Capítulo 9 - Amizade Sem Barreiras

Quando Ash e os outros pularam no buraco que dava entrada para o covil de Giratina, les passaram por uma espécie de portal mágico. Giratina era um ardiloso usuário de magias, assim como aquela usada na torre para inverter a gravidade ele sempre usava de artes banidas para benefício próprio, e com isso, criou seu próprio reino. Uma área sem nada, apenas encoberta por escuridão e pensamentos malignos.

O local era um interminável deserto da noite, os jovens pareciam flutuar no nada, assim como algumas estruturas ancestrais que viajavam na gravidade daquele local. Era como se todo o universo tivesse sido preso em uma caixa, coisas pareciam criar-se em questão de segundos e em seguida explodir para formar diversas outras, funções muito além de tudo que aqueles lá presentes pudessem imaginar.

— Onde estamos? — perguntou Dawn, percebendo o estranho lugar.

— Bom, eu poderia definir este sinistro local com apenas uma palavra: Nada. — explicou Coronel Drifblim, que tomava sua forma de fantasma.

— Um tipo de magia que é capaz de criar dimensões? Não imaginei que fosse possível. Realmente, existem muitos poderes mágicos que não é de nosso conhecimento neste mundo. — comentou Dusclops.

De repente, uma voz exaustiva podia ser ouvida à distância.

— Onde você está, General? Não consigo ver-te nesta escuridão interminável... Ah, achei você, gracinha! — disse Froslass, abraçando o braço grande Dusclops que corou um pouco.

Ash ria da situação em que ambos se encontravam.

— Eles formam um casal tão lindo, não é mesmo Ash? — disse Dawn.

— Claro, claro. Mas agora eu tenho que achar esse Giratina para acertar algumas contas com ele! — respondeu ele, sem dar muito atenção à garota.

Brock caminhava com dificuldade entre pedras flutuantes, ele caminhou até uma área com um imenso pilar esculpido em formato de serpente, dizendo:

— Veja que construções bizarras, elas possuem alguns desenhos ainda mais misteriosos. — comentou Brock.

— Acho que para magias negras desse tipo é preciso algo em troca, estas construções me parecem templos... Talvez aqui fosse um reino onde humanos idolatravam Pokémons deuses, que lhes davam poder em troca. — explicou Coronel Drifblim.

— Engraçado, elas parecem aquelas que encontramos na entrada de Spiritum, vocês lembram? — perguntou Brock.

— Oh, é verdade, antes mesmo de nos encontrarmos com Gengar a gente passou por tipo um templo destruído, lembra-se Ash?

— Ah, para falar a verdade, não. Só sei que eu quero chutar a bunda daquele Giratina! — respondeu ele animado.

Enquanto os jovens continuavam a observar as misteriosas ruínas, os fantasmas foram capazes de sentir uma presença sombria, uma criatura perigosíssima os observava viajando no vazio daquele local.

— Ouviu isso, Shuppet? — perguntou Duskull.

— Nem vem colocando a culpa em mim de novo, dessa vez eu não fiz nada... — respondeu ele.

— Não, idiota. Eu senti tipo um vento passando por aqui. — disse Duskull.

— Por isso mesmo, eu não fiz nada. — riu ele.

— No local em que estamos acredito que seja impossível você sentir o vento batendo sobre ti jovens soldados. Não há vento, não há as regras da gravidade ou da mãe natureza. Eu também sinto algo viajando muito rapidamente a nossa volta. — explicou Drifblim.

— Droga, se não tivesse tão escuro eu já tinha achado esse Giratina faz tempo! — reclamou Ash.

— Procure acender uma vela em vez de amaldiçoar a escuridão. — disse uma sinistra voz, que podia ser ouvida em qualquer lugar.

Quando Ash e os outros se viraram para procurar de onde a voz vinha eles puderam ver um par de olhos vermelhos, mais sinistros do que qualquer coisa que já haviam visto naquela terra amaldiçoada.

