Getting Better escrita por Lunna_13


Capítulo 11
Negando a qualquer custo!


Notas iniciais do capítulo

Me explico depois! Lê, é mais importante! XP



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Eu amo o Thomas. Eu amo ele... Por que isso não parece estranho? Tá, parece e muito! Afinal, eu só conheço ele há o que? Um mês? E o que sei dele? Que gosta de Green Day e Lady Gaga? Como eu posso gostar de alguém que eu nem conheço direito?! Isso não pode, está errado! Completamente errado! Mas... Eu me sinto até que bem com isso, sabe, é como se tivesse uma coisa se mexendo dentro de mim... Beleza, agora parece que eu estou grávida! Mas, ainda é assim que eu estou me sentindo: com uma euforia dentro de mim, com as mãos tremendo muito e o coração saindo pela boca. Talvez eu esteja gostando mesmo dele, no fim das contas...
- Clara, tá aí? - Thomas perguntou me acordando.
- T-Tô sim. - respondi gaguejando.
PORQUE EU GAGUEJEI? Agora ele vai achar que você gosta dele! Meu Damon, eu tô viajando! Lógico que ele não vai pensar isso! Será? ARGH!
- Por que você... - ele começou a falar - Ah! Você! O que você quer? - ele disse.
- Como assim? Você que começou a falar, seu louco! - eu falei, menino biruta, eu hein!
- Não falei com você! Tava falando com ele! - Thomas respondeu apontando pra um menino atrás de mim.
Virei minha cabeça para ver quem era, vendo um menino baixo, loiro e gordinho. Se não me engano, já vi ele e o Thomas juntos. Então eles são amigos, certo? Mas, por que ele fala assim com ele? Nossa, grande amigo ele é!
- Vocês são amigos, não? - perguntei levantando uma sombrancelha.
- Eu lá vou ser amigo dele? - Thomas respondeu apontando pro menino e rindo - Brincadeira, Peter.
Tá, não entendi nada. Ele maltrata o amigo como forma de brincadeira? É isso? Que idiota! Idiota, mas fofo por ter falado que era brincadeira e... O que raios eu estou pensando?!
- Não fala assim com o menino, Thomas! Ele fala assim com você, e você não fala nada? - eu digo me virando para o tal de Peter.
- Eu não ligo. - ele responde dando de ombros.
Eu balanço e abaixo minha cabeça com indignidade, isso não faz sentido algum. Quando levanto minha cabeça novamente, vejo que surgiu outros amigos deles, porque está cheio de menino em volta de nós. O pior é que estamos distribuídos assim: eu e Thomas embaixo da ávore (ainda dividindo o fone), Peter e os meninos em volta de nós dois, como se a gente fosse um casal. UM CASAL! O povo desse colégio quer me deixar louca, só pode...
- Clara, é você? - vi Ryan (da minha sala de inglês) me perguntando.
- Você pergunta se sou eu, olhando na minha cara? Você tem problema ou o que? - pergunto devolta e ouço um coro de outch's! para o Ryan.
- Essa doeu! - outro que eu não conhecia, falou.
E então eles começaram a conversar e eu lá com a maior cara de paisagem. Odeio ser excluída, fato. Mas o que eu posso fazer? Nunca tive muito jeito pra falar com meninos, tirando algumas excessões especiais da minha vida.
- A Clara e o Thomas tavam sozinhos aqui, tô sabendo... - um deles falou.
Cara, tenho certeza que minhas bochechas ficaram vermelhas! E o pior foi o choque de ouvir aquilo, isso me fez congelar, porque eu não tô conseguindo abrir a boca pra falar nada.
- Cala a boca! Não é nada disso! - Thomas disse nervoso.
- Vocês dois de baixo da árvore me lembraram uma musiquinha... - ah não! Por favor, não! - Clara e Thomas debaixo da árvore se beijando, hum! - eles começaram a cantar.
Eu admiti que gosto dele pra mim, não pra eles, que divertido...


***

 

