Fúria dos Deuses escrita por Neline


Capítulo 7
Acampamento Meio-Sangue e a Fix


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Próximo capitulo vem logo, ok?

Enjoy ;*



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Estávamos andando pela estrada completamente deserta do vilarejo que cheirava a café. Aquele lugar me dava arrepios. Provavelmente pela Medusa ter endereço fixo por ali. Deveria ter uma placa na entrada da cidade do tipo"Cuidado, monstros comedores de cérebro fazendo piquenique". Chuck andava  com calma, como se cada passo que ele desse pudesse estourar uma bomba, ou alguma coisa parecida.

- O que foi? - Ele me olhou, parecendo confuso.

- Resolveu falar comigo agora? - Eu passei todo o caminho sem lhe dirigir a palavra. Embora Chuck diga que não, eu tenho certeza que ele quiserá me deixar sozinha na caverna, mas foi impedido ao encontrar Medusa. Além do mais, a companhia dele não era a mais animadora possível. Sempre soube, pelos livros, de um tipo de rivalidade entre Poseidon e Zeus. Nunca havia imagino que irmão poderiam se odiar dessa maneira, porém, depois de descobrir que Chuck deveria me matar em nome do seu pai conclui: Zeus não é o cara legal que fica nas nuvens brincando de mandar tempestades na terra. Ele brincava de mandar heróis para o céu. No meu caso, para o campo de punição. 

- O que foi? - Repeti a pergunta com um pouco mais de voracidade.

- Parece que tem... algo nos seguindo. - Não gostei da maneira dele falar. Algo? Por que não alguém? 

- Então é melhor nos apressarmos. - Eu falei enquanto puxava seu braço, começando a correr. Ele pareceu estático por alguns instantes. Era como se procurasse o que estivesse nos caçando. Mas depois, ele começou a correr, embora ainda lento. - Você é devagar demais para alguém que controla raios. - Ironizei enquanto ele revirava os olhos.

- Deveria se calar antes que eu lhe mostre o que posso fazer com raios. - Chuck disse, voltando a postura original e ficando ao meu lado, enquanto igualava minha corrida. - Estamos perto. - Ele sorriu. Olhei para os lado. Espere, não há nenhuma montanha por aqui.

- Quão perto? - Ele comprimiu uma gargalhada. Certo, eu estou definitivamente ferrada.

- Uns trinta e cinco quilometros se estivermos com sorte, talvez trinta e oito.

 

 

Faziam 6 horas que estavamos na estrada. E eu estava praticamente morta. Tentei focalizar meus pensamentos em outra coisa que não fosse  a dor nos meus pés e consegui. Não que isso fosse bom. Meus pensamentos passavam pelas minhas pernas terem me abandonado a uns quinze quilometros até como o Chuck estava perfeitamente intacto.

- Espero que nade melhor do que corre. - Ele disse enquanto passavamos por uma mata. Meu estado de cansaço está tão perceptível assim?

- Espero que lute melhor do que cria piadinhas. - Ele sorriu e olhou para mim.

- Pode ter certeza que eu sei lutar. - Naquele momento, senti Contracorrente beliscando no meu bolso. Era como um aviso de saque-me. Mas não era preciso. Chuck não tentaria me matar hoje, ou agora. 

 

 

Nós estávamos correndo a cerca de 7 horas quando um ônibus parou ao nosso lado. Por instinto, me coloquei atrás do Chuck e ele gargalhou baixo, enquanto eu me recuperava. As portas se abriram e eu vi o motorista. Ele tinha olhos por todo o corpo. Podia jurar que o olho da nuca piscou para mim quando entrei no ônibus.

- Esse é Argos, ele é chefe de segurança do acampamento. - Chuck sussurrou e eu senti um tipo de corrente elétrica passando pelo meu corpo. Passei a mão pelo meu cabelo. Intacto. Deve ter sido minha imaginação. 

 

Começamos a subir uma colina. Era íngreme e rodeada de arvores de todos os tipo. Arvores que eu nunca virá antes.  Algumas, tinham cores diferentes conforme você olhava. Pareciam furta-cor. Animais pastavam. Cavalos coloridos e... com asas.

- Chegamos. - Chuck disse enquanto as portas se abriam novamente.

 

Eu queria dizer algo do tipo "Legal" ou "Nossa é bonito aqui", mas acho que falei:

- Adorei os cavalos alados. - E Chuck riu. Na entrada, eu consegui ver uma grande casa. Branca e com grandes varandas, parecia aconchegante no andar de baixo, e obscura no andar superior. A cortina do sótão esvoaçava, mesmo a janela estando fechada. Uma quadra de volêi estava lotada de garotos bronzeados e musculosos. Eram bonitos. Chuck me puxou pelo braço me levando até a varanda. Nela estava Quíron, em uma cadeira de rodas, acho que queria esconder sua bunda de cavalo. Do outro lado da mesa, estava um homem com barba curta e camisa de leopardo. Na sua frente, uma lata de Coca Diet. Ele parecia nervoso com as cartas na mão, e Quíron estava ganhando, visívelmente. 

