Fúria dos Deuses escrita por Neline


Capítulo 15
Lembrando dos mitos gregos e caindo


Notas iniciais do capítulo

Melhor capitulo que eu já fiz (euacho), então, espero que gostem.

Vocês vão ver o porque (A)



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- Blair. - Eu escutava, mas parecia tão longe... - Blair! - Algo estava sacudindo meus ombros. Apenas me mexi levemente. Do nada, eu saltei do banco, percebendo meu rosto totalmente molhado e Chuck com uma garrafa de água na mão. 

- Enlouqueceu? - Eu falei, pronta para matar ele.

- Você não acordava. Além do mais, pensei que a netinha de pescador gostasse de água. - Ele deu de ombros.

- Oras seu... - Ele pôs a mão na minha boca, a tampando.

- Olhe para o lado. - Olhei. e sorri, ao ver o Empire. Senti falta da minha cidade. Isso não impediu que lhe desse uma bela mordida naquela mão asquerosa.

- Nunca mais coloque essa sua mão nojenta na minha boca. - Eu falei, com um olhar assassino, e sorri logo depois. - Vamos, não vejo a hora de ver seu querido papai que quer me matar! - Eu falei, saindo do carro. 

 

Subimos o elevador, em silêncio. Chuck estava escorado na parede, e eu me olhava no espelho. Os andares passavam rapidamente: 100; 125; 150...

- Realmente temos que fazer isso? - Sim, eu temia Zeus. Afinal, eu era completamente debochada mas tinha amor a vida, e o Deus dos Céus não é o tipo de pessoa que você desejaria ter como inimigo, é?

- Acredite que não vai ser exatamente fácil para mim também, mas mesmo sendo um completo idiota em certos termos, ele é um dos únicos que tem competência e motivação para deter uma ameaça da dimensão que imaginamos. - Lembrei da ultima conversa entre pai e filho. Chuck não foi muito amigável com Zeus. E Hera não foi muito amigável conosco. Na verdade, algo na Deusa Hera me assustava mais que em Zeus. Talvez o modo que ela fazia que nos sentíssemos desamparados quando não olhava para nós, ou o modo que ela nos aterrorizava quando nos olhava. A porta se abriu, e eu vi o Olimpo pela segunda vez. Algumas ninfas cochichavam enquanto eu e Chuck passávamos. Cheguei na sala do trono e senti minha espinha esfriar. O clima era tenso. Zeus não estava sozinho. A sua frente, contrastando com o impecável terno e os sapatos italianos, estava um homem com camisa havaiana, chinelos de dedo e bermuda. Sua pele era bronzeada, e seus olhos tão verdes que chegavam a ser hipnotizadores.

- Péssima hora crianças. - Zeus falou sem nos olhar.

- Deixe de ser mal humorado irmão. - O homem falou, e deixou seu olhar cair sobre mim.

- Vo... vovô? - Eu falei, gaguejando vergonhosamente. Ele sorriu para mim, de uma maneira carinhosa, e eu senti mais afeto por ele do que quando vi Atenas. 

- Blair. - Chuck revirou os olhos.

- Embora eu me sinta realmente comovido com a reunião familiar, mas temos assuntos importantes para tratar. - Poseidon lançou um olhar para Chuck, como se quisesse fazer ele explodir.

- Algo haver com o filho de Hades? - Zeus falou, frio.

- Também. - Eu disse, dando um passo a frente. - Ele está criando um exército de mortos-vivos. Clichê, se pedissem minha opinião, mas aparentemente funcional. - Eu disse, revirando os olhos. - Mas acho... - Chuck tossiu levemente. - Achamos... - Me corrigi. - que há algo mais, já que ele foi claro em dizer "derrubar o Olimpo". - Eu terminei.

- Ouviu a garota. Vai continuar com sua ceticídade agora? - Poseidon perguntou, enquanto Zeus bufava. 

- Certo, conferirei por onde ele anda. - A pequena ênfase na palavra ele fez com que o clima pesasse ainda mais.

- Vocês querem dizer... ele? - Chuck falou, fazendo com que eu ficasse ainda mais fora do assunto.

- Sim. - Zeus falou, a contragosto.

- Quem é ele? - Eu falei, direcionando meu olhar a Poseidon.