A criatura evitava aparecer completamente, e viajava entre a escuridão como uma ilusão para os jovens. Finalmente algo era maior que General Dusclops, era como uma serpente negra e prateada, coberta de uma armadura dourada com detalhes vermelhos, e tinha asas para que pudesse locomover-se mais rápido entre a imensidão daquele local. Era Giratina, o Pokémon renegado, o causador da maldição de Spiritum que agora encontrava-se frente a frente com os jovens, furiosos por todos os problemas que a criatura causara.

— Eu os parabenizo por ter conseguido escalar a imensa Torre da Escuridão e ter descoberto os segredos de meu templo, ninguém nunca tinha alcançado esse ponto. — disse Giratina.

— E-Ele é gigantesco! — afirmou Brock impressionado.

Ash prontificou-se com seu Pikachu e encarou o adversário.

— Você acha que o tamanho me assusta? Eu vou acabar com ele agora mesmo por causar tantos problemas aos meus amigos! Pikachu, Thunderbolt!

O Pikachu de Ash preparou seu poderoso poder e lançou-o contra a serpente fantasmagórica. A criatura desapareceu mais uma vez na escuridão e reapareceu atrás dos garotos, que não tiveram nem tempo de pensar em virar-se.

— Seres vivos me irritam, sempre causando problemas, vocês deviam simplesmente aderir à forma espiritual e tudo seria mais fácil. — disse a serpente.

— Você não tem o direito de mandar em humanos, e nem de fazê-los viver contra sua vontade! Durante muito tempo você obrigou essas criaturas a viverem pela eternidade muitos deles desejavam ter morrido há muito tempo, mas são obrigados a continuar perambulando por esse mundo. — disse Brock.

— Não acha que fiz o correto? Quem não deseja a eternidade? Eu posso ver nos corações desses fantasmas que até mesmo eles desejam viver para sempre. — retrucou Giratina.

Ash virou-se para seus amigos fantasmas um tanto quanto confuso, ele não entendia direito o que a serpente negra queria dizer com aquelas palavras.

— Vocês... Vocês queriam viver para sempre desde o começo? — perguntou Ash.

— N-Não... Digo, mudamos um pouco de opinião... — sussurrou Froslass.

— Então por que mentiram pra gente? Por que nos fizeram correr tantos perigos se sempre quiseram ser fantasmas e terem a eternidade?! — gritou Ash, furioso.

Froslass abaixou a cabeça arrependida, mas então o General Dusclops posicionou-se em sua frente a protegeu da ameaça.

— Tenho que admitir, todos que estão presentes aqui realmente desejam a eternidade, mas não era assim desde o começo. Acho que você já conseguiu quebrar a maldição ha muito tempo, jovem rapaz... Mostrando-nos o significado de algo que podemos manter para sempre, uma Amizade. — disse General Dusclops.

— Giratina pode até ter feito o certo no momento em que lançou essa maldição sobre nossa raça. Estávamos cegos por ganância, e não conhecíamos mais o significado de atos simples que nos fazem querer viver. — continuou Coronel Drifblim.

— Não sabíamos mais como amar, não tínhamos amor no coração, lutávamos por pura ignorância, mas com a ajuda de vocês fomos capazes de encontrar o lado bom de ter a vida eterna, desse modo, ensinaremos a todos os outros o tesouro mais precioso que vocês nos deram, a Amizade. — sorriu Tenente Froslass.

— Nós... Nós retiramos a maldição imposta sobre vocês? — perguntou Dawn.

— Vocês fizeram melhor que isso, nos deram outro motivo para querer viver. — sorriu a tenente.

A serpente negra que ouvia a conversa liberou uma longa risada debochada e sarcástica, em seguida continuou a rodear na escuridão criando ondas negras que prendeu os três humanos como correntes.

— Comovente. Minto, não é nada comovente, é repugnante. Mas vocês não esperam que fosse somente isso, não é mesmo? — debochava Giratina.

— Droga, ainda temos que vencer esse cara! — irritou-se Ash.

— Derrotar-me? És tolo, garoto de chapéu? Minhas escamas são como uma fortaleza, sou uma obra prima da natureza, a mais perfeita criatura já criada. — continuou o monstro.

