True Tears escrita por Ane Viz


Capítulo 31
Capítulo 29: Trouxa? Quem? Eu?


Notas iniciais do capítulo

No último capítulo (Hermione´s Pov):

Peguei dois pergaminhos e rapidamente expliquei, falei que depois contaria os detalhes a carta não era para isso. Dei um breve suspiro e os amarrei a perna da coruja que me fitava apoiada no parapeito da janela da cozinha. Prendi-os da mesma maneira como os outrinhas tinham vindo. E a fiz alçar vôo antes de observá-la sumir em meio ao céu que começava a escurecer não tinha notada como o tempo passara rápido. Ri balançando a cabeça e ainda um pouco espantada. Não conseguia acreditar no que tinha acontecido. Broncas por... Carta?


Boa leitura!



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Capítulo 29: Trouxa? Quem? Eu?


(Coloque para carregar: Mcfly - http://www.youtube.com/watch?v=IEAmTIOWOio)

O resto da tarde e noite passaram rápido. Aquelas duas cartas havia me dado uma alegria e apoio enormes. E eu voltarei para a escola, voltaria por minhas amigas. Sorri, e um pensamento estúpido me veio à mente. Será que a pessoa que me escreveu aquelas cartas anônimas está preocupado comigo? Pensei enquanto me sentava na cama. Balancei a cabeça deixando isto de lado. Provavelmente deve pensar que passei mal e por isso não fui às aulas.

Empurrei o cobertor para o lado e levantei bem devagar. Iria aproveitar o tempo que tenho com eles. Escutei o som de passos e minha mãe abriu a porta, ao ver-me acordada deu-me um grande sorriso e beijou minha testa. Sentou-se ao meu lado e eu aguardei em silêncio. Deveria querer saber como estou me sentindo, mas não sei dizer ao certo. Ainda sinto meu coração disparar só de lembrar o toque dele em mim. Segurei-me para não soltar um suspiro e olhei minha mãe.

-Bom dia, meu amor. – Falou carinhosa.

-Bom dia, mãe!-Dei-lhe um sorriso.

-Dormiu bem?

-Sim, e você?

-Muito bem. – Ela desviou os olhos para o chão. – Eu disse a ele para não fazer, mas...

Meu cenho franziu diante daquele comentário sem sentido dela.  E antes que eu pudesse pensar em algo coerente para perguntar a ela o que queria dizer com aquilo, escutei-a seguir com seu discurso. E esperei, tentando achar ali algo que me ajudasse a entender o que podia ter acontecido de verdade. Somente tinha certeza de que eu estava envolvida. E o resultado não me pareceu muito animador.

- Mas você conhece o seu pai. – Esticou o braço me mostrando um pergaminho.

-O que é isso?-Perguntei confusa.

-Chegou a pouco, mas seu pai abriu e leu. – Seu olhar parecia sem jeito, porém um sorriso divertido surgiu em seu rosto e completou. – Acho que deveria ler.

Levantou-se e saiu do meu quarto, me deixando ainda mais confusa. O que poderia ter demais naquela carta. Porque é claro que é uma carta. Dei de ombros, e me ajeitei na cama, desenrolando o pergaminho, sentindo meu coração disparar. Era como ele sentisse que algo de importa estaria ali, ou melhor, que alguma importante estava para acontecer. Senti um embrulho no estomago, e me agitei abrindo a carta.

Mione,

Eu queria saber pelas barbas de Merlin onde você se enfiou!Tem noção do quanto fiquei preocupado? Não imagina o quanto me segurei para não ir falar com suas amigas para ter noticias suas... Mas... Bem, uma situação inesperada surgiu, e a solução caiu em minhas mãos. Deixando isto de lado, lá vamos nós.

Hermione Jane Granger, se você não voltar para a escola até amanhã eu Juro por Merlin que vou até aí te buscar. E é sério. E é bom responder-me senhorita Granger, inclusive, me dizendo a hora que estará de novo na escola.

E, como um pedido de desculpas por ter te deixado um tempo sem uma carta, e noticias. Te envio mais uma música que escrevi pensando em você. Aguardo ansiosa uma resposta sua. Espero que goste da canção. É o título dela é: Just my luck.

