Aprendendo a Amar. escrita por Lana, Juffss


Capítulo 8
Capítulo 8




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POV Emm

 

Rose estava me evitando.

Ela estava fazendo isso desde que acordamos. E para piorar eu não conseguia imaginar o motivo. Quer dizer, eu tenho uma leve suspeita que isso tudo tenha a ver com o beijo de ontem à noite, mas eu não entendia o porquê dela estar agindo desse jeito. Foi só um beijo, não foi?

Mesmo eu querendo que fosse mais que um beijo, e que fosse por mais que uma noite, eu não sabia o que se passava em sua cabeça agora e o porquê dela estar tão distante de mim. E como queria saber no quê ela estava pensando. Como a queria perto de mim para afagar seu cabelo enquanto ela se aninhava ao meu corpo.

Depois daquele beijo tudo ficou estranho. E não estou me referindo ao fato dela me ignorar, apesar disso também ser estranho. Eu estava com medo, pra falar a verdade, e esse medo era mais que um simples medo normal. Parecia que eu estava vendo meu mundo de ponta cabeça.

Havia tanta coisa nova.

Sentimentos, pensamentos, vontades... Parecia que tudo era novo para mim. E, apesar de tudo, eu estava gostando. Mais do que devia. Não sabia ao certo o que estava acontecendo, de fato, mas eu queria mais de tudo. Eu queria mais dela. Mas como, se ela não me deixava aproximar?

Para piorar minha situação, Edward estava agarrado a Rose desde a hora da cachoeira. E isso estava me deixando nos nervos. Bella também não parecia muito feliz com a idéia, mas ela estava levando na brincadeira. Eu tentava não demonstrar o que estava sentido, não queria que ninguém percebesse que estava odiando aquela ceninha dos dois.

Eu estava com... Não, eu não podia estar com ciúmes da Rose, afinal nós não somos nada. Ainda. Mas agora o mais importante não era isso. Ok, isso também é muito importante, mas não pra agora. Eu realmente precisava me aproximar dela. Mas como?

Soquei o chão que estava ao meu lado e fechei os olhos encostando-me à mesma árvore de ontem. Eu só quero conversar com ela, porque tinha que ser tão difícil? Por que ela tem que ser tão diferente? E por que ela tem que fazer tudo diferente para mim?

Levantei em um impulso e passei nervoso pela fogueira onde todos conversavam animadamente. Eles se calaram à medida que meu corpo terminava o trajeto e se viraram me encarando. Depois começaram as perguntas na minha direção. Eu entrei na minha barraca sem falar nenhuma palavra e peguei alguma coisa para ler. Jasper não se importaria.

Mas eu não conseguia me concentrar nas páginas que se passavam a minha frente. Eu só me concentrava nela. Eu havia feito errado, ela não agiria assim se não o fizesse. Talvez eu a tenha decepcionado. Talvez ela não tenha gostado do meu beijo. Talvez eu tenha sido precipitado... Eram muitas coisas que se passavam incertamente pela minha cabeça, mas eu só precisava de uma coisa certa! Eu não consigo fazer nada certo? Droga!

Fechei o livro enraivecido comigo mesmo e um grito baixo e assustado se fez do meu lado. Procurei quem era o dono de tal barulho e seus olhos me encaravam expressivamente. Não adiantava falar que ela não estava preocupada, eu poderia ver em seus olhos isso.

— Nessie que viria te ver – ela informou em um sussurro juntando suas mãos sobre um dos colchões que estavam espalhados pelo chão. – Eu acho que...

— E por que não a deixou vir? – perguntei a interrompendo. – Você está tentando me evitar, não está? Então! Nada melhor! – Falei com ressentimento claro na voz. Meus olhos baixaram para suas mãos, eu não conseguia a encarar. – Não precisava deixar o Edward pra vir atrás de mim.

— Para! – ela pediu tão rápido quanto falei a ultima parte – Sim, eu estava tentando te evitar, e quer saber? Deveria ter feito isso mesmo! Seu... – ela parou quando sentiu necessidade de procurar uma palavra em seu consciente – Seu bruto.

Aquela palavra me devastou como nunca teria feito se não estivesse em sua voz. Eu não queria ser bruto com ela. Não com ela. Meus lábios se contorceram e minha cabeça subiu imediatamente procurando seus olhos. Porém o que vi foi o loiro de seus cabelos que se moviam com seu movimento.

— Desculpe. – murmurei apressadamente e ela parou de costas para mim.

— Me desculpe você – ela disse e sua voz me soou cínica – Me desculpe por me preocupar em vir aqui. Eu já deveria ter me acostumado com caras que nem você. – sua voz era totalmente fria e seca.

— O que quer dizer com isso? – perguntei não esperando uma resposta.