— E és por este motivo que tu estas aqui embaixo, por causa de seu orgulho. Não é mesmo, meu irmão?

A voz divina foi como um brilho de luz na mente de uma pessoa aflita. As correntes desapareceram, a visão dos fantasmas foi ofuscada pelo brilho, e até mesmo Giratina procurou esconder-se.

— A-Arceus. Não permito que entre em meu território. — respondeu Giratina, escondendo-se da luz que o Pokémon divino emitia.

— Eu tenho o poder da Ghost Plate, por isso posso entrar em seus domínios, mas venho aqui somente para que não cause mais problemas neste mundo. — disse Arceus.

— Q-Quem é ele? — perguntou Ash.

— Eu sou a lei. O criador de todos os Pokémons, o indescritível. Eu sou Arceus.

A criatura emitia um imenso brilho, que fazia com que todos ali presentes pudessem sentir-se mais seguros, afastando toda a escuridão daquele local. Os fantasmas fizeram um gesto respeitoso para o Pokémon que agradeceu. Arceus caminhou lentamente pela escuridão, e cada passo seu criava um brilho que dissipava a sombra. Giratina se afastava, mas Arceus ainda o procurava.

— Giratina, Giratina. — repetiu — Estive observando esses jovens desde o momento em que colocaram os pés nesta terra, e percebo que eles são muito especiais. Eles realmente foram capazes de quebrar a maldição que lançou sobre esses fantasmas, a maldição de sempre viverem sozinhos. Não acha que mereçam uma segunda chance?

— Faça o que bem entender. — calou-se Giratina.

Todos se surpreenderam com o poder que aquele Pokémon exercia sobre Giratina, o orgulho dele era interminável, mas até mesmo ele calava-se perante a criatura divina. Arceus era, certamente, bem mais poderoso.

— Eu venho para parabenizá-los pelos seus feitos. Ash, você fez muito bem em desvendar o verdadeiro mistério imposto por Giratina, e se for de desejo dos fantasmas, eles poderão ficar nessa forma ou desaparecerem como desejavam a princípio. — explicou Arceus.

— Acredito que você até sabe nossa resposta, né? — disse Shuppet com uma risada —Nunca entendemos o significado da palavra “amigo”, mas agora sabemos como é especial! Vamos continuar vivendo como uma família, e mostraremos o poder da amizade para todos os outros fantasmas de Spiritum.

— Ash, seu objetivo nestas terras está cumprido, já é chegada a hora. — disse o General Dusclops.

Dawn pulou nos braços de seu amigo e o abraçou não escondendo a enorme felicidade.

— Conseguimos, Ash! Derrotamos o Giratina e quebramos maldição! — disse Dawn, pulando de alegria. — Tudo isso graças a esse seu poder de ser essa pessoa especial que você é.

— Mas são vocês que me dão forças pra viver cada dia, sem amigos eu também não sou ninguém, juntos formamos uma família! — disse Ash, lançando um belo sorriso para Dawn que segurava em suas mãos.

— Jovens herois, está na hora vocês retomarem seus caminhos, vocês devem abandonar esse mundo para nunca mais voltar. — disse Arceus.

A atenção dos três voltou-se à criatura divina.

— N-Nunca mais voltar? — indagou Brock surpreso.

— Os humanos nunca deveriam ter ouvido histórias sobre este reino, nem mesmo visto meu irmão Giratina e eu. Tudo aqui passado, todas as suas lembranças... Já é chegada a hora, digam adeus a seus amigos. Infelizmente, não posso mudar esta lei.

Ash aproximou-se do grande General Dusclops, foi longo o tempo que eles agiam juntos, mas agora era chegada a hora de despedida. O rapaz tocou na perna do gigante de um olho só que agachou para cumprimentar seu Mestre.

— General, foi muito divertido ser você, quer dizer, ter você junto no time. Ah, sei lá, obrigado por tudo! — disse Ash.

— Nós que devemos agradecer vocês imensamente, fui capaz de entender o poder da amizade, e quem sabe até mesmo um pouco mais. — respondeu o fantasma, olhando para Froslass que se despedia de Dawn. — Foi uma honra estar ao seu lado, General Ash!

