Especial de Natal:

Capítulo Bônus: Milagre de natal

Uma chuva forte batia contra a janela enquanto uma garota de cabelos castanhos olhava para o lado de fora com uma expressão perdida. Seus olhos castanhos, quase cor de mel, estavam avermelhados denunciando que tinha chorado. A garota soltou um profundo suspiro ao lembrar-se de certo garoto que a atormentou por seis anos de sua vida. Sabia que devia odiá-lo e isto a matava. Era impossível e ela tinha certeza disso. Encostou a cabeça no vidro gelado fechando os olhos, e no mesmo instante viu os olhos azuis acinzentados e cabelos loiros platinado. Bufou e afastou o rosto de onde estava querendo escapar de seus pensamentos.

Voltou a encarar o lado de fora vendo o pequeno rio feito pela insistente chuva descendo pela rua. Escutou o som do telefone e depois uns passos subindo as escadas se aproximando de onde estava. Olhou para a porta do quarto a tempo de vê-la abrindo e os cabelos castanhos da mãe dela aparecerem. Ergueu uma sobrancelha e ela veio até a garota se sentando ao seu lado. As duas ficaram quietas por um tempinho até a mais nova sentir os braços de sua mãe a puxando para perto. Aproveitou e deitou a cabeça ali. Sorriu triste sem saber o que dizer.

A castanha sabia que sua mãe era sua melhor amiga, mas não tinha ideia de como começar a contar a história. Como poderia dizer estar apaixonada pelo garoto que sempre infernizou sua vida? O que falar ao explicar as consequências das implicâncias e deboches? Ou melhor, as consequências inesperadas. A reação da menina nunca fora em si de raiva. Na verdade, era uma armadura para se proteger. Ela gritava, retrucava por sentir-se magoada com o que o loiro dizia. Nem mesmo as palavras ditas por Rony no primeiro ano da escola havia lhe machucado tanto. Claro que esta era uma das verdades que não teria coragem para contar. Sua coragem grifinoria tinha limites.

–Filha o que houve? – Perguntou a mais velha chamando atenção para sua presença.

–Nada mãe... Só estou pensando.

–Quer conversar?

–É complicado. – Respondeu à castanha dando de ombros.

–Não quer tentar? Sou a pessoa que mais te entende.

–Eu sei. – Sussurrou.

–Olhe! – Apontou para um risco no céu. – Faça um pedido.

Sem esperar nada levantou de onde estava deu um beijo na testa da filha e a deixou sozinha. Por mais que quisesse ficar ao seu lado e lhe dar conforto em sua mente tinha a plena certeza de que o desejo de sua pequena garota logo iria se realizar. Saiu do quarto e antes de fechar a porta olhou para Hermione que continuava na mesma posição. A garota seguia com os olhos presos a estrela e fez um pedido silencioso. Nunca em sua vida havia desejado tanto algo. Ou alguém... Teve a sensação de algo quente deslizar por seu rosto. Passou a mão abaixo dos olhos vendo que estava chorando.

–Por favor... – Sussurrou baixinho pedindo aos céus.

Enquanto isso...

Na mansão Malfoy...

Um rapaz loiro andava de um lado para o outro. Se sentia inquieto pensando naqueles olhos castanhos. Os passos as suas costas o fizeram virar para trás e encontrou sua mãe o olhando seriamente. Deu um sorriso fraco o que era comum há muito tempo. Narcisa se dirigiu a ele lhe dando um abraço. Sempre amara o filho mais do que tudo, porém o medo de seu marido a impedia de proteger o filho mais do que fazia. Nunca desejou para ele o rumo que tomou sua vida. Draco era uma pessoa marcada, para sempre. Um passado que iria lhe acompanhar até o final de sua vida.

–Tudo bem Draco? – Questionou suavemente.