- Não queremos alarmar ninguém. ele provavelmente ainda está com a alma esfacelada depois do último confronto. Não fazem 20 anos! - Zeus falou.

- Ainda assim, existem possibilidades, e esses semideuses... - Interrompi meu avô.

- Eu não sou meio-sangue. - Chuck bufou.

- Continuando... essas... crianças... - Pensei em falar que não era uma criança, mas interromper um deus duas vezes seguidas com certeza me transformaria em um monte de cinzas. - Devem ser alertadas e preparadas o quanto antes. sabe o poder de persuasão que nosso pai tem. - Recorri a todo o meu conhecimento em cultura grega. Cronos e Réia eram pais de seis deuses: Héstia, Deméter, Hera, Poseidon, Hade, e o mais novo: Zeus. Ele tinha medo de ser destronado e engolia todos os filho, exceto Zeus, pois foi enganado pela esposa. Depois que cresceu, ele fez o pai vomitar os irmãos (ecaecaeca), exilou o pai no Tartáro e assumiu o trono de rei dos céus. Espere...

- Vocês querem dizer Cronos? O Rei Titã? - Todos da sala me olharam como se eu fosse maluca.

- Não se fala nome de deuses, muito menos de titãs. - Chuck falou, me beliscando.

- Apenas desconfianças. - Zeus completou.

- Espero que agora acredite em mim, irmão. - Poseidon disse, indo em direção ao elevador, enquanto eu e Chuck faziamos o mesmo. Era a segunda fez que eu dava as costas ao deus dos raios, e eu ainda estava viva.

 

No elevador, o clima estava pesado, até meu avô sorrir para mim.

- Percy anda aprontando muito? - Eu sorri.

- A bagunça e a teimosia dele costumam fazer minha mãe arrancar os cabelos. - Gargalhamos, mas logo depois nos afundamos no silêncio de novo. - Você e seu irmão... está tudo bem de novo? - Eu falei, me referindo ao conflito entre ele e Zeus.

- Ele é teimoso, irônico e sádico, nunca ficará tudo bem entre nós. Mas estamos em paz novamente. - Ele falou, piscando para mim.

- Ah, eu entendo exatamente o que você quer dizer sobre teimoso, irônico e sádico. - Eu falei enquanto revirava os olhos.

- Fala como se seu temperamento fosse fácil de lidar. - Poseidon suspirou.

- Creio que isso seja minha culpa. O mar não gosta de ser domado. - Meu avô disse, com um sorriso de canto que me lembrou meu pai. Agora eu sei porque minha avó, Sally, se derretou pelo deus do mar. quando a porta do elevador se abriu, eu não me senti confortável para abraça-lo, embora deva confessar que estava curiosa para saber se ele era gelado como o mar ou quente como o Sol. Ele também parecia não saber o que fazer, portanto apenas, saiu na nossa frente, piscou para mim e lançou um olhar mortal para o Chuck.

Fiquei longe da minha neta. - Ele murmurou, e eu vi a camisa do Chuck chamuscando, apenas pra deixar bem claro quem é que manda.

 

http://www.youtube.com/watch?v=bm61weFrK4c || Empire State of Mind - Jay-Z feat. Alicia Keys

 

Entramos no carro, e eu me encolhi no banco, enquanto escutava a música que tocava no rádio. Sorri ao reconhecer a letra. Olhei para o Chuck, ainda com a camiseta chamuscada, deixando seu lindo peitoral a mostra. Oras Blair, mantenha o foco garota. ele sorriu, me deixando vermelha ao lembrar dos meus pensamentos. era incrível, mas as vezes eu tinha a impressão que ele conseguia ler meus pensamento ou dissecar minha alma com um único olhar.

- Então, como foi conhecer seu avô? - ele perguntou, e eu me virei para a janela, vendo as luzes passando velozmente.

- Estranho. - Confessei, enquanto ele ria.

- Digo o mesmo. - Ele falou, apontando para a camisa. - Quer que eu chegue mais perto para você me ver? - Ele falou, se aproximando enquanto parava no sinaleiro, com um maldito sorriso malicioso. Eu tremi, enquanto ele roçava nossos lábios. Tentei me afastar, mas não consegui.

