Biggest Fan escrita por MrGisax3


Capítulo 32
Capítulo 27 - Michael, esclarecendo as coisas. II




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 Me arrumei em menos de 2 horas, o que é bem estranho, pois costumo demorar mais tempo para me arrumar. Joe ainda dormia e então tive qe escrever um bilhete dizendo que ia sair, mas sem dizer o local e nem para quê eu sairia. Isso poderia fazer ele ficar preocupado, e para despistar, eu teria que fazer algumas compras depois ou antes de me encontrar com Michael.

 Claro que, eu acho que apenas compras não despistaria nada, pois se eu fosse realmente fazer compras, eu colocaria no bilhete avisando que iria fazer compras. Mas talvez Joe não lembre disso e eu conseguirei enganá-lo.

Sai de casa algumas horas depois, pois iria fazer logo minhas compras para depois não ter problemas de esquecimento ou de horário. Sabe-se lá o que Michael pretende fazer comigo, não é mesmo?


[...]


  Já estava cansada de andar pelo shopping e decidida a voltar para quando eu vi um vestido super lindo na vitrine da última loja, perto da saída. Estava indo para a saída, e quando vi, tive que entrar na loja para verificar e comprar o vestido.

 Assim que entrei, aquelas vendedoras chatas que ficam atrás de você, veio me atender...

  — Boa noite. Em quê posso ajudá-la, srta?

Me deixando me paz, pensei. Pensei mesmo. Elas pertubam, não pertubam? Então pronto.

 — Ah, boa noite — sorri, sendo apenas simpática

— Então, estou querendo aquele vestido — apontei pra vitrine — teria para mim?

 — Tem sim, srta. Aguarde um momentinho — ela se retirou, indo ao estoque.

 Continuei olhando as roupas tranquilamente, até outra vendedora chegar em mim...

 — O que deseja, srta? — olhei pra trás e sorri, por pura simpatia, porque por vontade não era.

 — Ah, eu quero um vestido daquele ali — apontei pra vitrine de novo — mas já pedi a uma das vendedoras.

 — Vou dar uma olhada — e saiu, ignorando a parte do 'já pedi a uma das vendedoras.

 Não entendi por que ela fez aquilo, já que eram colegas de trabalho. Pelo menos deveriam ser. Vai que elas são inimigas e por isso a menina me ignorou? Foi quando tive esse ponto de vista, que resolvi procurar pela primeira vendedora, encontrei ela com a segunda vendedoras quase rolando no chão.

 — Eu atendi a Lovato primeiro, por que você tinha que se entrometer e ir lá de novo?

 — Porque ela estava olhando as roupas como se não tivesse sido atendido. E como fui a segunda e a última, irei levar essa peça pra ela — puxou o vestido da mão da vendedora, ouvi o primeiro estalo no vestido como se estivesse rasgando, mas elas nem ligaram

 — Não. Quem vai levar sou eu — e puxou o vestido, soando assim o segundo estalo. O vestido iria se despedaçar!

 — Que teimosia, quem vai levar sou eu! — puxou novamente o vestido e o terceiro estalo, rasgando uma das mangas. Elas não perceberam, mas eu percebi de onde eu estava e me enfiei na briga.

 — EI! Vocês estão rasgando o vestido e não levaram pra mim, perceberam? — levei as mãos a minha cintura, olhando para elas de cara feia. As duas olharam o vestido e depois se olharam — Pois é, agora esse estrago vai pro salário de vocês.

 — É culpa dela! — a primeira disse.

 — Não quero saber de quem é a culpa, afinal, as duas estavam brigando. Eu quero é o vestido logo de uma vez!

 Eu estava parecendo que era aquelas pessoas muito bravas, que por qualquer coisa já faziam seus ataques, porque as vendedoras se desesperaram ao ver meu rosto e, claro, que eu não estava falando sério. Eu pagaria pelo estrago, já que tenho dinheiro o suficiente para milhões de vestidos daquele.

 Me trouxeram o vestido. Experimentei e falei que ia levar. Cheguei ao caixa e expliquei que pagaria o estrago que fizeram, e logo depois a gerente veio ver o que eu queria, expliquei novamente, e ela me liberou a pagar, porém anotou o nome das vendedoras causadoras do estrago. Afinal, eu estava pagando dessa vez, mas a próxima cliente, não pagará. Mesmo sendo uma pessoa mais rica do que eu.

