Ghost Curse escrita por CanasOminous


Capítulo 1
Capítulo 1 - Ocasionalmente no Desconhecido.


Notas iniciais do capítulo

Olá caros leitores! Estou trabalhando em um remake da fic para os novos leitores, o enredo foi melhorado e as descrições aperfeiçoadas, porém, este processo precisará de muito tempo, então peço paciência para que todos os capítulos sejam completamente reformulados. Não haverá nenhuma mudança no enredo, e estou fazendo isso principalmente para concertar os erros gramaticais entre outros fatores que abaixavam a qualidade da leitura. Fiz o máximo para não mudar o conteúdo, e ainda manter a maneira única de criar coisas que eu tinha quando escrevi essa fanfiction. Começando pelo primeiro capítulo, espero que curtam esse remake!



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Capítulo 1 – Ocasionalmente no desconhecido.

O dia começava a castigar a região que encontrava-se dominada pelo céu plúmbeo daquela manhã, uma grande colina cercada por uma cadeia de montanhas erguia-se majestosamente no oeste, a densa neblina cobria quase que inteiramente seu pico deixando-a sonegada pelos infinitos mistérios que dominavam aquela região. Três aventureiros pareciam desatentos pelos inúmeros avisos que impediam a entrada naquela inóspita terra, mas a determinação e a coragem desses garotos parecia derrubar qualquer barreira que pudesse impedi-los de seguir suas viagens como treinadores pokémon.

Ash caminhava mais a frente, em seu rosto havia um largo sorriso de quem estava pronto para iniciar uma nova aventura. Brock e Dawn seguiam o rapaz que continuava seu caminho entre as alamedas de árvores que pareciam estreitar-se a cada passo dado, os dois estavam receosos por conta das lendas que as pessoas contavam daquela inóspita região; um velho homem do vilarejo próximo dizia que aquelas montanhas eram cobertas de ouro e segredos jamais desvendados pelos exploradores, uma vez que todos que lá entravam jamais saiam, e por ser uma região nunca antes explorada, Ash imaginava que poderia encontrar pokémons poderosos para seu time e por isso decidira seguir viagem até o local, mas nenhum dos jovens imaginavam as aventuras que poderiam encontrar naquela vasta terra.

— Vamos rápido pessoal, estou ansioso para treinar meu time e explorar esses lugares secretos! Acho que as pessoas velhas inventam lendas para deixar a gente com medo, esse lugar não deve ser tão ruim assim. — disse Ash empolgado, andando junto de seu inseparável Pikachu.

— Eu decidi treinar alguns pokémons meus que estavam no ginásio de Pewter, o ambiente rochoso das montanhas será uma ótima forma de treiná-los. Assim que terminarmos meu time estará muito forte. Vou aproveitar e ver se encontro algum pokémon pedra nestas montanhas também, estou muito ansioso! — completou Brock, caminhando e acompanhando os rápidos passos de Ash.

— Pessoal, vocês têm certeza que querem fazer isso? Esta montanha me parece estranha, e também acho que deveríamos seguis o conselho dos mais velhos. Vocês não viram a quantidade de placas que diziam para voltarmos? — perguntou Dawn preocupada.

— É só pra colocar medo na gente. Eu peguei alguns pokémons antigos com o Professor Carvalho, então meu time está preparado pra qualquer coisa treinador que me desafiar!

— Eu entendo a ansiedade de vocês dois... — suspirou a garota — Mas eu não sei, sinto algo estranho, veja como o dia está sombrio... — continuou Dawn, tentando fazer com que desistissem da idéia. Ash parou por um momento e encarou, mas em seguida notou que uma provável chuva estava para se aproximar. Ele sorriu e pronunciou algumas palavras para encorajar a amiga, pois não deixaria que nada acontecesse com ela.

— Não precisa ter medo. Eu e o Brock temos os nossos pokémons mais fortes, não vamos perder para nenhum treinador lá, pode ficar tranquila. Nada de ruim vai acontecer. disse Ash, tentando animá-la.

— Hum, tudo bem então... — suspirou ela desanimada.


Pouco a pouco, as árvores da região começaram a sumir, dando lugar para uma vegetação rasteira coberta por pó e cinzas. O ar ficou pesado, tornando-se mais frio quando a fraca chuva começou a cair, obrigando os três jovens a apertarem o passo. Uma passagem íngreme se aproximava. Pilares erguiam-se na entrada com várias marcas e desenhos de uma língua não conhecida, os símbolos enfeitavam as paredes destruídas dos monumentos que pareciam tão antigos quanto qualquer coisa que imaginassem, como se o próprio tempo tivesse esquecido-os ali.

— Olhe só estes pilares. — comentou Brock, passando levemente sua mão e retirando a poeira de cima dos monumentos — Imagine os pokémons antigos que pmoravam aqui? Se tivermos sorte até poderemos encontrar alguns fósseis. — disse ele fascinado com tudo aquilo.

