Através dos Seus Olhos escrita por ReLane_Cullen


Capítulo 38
Eu Serei


Notas iniciais do capítulo

N/A: Gente, essa fic já ta acabando e eu quero chorar. Última apresentação de Beward na escola...Eu amo demais essa música do capítulo e desde quando eu comecei a escrever ADSO essa tinha sido a música escolhida para ser a música final deles. Pelas minhas contas, teremos só mais dois capítulos e eu já to começando a ficar com saudades já, mas vamos deixar isso para o capítulo final, certo? Espero que gostem e até o próximo. Beijos!
*música do capítulo: Ill be do Edwin McCain



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Capítulo38- Eu serei

Desliguei o telefone e fechei os olhos. Eu não queria acreditar que aquilo estava acontecendo, não agora que tudo parecia se encaminhar de uma maneira mais suave. Olhei para o relógio e decidi fazer o retorno até o parque. Eu não poderia deixar o Jasper ali, sabendo que aquele psicopata estava solto.

"Bella, o que você está fazendo aqui?" Ele perguntou ao me ver.

"Vamos embora." Disse apressadamente.

"Por quê?" Ele franziu a testa, confuso.

"O James fugiu." Disparei.

"O quê? Você já avisou a Alice?" Ele perguntou, nervoso.

"Não, meu pai acabou de ligar." Expliquei "Eu posso pedir para que ela vá para lá?" Perguntei a Jasper. Eu não sabia se ele ficaria confortável com aquela situação.

"Claro." Ele respondeu sem pestanejar. 

Enquanto caminhava de volta para o carro, peguei meu telefone e liguei pro Emmett.

"Emm, você poderia buscar a Alice na casa dela?"

"Por que?" Ele perguntou, estranhando o meu pedido.

"Depois eu te explico. Mas por favor, seja rápido. E avise que sou eu que estou pedindo." Avisei.

Quando cheguei à casa dos Cullens, quatro olhares ansiosos se voltaram para mim e Jasper. A tensão era palpável naquela sala.

"O que houve?" Edward perguntou nervoso.

"O James fugiu." Respondi.

"O quê?!" Emmett exclamou.

"Eu não sei como, mas ele conseguiu."

"Ele vai vir atrás de mim." Alice concluiu.

"De todos nós." Edward corrigiu.

"Mas nós estamos em maior número." Emmett apontou.

"Precisamos nos manter unidos." Jasper falou.

"Não." Alice elevou a voz. "Tudo isso é por minha causa, se eu me afastar de vocês tudo ficará bem."

"Não é bem assim. Com exceção da Rose, ele tem motivos para vir atrás de cada um de nós." Emmett tinha razão e era aquilo que me preocupava. James odiava Jasper e Edward, ele era obcecado pela Alice, e eu diria que o que ele sentia por mim beirava esses dois extremos. Infelizmente, Emmett também deve ter entrado para lista negra quando salvou Alice durante aquele ataque.

"O que faremos então?" Jasper perguntou.

"Eu não sei." Emmett parecia perdido.

"Nós não podemos parar a nossa vida por causa dele." Rose falou, decidida.

"Meu pai vai vir para cá. Acho melhor esperar por ele para tomar qualquer decisão." Respondi.

Ouvimos um barulho de fechadura e todos nos encaramos apavorados. Será que a hora já havia chegado? Será que seria assim que tudo acabaria? Um suspiro coletivo de alívio foi ouvido quando Esme e Carlisle apareceram na sala.

"Olá!" Esme nos cumprimentou ."Alice!" Ela parecia confusa e feliz ao mesmo tempo.

"Oi, Esme." Alice murmurou, timidamente.

"Que bom ver todos aqui." Carlisle disse com um sorriso.

"Não exatamente."

"Por quê?" Carlisle perguntou ao ouvir a afirmação de Edward.

"James fugiu." Emmett respondeu.

"O quê? Mas como?" Esme perguntou. O sorriso em seu rosto, dando lugar à uma ruga de preocupação em sua testa.

"Meu pai está vindo para cá. Ele pediu que aguardássemos aqui."

Esperar nunca foi tão angustiante quanto naquele momento. Os minutos passavam e parecia que éramos incapazes de fazer qualquer coisa além de ficar sentados naquele sofá, esperando as péssimas notícias chegarem. Esme preparou um suco para nós, mas o mesmo permaneceu intocado em cima da bandeja.