Eu já tinha ido pra casa, depois da musiquinha que aqueles meninos cantaram, eu saí correndo de lá. Não dessa forma, ok? Eu falei que tinha aula e sai andando rápido.
Bom, agora aqui estou eu, esperando começar Vampire Diares enquanto seguro um pote de sorvete no colo. Essa é a melhor combinação do mundo! Sorvete e Vampire Diares, nada que deixe minha quinta mais feliz que isso! Ainda mais estando sozinha em casa, meus pais saíram com a minha irmã (iam dormir na casa de uma amiga da minha mãe) e eu fiquei, por opção, lógico. Enquanto me enrolo no meu cobertor vermelho de gatinhos (é, eu sou uma menina de quase 17 anos com cobertor de gatinho, algo contra?) ouço a campainha tocar. Que ser visita os outros em plena as 9 da noite, em uma quinta, durante a melhor série do mundo? Cara chato!
- Já vai! - digo do sofá, deitando sobre uma almofada.
Que foi? Eu disse que já ia, mas não quando! Além disso, o Damon tá falando, seria pecado levantar do sofá agora. Mas parece que o senhor chato, está determinado a me fazer levantar, porque ele está deixando incapaz de ouvir as falas do meu Damon, com a porcaria de campainha.
- PARA COM ESSA PORCARIA! CARA CHATO, JÁ DISSE QUE TÔ INDO! - grito enquanto me levanto mal humorada.
Coloco minhas pantufas rosa e me dirijo pra porta, abrindo a mesma sem nem olhar no olho mágico.
- Clarinha! - vejo um ser loiro comemorar na minha frente.
- NÃO ME CHAMA DE CLARINHA! - odeio esse apelido, totalmente fato.
- Eu venho de visitar essa hora e você reclama? - o ser responde, fazendo cara de dó com aqueles olhos verdes.
- Exatamente porque é essa hora que eu reclamo, Rapha! - respondo.
Raphael é um dos meus melhores amigos, com toda a certeza. Eu simplesmente amo esse chato e ponto. Tirando o fato de eu o conhecer há uns seis anos, ele é muito especial e mais velho também, tem 18 quase 19... Por isso ele é meu irmão chato, que minha mãe nem meu pai ligam de aparecer aqui de noite, e dormir aqui.
- Damon? - ele pergunta entediado.
- Yes, baby! - repondo correndo pra dentro de casa.
Pulo no sofá e me enrolo na coberta, Rapha se senta ao meu lado, puxa a coberta e pega o meu pote de sorvete, dando um colherada logo em seguida.
- Folgado! Isso me pertence! - digo puxando o pote - E isso também! - puxo a coberta dessa vez.
- Isso! Faça seu amigo ficar com frio e fome, perdido em uma rua londrina, sozinho e...
- Para de trama, Raphael! Primeiro, se você está com frio, tomar sorvete não ajuda! E você sabe onde fica a geladeira e onde você pode pegar cobertores! E perdido sozinho? Você tá aqui em casa comigo, não? - respondo.
- Poxa, não se pode nem mais ser um pouco tramático... - ele fala se levantando e indo até a cozinha - Falando em drama, você ainda faz teatro?
- Vou fazer, estou querendo saber se lá no East tem...- digo e vejo ele voltando da cozinha com uma colher e uma cobertura - Ué, cadê o seu sorvete?
- Não tem mais, a senhorita morta de fome deve ter tomado. - ele fala se sentando do meu lado e roubando o meu sorvete e jogando calda.
- Er.. Pode pegar? - falo.
- Eu sei que posso. - ele reponde rindo e eu jogo uma almofada nele, porque meu Damon voltou dos comerciais.


***

 

