu? Não. Definitivamente não.

Eu não acreditava em contos de fada como Renée acreditava quando tinha 19 anos e se casou com Charlie. Para mim a vida era real e muito. Nunca cheguei a pensar em casar e ter filhos. Eu tinha planos para minha vida, e, em nenhum deles se encaixava o casamento.

Nenhum cara nunca me chamou para sair. Como poderia querer casar se não havia pretendentes? Meu jeito desengonçado e tímido sempre ajudou a não arrumar pares para as festas, era até bom, não gostava de festas.

Renée queria que eu me divertisse, dava graças a Deus quando me via sair de casa, ela achava que assim eu poderia encontrar alguém que me faria feliz como ela queria que eu fosse. Mas apesar de tudo ela era extremamente contra o casamento na juventude, pois tinha passado por uma experiência não tão boa. Acreditou que casar com Charlie era seu sonho, seu desejo, seu destino, mas acabou percebendo que cometeu um erro e o deixou em Forks, a cidade pacata que nada têm de extraordinário a não ser seu frio.

Quando conheceu Phil, Renée voltou a sonhar, ela sempre foi mais jovial que eu, sempre saia para se divertir, enquanto eu a adolescente ficava em casa feito uma pessoa já cansada pela idade. Não pude deixar de rir quando ela me contou que casaria com ele, fiquei muito feliz por ela ter encontrado alguém que a completasse, Phil era uma pessoa muito legal e eu torcia para que desse certo.

Sonhar era bom, principalmente para ela que deixou de lado seus caprichos durante anos para cuidar de mim.

 Renée sempre se deu bem com Charlie, eram bons amigos, mas tinha muitas diferenças, apesar da idade ela sempre foi jovem, gostava de ir a festas, dançar, já ele sempre se deixou levar pelo trabalho e pela idade, acreditava que sair e se divertir eram coisas para gente jovem e não para um chefe de polícia.

 Quando tomei a decisão de ir morar em Forks a cidade que eu menos gostava no mundo, foi para deixar que Renée aproveitasse melhor o casamento dos seus sonhos - segundo ela.

 Não sabia como seria minha vida, achava que iria ser uma monótona rotina, o frio não ajudava muito, já que eu sempre gostei do calor de Phoenix, mas para a felicidade dela eu me sacrifiquei.

 Aqui minha vida mudou, conheci o homem dos meus sonhos, ou melhor, o Vampiro dos meus contos de fada, aquele que é dono da minha eternidade, da minha felicidade, do meu ser por inteiro. Edward o ser mais perfeito que já existiu. Que me faz sonhar mesmo não podendo dormir mais, me mima como uma criança de colo tem o cheiro mais doce e suave, o beijo mais apaixonado, o sorriso mais singelo, enfim o meu amor.

 Foi ele quem me deu o presente mais lindo, a flor mais bela, a minha pequena Renesmee, minha criança, minha filha, um pedaço de mim.

 Quando os Volturi vieram para Forks pensei que iria perdê-los, que nunca mais teria-os comigo, e isso só me fez acreditar que posso amá-los mais do que já amava e que são eles a razão da minha eternidade ser completa. A razão dessa felicidade que eu vejo crescer a cada dia com o nascer do sol.

 Há algum tempo atrás eu não acreditava que seria capaz de dizer que ter uma família me faria a mulher mais sortuda que já existiu.

 Eu os amo intensamente, com todas as minhas forças e com todo o meu ser, amo a minha família...

“Mamãe! Mamãe!” Eu ouvi a voz de Renesmee me chamando ao longe.

“Sim Renesmee.” eu disse ainda pensando.

“Papai está chamando, logo o crepúsculo irá embora”.

Eu sabia o porquê de sua ansiedade, hoje ela veria o Eclipse total da Lua algo que ela sempre desejou ver, desde que Jake contou como acontecia um.

Eu me levantei olhando-a maravilhada como sempre que me pegava pensando em tudo o que fiz desde que cheguei a Forks.

 Peguei Renesmee no colo e fui ao encontro de Edward.

“O que você estava fazendo?” Ele me perguntou curioso.

“Pensando.”

“Em quê?” ele deu seu sorriso mais lindo e que me fazia derreter.

“Em como sou feliz em ter vocês aqui comigo para sempre.”

“Isso é bom” Edward me olhou de uma forma carinhosa.

“Maravilhoso.” Foi à única coisa que consegui responder. Edward colocou Renesmee no chão me puxou para perto de si e deu um beijo que me fez ficar sem ar.

“Edward, EU TE AMO!” sussurrei.

“Eu também TE AMO, meu amor.”

Quando o Eclipse começou Renesmee olhava encantada a beleza com que ele se formava no céu estrelado. Eu a peguei no colo e ela ia me mostrando tudo o que sentia enquanto via a pequena Lua sendo encoberta pela luz solar.

 Edward me abraçou e eu falei em seu ouvido.

“Eu não acreditava que seria feliz realmente um dia, mas hoje tenho vocês e isso me basta. Vocês são a razão da minha felicidade e o motivo de hoje eu dizer que sou FELIZ PARA SEMPRE E POR TODA A ETERNIDADE.”

Ele apenas sorriu e eu fiquei comparando a beleza dele com a do eclipse e percebi que quando Edward está comigo nada mais é tão belo quanto ele.

Renesmee adormeceu e eu fiquei sonhando acordada nos braços do amor da minha ETERNIDADE.

O dono do meu FELIZES PARA SEMPRE!

  THE END!