"Boa noite." Charlie cumprimentou, quando finalmente chegou. "Que bom que todos estão aqui."

"Charlie, graças a Deus chegou!O que aconteceu?" Esme parecia estar mais aflita que nós.

"Dias atrás, James foi transferido para um presídio, mesmo sem ter passado por um julgamento. Como ele foi preso em flagrante e para desafogar a cadeia na delegacia, o juiz pediu a transferência. Só que hoje houve uma rebelião, não sei bem como aconteceu. Alguns prisioneiros conseguiram escapar, inclusive o James." Charlie explicou. Senti um arrepio ao lembrar do sorriso sádico que ele dirigiu a mim no dia em que foi transferido.

"Vocês têm ideia de onde ele possa estar?" Carlisle perguntou.

"Ele não tem família aqui. O único vínculo dele aqui é a Alice." Meu pai respondeu.

"Mas a família dele está aqui." Alice comentou.

"Você tem certeza? Por que não conseguimos nenhum rastro deles aqui. E James não colaborou muito durante o interrogatório."

"Mas vocês não têm nenhum endereço dele?" Agora tinha sido a vez de Emmett perguntar.

"O endereço que ele deu na escola foi o da Alice."

"O meu?" Alice parecia surpresa.

"É. Você alguma vez foi até onde ele morava?"

"Não. Uma vez até disse que ia lá para visitar a mãe dele, mas ele desconversou. Na época eu não achei nada demais." Ela encolheu os ombros.

"Mas o que a gente vai ter que fazer? Ficar trancado em casa?" Rose perguntou, num rompante.

"Não. Eu vou providenciar que um policial fique de vigília tanto aqui quanto na escola. Mas o importante é que vocês não fiquem sozinhos e nenhum momento. Ninguém sabe o que esse garoto pode acabar aprontando."

Quando meu pai foi embora, eu fui direto para o meu quarto. Toda aquela história tinha me feito perder o apetite e eu ainda tinha ficado com uma dor de cabeça mãe de todas as dores de cabeça. Fechei meus olhos, decidindo que som da chuva que caia do lado de fora era a canção de ninar perfeita, só que eu não conseguia relaxar.

Toda vez que eu fechava meus olhos, eu via o rosto de James na minha mente. Seus olhos frios, seu sorriso sádico, suas ameaças... Será que esse pesadelo nunca ia acabar?

Senti o colchão afundar do meu lado e no instante seguinte eu estava envolta por dois braços, que me puxavam de encontro a um corpo bem conhecido.

"Você está com medo?" Ele sussurrou no meu ouvido.

"Sim." Admiti; não havia nenhum motivo pra negar o óbvio. "Medo de perder tudo o que ganhei. Medo de que as pessoas que eu amo se machuquem." Me virei e encarei aqueles olhos verdes.

"Você não vai me perder." Ele me apertou ainda mais contra o seu corpo.

"Edward, nada é certo nessa vida." Eu precisava ser realista. James havia deixado todos abalados em sua primeira tentativa de fazer com que ninguém se entendesse, mas algo me dizia que ele tentaria alguma coisa mais física dessa vez.

"Bella só você tem o poder de me machucar.” Ele falou, acariciando meu rosto.

"Edward, se ele fizer alguma coisa com você...” Minha voz ficou embargada pelo choro. O simples pensamento de que alguma coisa podia acontecer a ele, causava uma dor insuportável em mim. “Eu não posso te perder.” Sussurrei, afundando minha cabeça em seu peito.

"Você não vai me perder." Ele garantiu. “Eu não vou permitir que ninguém separe a gente.” Edward tocou meus lábios levemente com os seus. "Apenas durma. Amanhã tudo vai estar melhor, você vai ver."

"Você fica aqui comigo?" Pedi. Edward assentiu e me puxou para perto dele, fazendo minha cabeça encostar em seu peito. Ali, em seus braços, eu podia acreditar na ilusão de que tudo estava bem.

A manhã seguinte chegou, mas a melhora prometida pelo Edward não. Durante o café da manhã todos permaneciam calados, concentrados em suas refeições como se nelas estivesse o grande segredo do universo. Todos estavam assustados e receosos, mas ninguém queria falar sobre o assunto.