— Com certeza, General Dusclops! — respondeu ele, fazendo sinal de continência

— Espero um dia poder ver-te novamente, meu grande amigo.

Logo ao lado Daw despedia-se de sua arquirrival, a Tenente, que mais tarde também veio a tornar-se sua melhor amigo. Tanto que as duas nem mesmo escondiam segredos uma da outra.

— Froslass, como você e o General formam um casal lindo! — elogiou Dawn.

— Não somos um simples casal, somos o par mais perfeito que existe no reino de Spiritum, embora ele ainda não saiba! — brincou Froslass.

— Humilde como sempre. — riu Dawn.

— Mas você e o seu moreno de chapéu estranho também formam um casal tão fofo.

— C-Casal?? N-Não somos um casal, somos apenas amigos sabe?? D-De viagem...

— Hoh, Hoh, hoh! Já entendi fofa, é bom cuidar bem dele antes que alguém roube!

— Nada haver... — respondeu Dawn, um pouco corada.

— Sugestão de amiga, querida. Espero poder encontrar você em alguma outra reencarnação. Sabe, para colocar as fofocas em dia. Já imaginou eu, como uma linda mulher? Certamente eu faria meu nome ser Celia.

— Foi muito bom passar os últimos dias com vocês também, espero que você e o General possam ficar juntos por toda a eternidade. — disse Dawn.

— Isso eu posso garantir. — sorriu a fantasma.

Os últimos que se despediam eram Brock e Driblim, como grandes companheiros de viagem passaram a conhecer melhor um ao outro, a compartilhar sua inteligência e encinar novos caminhos. Infelizmente, o conhecimento era uma dádiva do Coronel, mas ainda assim, Drifblim sentiria falta do cheiro de comida e das habilidades divertidas ao lado de Brock. Era um tipo de companhia que ele jamais tivera.

— Coronel Drifblim, foi uma honra aprender tantas coisas com o senhor. — disse Brock.

— Eu que agradeço, meu jovem, vou procurar por meu irmão para que possamos nos reconciliar, e quem sabe transmitir nosso conhecimento para outros guerreiros.

— Acho uma idéia fantástica, Coronel. Espero que o senhor possa ensinar muito aos outros povos. E certamente, tudo dará certo ao lado de seu irmão Delliom.

— Desejo que sejas um grande criador de Pokémons, e que alcance todos seus sonhos, foi uma honra conhecê-lo.

— Igualmente.

• • •

E enquanto isso, dois pequenos fantasmas atrapalhados se encontravam desanimados pela partida de seus três amigos, mas ainda assim não perdiam a graça em sempre animar a equipe e mostrar a confiança que ambas as raças deveriam ter.

— Duskull, Duskull! Todo mundo está indo embora!! E o que vai ser da gente? — perguntou Shuppet.

— Eu... Eu queria ir com eles. — respondeu Duskull tristemente.

— Mas não podemos sair das planícies de Spiritum. Espere, eu tenho uma ideia! Vou perguntar para a Tenente Froslass se ela não que ter a gente por perto!!

— É uma boa, então todo mundo poderá viver feliz para sempre, como uma família! — disse Duskull animado.

Froslass, que ouvira a conversa, não parecia ter apreciada nada o comentário.

— Todo mundo junto, uma ova! Vocês dois pestinhas tem que me dar um tempo a sós com o General. Eu tive uma ideia melhor, vocês ficam com o tio Drifblim e só depois todo mundo vai morar junto. Bem depois. Talvez alguns milênios?

— EBA!! — gritaram os dois pequenos fantasmas.

— Arceus, dai-me paciência. — suspirou Drifblim.

• • •

Ash caminhou por um tempo nas sombras, ao distanciar-se de seus companheiros colocou as mãos na frente da boca para ampliar o som e chamou várias vezes pelo nome da serpente espectral.

— Giratina! Eu sei que você ainda está aí e pode me ouvir! Eu ainda vou querer ter uma batalha contra você! — gritou Ash.

