True Tears escrita por Ane Viz


Capítulo 27
Capítulo 25: A fuga.


Notas iniciais do capítulo

No último capítulo:

Senti-o apertar-me mais contra si, chamando minha atenção de volta. Ele não tinha noção de que em momento algum eu deixei de ter consciência do seu corpo junto ao meu. Jamais havia me sentindo tão bem, tão... Completa. Por mim poderia ficar ali, nos seus braços, para sempre, mas um som que não nem meu nem dele me despertou para a realidade. E pude ouvir os ofegos vindos de todas as direções e meu coração se apertou ao ouvir o que foi dito.

Boa leitura!



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Capítulo 25: A fuga.

Hermione´s Pov:

- O que está acontecendo aqui? – A voz irritada de Rony alcançou meus ouvidos.

Sem saber muito bem como lidar com aquilo levei minha mão ao peito de Draco tentando empurrá-lo para longe. Sentia meu rosto arder, eu estava corada. E meus olhos começaram a se encherem de lágrimas. Agora a minha consciência voltara com força total, após ouvir a voz de meu amigo. Podia sentir mesmo sem olhá-lo a dor e a revolta em seus olhos. Nós não nos amávamos, mas para ele me ver beijando alguém não devia ser legal. Ainda mais o... Malfoy.

Tentei me desvencilhar dos braços fortes que ainda me rodeavam, mas eles se fecharam em torno de mim com força uma vez mais, e eu sabia, mesmo sem erguer meu rosto, que aquela máscara esnobe e prepotente voltara para o rosto de Draco. Ele não era ali o meu Draco, não que tenha sido um dia, mas... Bom, ali era o Malfoy. Simples e exclusivamente o sonserino irritante e metido de sempre.

-Bom Weasley, não me surpreende que não saiba – disse com a voz repleta de sarcasmo –, mas eu lhe explico.

Escutei o som de Ron trincando os dentes e a próxima voz que escutei foi como levar uma faca no coração.

-Não importa Rony, não nos interessa mais. – Harry falou com a voz rígida sem nenhuma emoção.

Um aperto em meu peito me fez soltar um soluço. E Draco tentou procurar meus olhos, aproveitei seu momento de distração e soltei-me. Senti seus olhos focados em mim aguardando o que faria. Afastei-me correndo de lá. Podia escutar os burburinhos, e meus olhos ardiam fortemente. Não posso acreditar nisto. Não é possível. Eu estou sozinha, pensei enquanto corria sem olhar para trás. Seguia em frente indo em direção ao salão comunal, queria me jogar na cama e chorar. Poder pôr para fora toda ao dor em meu peito.

E aí ideia de encontrá-los, Harry e Ron, embrulhou meu estomago. Girei em meus calcanhares e comecei a correr para fora do castelo. Precisava ficar longe, longe de tudo. Assim que alcancei o lado de fora, meu primeiro instinto foi ir para a casa de Hagrid, ele iria conversar comigo e me ouvir. Disto eu tinha certeza, porém lá eu seria facilmente encontrada, e escutaria ainda mais coisas que fariam meu coração se quebrar de ver.

Usando minhas últimas forças, fiz um feitiço convocatório e minha mochila, com algumas roupas veio ao meu encontro. Segurei-a fortemente contra meu peito, e corri em direção à casa dos gritos. Chegando perto do salgueiro lutador, joguei-me contra o chão, de um jeito que passasse pelo buraco das raízes sem muitos machucados. Ao chocar-me contra o chão meus braços foram arranhados e pela velocidade que notei ter me lançado tive vontade de gritar.

Reprimi meus instintos, e lembrei-me de como anos antes, Harry e eu, havíamos nos jogado ali para procurar por Rony. Grossas lágrimas escorreram por meu rosto. Eram quentes e desciam livremente. Era uma tentativa inútil de aquecer meu coração. Enquanto eu continuava a deslizar pelo túnel. Cai com minha mochila dentro da casa. Levantei-me rápido e bati com minhas mãos na roupa querendo deixá-la mais apresentável.

Seguirei com mais força a mochila e com um pouco de esforço empurrei o alçapão que levava ao primeiro andar da casa dos gritos. Uma vez lá dentro deixei um suspiro escapar de meus lábios. Estava quase segura. Tudo o que queria agora era a minha família. O colo de minha mãe. Fechei meus olhos e visualizei minha casa. Era isso que eu precisava. Desaparatei de dentro do cômodo antes que alguém aparecesse. Mesmo que achasse difícil.

Senti aquela mesma sensação horrível por aparatar, mas sabia que logo passaria. Ao abrir os olhos encontrei o jardim de minha casa. Ainda com lágrimas nos olhos, e segurando contra meu peito minha mochila corri em direção à porta de entrada. Ofegante derrapei diante dela e bati querendo que eles a abrissem logo. A primeira coisa que vi foram os cabelos cacheados de minha mãe.

Encontrei seus olhos castanhos acinzentados e as lágrimas voltaram a descer por meu rosto. Soltei um soluço e tratei de enxugá-lo. Notei que a minha mãe também chorava. Quando ia me alcançar para me abraçar, o que eu realmente queria muito, a porta foi aberta e outro rosto conhecido apareceu. Os olhos castanhos me encararam e uma expressão de dor surgiu em seu rosto. Eles estavam sofrendo por mim.

-Filha o que houve? – Perguntou preocupado.