 Só depois, então, que eu pude prosseguir o meu caminho e ir para a praça combinada.

 Cheguei lá e logo avistei Michael em pé, andando para um lado e para o outro com a cabeiça baixa. Dei um sorriso, pois esse sempre foi seu jeito de esperar uma menina que gostava, afinal, ele sempre me esperou assim... andando como um maluco. Sai do carro e olhei novamente. Ele havia se sentado no banco e passava a mão no cabelo desesperadamente. Me aproximei devagar por trás, sem fazer barulho na grama, e tampei seus olhos...

 — Você está preso, Michael — forcei minha voz para soar masculina, e ouvi seu riso

 — Estou sim, Lovato — acabei rindo e destampando seus olhos, então ele levantou e se virou pra mim, sorrindo. Retribui, é claro. — Quanto tempo, né? — ele pegou minha mão, me fez ir pra frente dele, e me abraçou tão apertado, como se eu fosse a coisa mais importante do mundo pra ele. Abracei com toda a força que eu tinha, mas nem comparada a dele. — Senti sua falta — ele falou enquanto me soltava, ainda sorrindo. Passei a mão em seu cabelo e vi ele fechar os olhos, como sempre fazia. Ri e tirei minha mão de seu cabelo, fazendo-o suspirar.

 — É, eu também, Michael. Mas acho que não da mesma forma — seu sorriso entristeceu e se sentou — Sobre o que queria falar? — me sentei ao seu lado

 — Já deve saber sobre mim, né? — assenti — Então, eu não sei se te contaram da forma correta e gostaria de contar eu mesmo. — ele respirou fundo e fiquei o olhando. Ele não me olhava mais — Quando você me largou, eu me envolvi com as piores drogas que você possa imaginar — seu olhar era vazio e vagava pela paisagem, só não parava em meu olhar — isso só fez com que eu me destruisse, tanto a minha saúde como a minha autoestima, pois além de ter sido largado, ou trocado, por você, eu ainda me envolvia com as piores coisas do mundo. Foi então que eu conheci a Taylor, e ela simplesmente me rejeitou. Era a segunda rejeição na minha vida. Eu era realmente a pior coisa do mundo! — ele abaixou seu rosto, parecia estar prestes a chorar — Procurei por minha família logo após tudo isso, e contei o que se passava comigo, eles apenas me mandaram pra rua. Não acreditavam mais que eu poderia ser o menino que um dia foi com você, o Michael doce e incapaz de fazer mal a um inseto — ele riu sem humor — porém eu ainda não faço mal algum, o máximo que faço com o consumo das drogas é enlouquecer completamente e dormir logo depois. Depois de todos os tipos de drogas experimentadas, comecei a beber, e então meu estado de saúde se agravou. Procurei uma clínica e me tratei, porém a polícia está atrás de mim, dizendo que eu sou criminoso, e... — ele me olhou pela primeira vez desde que tinha começado a falar — eu não sou, Demi. Acima de tudo o que aconteceu comigo, eu só sabia pensar em você, e quando eu pensava em você, eu pensava em tudo o que poderia te deixar mal, e matar ou roubar, era uma das coisas que você mais odiava, e ainda odeia. Porém as drogas, eu já havia me viciado e já teria lhe machucado de qualquer forma — meus olhos se enxeram de lágrimas em frações de segundos, e ele desviou o olhar — Eu só não fiz coisa pior enquanto era viciado... por causa de você. Era lembrar do seu sorriso para que eu mudasse de ideia — ele sorriu, parecendo se lembrar do meu sorriso, e então eu sorri e ele me olhou imediatamente. Parecia ter terminado.

 — Isso é... sem palavras, meu best — continuei sorrindo e ele riu

 — Não sou mais seu best, Demi. Não minta!

 — Nunca deixou de ser. Quem disse que tinha deixado? — ele me olhou surpreso e me abraçou, agora chorando — Homem chorando? Ih, vou desconfiar hein!? — brinquei com ele e acariciei seu cabelo enquanto ele chorava e ria de mim

 — Sua boba! — ele me olhou e sorriu, me fazendo sorrir

 — Me diz uma coisa — ele assentiu — O que vai fazer com a polícia?

 — Me entregar por algo que não fiz — me assustei

 — Não vou deixar. Iremos provar sua inocência! — peguei o telefone e liguei pra Joe, Michael me olhava — Oi Joe.