Quando todos deixaram a cozinha, fui atrás da Alice. Eu não tinha conseguido falar com ela desde a notícia. Mesmo sem ter visto a direção que ela tomou, eu tinha uma ideia de onde ela poderia estar. Bati à porta do seu quarto, e não demorou nem um minuto antes que ela a abrisse.

"Hey," Ela sorriu, fracamente.

"Oi." Cumprimentei-a e entrei no quarto. "Como você está?"

"Eu não sei."  Alice encolheu os ombros e sentou-se na cama, sendo seguida por mim. "É tudo tão confuso para mim. Eu não consigo parar de pensar que tudo isso é minha culpa." Eu abri a minha boca para falar, mas Alice não permitiu. "Por favor, não diga o contrário. Se eu tivesse acreditado em vocês nada disso estaria acontecendo."

"Eu não teria tanta certeza." Alice me olhou com o cenho enrugado e eu continuei. "Você acreditar em nós só teria servido para preservar as relações. Nada há nada que você pudesse ter feito para que o James mudasse de ideia. Se você não tivesse acreditado nele, ele agiria de outra forma para conseguir o que ele queria." Alice estremeceu, provavelmente, se lembrando do ataque que tinha sofrido.

"É tão estranho estar aqui depois de tanto tempo." Ela comentou depois de um breve silêncio."As vezes parece que tudo que vivi aqui foi em outra vida."

"Não faz tanto tempo assim."

"Para mim faz."

"Olha, eu não sei, mas acho que essa ainda pode ser sua vida novamente, se você quiser." Tentei parecer encorajadora.

"Bella, nós já falamos sobre isso."

"Ali, quando eu contei a ele sobre o James a primeira coisa que ele perguntou foi sobre você. Ele ainda se preocupa!" A mágoa podia ser grande, mas também existia um sentimento tão grande quanto, e nenhum dos dois podia negar isso.

"Bella, por favor." Alice disse num tom de advertência e eu me calei. Talvez aquele não fosse o melhor momento.

***

Enquanto eu andava pelos corredores da escola, eu experimentava um novo sentimento. Não era a usual timidez ou apreensão, era medo puro e simples. Meu coração estava acelerado e minhas mãos geladas, nem mesmo a presença de Edward ao meu lado era capaz de me acalmar. Eu olhava para cada canto daquela escola, apenas esperando que James saísse de lá.

Mas isso nunca aconteceu naquele dia. Nem no dia seguinte. Ou nas semanas que se seguiram.

A falta de notícias sobre o paradeiro de James era perturbadora, mas apesar do clima pesado como se uma nuvem escura estivesse sobre nossas cabeças, conseguimos seguir com nossas rotinas - na medida do possível.

Nós ainda tomávamos o cuidado de não andar sozinhos e mesmo com toda a inatividade, nossos pais insistiam que eu, Alice e Rose ficássemos nos Cullens. Charlie era o pior de todos, pois ele ainda mantinha a escolta policial tanto na escola quanto em casa.

"Você acredita que em duas semanas tudo vai ter acabado?" Angela comentava depois da nossa monitoria. Eu tinha descoberto que aquela podia ser uma atividade interessante desde que James não fosse o aluno.

"Já recebeu a confirmação de alguma Universidade?" Perguntei.

"Stanford. Decidi estudar Economia."

"Sério? Mas e a música?" Perguntei, surpresa.

"É legal como hobby e me ajudou nesse tempo para que eu me encontrasse, mas não é algo que eu queira fazer para o resto da minha vida."

"E o Ben?"

"Vai para Berkeley. Direito." Revirei os olhos e Angela riu.

"Nada de música pra ele também." Lamentei.

"E você e o Edward?"

"Vamos para o Instituto de Artes da California. Eu vou fazer Escrita Criativa e ele Música." Respondi, com um sorriso. Agora que eu tinha certeza do que eu queria, eu não via a hora de concretizar meus sonhos.

"Alguém para honrar a turma." Ela brincou.

"É." Sorri e olhei para meu relógio. Já estava na hora de voltar para casa."Eu vou indo nessa. Os meus guarda costas me esperam."

"Só mais umas semanas e tudo isso acaba." Ela sorriu, encorajadora.

"Assim espero." Suspirei.

