Fúria dos Deuses escrita por Neline


Capítulo 24
Duas vezes é demais e reencontrado velhos amigos


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ;*



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As armas expostas na parede era incríveis. Haviam armas de fogo cuja a existência eu desconhecia. Reconheci alguns rifles, armas de precisão e alto alcance. Soldados com armaduras completas, alguns Telquines, dracaenaes, e espíritos. Tantos espíritos que eu mal conseguia focalizar em apenas um. Todos pararam suas tarefas automaticamente e olharam para mim. Eu não precisava ler mentes para saber o que eles pensavam, suas expressões eram irritantemente irritante: Oh meu Titã! É aquela garota estranha que Zeus está estudando enjaulada pelo garoto dos raios! Bufei, antes que eu pudesse conter. 

- Ordenei a alguém que parece de trabalhar? - Chuck gruniu, fazendo com que todos desviassem o olhar, um pouco contrariados. Ele meu olhou. Não conseguia ver aquele azul lindo e aconchegante nos seus olhos, eles estavam quase transparentes. Frios e ilegíveis. Ele começou a andar, e minha prisão o seguiu, obediente.  No meio de todas as faces, duas me prenderam por mais tempo. Dan estava olhando, frustrado para um homem envolto em um manto negro. Ele possuía um capacete negro, que me lembrou, imbecil e dementemente, o capacete do Darth Vader, mas ele não cobria todo o rosto frio da pessoa que o usava, e tinha algo dos lados, como asas. Pisquei os olhos, incrédula. Tinha certeza do que era: o Elmo das Trevas. Mas não era Hades que o usava era... Cronos. Fiquei tão atordoada que mas coseguia pensar. O elmo é o símbolo de poder de Hades então... ele fora subjulgado? Não! Não, não. - Espero que seu aquário elétrico não esteja desconfortável. - Chuck falou, me tirando de meus devaneios. 

- Ha. Ha. Criou essa piada sozinho ou teve que pedir ajuda a Cronos? Ou permissão ao Dan? - Ele trincou os dentes, me olhando ferozmente. De repente, a raiva diminuiu. Nós estávamos em uma sala. Ele estava hesitante, na vão da porta aberta. Ele olhou para trás, na direção do trono onde jaz o Senhor Titã. Depois, umideceu os lábios e fechou a porta, se virando para mim. Ele ficou em silêncio, tão tenso que não consegui falar absolutamente nada. Depois, ele me olhou, seu rosto retorcido. Não consegui distinguir se era dor ou dúvida.

- Eu preciso te matar. - Ele falou com uma voz sussurrada, sem entonações. Minha garganta se fechou, mas tentei manter minha voz indiferente.

- Você não é o único. - Respondi dando de ombros. Ele levantou a cabeça, seu queixo rígido, fazendo com que os lábios ficassem em uma linha reta perfeita e densa.

- Mas eu pretendo cumprir as ordens que tenho. - Meu coração, ou fragmentos dele que me sobravam, se comprimiu. Parecia que minhas veias haviam desaparecido e todo meu sangue bati contra minha pele e meus osso, como o mar contra as pedras. Como o oceano irritado contra a costa. Como a água agitada por um furacão.

- Nesse caso, boa sorte. - Eu murmurei entre dente, minha mascara de indiferença se ruindo. - Você vai precisar. - Deixei os instinto me dominar. Há um minuto, meu corpo parecia pronto a cometer o suícidio, e no outro, fervia, agitado, como o mar. 

- Você... - Ele murmurou, confuso, enquanto eu me concentrava para manter as ondas controladas, atrás de mim. Pisquei, e sorri. Ainda estava presa, mas meu cérebro começou a trabalhar.

- Existe água em todo o lugar, Chuck. - Foi minha vez de sorrir, enquanto as ondas se movimentavam. Eu não precisava me esforçar para controla-lás. Elas faziam parte do meu corpo. Se mexiam exatamente como eu pensava. Bolei um plano, rapidamente na minha cabeça. Conseguia sentir os neorônios trabalhando, levando as informações, encaixando as peças. Com um cuidado sobrehumano, movi a água até os raios da minha cela.  As faíscas saltaram, mas os raios de dissolveram e pequenas correntes douradas rodeando a água. Chuck balançou a cabeça.

- Você não pode sair daqui. - Então, ele estalou os dedos, e centenas de estralas brilharam no teto. Ela começaram a cair, como flocos de neve. Eu conseguia ver os átomos, os protóns, o núcleo. Podia ver os cátions e os ânions. Aquilo era definitivamente elétrico. Desviei do primeiro, que caia levemente em minha direção. Depois de pensar um pouco, fiz com a água uma cúpula: assim todas as pequenas estrelas apenas me ajudariam. 

- É só isso? - Pedi, irônica.  Não converse com ele, pode distraí-la., escutei uma voz feminina e doce na minha mente. Eu conseguia reconhecer o tom confiante e persuasivo. Era a voz de Atena, minha avó. Qual o problema, a menina está se saindo bem, deixa que ela aja como considera melhor., a segunda voz falou, exultante. Também não fora difícil perceber que era, com aquela melodia suava e animada, como o mar. Poseidon, meu avô.  Eu sei o problema, a deusa da Sabedoria e da Guerra aqui, sou eu!, a mulher falou, irritada. Tão sábia que está a distraindo. BLAIR! Não precisei olhar. Uma corrente de água captou mais alguns raios.