A serpente negra mais uma vez surgiu de repente e parou muito próxima de Ash, olhando-o diretamente nos olhos.

— Pode ter certeza, garoto de chapéu estranho, ainda vamos ter uma batalha muito impactante no futuro. Uma batalha capaz de acabar com seu planetinha miserável. — retrucou Giratina.

Ash sorriu e fez um sinal positivo, não levando muito a sério as palavras do Pokémon fatasma. Ele riu e chamou seus dois amigos para que voltassem a falar com Arceus, o Pokémon criador. Havia chegado o momento em que todos eles se separavam dos fantasmas e se despediam do reino para seguir seus próprios caminhos.

— Levarei vocês no tempo para que possam voltar àquela tarde chuvosa em que encontraram a entrada do reino de Spiritum. — disse Arceus — Preparados?

— Estamos todos prontos! — prontificou-se Ash.

Arceus posicionou-se o tempo começou a voltar, os jovens puderam ver um flashback dos últimos dias, e em um piscar de olhos, eles estavam naquela floresta que primeiramente encontraram antes de entrar em Spiritum.

Não chovia, mas muito pelo contrário, fazia um lindo sol, diversas árvores formavam alamedas que forneciam uma refrescante sombra naquelas planícies. Eles podiam ver os pilares com símbolos estranhos, mas agora não era mais possível entrar em Spiritum. A passagem estava fechada. Na realidade, parecia que nunca existira nada lá. Era apenas uma parede de pedras. Ash olhou para seus amigos, mas algo passava em sua mente. Um vazio, ele não se lembrava de absolutamente nada que havia acontecido nos últimos dias.

— Ei, onde estamos? — perguntou Ash.

— Estamos numa floresta, e nós estávamos indo treinar seus Pokémons. — respondeu Dawn, quase que automaticamente.

— Olhe só estes pilares! Imagine os Pokémons antigos que podem morar aqui! Se tivermos sorte até poderemos encontrar alguns fósseis! — respondeu Brock, fascinado com tudo aquilo, mas atrás de uma pilastra notou algo novo — E olha só, tem uma placa aqui...

“Obrigado por retirar esta maldição imposta sobre nós!”

De seu amigo, Gengar.

— Heh, heh, heh... Que placa estranha... — riu Ash.

— Tem gente que não tem o que fazer mesmo, né? — disse Brock — Ei, o que é esse anel no seu dedo?

— Anel? Eu nem uso anel... — disse Ash, pegando o pequeno anel de General Dusclops — Estranho, acho que devo ter comprado em alguma loja mês passado. Sei lá, vou deixar guardado, porque até que é bonitinho... Ué, a Dawn também está usando um colar!

— Colar? Mas eu não uso colar... Nossa, eu nem tinha reparado que eu tinha colocado! — riu ela.

— Até que ficou bonito. — elogiou Ash.

— Obrigada. — respondeu Dawn um pouco envergonhada.

— Sabe, pessoal, de repente me bateu uma vontade de dizer isso, mas vocês são muito especiais pra mim! — disse Ash.

Brock e Dawn pararam e olharam para seu amigo, revelando um sorriso amigável e sereno para o companheiro. Eles esticaram a mão para que Ash os acompanhasse, e completaram da mesma forma:

— Pode sempre contar com a gente, Ash! — disse Brock.

— Você também é especial para nós. — sorriu Dawn.

— Obrigado, gente. Bom, mas vamos andando, não vou querer me atrasar para Liga de Sinnoh!

• • •

— Ash. Guardarei tal nome em minhas lembranças, pois sei que ainda vamos nos encontrar. — afirmou Giratina.

— Fico ressentido em ter que fazê-los esquecer memórias tão belas como aquelas que eles obtiveram aqui. Em certos momentos, os homens são donos de seus próprios destinos, e esta foi apenas mais uma de suas aventuras. A história deste jovem ainda continuará por um muito tempo. — disse Arceus, olhando para o alto — Ele tem sorte de ter o tesouro mais precioso da humanidade: a Amizade.