Quando cheguei ao estacionamento o jipe de Emmett e o Audi de Jasper estavam parados ali.Um pouco mais longe, havia um sedã preto com algum policial que meu pai havia designado para aquele dia.

"Como foi a aula?" Edward me abraçou.

"Bem."

"Podemos ir?" Jasper perguntou e eu assenti, antes de entrar no carro junto com o Edward. Rose e Alice foram com Emmett no jipe.

Mesmo depois de tantas semanas naquele arranjo,continuava estranho ver Alice viajando em outro carro. Todas aquelas manhãs em que nós quatro íamos para a escola pareciam um passado tão distante agora.

Era bem verdade que eles haviam passado da fase de se evitarem e do silêncio mútuo, mas a muralha ainda continuava ali. Eles se falavam quando necessário e até participavam quando todos conversavam, mas eles nunca iniciavam uma conversa um com o outro. A mágoa ainda era grande demais para ser superada.

"Vamos ensaiar hoje?" Edward perguntou, assim que Jasper deu a partida.

"Claro."

"Quando vai ser a apresentação de vocês?" Jasper perguntou.

"No final de semana." Respondi. "E a sua exposição?"

"Semana que vem. Acho que a apresentação dos trabalho vai começar pelo pessoal de música mesmo."

Assim que coloquei os pés em casa, Rose me puxou pela mão, levando eu e Alice até a sala de estar. Edward passou por mim e me deu um olhar solidário, certo de que nada bom poderia sair quando Rosalie Hale estava envolvida.

"Precisamos comprar nossa roupa para o baile." Ela anunciou assim que entramos na sala. Eu levantei minha sobrancelha para ela. Eu já sabia que não escaparia do baile, mas uma maratona de compras era além do que eu podia aguentar.

"Eu não vou ao baile." Alice declarou.

"Como assim?" Eu e Rose dissemos juntas. Eu nunca achei que ouviria Alice dizer aquelas palavras.

"Essa situação toda está acabando comigo e eu não tenho um par." Ela desabafou.

  "Nós podemos ir em grupo, que tal?" Sugeri, tentando animá-la.

"Ah, é? E quando vocês decidirem dançar com o Edward e o Emmett, o que eu faço? Fico sentada olhando para a cara do Jasper? Ou quem sabe, com a minha sorte eu não fico sentada sozinha, enquanto o Jasper dança com alguém?"

"Eu prometo que a gente reveza, mas por favor. Vai com a gente!" Rosalie implorou.

"Essa pode ser a última coisa que faremos juntas... por muito tempo." Eu sabia que estava apelando, mas aquela era minha última cartada.

"A Bella tem razão."

"E você me deve essa, você sabe." Alice me encarou por um segundo e deu um meio sorriso.

"Tudo bem." Ela se rendeu.

***

Dos bastidores era possível ouvir o som da plateia, o que aumentava ainda mais o meu nervosismo. Pensar em todas aquelas pessoas me olhando, me analisando... eu deveria estar louca quando cogitei entrar naquela escola.

“Acalme-se” Edward sussurrou ao meu lado.

“Impossível.”

“Eu não sei porquê tanto nervosismo, você foi ótima da última vez.” Ele tentou me encorajar, mas não estava funcionando.

“Da última vez não tinha tanta gente na plateia.” Murmurei. Pelo menos não tanta gente conhecida. Além de Carlisle e Esme, Charlie tinha aparecido com a namorada. Minha mãe, Phil e Annabella também estavam lá, isso para não mencionar Jake, Seth e Leah.

“É só você fechar os olhos” Eu sorri, lembrando-me das outras vezes que ele tinha me pedido isso.

“Eu não sei se isso funcionaria hoje.” Mordi o lábio.

“Então é só você olhar para mim, ok?” Ele sugeriu e então o Professor Banner gesticulou, avisando que estava na hora. “Vamos, é a nossa vez.” Edward me pegou pela mão e andamos em direção ao palco.

A banda da escola começou a tocar os acordes e eu senti um nó no meu estômago. Eu consigo fazer isso, repeti para mim mesma. Edward apertou minha mãe e sorriu para mim. Talvez aquele fosse todo o encorajamento de que eu precisava. Continuei encarando-o quando comecei a cantar.