 

 

Tell by my attitude that I'm mort definitely from New York! Concrete jungle where dreams are made of, there's nothing you can't do, now you're in New York! These streets will make you feel brand new, the lights will inspire you, let's hear it for New York, New York, New York..!

Veja pela minha atitude que eu sou definitivamente de Nova York! Selva de concreto onde são feitos os sonhos, não há nada que você possa fazer, agora você está em Nova York! As ruas vão fazer você se sentir renovado, as luzes vão te inspirar, vamos, grite Nova York, Nova York, Nova York...!

 

Ele me beijou, e eu senti meu cérebro derreter lentamente. Pensar? O que é isso mesmo? Nós nos separamos lentamente para recuperar o ar, mas Chuck fez isso ainda mordiscando meu lábio. Ele sorriu, mas não era algo malicioso, era tão... calmo.

 

- Precisamos dormir. - Ele falou, ainda sorrindo. Não resisti em retribuir, embora imagine que estava tão vermelha quanto um pimentão.

- É, acho que sim. - Falei, me recostando. 

- Acho que só temos dinheiro para um quarto. - Ele falou com um risinho, agora sim, completamente malicioso. Mordi meu lábio inferior. Sim, eu estava com sérios problemas, e não era Chuck Bass. era minha falta de auto-controle.

- Tanto faz. - Eu falei, dando de ombros.

 

Entramos no hotel. Bonito, quente e luxuoso.  Subimos no elevador. Eu provavelmente estava corada até agora, e isso fazia com que eu me sentisse uma completa boba. Entramos no quarto. Chuck levava minha bolsa e a dele. Ele as largou, e veio a passos lentos uma minha direção, passando o braço pela minha cintura. Ele me beijou novamente, enquanto me guiava delicadamente até a cama. 

- Você disse que precisamos dormir. - Eu falei, com calma, em um fio de voz (e sanidade mental) que me restavam.

- Teremos tempo para dormir. - Ele falou, enquanto descia seus beijos para o meu pescoço.

 

8 million stories out there and they're naked. City it's a pity half of y'all won't make it, me I gotta plug a special and I got it made.

8 milhões de histórias lá fora e são todas verdade. A cidade está acabada, metade de vocês não vão chegar lá, eu tenho que fazer um especial e já fizeram pra mim.

 

Ele abriu minha blusa com calma, e eu sabia que continuava corando. Os seus beijos foram descendo para o colo dos meus seios lentamente. 

- Se for para parar, agora seria uma boa oportunidade. - Ele falo, olhando nos meus olhos enquanto sua mão pairava a minha cintura. Naquele momento, lembrei do meu avô, do meu pai, da minha mãe, da minha gatinha, da Serena, de coisas sem importância e da nova coleção da Gucci. era como se minha mente tivesse entrando em total colapso.

- Seria. Mas não é. - Ele sorriu, tirando a própria blusa (ou o que restou dela).

- Seu avô deve estar querendo me matar agora. - ele falou, com um sorriso travesso. Nessa hora, eu olhei pela janela. O dia nublado havia se transformado em uma verdadeira tempestade. A chuva e os raios, era como o fim do mundo, mas eu nem ligava.

 

One hand in the air for the big city, street lights, big dreams all looking pretty. No place in the World that can compare. Put your lighters in the air, everybody say yeaaahh come on, come, yeah (Welcome to the bright light)!

Mãos pra cima para a cidade grande, luzes na ruas, grandes sonhos tudo é tão bonito. Nenhum lugar no mundo que se possa comparar. Coloquem seus isqueiros no alto e digam "yeaaahh" venha, venha, yeah (Bem-vindos às luzes brilhantes)!

 

- E seu pai então, se ele já desejava me matar, agora ele provavelmente o fará. - Ele me olhou, pedido permissão novamente depois das minha palavras. Eu sorri. - Que se danem. - E foi o último trovão que eu escutei. Forte, alto e tempestuoso. Exatamente como eu me sentia agora. Ah, é claro que também me sentia uma completa maluca, mas a essa altura, aquilo era o que menos me importava.

 

 


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Notas finais do capítulo

HAHAHAHA!


Gostaram? *------------*
eu amei, modéstia parte -q

Reviews amores! (mereço, né UHSAHUAUHS')

XOXO. Neli ;*