— Realmente, este lugar parece muito antigo. E isso aumenta a minha vontade de explorá-lo e ver o que tem dentro! — comentou Ash, chamando por seus amigos.

— Decida-se rápido Ash, a chuva está engrossando! — afirmou Dawn, colocando sua bolsa em cima de sua cabeça tentando evitar os pingos.

— Mas é óbvio que vamos entrar pessoal! Já chegamos aqui e nada vai me parar, nem mesmo essas histórias que o tiozinho na vila contou, deve ter algum segredo escondido por trás desse lugar! — respondeu Ash, partindo confiantemente rumo à montanha.

Dawn suspirou novamente e começou a segui-lo, até que viu Brock parando ao seu lado e apontando para uma pequena placa de madeira coberto com musgo e letras quase ocultas de cor preta.

— Dawn, acho que ele não viu essa pequena placa... — comentou Brock.

— O que está escrito? — perguntou ela aproximando-se do objeto caído.

Este é meu último aviso, não entrem nesta terra amaldiçoada (...) sofrerão por toda a eternidade (...) a não ser que a maldição seja quebrada.” — disse Brock tentando entender o que estava escrito — A chuva está me atrapalhando, não consigo ler perfeitamente, e o tempo manchou o nome da pessoa que escreveu isso. Só dá pra ver a letra inicial: “G”.

— V-Você acha que seria brincadeira de alguém? — perguntou Dawn receosa.

— Provavelmente, ou então estamos cometendo um grande erro ao entrarmos aqui. — disse Brock, que voltou a seguir Ash que já estava quase sumindo de vista com a chuva que caía.


Os jovens continuaram a apertar o passo rumo ao desconhecido, uma densa neblina começou a cobrir aquela montanha o que aumentava ainda mais o medo em Dawn e o receio em Brock, mas Ash continuava confiante e determinado a continuar seu treino e explorar aquele misterioso local. A neblina fazia com que nada pudesse ser enxergado, até um ponto em que os jovens foram obrigados a parar por não conseguirem localizar-se perfeitamente, o que poderia ser perigoso por tratar-se de um lugar totalmente desconhecido por eles.

— De onde surgiu essa neblina? Nem estamos em um lugar tão alto, não tem como as nuvens chegarem a esse ponto. — afirmou Ash.

— Este lugar é muito estranho Ash, mas não se preocupem, meu Crobat pode ajudar em horas como essa! — disse Brock, pegando uma de suas pokébolas em sua cintura.

— Crobat? Fazia tanto tempo que eu não o via! — sorriu Ash animado.

Brock lançou seu pokémon morcego, um Crobat treinado com destreza para que se tornasse uma ágil ameaça em seu time pokémon. Com suas quatro asas a criatura movia-se silenciosamente na neblina, tão silenciosa que nem mesmo podiam perceber a sua presença no local. Brock ordenou que ele utilizasse a habilidade Defog, usada exatamente em ocasiões como aquela.


Pouco a pouco aquela terra ominosa começou a revelar-se melhor; um desfiladeiro rochoso com estátuas antigas que traziam os mesmos desenhos dos pilares que cercavam a entrada. Símbolos estranhos, musgo e rachaduras cobriam as estátuas fazendo com que não se pudesse mais reconhecer o que era. Quanto mais os jovens adentravam o local, mais antigo ele parecia, como se o tempo realmente tivesse parado lá dentro. Eles estavam agora cercados por grandes paredes de rochas que erguiam-se majestosamente, e em cima de uma delas, uma misteriosa criatura os observava cautelosamente.

Dawn notara a sombra no desfiladeiro, ela rapidamente virou-se e apontou para a criatura que mais parecia ter uma aparência humanóide, mas um manto cobria inteiramente seu corpo.

— O que é aquilo?? — perguntou Dawn assustada, mas a criatura não deu resposta.

A sombra estava coberta por um manto roxo, encapuzada de um modo que não fosse possível ver o que estava por trás da escuridão daquele rosto. Apenas um par de olhos vermelhos brilhavam enquanto a fraca chuva caía sobre suas vestes, mas ele parecia não incomodar-se em estar molhado, apenas continuando a observar os jovens que aparentemente haviam adentrado em seus domínios. Em uma de suas mãos, a misteriosa figura segurava um pedaço de madeira que provavelmente ele utilizava para apoiar-se, o que levava a idéia de que era velho. Enquanto os três jovens o observavam atônitos, a criatura deixou sua voz rouca ser ouvida:

O que os trás ao amaldiçoado reino de Spiritum, terras em que apenas os mortos andam? Isto não é lugar para alguém tão cheio de vida, como vocês...

Q-Quem é você? — perguntou Dawn amedrontada.