“Fora o fato de não tirar aquela sangue-ruim da cabeça? Não, claro que não.” O loiro pensou em dizer, mas mudou de ideia. Sua mãe também nunca iria entender o que se passava com ele. Como explicar a sua mãe que toda vez que ofendia a pequena castanha sentia como se tivesse levado um chute no estomago? Ou o nó em sua garganta ao ver as lágrimas que caiam de seus expressivos olhos. Claro que eram de raiva. E o aperto no peito ao saber que ela lhe odiava simplesmente por agir daquela maneira. Ele mesmo havia se metido num caminho sem volta.

–Estou bem, mãe. - Mentiu o garoto olhando para baixo.

–Vamos Draco, eu sei que não está bem. – Disse tentando convencê-lo.

–É besteira. – Sussurrou com o olhar perdido.

Escutou o suspiro de sua mãe e a abraçou com carinho. Conhecia muito bem a mulher que lhe deu a vida. Narcisa podia não demonstrar muito com os gestos o quanto amava e se preocupava com ele, mas Draco via nos olhos dela todo o amor que lhe tinha. Sentiu as mãos de sua mãe acariciar seus cabelos e olhou pela janela. A chuva caia forte, descendo pela mansão. A mulher vendo onde se focava os olhos do filho seguiu seu gesto olhando para fora. Os pensamentos do rapaz estavam voltados para certa garota de cabelos castanhos. Onde será que estava? Droga! Pensou irritado. Deve estar com ele. Concluiu num pensamento amargo.

–Queria ter coragem. – Despejou por fim a agonia que estava o atingindo.

–Coragem meu filho? –Perguntou surpresa Narcisa. – Você é muito mais corajoso do que pensa.

–Será? – Soltou desconfiado. – Queria apenas um sinal para saber se devia fazer o estou pensando. – Declarou nervoso.

Nesse mesmo instante uma luz brilhante passou por eles. E a mulher loira ao lado do garoto sorriu. Ela aproveitou a oportunidade que era rara e desejou silenciosamente que seu menino fosse feliz. Os olhos azuis acinzentados estavam arregalados olhando para o lugar onde minutos atrás brilhou a estrela cadente. A senhora vendo a cena sorriu mais ainda. Aquela era a resposta que ele tanto queria por que continuava parado ao seu lado. Afastou dele e o virou em sua direção. O que diria agora era algo muito importante e sabia que o deixaria espantado, mas afinal de contas, ela é mãe. Sempre sabe, ou pelo menos, desconfia o que se passa com seus filhos.

–Não foi um sinal suficiente? – Perguntou erguendo uma de suas sobrancelhas bem feitas o encorajando. – Vá atrás dela meu filho o que ainda está esperando?

–C-Como? – Gaguejou o loiro espantado.

–Eu te conheço meu menino. – Sussurrou carinhosa passando a mão por seus cabelos. - Não sei quem é a menina, mas tenho certeza que é uma boa pessoa. – Notou o olhar de espanto do garoto a sua frente e continuou. – Oras não me olhe assim. Sei como você é e que tem bom gosto.

Ele riu gostosamente e questionou inquieto.

–Mesmo sendo... – Parou sem saber como continuar.

Os olhos de sua mãe brilharam por um momento. Ela havia compreendido tudo com apenas aquela pergunta sem fim. Andou até ele tomando uma decisão. Como havia dito iria apoiar. E sabia exatamente de quem ele falava. Ela sorriu ao lembrar-se da força da garota e do quanto ela fez para defendê-lo no tribunal mesmo sem ele saber. Achou que era a hora de contar o pequeno segredo. Mexeu no cabelo dele o olhando para mostrar toda a verdade em suas palavras. Respirou fundo dizendo o que jamais pensou ter coragem para falar. E pela primeira vez sentiu-se livre.

–Acho que a Srta. Granger uma grande pessoa. – Comentou. – Sabe tem algo que deveria saber...

–O que é?- Indagou ainda mais confuso, porém feliz. E acima de tudo curioso.

–Lembra-se do dia do seu julgamento?