- Charles, vá cuidar dos problemas que estão surgindo no Campo de Punição. - Uma voz macabra disse. Eu não conseguia ver muito, as imagens distorcidas pelo meu escudo aquático, mas sabia que era Cronos. 

- Eu posso fazer isso. - Ele falou, parecia irritado, talvez ofendido. 

- Sabemos que pode, mas não quero lhe ver esgotado. Fique tranquilo. Isso estará acabado antes que possa perceber. - Ele olhou para mim.

- Acabado. - Ele murmurou, um súbito arrepio passando pelo seu corpo. Seu rosto se retorceu, e eu não tive tempo em ficar feliz por ver dor ali, por mais que aquilo me deixasse extremamente satisfeita. Porque ele me deu as costas pela segunda vez, e saiu dali. A raiva me consumiu de novo. As ondas se agitaram, saindo do meu controle por um momento. Mantenha-se racional, Blair. Não perca o controle dos seus sentimentos. a voz de minha avó murmurou novamente e eu endireitei a coluna, olhando para frente. Fiz de tudo para ignorar a palpitação no meu coração, descontrolada, desenfreada. E de repente, não precisei mais me esforçar. Meus músculos, inclusive meu coração, tinha dificuldade para se deslocar. Tentei mover meu braço, mas parecia que estava com o peso do mundo sobre eles. Olhei para Cronos, e mesmo com a visão turva, eu podia ver seus olhos negros brilhando perversamente. É claro, ele estava desacelerando tudo. Mas.. meu pensamentos, meu cérebro.  Ele podia fazer isso apenas com coisas materiais, palpáveis. Meu pensamento não estava incluso. E era com ele que eu controlava a água. Vamos, um pouco para frente, ondinha. Aquela pequena ação não demorou tanto quanto eu esperava. Era bem mais rápida do que todo o resto. Eu me concentrei mais.

- Vamos, Cronos! - Eu gritei, a água se agitando mais.

- Você não precisa ser destruída, criança. Pode ter um lugar na conquista, na vitória. A benção dos seus avós não vai lhe salvar. - Eu forcei meus olhos fora de foco a ver algo. Benção? O que? 

- Não vai me persuadir. - Eu murmurei, com raiva. Estava na hora, 

- Blair! - Escutei uma voz feminina, que puxava algo da minha memória.

- Vamos lá, garota irritante! - Espere, eu conheço essas vozes! Mas Cronos não se deu ao trabalho de olhar para trás.

- SE AFASTEM! - Eu gritei. Não conseguia ouvir, mas esperava que eles tivessem me ouvido. Olhei para toda a água. As correntes amarelas continuavam, serpenteavam, com se quisessem sumir, se dispersar. Pensei na onde se movendo, envolvendo o Senhor Titã dos pés a cabeça. Ao olhar para frente de novo, Cronos estava confuso, enquanto a água fazia com que ele não conseguisse se manter de pé. Ele tremia, como se os choques o afetasse. Eu corri até ele. Das várias coisas imbecis que eu podia ter feito, como tentar matar um ser imortal, gritar por ajuda ou... pisar encima dele, eu fiz a mais idiota. Eu roubei o Elmo das Trevas. E corri, ou seja, fiz duas coisas idiotas ao mesmo tempo. Ele gritou atrás de mim, mas rezei para que a água o segurasse por mais tempo.

- Blair... você... aquilo... veio... aquilo... - Olhei para o lado. Os cabelos loiros, quase brancos, e os olhos castanho claros não deixavam dúvida.

- July! Oh meu Zeus, eu te abraçaria se pudesse parar de correr.

- Ah, obrigado por perceber minha presença. - Escutei uma voz mal humorada e não demorei para reconhecer.

- Ah, oi Nate. O que estão fazendo aqui? - Ele se manifestou primeiro.

- Fiquei sabendo sobre Chuck no Mundo Inferior. - Ele falou, com a voz cheia de dor. - Então, resolvi vir pra cá. No meio do  caminho, eu encontrei ela. - Ele disse apontando para July.

- É, eu tive uma... visão. - Ela falou, retorcendo a face. - Vi você na jaula elétrica, e Chuck do seu lado. Então decidi que se eu tinha visto aquilo, devia ter um motivo, e... bem, não sabia para onde ir. Nate me ajudou, um pouco. - Ela falou, com a voz incomodada.

- É, ai nós conseguimos pegar o rastro de vocês. Quando ele entrou, e fechou a porta nós... abrimos, um pouquinho. Vocês estavam tão absortos na conversa que não nos notaram. - Ele começou.

- Ai, ele ia te matar quando... essa coisa azul começou a brilhar envolta da sua pele e esse holograma de coruja apareceu na sua cabeça. Ai você fez aquilo com as mãos e  começou a sair água dos seus poros, a velocidade aumentou, e do nada você estava cercada de ondas! Foi incrível! E aquilo que você vez, de dissolver os raios foi impressionante, o jeito que você derrubou Cronos e... - eu parei de escutar a tagarelice. Olhai para o reflexo no ouro da parede. Eu realmente estava brilhando em azul. Uma coruja marrom estava sobre a minha cabeça, ou pelo menos, uma ilusão dela. Meus olhos estavam tão cinza quanto os da minha mãe. 

- Isso não é normal. - Eu murmurei, olhando para minha mão, coberta de luz azul.

- Você tem razão. - Nate falou. - Isso definitivamente não é normal.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?

O que será que a B. tem de anormal? O_O

Deixem reviews...

XOXO. Neline.