Todos hesitaram por um momento, pois ainda não sabiam se aquele senhor seria na verdade uma ameaça. Não era possível nem mesmo ver seus maxilares movendo-se ao falar, como se a voz simplesmente ecoasse no ar pelas encostas da montanha, sendo ouvida de todos os lados possíveis e amedrontando a presença dos vivos em seu território. Ash prontificou-se e encarou a criatura, falando logo em seguida:

— Eu não tenho medo de um cara fantasiado como você! Eu vim aqui para treinar e encontrar treinadores poderosos que eu possa lutar!

Vejo que não tem medo, pequeno. Esta é uma qualidade rara para os homens atualmente, mas muitas vezes o medo pode te salvar. — continuou a criatura — Você seria perfeito para o que precisamos... Gostaria de participar de um jogo?

— Uma batalha você quis dizer?

Não, não. Eu não participo de batalhas há vários anos... Vários anos... — repetiu a criatura com sua voz amedrontante — Vejo seu imenso interesse em participar, mas o jogo é simples, basta resolver os enigmas desta terra.

— E o que vou ganhar com isso? — prontificou-se ele, deixando a criatura sem saber o que responder. A sombra apenas levantou-se e pareceu distanciar-se lentamente por um momento, Ash percebera que provavelmente havia ofendido-o, então tornou a perguntar: — Parece que você conhece bem este lugar, você poderia me ajudar a encontrar um pokémon poderoso para meu time. Se entrarmos em acordo eu também posso ajudá-lo.

Pokémon, você diz...? — sussurrou a criatura — Está feito. Então que o jogo comece, vocês não poderão mais sair e agora estão presos no amaldiçoado reino de Spiritum. Corram, pois o tempo não pára, a não ser que vocês prefiram ficar para sempre nestas terras amaldiçoadas, assim como todos os outros que aqui foram aprisionados...

Assim que a sombra terminou de falar, ela desapareceu como um espírito. Sua voz ecoou pelos céus, o que aumentou ainda mais a preocupação em Dawn e Brock, que desde o início tinham receio daquele lugar.

— Ash, vamos embora! Não quero mais ficar aqui!! — disse Dawn com uma voz chorosa, mas enquanto ela procurava a passagem para voltar acabou percebendo que agora não havia mais volta, o caminho havia sido tampado misteriosamente por imensas pedras. — O que é isso? Eu nem mesmo ouvi estas pedras gigantes tamparem a passagem!!

— Então me parece que aquele cara estranho quer brincar, não é? Eu não sei como ele desapareceu daquele jeito, mas acho que ele está escondendo alguma coisa importante! Agora minha vontade de ficar aqui aumentou! — disse Ash ainda mais animado.

— Você não ouviu o que dissemos? Vamos procurar um jeito de ir embora cara! Pode ser perigoso se ficarmos aqui, nós nem o conhecemos! — continuou Brock.

— De jeito nenhum! Eu disse que iria participar do jogo, e agora vou até o fim, não costumo ignorar promessas, vocês me conhecem! Mas por onde será que eu começo? — comentou Ash, olhando para a grande parede de rochas ao seu redor.

De repente, a misteriosa voz da criatura pôde ser novamente ouvida, ecoando como um sussurro naquela inóspita terra como um aviso final:

Vá para o oeste, procure o Cemitério de Spiritum, e procure por aquele que poderá levá-lo pelo caminho dos céus sobre esta parede de rochas. Vocês podem tentar usar seus pokémons voadores, mas eu lhes digo que se utilizarem disto, estarão trapaceando e serão expulsos do jogo. Não queiram saber o preço por trapacear... — riu a voz, desaparecendo junto ao vento.

— Então o jogo tem regras... Está ficando cada vez melhor. Vamos lá pessoal, essa chuva está me matando, quero descobrir logo o que aquele homenzinho encapuzado estava dizendo! — disse Ash, procurando o caminho do cemitério.

— Ele não tem jeito mesmo, espero que tudo isso não passe da brincadeira de alguém! — comentou Brock preocupado.

— Acho que nunca deveríamos ter entrado neste lugar... Mas agora que não temos saída dó nos resta seguir o Ash. Tenho certeza que amanhã ele já terá desistido desse jogo besta... Vamos procurar esse cemitério logo. — respondeu Dawn.

A chuva continuou a cair naquela estranha terra, o céu permaneceu escuro, mas a misteriosa figura continuou no pensamento dos três jovens. Ash e seus amigos não faziam idéia do perigo que corriam ao participar deste misterioso jogo, mas agora já era tarde demais, e eles não poderiam voltar.


Será que Ash e os outros conseguirão terminar este estranho jogo? Ou tudo não passa de uma brincadeira de mal gosto de alguém? Quem seria a misteriosa pessoa que deixou os avisos na entrada? Tudo que se pode saber é que possui a inicial \"G\". E agora o cemitério se aproxima, que segredos os aguardam no estranho reino de Spiritum?



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