–Claro mãe! Como eu posso esquecer?

–Bom, eu... Eu sei quem foi a testemunha secreta. – Comentou decidida.

–Quem foi?

–Hermione Jane Granger. – Sorriu. – Vamos o que ainda faz aqui? – Perguntou brincando.

–Obrigado mãe, por tudo. – Respondeu o rapaz sorrindo.

E depois aquela elegante senhora se encontrava sozinha, mas sentia o coração leve. Sabia que o natal de seu filho seria o melhor. E pedia calmamente que a garota ainda sentisse o mesmo. Balançou a cabeça achando sua preocupação boba. Ela sentia. Ninguém que sentisse algo a ponto de entrar num tribunal para defender a pessoa precisava ser um sentimento muito, mais muito forte. E disso sabia melhor do que ninguém. Seu amor por Lucius a levou até ali. Até o fundo do poço, mas não permitiria que seu Draco tivesse o mesmo destino.

Enquanto isso...

Hermione havia acabado de sair do banheiro usando um vestido vermelho com os cabelos soltos com cachos nas pontas. Olhou no espelho e passou um lápis de preto e um batom rosa. Ajeitou o vestido quando escutou a campainha soar por toda a casa. Ela franziu o cenho um pouco antes de escutar uma batida forte na porta. Ainda mais confusa andou até ela a abrindo. Seus olhos castanhos bem marcados se arregalaram diante do que via. Mordeu o lábio inferior para não soltar nada. Ele estava incrivelmente lindo. Muito mais do que se lembrava.

–Oi Hermione. – Ele falou vendo que a garota parecia em estado de choque e sorriu de lado ao ver que ela com discrição o analisava. Abriu um sorriso de lado vendo-a soltar um suspiro.

–O-Oi Malfoy. – Ela disse confusa e gaguejando. Respirou fundo e continuou. – Algum problema?

O rapaz se encostou a porta aberta e a fitou intensamente. Queria ver qual seria a sua reação ao saber do fato dele saber que fora ela quem o livrara de parar em Azkaban e ganhar uma nova vida.

–Quando ia me contar? – Perguntou com uma calma que não tinha.

–Contar o quê? – Franziu o cenho.

–Eu sei de tudo Hermione. – Falou e sorriu ao mencionar seu nome outra vez. – E, obrigado.

–Não entendo.

–Eu sei que foi você a testemunha secreta Srta. Granger.

–N-Não é ver-verdade. – Gaguejou.

Ele balançou a cabeça e andou até a morena a puxando para perto de si. Enlaçou-a pela cintura e notou que a garota em seus braços estava paralisada. Suspirou, apoiando a cabeça nos cabelos dela. Puxou o ar querendo gravar o aroma delicioso que preencheu seus sentidos. Abraçou-a com carinho.

–Obrigado Hermione, por tudo. – Sussurrou.

–Pelo quê? –Indagou se afastado para encarar os olhos azuis acinzentados.

–Por tudo. – Sussurrou olhando no mar castanho. – Por existir, me apoiar e estar ao meu lado quando eu mais precisei. – Acrescentou intensamente.

–Shhh... – Hermione falou colocando seu dedo indicador sobre os lábios do loiro que pareceu hipnotizado pelos gestos e delicadezas. – Não foi nada. - Deu de ombros.

Draco abriu um lindo sorriso que foi correspondido pela garota a sua frente. Abaixou a cabeça lentamente e quando ia juntar os seus lábios ao dela uma batia na porta fez com que os dois se afastassem. Olhou pela visão periférica e notou com uma alegria imensa o quanto mexia com a garota. Hermione suavemente mandou a pessoa entrar e a Sra. Granger sorriu incrivelmente feliz. Ela vira o brilho dos olhos da garota quando discretamente a mesma olhou para o loiro ao seu lado. Uma ideia surgiu em sua cabeça e sem demora colocou em prática.