The strands in your eyes that color them wonderful

(Os filamentos em seus olhos que os colorem maravilhosamente)

Stop me and steal my breath

(Interrompem-me e roubam minha respiração)

Emeralds from mountains thrust toward the sky

(Esmeraldas de montanhas empurradas para o céu)

Never revealing their depth

(Nunca revelam sua profundidade)

Tell me that we belong together

(Diga-me que pertencemos um ao outro)

Dress it up with the trappings of love

(Vista-se com as decorações do amor)

I'll be captivated

(Eu serei cativado)

I'll hang from your lips

(eu ficarei preso aos seus lábios)

Instead of the gallows of heartache that hang from above

(Ao invés de na forca que machuca meu coração)

O sorriso que Edward mantinha no rosto enquanto eu cantava a minha parte da música aquecia o meu coração. Eu ainda me lembro da primeira vez que ele leu a letra completa. Ele disse que não havia melhores palavras para descrever o que nós sentíamos um pelo outro.

I'll be your crying shoulder

(Eu serei o ombro em que você chora)

I'll be love suicide

(Eu serei um suicida do amor)

I'll be better when I'm older

(Eu serei melhor quando ficar mais velho)

I'll be the greatest fan of your life

(Eu serei o maior fã de sua vida)

Sorri. Para muitos, aquelas seriam só letras de uma música de amor. Para mim e para Edward, aquelas palavras eram a promessa do nosso futuro.

Rain falls angry on the tin roof

(A chuva cai furiosa no telhado de lata)

As we lie awake in my bed

(Enquanto estamos acordados, deitados em minha cama)

You're my survival, you're my living proof

(Você é minha sobrevivência, você é minha prova viva)

My love is alive not dead

(Meu amor está vivo e não morto)

Tell me that we belong together

(Diga-me que pertencemos um ao outro)

Dress it up with the trappings of love

(Vista-se com as decorações do amor)

I'll be captivated I'll hang from your lips

(Eu serei cativado, eu ficarei preso aos seus lábios)

Instead of the gallows of heartache, that hang from above

(Ao invés de na forca que machuca meu coração)

Mesmo depois de tantas vezes, ouvir a voz de Edward ainda fazia meu coração acelerar. O som da voz dele era um verdadeiro calmante, era tão acolhedora que me dava a sensação de proteção. A mesma sensação que eu encontrava nos braços dele.

I'll be your crying shoulder

(Eu serei o ombro em que você chora)

I'll be love suicide

(Eu serei um suicida do amor)

I'll be better when I'm older

(Eu serei melhor quando ficar mais velho)

I'll be the greatest fan of your life

(Eu serei o maior fã de sua vida)

Quando começamos a cantar o refrão, Edward me virou, ocupando todo o meu campo de visão. Ouvir aquelas palavras dele, me fazia acreditar que éramos inseparáveis, que nada nem ninguém seria capaz de nos atingir.

I've been dropped out, burned up,

(Eu fui derrubado, queimado),

fought my way back from the dead

(voltei vitorioso da morte)

Tuned in, turned on,

(Sintonizado, ligado,)

Remembered the things that you said

( lembrei das coisas que você disse)

Quando ele me entregou a continuação da letra da música, eu percebi o significado daquela última estrofe. Eu estava feliz que, mesmo com poucas palavras, ele pudesse expressar o que ele sentiu durante o período mais escuro da vida dele.

I'll be your crying shoulder

(Eu serei o ombro em que você chora)

I'll be love suicide

(Eu serei um suicida do amor)

I'll be better when I'm older

(Eu serei melhor quando ficar mais velho)

I'll be the greatest fan of your life

(Eu serei o maior fã de sua vida)

A apresentação acabou e todos aplaudiram. Só então eu permiti olhar para a plateia. Não foi nenhum pouco difícil achar os rostos conhecidos, rostos tão sorridentes que não pude evitar sorrir de volta, enquanto fazia uma reverência agradecendo a plateia. Meus pais pareciam os mais entusiásticos e eu agradeci mentalmente por nenhum deles gritar o meu nome. Aquele seria o ápice do meu constrangimento.

Saímos do palco e o Professor Banner já estava a postos para falar com Edward, como o assunto dizia respeito somente a ele, me afastei. Mas logo me arrependi do fato, pois mais a frente Tanya Denali aguardava.


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