(Ligue o som. É OPCIONAL)

You and I have got a lot in common(Você e eu temos muito em comum)
We share all the same problems(Compartilhamos todos os mesmos problemas)
Luck. Love and life aren't on our side (Sorte. Amor e vida não estão ao nosso lado)

I'm in the wrong place at the wrong time(Estou no lugar errado na hora errada)
always the last one in a long line(Sempre o ultimo em uma longa fila)
waiting for something to turn out right, right(Esperando para algo dar certo, certo)

I'm starting to fall in love(Estou começando a me apaixonar)
Its getting to much(Está ficando demais)
Not often that I slip up(Não é frequentemente que eu falho)
Well it's just my luck(Bem, é simplesmente minha sorte)
Yeah yeah (Yeah, yeah)

Rain clouds are gathering in numbers(Nuvens de chuva estão se acumulando numerosamente)
Just when I put away my jumper(Logo quando eu boto meu colete)
Luck and love still not on my side(Sorte o amor ainda não estão ao meu lado)

But I still refuse to be a sceptic(Eu ainda me recuso a ser um cético)
Cause I know that you could still correct this(Porque eu sei que você ainda poderia corrigir isso)
Maybe this will be my lucky night, night(Talvez essa seja minha noite de sorte, noite)

And I'm starting to fall in love(Estou começando a me apaixonar)
It's getting too much(Está ficando demais)
It's not often that I slip up(Não é frequentemente que eu falho)
It's just my luck(É apenas minha sorte)

Just my luck (Apenas minha sorte)
Just my luck(Apenas  minha sorte)
Just my luck now (Apenas minha sorte agora)
Yeah you know its just my luck(Yeah, você sabe que é apenas a minha sorte)

Just my luck(Apenas minha sorte)
Just my luck(Apenas minha sorte)
Just my luck now(Apenas minha sorte agora)
Something will turn out right(Alguma coisa vai dar certo)

Just my luck(Apenas minha sorte)
Just my luck(Apenas minha sorte)
Just my luck now(Apenas minha sorte agora)
Waiting for something, waiting for something to turn out right, yeah(Esperando por algo, esperando por algo dar certo, yeah)

I'm starting to fall in love(Estou começando a me apaixonar)
It's getting too much(Está ficando demais)
It's not often that I slip up(Não é frequentemente que eu falho)
It's just my luck(É apenas a minha sorte)

It's just my luck (É simplesmente a minha sorte)

Luck (Sorte)

                          Ass.: Alguém que lhe quer bem.

Um sorriso bobo surgiu em meus lábios. O meu amigo anônimo não tinha me abandona. E pelo jeito também ficou preocupado. Soltei uma risadinha ao imaginar meu pai lendo a música. Será que ele está gostando mesmo de mim? Queria tanto saber quem é ele. Ia ser sem dúvida alguma muito bom. Puxei um pergaminho e comecei a escrever uma resposta. Ao acabar reli e gostei do resultado. Dobrei-o e coloquei uma roupa confortável.

Afinal de contas, à noite eu precisaria me arrumar para ir ao tal jantar. Desci sem pressa e comi meu café da manhã. Ao acabar escutei um pio baixo e notei que a coruja permanecia ali. Olhei-a atentamente e reconheci que era uma das corujas de Hogwarts. Você pensa mesmo em tudo, hein? Nem ao menos me deixa saber se tem uma coruja ou não. Pensei divertida. Levantei-me e prendi a perna da coruja acompanhando ganhar o ar e sumir em direção ao castelo.

Sai de lá e fui para a sala onde encontrei meu pai segurando o telefone com uma expressão engraçada. Fitei minha mãe que deu de ombros, mostrando estar entendendo tanto da situação como eu. Ele desligou o telefone e suspirou. Voltou-se para nós e parecia um pouco preocupado. O que será que havia acontecido?Vi-o passar a mão por seus cabelos e me olhar. Será que eu não poderia mais ir ao jantar?

-Anda homem, qual é o problema? – Minha mãe perguntou.

-Nada, apenas que ele quer que o filho dele esteja presente. Então, iremos para um almoço.

-E qual o problema pai?

-Nada. – Respondeu duro.

Vendo a expressão do rosto dele a de minha mãe se suavizou e começou a rir baixinho, mas logo não teve mais jeito e começou a gargalhar. E eu, bem, ri junto com ela mesmo sem saber a razão. Já meu pai fechou ainda mais o seu rosto, e cruzou os braços. Ele não gostou nada da reação dela. Minha mãe a abraçou apertado enquanto diminuía seu ataque de gargalhadas retomando o controle.

-Ora filha, seu pai está com ciúmes. – Ela comentou. – A carta.

Eu ri junto e ele se sentou no sofá. Andei até ele e o abracei. Sentia-me bem ao saber que tinha ciúmes de mim. Dei-lhe um beijo na bochecha e falei calmamente.

-Não se preocupe pai, eu estarei com vocês. – Disse sorrindo.

-Sim, é verdade. – Levantou-se a contra gosto e soltou. – Vamos antes que eu me arrependa.

Subi e tomei um banho rápido. Em seguida coloquei um vestido preto, daqueles que parecem de boneca. Com botõezinhos, e com as mangas fofos. E pus uma sapatilha também preta. O meu cabelo ficou solto, deixando os cachinhos bem enrolados. E me fitei no espelho. Passei um brilho labial rosa clarinho, e um lápis preto. Olhei o resultado e gostei muito. Deixei o quarto e encontrei os dois parados a minha espera.