–Vim avisar que o jantar está pronto. – Virou-se para o garoto sorrindo. – Não gostaria de se jantar com a gente Draco?

–Seria um prazer senhora Granger.

–Não precisa de formalidade querido. Fico feliz por aceitar o convite. - Deu as costas e falou antes de sumir. – Não demorem.

Draco virou e encarou a garota que tinha lhe tirada várias noites de sono olhar boquiaberta a porta. Ele sabia que estava espantada pela atitude da mãe, mas com certeza a dele era a razão de parecer tão chocada.

–Oh Merlin – sussurrou com a mão sobre os lábios – estou sonhando? – Questionou-se e somente acordou do seu devaneio com a risada baixinha.

–Não Mione. – Respondeu a virando para ele. – É um milagre de natal.

–Milagre de natal? – Perguntou.

–Sim – puxou o ar e completou – meu amor.

Um sorriso lindo surgiu nos lábios que faz muito tempo sonhou em ter junto aos seus. Puxou-a delicadamente para seus braços e acabou com a distância. Sentiu as pequenas mãos sobre seu peito e depois em seu cabelo, puxando-o para perto. Sorriu por entre os lábios dela e sussurrou.

–Feliz natal, meu amor.

–Feliz natal, Draco. – Respondeu a garota com a voz fraca. – Meu amor. – Sussurrou baixinho, mas aquelas palavras jamais passariam despercebidas pelo loiro que quase deixou de beijá-la para abrir o maior sorrido de todos.

–Repete. – Pediu baixinho.

A garota sorriu brincalhona.

–Feliz natal.

Ele balançou a cabeça sorrindo também.

–A outra parte.

–Meu amor. – Repetiu para logo sentir os lábios dele nos seus outra, e outra vez.

Aquele fora o primeiro beijo de muitos outros. E depois daquele momento Draco e Hermione passaram os melhores momentos de sua vida entre risadas e sorrisos com a família de Hermione. Durante o jantar o loiro olhou para a castanha ao seu lado e pensou. Você é o meu milagre de natal Hermione Granger, o melhor de todos. Para em seguida beijá-la na cabeça, e puxá-la para seus braços. Tendo a certeza que ela não sairia jamais de lá. Não, pelo menos do que dependesse dele. E a partir dali sabia que sua vida completa. Sorriu ao dizer nos ouvidos de garota:

–Obrigado pelo milagre de natal.

E a beijou docemente sem ao menos pensar que a sua frente estava a família da garota. Nada o importava somente senti-la, para sempre. Ele sem dúvida alguma sabia que aquele era o melhor natal. O melhor e mais perfeito de todos, pois tinha ali tudo o que queria e precisava. Tinha a sua Hermione em seus braços.

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Antes de vocês seguirem para as notas finais um momento,ok?

Bom, eu estou aqui para indicar a vocês uma fic Dramione muito muito legal.

A estória é de uma grande escritora e uma amiga muito querida. Quem aí já leu algo de Kriss Black? Pois é, esse é o nome dela aqui no Nyah. Sem mais delongas, mostro a sinopse para quem quiser se emocionar com essa fic.

Aí vai um trecinho da sinopse:

"Draco Malfoy ainda era um jovem bruxo quando se apaixonou pela primeira vez, viu todo seu mundo virar de cabeça pra baixo por um sentimento que desconhecia e que dificilmente se tornaria algo maior, apesar dela poder tornar tudo o que ele mais queria em algo real, seu intimo sabia que não merecia e que ela nunca iria querer algo com ele, seja pelo fato de estarem do lado oposto de uma guerra ou pelo caráter duvidoso do rapaz."

Bem, se quiserem tornar isto real acessem aqui:

https://www.fanfiction.com.br/historia/150612/You_Make_It_Real_-_Draco_E_Mione

E, por favor, depois vamos comentar sobre a Madeleine. Rsrs Ainda não sei se gosto dela. Ouviu Kriss?=D