Hora de ir!

Eu não queria dizer a ninguém, mas eu vi o José beijando uma menina que nunca vi na minha vida. Acredito eu que seja uma fã nossa. E eu vi quando a mesma saiu, meio que, correndo da sala onde estavam. A cara que o José fez quando ela saiu, foi sem dúvidas a melhor parte!
José apaixonado? Não sei.
Então, sou Nicholas, o presidente da família. E hoje é dia de voltar para casa, mas meus irmãos não querem nem levantar da cama! A situação aqui é crítica, alguém consegue me ajudar?


— José! Júlio! Acordem vocês dois!
— Gustavo, nos deixa dormir! — levei uma almofada na cara. Júlio tacou!
— Paul Júlio Jonas II levanta agora! Anda, temos que pegar o voo! — na mesma hora ele levantou e eu ri.
— É mesmo. Nós vamos voltar! José, acorda! — começou a sacudir o José que nem se mexia.
— José! — gritei alto mesmo. É pra acordar ué!
— Hum...? Babi? — o quê?
— José o voo. Acorda! — falei tentando ver aonde estava o Babi. Ou a Babi? A menina do show!
— Eu não vou. Vou ficar aqui mais uma semana. Depois dessa tour entramos de férias, temporariamente, e eu vou passá-las aqui — ele sentou na cama e sorriu — Não vou com vocês! Boa viajem para vocês, mas tenho coisas para fazer aqui.
— Que coisas José? Tem haver com a Babi? — seu sorriso sumiu. Ponto pra mim!
— Babi? Eu nunca mais a vi.
— Sei, você beijou ela ontem na entrevista.


Pra que eu falei? O Júlio desmaiou! É hoje que não saimos de casa...


— Júlio! — corremos aonde ele estava
— Você...beijou...uma fã de...15 anos?


José PDV;


Meu Deus. Não acredito que o Gustavo viu aquele beijo ontem! Ele não estava lá na sala, ele só pode ter visto pelo...O VIDRO!


— Beijei Júlio, mas foi ela que me beijou e...
— E nada. É bom se resolver antes de voltar para casa! — Como Júlio se recupera tão rápido de um desmaio? Aquela loirinha demorou o show inteiro!


Assim que os dois sairam do quarto, voltei a cama e olhei o teto. Como eu ia encontrar a Babi de novo? Não sabia nada sobre ela além de sua idade e seu nome. E, claro, o gosto dos seus lábios. Ah, aqueles lábios. Nunca imaginei beijar lábios tão doces como aqueles. Eles eram bons e macios, e muito suaves que tive medo que cortá-los mesmo que sem querer. Eu queria sentir sua boca na minha de novo, pela primeira vez em todas as vezes que namorei. Mas o fato é que, não tem como eu a encontrá-la sem planejar e enviar a noticia à um site brasileiro.
Claro, é isso! Vou dizer que vou à algum lugar e enviar a um site, como o Jonas Brasil, e depois terei que enfrentar todo o povo, mas é o único jeito!
Liguei meu notebook, e logo comecei a digitar a notícia no word. Enviei para um e-mail deles que achei, e depois de 20 minutos, a notícia estava postada. Desliguei tudo, meus irmãos sairiam daqui a pouco e eu iria ao aeroporto, com certeza Babi também ia e eu a veria lá. Depois é só trazê-la pra cá e conversamos.


[...]


Chegamos ao aeroporto e realmente tinha muita gente. Não avistei Babi na frente, e isso era anormal.
Como não ia embarcar, subi à escada rolante e fiquei na grade, olhando o povo que acompanhava Gustavo e Júlio enquanto procurava Babi ali.


— Me procurando? — senti mãos na minha cintura e me virei. Seu sorriso estava ali — Não vai embora?
— Não quero ir. E eu estava te procurando. Quero conversar com você! — o sorriso dela aumentou.
— Tudo bem. A Fernanda não notará minha falta com o Gustavo na frente dela! — apontou lá pra baixo e eu vi a Fernanda em frente ao Gustavo.
— Mas, eu queria levá-la a minha casa... — agora ela empalideceu. Sujou pra mim! — Se não quiser... — dei de ombros e ri.
— Não dá pra falarmos aqui? Meu pai...
— Ele está aqui? — tirei minha mão de sua cintura e gelei olhando para os lado. Ela caiu em gargalhadas e colocou as mãos em meu peito.
— Não, não está — suas mãos foram as minha costas encostando a cabeça em mim — Hum, é bom ficar assim! — dei uma risada baixinha e ela sorriu — Que sensação interessante! Ficar assim com o José Medeiros é um sonho!
— Sério? — minhas mãos não iam até suas costas, mesmo eu mandando
— Sim, para todas as meninas desse mundo — sorri e minhas mãos me obedeceram indo as suas costas a apertando para mim — Hum, melhorou mais!


Assim que meus irmãos entraram na sala de embarque, e todas as meninas ficaram na porta, desci com Babi de mãos dadas, correndo praticamente, e entramos no carro. Mandei o motorista ir para casa e que saisse dali o mais rápido possível. Conseguimos sair dali antes que tirassem fotos ou qualquer outra coisa.


— Por que tem que falar comigo só na sua casa? É tão sério assim? — ela olhava o carro e a paisagem passando. Só faltava ela começar a pular no carro!
— Não. Não sei, talvez. Acho que por você ser uma fã minha, passa a ser séria a situação — agora ela me olhou com um ponto de interrogação no rosto — O beijo, senhorita Babi! — ela riu
— Eu já disse que fui eu que quis e tudo mais. Não precisa ficar aqui por causa disso!
— Não, eu quero ter algum jeito de falar com você. Telefone, endereço, não sei.


Babi PDV;


É o quê? José Medeiros está me pedindo telefone, endereço e tudo que puder?


— Telefone e endereço? — estava pálida, com certeza.
— Se não tiver problemas, sim — ele sorria tão tranquilamente
— Não, problema nenhum. Mas não imaginei isso nem nos meus sonhos com você! — corei. Nem creio que disse isso!
Ele começou a rir e o carro parou. Estava me perguntando de que ele estava rindo, mas sabia que era de mim. Ou pelo o que eu falei, ou por eu ter corado após ter confessado a apaixonite aguda por ele. O motorista abriu a porta do lado que eu estava, e ele saiu rindo pelo outro.
Olhei a casa na minha frente e se o motorista não estivesse na minha frente, segurando minha mão, eu tinha caído pra trás. Que mansão era aquela? Desde quando os TRATSER tinham uma mansão dessas no Brasil? Meu Deus, que desinformada eu sou!