— O que quero dizer? – ela perguntou me surpreendendo. – Quero dizer que já devia ter me acostumado com galinhas que só querem saber da menina por uma noite e nunca mais a olham. – ela hesitou enquanto falava, mas continuou a frase – E quer saber? Eu nem sei o que aconteceu ontem... Eu estava com medo e você estava lá... Eu só confundi as coisas! – suas palavras pareciam rasgar meus sentimentos em pedaços tão pequenos que a dor me fazia parar de respirar.

— Está na cara que não sabe o que eu sou. Olha Rosalie, eu não sou qualquer um, eu não sou o Royce que fica correndo atrás de você mesmo quando você pisa nele. – minha voz era tão fria como a dela, me surpreendi como consegui mentir sobre a vontade que tinha em ir atrás dela mesmo sabendo que o erro havia sido seu. – Eu não vou aceitar que você fale isso comigo simplesmente porque sei que não é verdade. Pode até ser que eu não tenha ligado pra 99,9% das meninas que eu já tenha ficado, mas, se você não percebeu, eu tentei falar com você hoje, e não foi só uma vez... E você me ignorou completamente. Agora me responde por quê? Por que você está agindo assim? – meu braço se esticou e eu segurei seu braço a puxando para perto de mim.

Seus olhos me encaram com temor, com medo, insegurança. Ela parecia assustada, e eu me arrependi de ter usado aquele tom, aquelas palavras com ela. Mas ela me deixava louco. Idiota! Soltei seu braço e ela olhou em direção a onde minha mão estava e depois voltou a fitar meus olhos.

— Quer saber o por quê? – ela perguntou com a voz tremula – Porque eu estava com medo! Medo de tudo isso, e olha, você conseguiu. – ela bateu palmas com os olhos marejados – Você conseguiu me deixar com mais medo. Parabéns!

Suas palavras eram jogadas ao vento, sem emoção, sem sentimentos, elas eram apenas faladas com uma voz extremamente tremula. Meus braços agiram sem o comando de meu cérebro e a envolveram em um abraço protetor e arrependido.

Ela chorava e tremia, mas aos poucos ela se alinhou ao meu corpo e pareceu se acalmar. Minhas mãos ora brincavam com os cachos que caiam pelos seus ombros ora afagava sua nuca. Eu só queria me desculpar por tudo.

— Rosalie – chamei ao ver sua respiração estabilizada e calma entre meu corpo. Ela não respondeu. – Rosalie – chamei novamente com minha voz mais baixa do que outrora.

Ela havia adormecido em meus braços e eu não sabia ao certo se ela estava mais tranqüila ou, pelo menos, melhor. Não me movi, eu estava confortável com ela entre meus braços e não mudaria essa posição tão cedo. Era estranho como me senti tão bem com isso também.

Mas ainda estava mal. A nossa briga, para se dizer assim, ainda rodava minha cabeça insistentemente. Eu não conseguia tirar suas palavras de minha cabeça e muito menos esquecer o seu tom usado.

Por que ela pensava que eu era igual aos outros? Por que ela pensava que eu não me importaria com ela? Por que ela não vê que é diferente, agora? Por que minhas palavras continuam presas dentro de mim e eu não consigo falar nada para ela? Por que eu estava com medo do que ela sentia? Por que eu queria saber de tudo que se passava com ela?...

A minha lista de porquês era bem grande, pra não falar gigante, e eu não sabia uma resposta sequer. Mas eu podia imaginar o motivo disso tudo: ela me julgou pelo passado. E ela estava certa nesse sentido, não há como julgar pelo futuro. Mas ela podia levar em consideração o meu presente, o que estou vivendo agora. Eu não sou o adolescente de 15 anos que só pensa em ficar com todas que vê pela frente, eu cresci.

E talvez agora fosse a primeira vez que me sentia tão confuso e tão preso a alguém. E o pior? Era por vontade. Céus! O que esta acontecendo comigo?

Mas eu gosto.

Apressei-me em fingir que iria erguê-la em meu colo quando vi a sombra de alguém se aproximar. Eu estava a levantando quando Jasper entrou na barraca e me olhou animado.

— O que está fazendo? – ele perguntou quando viu sua irmã adormecida no meu colo.

— Vou levá-la pra a outra barraca. – ele me encarou e soube que não era isso que queria saber – Ela acabou adormecendo enquanto estava aqui. – contei o óbvio e ele revirou os olhos quando percebeu que não iria falar a verdade, provavelmente achou que não entendi aonde ele queria chegar. – e me responde uma coisa? – perguntei e ele assentiu – Por que tanta felicidade?

— Adivinha! – ele falou em um tom tão animado que parecia a...

— Alice? – confirmou com a cabeça e eu sorri – Se entenderam?