- Ora, vocês estão aqui. - Quíron falou, mas aquilo soou como um "Nossa, olhe só, vocês sobreviveram!".

- Olá Churle Sass. Você deve ser Claire Staudorf. - O homem de camisa de leopardo falou.

- É Chuck Bass senhor D. - Chuck falou com calma, enquanto sentava e pegava algumas cartas.

- Blair Waldorf. - Eu falei, enquanto adentrava de vez a varanda. 

- Foi isso que eu disse Nair. - Eu bufei.

- Se o senhor tem problemas de dicção e não consegue pronunciar um nome corretamente deveria ficar calado ou procurar um fonologo. -  Ele me olhou com cuidado, mas eu vi ira nos seus olhos e quase sorri.

- Blair, acho que eu devo lhe mostrar o acampamento, Chuck me acompanhe. - E assim Quíron me tirou dali antes que aquele homem me matasse.

 

Andamos para longe da Casa Grande, bem, pelo menos Quíron disse que era assim que a chamavam. Passamos por trás dela e eu vi uma linda plantação de morangos do outro lado de um extenso rio. Ele era estreito mas comprido. Continuamos andando a beira do rio. Passamos pela quadra de volêi.

- Filhos de Apolo. - Quíron falou, e eu juro que ouvi Chuck dizendo "Irritantes." - Eles adoram a quadra. - Acho que vou começar a jogar volêi com mais freqüência , pensei.  Andando mais a frente havia um tipo de oficina. Alguns garotos fortes forjavam lanças, e meninas dançavam no espaço vago.

- Artes e oficios. -  Chuck disse olhando para o lugar onde as garotas dançavam. 

- Espere, aquele ali não é o Coliseu? - Havia uma construção enorme direita do lugar das artes. Era um tipo de arena cercada por arquibancadas.

- Não, é o Anfiteatro. Ali acontecem as lutas e encenações de peça de teatros. Ou comemorações, quando os alunos a planejam. - Quíron falou, enquanto continuava a andar. Enquanto andamos vi uma parede de escalada. Tipo aquelas que tem em shoppings. Ou não. Um aluno tentava escalar o parede de três metros, mas ela tremia e lava voava por toda a parte. É, definitivamente, não é uma parede de escalada normal. Atravessamos o pequeno rio sem dificuldade. Havia um espaço aberto, com mesas e bancos de mármore. No centro, havia uma grande pira.

- É o refeitorio. - Explicou Chuck. - Cada chalé tem a sua mesa, e deve-se jogar parte da sua comida na pira, como oferenda aos deuses. - Chalé? Minha pergunta mental foi respondida quase que instantaneamente. Mais a esqueda, haviam 13 chalés em formato U, arredondado. Não esperei nem Quíron, e nem Chuck. Sai em desparada em direção as casas majestosas. 

- Há uma para cada deus. - Chuck falou se colocando ao meu lado, e nem uma gota de suor derramada. Começando o U, haviam dois chalés. Umd eles era todo de marmore branco, decorado com detalhes em bronze. A porta era enorme de bronze polido, e eu podia jurar que haviam raios saindo dela. - Zeus. - Ele falou apontando para o chalé que eu olhava. Do seu lado, tinha outro chalé, igualmente de marmore branco. Porén era decorado com delicadas colunas com flores e arvores. - Esse é o chalé de sua esposa, Hera. Embora esteja vazio. - Ele deu de ombros.

- Então por que ele existe? - Ele olhou para mim.

- Não queremos enraivecer a deusa da familia. - Continuamos andando pelos chalés do lado do de Hera. Tinha um de marmore escuro. O teto parecia de grama e ao redor, muitas arvores. Alguns galhos invadiam a janela. - Deméter. - Chuck falou e eu lembrei. A famosa deusa da colheita. Ao seu lado, um chalé de mármore branco e perfeitamente polido. Era lindo e os raios de sol o deixavam ainda mais perfeito. Tinha algumas colunas em trança e várias oliveiras à oeste. Tinha um tipo de coruja sobre a porta.

- Atena. - Eu deduzi e ele assentiu com a cabeça. Ao lado, havia um chalé normal. Tinha alguns animais e lanças pintados na parede.

- Esse chalé é de Ártemis. - Lembrei das lendas que li sobre a deusa da caça.

- Ela não jurou se manter casta? - Eu perguntei e ele me olhou como se eu tivesse um problema mental.