Sem querer explicar nada no momento me joguei em direção a eles e deixei-os me abraçar. Uma fina garoa começou a cair e senti os braços de meu pai envolver a mim e a minha mãe para nos levar para dentro. Apoiei meu rosto em seu peito e fiquei ali. Quase dentro de casa, pegou-me em seus braços e me aninhei ali. Era como voltar a ser criança. No momento seguinte estava no sofá da sala no colo de minha mãe.

-Está tudo bem, meu amor, agora está em casa. – Dizia serenamente acariciando meus cabelos.

Ergui meu rosto e procurei meu pai. Ao ver minha expressão minha mãe sorriu tristemente antes de responder.

-Aposta quanto que foi comprar chocolate para você?

-Sério?

-Sim. – Concordou com a cabeça. – Quando nós namorávamos e brigávamos ele sempre trazia chocolate. – Disse dando de ombros.

-Por quê? – Perguntei confusa.

-Sua avó sempre diz que nada melhor do que um bom chocolate para um coração ferido.

Meus olhos se arregalaram.

-C-Co-como? – Indaguei confusa.

-Bom, seus olhos estão num misto de sentimentos. Confuso, triste, feliz e com medo.

-Mãe?

-Como sabe disso?

-Você tem os olhos dos seus pais. São muito fáceis de serem lidos. – Sorriu.

-O que houve?

-E-Eu... g-gosto de alguém. – Confessei baixo.

-E por isso está chorando? – Ouvi-a suspirar e a fitei. – Tem mais não é?

-Ele não sente nada por mim.

-Tem certeza?

-Sim, mas... Ele me beijou… - falei baixinho – Hoje.

-E isso não é bom?

-Eu perdi meus melhores amigos.

-Bom. – Respondeu pensativa. – Logo o Harry e Ron pedem desculpas.

-Você acha?

-Sim, com certeza. – Beijou-me na testa e continuou. – Vá tomar um banho, sim?

-Certo.

Levantei e comecei a subir as escadas que levariam ao meu quarto, porém antes parei por um segundo e voltei-me em direção a minha mãe. Ao ouvir o barulho, virou-se em minha direção. Seus olhos me analisavam atentamente, estava preocupada, mas pensava que tudo se ajeitaria. Podia ver isto através de seus olhos. Sorri fraco para ela, querendo agradecer por tudo. Minha mãe sempre foi e será minha melhor amiga.  E falei o motivo de ainda estar ali parada.

-Obrigada mãe!

-Não há o que agradecer agora vá.

Assenti e comecei a andar de volta para a escada, mas desta vez continuei. Entrei no pequeno corredor do segundo andar, e segui para a porta que tinha uma placa com uma garotinha brincando. Entrei ali e sorri. Meu quarto! Obrigada Merlin nem mesmo a sala precisa conseguiria me dar o que tenho aqui. Corri para meu armário e peguei uma roupa bem confortável. Iria tirar as vestes de Hogwarts e não sabia se voltar a pô-las

Peguei um conjuntinho velho e fui tomar um banho quente e demorado. Ao acabar me sequei sem pressa, e me vesti. Secava meus cabelos ao voltar par ao quarto e procurar por minha escova de cabelo. Desembaracei meus cabelos e os deixei soltos. Sabia que logo iriam secar. Agradeci mentalmente por ter vindo logo. Iria perder aulas, mas não conseguiria prestar atenção a nada mesmo. Soltei um suspiro ao voltar ao banheiro, deixar a toalha e descer.

Chegando ao primeiro andar caminhei até a cozinha e encontrei minha mãe mexendo na panela e meu pai segurando o jornal. Seus olhos estavam longe, muito longe dali. Apoiei-me a batente da porta e esperei os dois acabaram de pensar. Deviam estar cheio de especulações pelo motivo de minha fuga. Na verdade, minha mãe devia estar pensando no que lhe contei sobre o beijo e os meninos.

Não queria continuar ali, parada, sem ter o que fazer. Então soltei um breve suspiro e entrei direito na cozinha. Os dois me fitaram e eu parei perto de minha mão ao fogão. Abri a tampa de uma panela e sorri. Adorava olhar o que minha mãe cozinha desde pequena. Esta pequena lembrança me fez relaxar, mas sabia que essa sensação não duraria para sempre. E que não poderia permanecer segura ali para sempre. A fuga era apenas momentânea.


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Notas finais do capítulo

Olá meninas,quanto tempo!Queria agradecer a Xicadasilvaleao,Marina, Amandhaa, Nila, Tatahmm, Mih, Nathy, Evelyn_electra,Mia_kcullen,Loris, Kriss, Chay_Fan, Agatha, Bells_cullen_18, NiaraUchirra e Rafaela pelos reviews. Muito obrigada, vocês são muito, muito importantes para a fic.E o apoio de vocês é fundamental para mim.
Notei que esse mês, dia 12, a fanfic completa um aninho!Siim!E queria saber se vocês gostariam que eu fizesse uma promoção. Ainda não tenho nada decidido. E o prêmio seria uma one-shot de presente. Você, a leitora que ganhar, e o seu preferido ou uma fic com o casal que quiser. Dentro de HP,claro.
Espero os comentários de vocês, o capítulo anterior que era coração apertado, mas o meu ficou quando escreve esse. =/
Ansiosa para saber a opinião de vocês.

Beeeeeeijos, e até o próximo capítulo!



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