— Acho que a falta de coragem acabou. – ele falou dando de ombros enquanto pegava um agasalho. – Vai ficar ai? Estão todos se divertindo lá fora.

— Não estou me sentindo muito bem. – menti – vou só levar sua irmã pra lá e acho que vou dormir. Mas vai lá, aproveitar a baixinha. – sorri maliciosamente para ele que entendeu perfeitamente o que queria dizer.

— Ainda está muito cedo pra pensar nisso, Emm. Nós só estamos ficando... Nada de mais. – ele falou saindo e me deixando sozinho com Rose.

A ajeitei em meus braços e comecei a caminhar lentamente até sua barraca. Eu queria estender esse tempo com ela em meu colo. Abaixei minha cabeça enquanto passava pelo arco que permitia o contato com o exterior da minha barraca.  Meus olhos vagaram pela fogueira e eu vi o sorriso nos rostos de todos ao seu redor.

Sorri involuntariamente enquanto adentrava a barraca das meninas. O rosto angelicamente adormecido se aconchegou em meu braço e eu me ajoelhei lentamente no chão afofado daquele local. Eu não queria soltá-la, não mais. Mas eu precisava, a posição deveria estar desconfortável para ela.

Coloquei seu corpo no colchonete e ajeitei um travesseiro antes de deixar sua cabeça recair para se aconchegar. Eu a cobri me certificando que ela não estaria nem muito quente e nem passaria frio. Depois beijei sua testa e me virei para me retirar.

— Não, não vai – ela murmurou inconscientemente.

Sorri em resposta me virando para ela novamente. Me aproximei novamente e minha mão tirou uma mecha de cabelo que caia sobre sua boca. Sua tão doce boca que me fazia tão bem. Como queria tocar aqueles lábios de novo e sentir todas aquelas sensações novamente.

— Mas eu prometo que não farei nada que você não queira, querida – murmurei perto de seu ouvido e a vi estremecer, mesmo estando dormindo.

Eu poderia ficar um tempo ali esperando que ela caísse em um sonho mais profundo. No qual ela se virasse esquecendo que eu estava ali e que eu pudesse me levantar sem que ela percebesse. Mas eu estaria feliz, mesmo assim.

E estaria feliz pela próxima semana só por ela ter pedido que ficasse.

— Seu cheiro é tão bom – sua voz saiu embolada, mas eu consegui identificar o que ela queria dizer. Era a primeira vez que a via falando enquanto dormia. E eu estava gostando das suas palavras que me soavam como curativos pelas de outrora.

Eu me sentei ao seu lado e deixei minha mão se envolver em seus cabelos loiros já espalhados pelo travesseiro. Ela falava o que ela queria dizer? Ou dizia mentiras? Eu queria acredita na primeira. Sabe, eu já escutei alguém falando que o sonho é um desejo da alma e ela sonhava, por isso falava, não é?

E eu ficaria ali o máximo de tempo que conseguisse.

Escutar sua voz sussurrada estava me fazendo tão bem, era como se me desfizesse do meu péssimo dia. Afinal não era o Edward que estava naquela barraca com ela, e não era o Royce pra quem ela pediu que ficasse.

Eu queria deitar e aconchegar seu corpo contra o meu, mas o que eles falariam se vissem? Boa coisa não seria. E talvez ela não gostasse. Mas se boatos como esses escapassem, eu rezaria para ser verdade. Eu a queria para mim. Só não sabia como fazer isso acontecer, ainda.

— Eu acho que estou gostando de você – falei sabendo que ela não poderia escutar ou entender minhas palavras.

Mas era a pura verdade.

 

 

N/L:

Oi xuxus!

Milhões de desculpas pela demora! De verdade! >< Não era pra demorar tanto, mas o tempo ficou curto nesse fim de ano.

O que vocês acharam do capítulo? Eu achei super fofo ele own *-*  Para variar, está bem melhor que o anterior. E por falar no capítulo anterior, eu senti falta de tantas pessoas no reviews. Cadê vocês? Por que não estão mais comentando? A história não está boa? Se há algum problema, é só falar :) Espero ver todo mundo aqui nesse capítulo, viu?  Não vou enrolar muito nesse capítulo. Então, se leu não se esqueça de deixar seu review. É muito importante para nós.

Isso é tudo *u*  Boas férias!

Beijos,

Lanninha. :*

 

N/J:

Oi amores,

 

Eu sei, ando meio sumida... É culpa minha. Mas agora estou de volta, logo eu respondo os reviews que vocês mandaram. Prometo.

Hoje nem tenho muita coisa pra falar –-‘ ! É me ausentei tanto tempo que nem sei mais onde estou... Nem sei que dia é hoje... Então é só uma notinha falando que agora eu voltei ok?

 

Beijooos...

 

Juuh



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