 — Oi amor, aonde você está?

 — Estou na pracinha com o Michael. Não entre em pânico! Preciso que arrume um advogado para Michael, sem explicações alguma, ok? Estou indo para casa com ele e preciso desse advogado logo — desliguei antes que ele discordasse

 — Você vai me... levar pra sua casa? Você... ainda confia em mim? — ele me olhava com seus olhos arregalados, e eu ri

 — Não vou confiar no meu best? — sorri e me levantei, pegando sua mão — Vem! — puxei-o, rindo e o levando pro carro

 Não deixei ele ser cavalheiro comigo, pois quem ia dirigir seria eu. Logo, eu dei a volta no carro correndo e entrei, quase ao mesmo tempo que ele.

[...]

Assim que chegamos, Joe me esperava na porta com um cara muito bem vestido, que eu suponho ser o advogado que eu havia pedido. Descemos então e Joe correu em minha direção, como se fosse uma criança, e me abraçou como se eu estivesse em um perigo muito grande e precisasse de proteção. Olhei então para Michael, e ele estava com o olhar abaixado, pois sabia que todo esse abraço era por causa dele. Me afastei um pouquinho de Joe, me virando de costas pra ele e deixando ele me abraçar assim.

 — Conseguiu o advogado que eu pedi? — perguntei e na mesma hora Michael nos olhou, senti Joe olhar pra ele também

 — Consegui, ele está bem ali — mexeu a cabeça pra trás, sem tirar os olhos de Michael

 — Relaxa, irmão. Não vou roubá-la de você, nem nada, ok? Não sou um monstro! — Michael falou e Joe se acalmou junto à mim

 — Bobo, ele é legal — falei baixinho perto do ouvido dele e ele sorriu, seu sorriso perfeito, pra mim — Podemos entrar? — perguntei em bom tom para Michael também ouvisse, e Joe assentiu, me largando e pegando na minha mão.

 Michael vinha logo atrás de nós, com as mãos no bolso, talvez com receio de entrar em nossa casa e ser acusado de algo que não fez. Coloquei minha outra mão pra trás, para que ele pegasse, mexi os dedos para chamar sua atenção e então senti sua mão na minha. A apertei, tentando passar um pouco de segurança, já que ele confiava tanto em mim.

 Entramos na casa, com o advogado nos seguindo. Joe, então, viu eu segurando a mão de Michael, mas eu nem liguei e continuei guiando Michael pela mão, dessa vez para o sofá. Ele não quis, então o empurrei no sofá e comecei a rir. Dois bobos!

 — Então, esse é o Peter, e ele vai ajudar você... — Joe não sabia qual nome dizer, mas será que era tão tapado assim? — Michael! — sorri pra ele, qe sorriu pra mim.

 — Obrigado, Joe. Não precisava fazer isso, eu me entregaria por algo que não fiz e pronto.

 — Tira essa ideia da cabeça, caramba! — falei grosso com ele e ele, como sempre, riu de mim.

 — E isso mesmo, meu filho — que advogado estranho! Falando meu filho... — Você não pode se entregar por um crime não cometido! — Joe se sentou ao meu lado, passando seu braço em volta de mim, me fazendo encostar nele e o abraçá-lo.

[...]

Depois de algumas horas, o advogado já sabia tudo sobre Michael, do mesmo jeito que eu sabia, e estava chocado. Completamente sem ação. Durante o tempo que Michael contava tudo, Joe me apertava a cada vez que ele me citava. Eu não achava tão ruim ele não ter feito nada de ruim por causa de mim, mas pra Joe...

 O advogado combinou algumas coisas e foi embora. Michael disse que já ia também, quando me levantei.

 — Você vai pra onde? — perguntei o olhando

 — Ah, pro apartamento que eu aluguei... — olhei pra Joe e ele assentiu, sorrindo.

 — Não quer ficar por aqui? — perguntei feliz por Joe ter aceitado isso — Temos quarto sobrando pra você — Michael olhou pra Joe, então me virei pra Joe e ele sorria

 — Não tenha medo de aceitar, Michael! — Joe falou rindo.

 — Então, eu passo a noite aqui.

 — Pode morar aqui ... — olhei para Joe

 — Pode sim — Joe concordou

 — Ah, obrigado — Michael sorriu agradecido.


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Notas finais do capítulo

Demorei muito?



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