-Precisava disto tudo? – Meu pai resmungou.

-Está linda, Mi. – A minha mãe o interrompeu. – Vamos? Não quero me atrasar.

Ela foi a frente e eu corri em seu encalço, porém não tive distância suficiente de meu pai, e ainda escutei algumas reclamações vindas dele. Logo estávamos no carro a caminho da tal casa do chefe do meu pai. Olhava pelas janelas, com o pensamento longe, e logo me vi parando em frente a uma mansão branca. A casa era incrível. Senti meu queixo cair e olhei abobada para casa. Nossa! Essa construção é linda e antiga. Pensei impressionada enquanto saia do carro.

Ao pararmos em frente à porta meu pai tocou a campainha e escutei o som do trinco sendo aberto. E um garoto incrivelmente lindo apareceu. Olhei para ele e o analisei aproveitando que ele fitava meus pais. Tinha os cabelos negros e desarrumados. Seus olhos eram azuis intensos, mas nem chegaram perto do azul-acinzentado do Draco. Os olhos não me deixavam presa como o do Malfoy, não nenhum outra deixaria. Concluí chateada.

-Droga. – Resmunguei baixinho.

E com isso acabei por chamar atenção dele que se focou em mim. Deu-me um sorriso de lado e meu pai pigarreou. Respondi-o com um pequeno sorriso e acompanhei meus pais até o lado de dentro. Os donos da casa foram incrivelmente educados e perdi a conta dos inúmeros elogios que ganhei, tendo sempre um comentário lisonjeiro do filho deles. Sentia a cada segundo minha bochecha corar mais e mais.

Mas esta tortura passou e fomos comer. A mesa estava muito bem arrumada e a comida uma delicia. Fiquei imaginando o quanto Ron se divertiria comendo de tudo. Uma lágrima solitária escorreu por meu rosto e eu tratei de limpá-la. Depois que todos acabamos de comer, voltamos para a sala e sentamos outra vez. Sendo que agora o tempo foi bem menor do que antes. Pois uma conversa soou baixa, mas que me permitiu ser ouvida.

-John, porque não conversa um pouco com a Hermione? – Escutei o tom baixo do pai dele. O que para mim significou “porque não saí e a leva junto? É hora de falarmos de negócios.”       

-Quer dar uma volta? – Escutei uma voz grave atrás de mim pouco tempo depois.

Pulei de susto e olhei-o com a mão em meu peito querendo regular meu batimento. Apenas assenti em silêncio e saímos juntos para o quintal de trás. Havia ali dois balanços e nos sentamos. Pelo canto dos meus olhos o vi passar a mão pela cabeça desarrumando mais ainda seus cabelos. Movimentei-me fazendo o balanço ir para frente e para trás. Estávamos em silêncio, mas não era um ruim. Era bom, parecia... Certo.

-Então Hermione... Er...Onde você estuda? – Perguntou quebrando o silêncio.

Vamos Mi pense em algo. Não pode contar a verdade. Dizia=me mentalmente enquanto pensava em algo que pudesse falar que não fosse estranho. E do nada escutamos um ‘craque’ olhei em direção ao barulho e vi um rapaz loiro nos fitar interessado.  John saltou do balanço indo em direção ao que havia acabado de aparatar. Minha cabeça zumbia. Como por Merlin eu podia achar no mundo trouxa um bruxo do nada?

-Você está doido? – John falou raivoso. – Ela é uma trouxa.

Ao escutar aquilo soltei uma risadinha e acabei soltando sem pensar.

-Trouxa?Quem? Eu?

Os dois se olharam confusos e eu ri. Coloquei a mão em minha bolsinha de contas e tirei de lá minha varinha mostrando a eles. Ambos me encararam abismados e depois começaram a rir comigo. Sorri para eles.

-Sorte de vocês que eu não sou trouxa. – Falei por fim me levantando e entrando na sala uma vez mais.

E secretamente desejei poder voltar para casa e quem sabe não encontrar outra carta do meu amigo anônimo. Aproximei-me de minha mãe, ficando perto de seu ouvido, avisando-a que estava indo embora. Levantou-se foi comigo até os donos da casa dos quais me despedi e pedi para avisarem ao John que precisei ir embora. Os dois responderam-me que dariam o recado e eu saí apressada. Ao estar do lado de fora conferi todos os cantos e desaparatei. 


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Notas finais do capítulo

Olá meninas, este capítulo está enorme. Um pedido de desculpas por não ter postado final de semana passado. Espero que gostem. Quero agradecer a Marina, Nathy, Bells, loris, Amandhaa, Vick, Agatha, Danila e Kriss pelos reviews!
Espero que gostem deste capítulo. Meninas, eu AMEI cada comentário e irei respondê-los com muito carinho. Desculpem pela demora, mas as coisas estão puxadas no estudo.Adoro vocês demais!

Beeeeeeeijos,e até o próximo capítulo!