Argo passou um dia em Hogwarts, esperando que essa amiga de Dumbledore aparecesse. Lá ele se sentiu o bruxo. Sentiu como se estudasse em Hogwarts, e pensou como seria se ele pudesse voltar no tempo e se ele recebesse a maldita carta de Hogwarts.

 Ainda não tinha entrado direito na cabeça dele, o fato de que ele podia estar morto, e o pior: morto por Você-Sabe-Quem. Tinha enfrentado-o, e fora salvo.

 Argo estava sentado na cama de Hogwarts, "brincando" com Madame Nora, e Dumbledore entrou na sala.

 - Argo, a Susan já chegou.

 Argo levantou-se, pegou Madame Nora, e seguiu Dumbledore até uma sala de Hogwarts. Lá, estava sentada uma menina muito bonita, com cabelos longos e loiros e olhos bem grandes, verdes.

 - Oi! Você deve ser o Argo - falou ela, com um sorriso de orelha a orelha. - Meu nome é Susan. Fiquei muito feliz quando Dumbledore me falou de você!

 Nossa! Ela estava tratando ele como um bebê! Ele já tinha dezessete anos! Pra que tanto bláh bláh bláh?

 - Hmm... é, sim, eu sou Argo - falou ele mau humorado.

 Talvez fosse melhor ele ficar na rua e não ter que aturar aquela menina chata que o trata como se fosse sua mãe.

 - Vamos pra casa. Você vai adorar - falou ela, pulando da cadeira.

 Argo seguiu ela, mau humorado.

 - Tchau, Argo - disse Dumbledore.

 - Tchau, Dumbledore - falou Argo. Querendo ou não, aquela seria a segunda vez que ele dizia adeus para Hogwarts.

 A casa de Susan era bem pequena, mas bonita, e tinha um quarto só para ele. Ele não tinha muitas roupas, então ela o levou para comprar mais. Por um lado, ela mimava muito ele, mas por outro, era realmente bom ter uma lugar para ficar. 

 Susan, particularmente, não gostava de Madame Nora e tentava evitá-la o máximo, e isso deixava Argo muito irritado.

 Os anos foram se passando, e Argo não estava gostando muito de Susan. Ela queria ser sua mãe?! Que saco! Aquela mulher ficava no pé dele dia e noite, noite e dia! Ele não agüentava mais.

 Quando Argo já tinha uns 30 anos, ele pensou: há vinte anos, ele tinha fugido de casa, e o que daria errado se ele fugisse de novo? Afinal, ele já tinha trinta anos! Já não estava tão pequeno, já era quase um coroa(ahsuhaus)!

 Então, pegou sua mochila e pegou, como da primeira vez, tudo o que achava necessário levar, comida, roupa, dinheiro, etc. e é claro que não esqueceu Madame Nora.

 Estava saindo de casa, quando viu uma notícia no Profeta Diário: HARRY POTTER, O MENINO QUE SOBREVIVEU. Ele se interessou e começou a ler: “Na noite passada, Você-Sabe-Quem atacou uma casa de uma típica família bruxa, a família Potter, e matou Lílian Potter e Tiago Potter, mas, quando foi matar o último da família, o filho dos dois, Harry Potter, de apenas um ano, o menino não sofreu dano ao feitiço Avada Kedavra, apenas uma pequena cicatriz na testa. Isso foi algo impressionante para o mundo bruxo, e o melhor: parece que os poderes de Você-Sabe-Quem sumiram depois desse último feitiço. É inacreditável que um menino de apenas um ano tenha sobrevivido a essa maldição imperdoável. E parece que Você-Sabe-Quem já estava planejando atacar esta família, e ela havia se escondido, o único que sabia era um amigo da família, Sirius Black, que revelou o esconderijo para Você-Sabe-Quem e causou uma explosão, matando sete pessoas, entre elas, Pedro Pettigrew, e a única coisa que sobrou de Pedro, foi um dedo. O diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore, se encarregou de cuidar do menino Potter, e os dementadores de Azkaban estão atrás de Sirius Black”.

 Argo se impressionou com essa notícia do jornal, um menino de apenas um ano havia vencido Você-Sabe-Quem. Impressionante! E agora, até que enfim, Você-Sabe-Quem, tinha perdido os poderes. E outra coisa chamou a atenção de Argo: agora, Dumbledore era diretor de Hogwarts!

 Ele se lembrou de que precisava ir, pegou sua mochila, deu uma última olhada na casa (havia se apegado muito a ela) e saiu para o mundo novamente. Mas a diferença, é que dessa vez ele já estava mais velho e experiente depois de tudo o que passou e que Você-Sabe-Quem não estava mais atacando e o mundo bruxo não estava mais um caos. Eram coisas boas.

 Um dia, eles estavam passando por uma rua bem deserta, era de chão batido e tinha vários morros, descidas e subidas, quando de repente, Madame Nora viu um gato, perto de um morro, e saiu correndo feito louca para conhecer o novo “amigo”.

 - Madame Nora! Volta aqui! – gritou Argo, enquanto corria atrás de Madame Nora feito um louco.

Ela foi com tanta pressa, e alegria, que passou pelo gato, não conseguiu parar e quando viu, o morro tinha um fim. Ela caiu do morro e Argo não conseguiu mais vê-la.

 - Madame Nora! – Argo se assustou muito e ficou muito preocupado.

 Ela poderia morrer, ou, de qualquer jeito, seria quase impossível resgatá-la. 

Argo corria e corria, quando chegou lá, estava muito cansado. Olhou pra baixo e, para sua felicidade, Madame Nora estava se segurando com a garra engatada num galho. Argo esticou o braço o máximo que pode e tentou segurá-la, mas mesmo assim não conseguiu alcançá-la. Teria de descer um pouco.

 Virou-se e tateou com o pé o morro, até encontrar uma parte segura em que pudesse apoiar-se. Desceu um pouco e tentou pegá-la. Não adiantou.

 Então ele se lembrou de um brinquedo que Susan havia comprado pra ela (ela já estava bem velhinha, mas amava aquele brinquedo). Era uma cordinha, e na ponta estava preso um peixinho de pelúcia, e ela sempre agarrava o peixinho.

 Ele voltou novamente para o topo do morro, pegou a mochila e tirou o brinquedo. Tateou novamente com o pé, e desceu. Jogou a cordinha e como esperado, Madame Nora agarrou o peixinho na ponta. Argo foi puxando devagarzinho, fazendo a gata subir o bastante até ele conseguir segurá-la no colo.

 Subiu para o topo do morro, e se sentou no chão, comemorando o resgate da gata.

 - Você me deu um baita susto, hein, Madame Nora! Não faça mais isso comigo menina! – falou Argo para a gata.

 Argo tinha passado mais uma vez pelo aperto, e mais uma vez ele tinha conseguido!