- Ah! Oi, você é amiga dela? - ouço a voz do Raphael em algum lugar distante.
- Sou, ela combinou de ir comigo pra escola hoje, posso entrar? - essa voz era da Lu.
- Entrar você pode, só não senta no sofá, porque alguém tá dormindo lá... - ele falou rindo.
- Dormindo? Como assim dormindo? CLARA! ACORDA! ACORDA AGORA! - Lucy está gritando e me balançando.
- Para de gritar, sua louca! Eu vou ficar com dor de cabeça! - respondo emburrada.
Se vocês reclamam sendo acordadas por suas mães, vocês nunca foram acordadas pela Lucy. Que menina chata! Me chacoalhou tanto que eu tô até zonza.
- Então chegue atrasada na escola! Também não vou te esperar! - ela diz brava se levantando eu faço o mesmo.
- Então tá fazendo o que aqui? Vai pra escola, eu chego atrasada sozinha! - respondo e aponto pra porta - Está aberta, não tô pedindo para me esperar se você não quer!
- Se é assim, a gente se vê no colégio. - Lu fala saindo da minha casa.
Eu sento no sofá mal humorada, não queria ter brigado com a Lucy, mas odeio ser acordada por gritos e ainda mais atrasada.
- Culpa sua, Rapha! - digo apontando para o ser.
- Minha? O que eu fiz? - ele pergunta indignado.
- Não me acordou! Agora eu estou atrasada! E você vai me levar pra escola! - falo subindo as escadas, não dando ouvidos as reclamações dele.
Me troco extremamente rápido e prendo o cabelo, já que não tinha tempo o suficiente para arrumá-lo. Procuro meu all star preto, que estava jogado em algum canto, mas não o acho. Sendo obrigada a colocar o meu all star vermelho.
- Desce logo! Não vou ficar te esperando mais tempo, hein! - ouço Rapha gritando lá debaixo.
- Pronto. - digo pegando minha mochila (jogada em um canto da sala) e vou saindo com Raphael em meu encalço.
Sabe quais são as vantagens de se ter um amigo mais velho e gato? Ele pode dirigir, tem um carro, e quando te leva pra algum lugar, todo mundo acha que ele é seu namorado e que você é super sortuda. Sim, eu já passei por isso várias vezes, afinal, não perceber o Rapha é quase impossível! Loiro, olhos verdes, fofo, engraçado e super simpático! Mas eu não gosto dele... Eu pelo jeito gosto do Thomas...
- Clara, tá legal? Tá quieta... - ele me perguntou quando já estávamos no carro.
- Tô sim! Raphael? - ele olha pra mim - Você já gostou de alguém que não conhecesse direito? Uma garota que só fala com você por msn, tipo, que vocês nem se conhecem muito bem...
- Hum, não. Prefiro conhecer direito a garota, sabe, pra ter certeza que gosto dela...
- AH! RAPHA! EU TE AMO! - eu digo.
É óbvio que eu tenho que me certificar que eu gosto dele! Isso é simples e eu nem tinha reparado! Mas, eu sinto algo estranho quando vejo ele, então eu talvez goste dele. Mas não é necessariamente amor, mas sim uma paixão, certo?
- Chegamos, pessoa que me ama! - ele diz descendo do carro para abrir a porta pra mim.
Olhei pra frente do colégio, pelo jeito o sinal ainda não tinha batido. Tô vendo como eu estava atrasada! Olhei pro Rapha e vi que ele pensava a mesma coisa, mais a frente vi o banquinho de sempre, com o povo de sempre nele. Val me viu e me deu um aceno seguido de um sorriso. Puxei o Raphael e fui até lá.
- Oi pessoas! - disse - Esse é o meu amigo, Raphael.
- Oi, é garota, você não disse que a Clara tava atrasada? - ele perguntou pra Lucy de uma forma educada.
- Er... Tipo, meu celular está com o horário errado, foi mal, Clara! - Lu me respondeu nervosa.
- Tudo bem! Meu empregado me trouxe. - respondo abraçando o Rapha de lado e olhando o Thomas pelo canto do olho.
Ele olhou! Ele olhou! Ele olhou! E não foi com uma cara do tipo: nem aí! Foi do tipo: por que ela tá abraçando ele? Tenho que admitir, eu estou muito feliz agora!
- Folgada! Preciso ir pra minha casa, também tenho vida, sabia? - Rapha fala pra mim.
- Tudo bem, te dou um dia de folga, agora vai! - dou um beijo na bochecha dele.
Quando ele vai embora, vejo três sorrisos femininos pra mim. Usando tudo que aprendi no teatro, falo com a voz mais inocente do mundo:

- O que foi? Esses sorrisos estão medeixando com medo!

- Quem é? - Val perguntou me cutucando no braço.

- Abraços, beijinhos... Tô sabendo, dona Clara! - Anna foi mais provacadora, assim posso dizer.

Mas a Lucy...

- Nossa, que gato!

- Lucy! Olha como fala do meu pitoquinho! - eu chamo a atenção dela.

- Pitoquinho? Tem até um apelido romântico? Opa! - Lucy fala rindo, sendo seguida pelas meninas e por mim.

Aproveito que todos estão rindo e distraídos, e olho pro Thomas. Ele ficou quieto durantes os nossos comentários, pelo jeito não tá afim de comentar, e agora tá apoiando o queixo na mão, com a maior cara de pensativo. No que ele tá pensando? Será que ficou com ciúmes? Não acredito que vou falar isso, mas lá vai: eu quero que ele tenha ficado com ciúmes. Só tem um detalhe que eu não pensei: como eu vou saber se ele ficou ou não com ciúmes? Cara, eu tenho que pensar em tudo, antes de fazer alguma coisa, não depois!

- Mas já tá traindo o seu namorado, hein? - Lucy pergunta olhando pra mim.

- C-Como assim? - legal, gaguejar está se tornando hábito!

- Ué, você e o Thomas não tavam namorando ontem? Sabe, debaixo da árvore... - dessa vez foi a Anna que falou.

COMO É QUE É?

- O QUE?! - eu e o Thomas falamos juntos.

- Você gosta dele, Clara? Que mal gosto... - Lucy disse fazendo uma careta.

Thomas foi falar uma coisa, mas o sinal bateu, então não deu para ouvir o que ele dizia. Mas tenho que comemorar: salva pelo gongo!

Todo mundo se levantou e eu aproveitei a chance para falar pras meninas:

- Eu não gosto dele!

Mas o que eu não esperava era que o Thomas também ouvisse.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu ia postar esse capítulo no sábado, mas tive alguns imprevistos...
Semana cheia de provas me irrita! >—
Vamos falar do capítulo! n.n

Esse foi meio enrolação, eu admito! Mas o Raphael é um personagem que surgiu e eu não pude deixar de colocá-lo na história! Coisa de autor...

Beijinhos