- Ficaria brava se não tivesse um chalé. Além do mais, é a casa das Caçadoras quando elas vem aqui. - Pensei em perguntar quem eram as Caçadoras, mas decidi guardar essa pergunta para mais tarde, já que Chuck não parecia muito animado com o nome delas. O último chalé rosa. Haviam cristais e floreiras com rosa na janelas. Parecia que tinha perfume em volta do chalé. Era bonito, mas exagerado demais caso pedissem minha opinião. - Chalé das filhas de Afrodite. - Chuck disse com um sorriso malicioso nos lábios. - Conheço ele muito bem. - Revirei os olhos e fui para o outro lado. Parecia que haviam dois chalés a mais naquela fileira, e percebi que deveria ser apenas de deuses homens. Na ponta, havia o chalé número 13. Ele parecia mais novo do que os outros mas isso não o tornava menos ameaçador. Ele era sólido em marmorepreto e não haviam janela. Ele me dava arrepios. Era decorado por caveiras e osso. Eu sentia morte. - Hades. - Chuck falou. - foi criado há uns 18 anos... seu pai que deu a idéia da construção dele. - Sorri ao lembrar as várias missões bem sucedidas do meu pai e da minha mãe. A fileira continuava e o proximo chalé era bem menos ameaçador. era cor vinho, e tinha parreiras desenhadas nele.

- Esse chalé é de quem? - Chuck parou na frente dele, passando o dedo pelos desenhos de parreiras.

- Dionisio. O diretor do acampamento. - Ele deu de ombros.

- Ei ei ei, espere. O senhor D. é o Dionisio? Deus do Vinho? - Ele me olhou com um sombrancelha arqueada.

- É, Zeus o castigou e ele vai ter que ficar aqui por cerca de 100 anos. ele vive me incomodando por causa disso. - Ele falou enquanto revirava os olhos e partia para o próximo chalé. Ele era velho. Muito velho, parecia ter mais de 200 anos. a pintura estava descascando e havia apenas um simbolo sobre a porta; um bastão com duas serpentes em sua volta. Lembrei-me do simbolo semelhante a um cadeceu.

- Esse é o chalé de Hermes. - Chuck assentiu.

- Ficam nele os indeterminados, que não se sabe quem é o pai ou a mãe. - O outro chalé, a sua direita era negro e com chaminés no telhado. Parecia que estava em obras, pois eu ouvia muitos ruídos lá dentro. - Hefestos. Não sei, mas acho que eles estão sempre fabricando uma lança ou espada. A luz me cegou. O outro chalé era feito de ouro. Todo de ouro. Brilhava como o sol. Tinham várias notas musicais, e muitas claves de sol. Deduzi que era o chalé e apolo, e segui em frente. O chalé 5 não era nem de longe tão bonito quanto o 7. Era de um vermelho vivo e tinha uma cabeça de javali e espadas sobre a porta.

- Esse é o de Ares? - Ele assentiu silenciosamente, enquanto seguiamos para o próximo.

- E você, provavelmente, vai ficar nesse. - Olehi para  chalé, e apenas por dedução, imaginei que fosse o de Poseidon. Ele era todo construido em pedras maritimas, pouco rústicas. de qualquer jeito, eu a-d-o-r-e-i. Tinham corais nas paredes, assim como algumas conchas. - Vai ficar ai paralisada ou vai entrar? - Chuck pediu, abrindo a porta.

- Hey, acho que você deveria pedir a minha permissão para entrar. além do mais eu... - Não consegui terminar. Por dentro, era mais maravilhoso do que por fora. as paredes eram feitas de madrepérola. Havia um beliche junto a parede e um armário do outroldo. E também, uma pequena fonte de água salgada. e não me erguntei como eu sei que a água é salgada, porque eu definitivamente, não saberei responder.

- Essa cama é macia. E convidativa. – Ele falou com um sorriso sacana enquanto se jogava sobre a minha cama.

- Seu desgraçado, eu juro que vou te... –

RAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAWR. – Olhei para o Chuck. Ele me olhou.

- Monstro. – Eu murmurei e ele negou com a cabeça.

- Não, monstros não podem passar dos limites mágicos do acampamento. A menos que... – Ele fez uma pausa, como se pensasse. – A menos que seja convocado por alguém de dentro. – Saímos do chalé correndo. Um pouco a frente, no inicio da floresta, campistas olhavam pasmos a grande criatura que estava rosnando e raspando a pata pelo chão de terra.

- Essa não é a Esfinge? – Eu perguntei. Alguns campistas olharam para trás e cochicharam. Algo como “Aquela ali é a garota.”

- É uma Fix. A Esfinge é a representação egípcia, um tanto artística. Achei que soubesse disso sabichona. – Realmente não parecia a Esfinge. Mesmo que tivesse corpo de leão, mas o busto de mulher, tinha cauda de serpente e asas de águia.

- Como isso veio parar aqui? – A coisa atropelou duas dúzias de campistas de parou na minha frente, abaixando-se e rugindo na minha cara.

- Não sei, mas acho que ela quer você. – Chuck falou, sacando sua espada enquanto eu fazia o mesmo.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Deixem reviews, ok?

XOXO. Neli ;*