True Tears escrita por Ane Viz


Capítulo 23
Capítulo 21: A resposta.


Notas iniciais do capítulo

No último capítulo:

E querendo evitar qualquer comentário escondi-o em minha roupa e tranquei a janela sem falar nada. Somente caminhei até a minha cama e deitei-me puxando o bilhete para minhas mãos para lembrar-me de que não fora um sonho. Fui capaz apenas de sussurrar um desejo de boa noite antes de dormir e poder, quem sabe, sonhar com Alguém que lhe quer bem instantaneamente um sorriso surgiu em meus lábios e eu adormeci profundamente.

Boa leitura!



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   Capítulo 21: A resposta.

   Narrador Pov:

         Enquanto a janela do dormitório feminino da Grifinória se fechava, a coruja voava em círculos. Qualquer um que a olhasse diria que o animal parecia ter algum problema. Ela seguiu voando por entre as nuvens depois de dar duas voltas completas pelo castelo e se direcionar por fim a uma das torres na qual uma das janelas permaneciam aberta. A coruja negra entrou graciosamente pela janela e pousou sobre o ombro de um rapaz sentado em sua cama.

          O mesmo lia um livro atentamente, mas há meia-hora fazia uma troca de olhares entre a página e a janela de seu quarto. Um sorriso discreto formou-se em seus lábios. De certo, não esperava por uma resposta, porém ter uma lhe dava a ideia de ter uma chance, mesma que mínima, com aquela garota. Acariciou o pelo do animal e soltou o pergaminho preso a sua perna. Sentiu-se um tolo ao ficar parado analisando o papel ao invés de abri-lo e ver seu conteúdo.

          -Vamos lá, coragem! – Sussurrou para ele mesmo.

          Ergueu seu olhar a tempo de ver a coruja desaparecer por sua janela. Levantou-se e acompanhou o vôo no céu até sumir de sua vista. Provavelmente, saíra para caçar. Fechou a janela e trancou-a virando-se para o quarto. Todos os seus colegas de dormitório dormiam tranquilamente, mas não queria ser pego por ninguém ao ler aquilo. Não sabia dizer se tinha ou não ali um nome. O nome dela. Balançou a cabeça uma vez vendo o quão tolo agia quando o assunto era ela.

           Ainda mais depois de sua maldita transformação. O que ela pretende com isto? Perguntou-se em pensamento enquanto dirigia-se a sua cama, pegou o livro em suas mãos e colocou o pergaminho ali dentro. Segurou-o e foi até o armário. Ali, pegou o seu violão que ficava escondido de todos.  E uma capa para se cobrir após isto. Agradeceu mentalmente por ainda não trocado de roupa para dormir. Com tudo o que precisava retirou-se do quarto fazendo o mínimo barulho possível.

           Ao passar pela porta lançou um olhar por todo o lugar certificando-se de que ninguém notara sua saída e rumou para o salão comunal. Antes de entrar fitou os lados e deixou-se aparecer na sala. Apertou inconscientemente o livro em sua mão e dirigiu-se sorrateiramente para o lado de fora de seu salão comunal. Uma vez, ao lado de fora começou a andar pelos corredores, seguindo sempre em frente, seu destino era certo. Andou silenciosamente pelos corredores e passou por algumas escadas.

           E ao passar por determinada parede uma porta de madeira de orvalho surgiu. Entrou rapidamente fechando-a em seguida. Deixou seu corpo apoiar-se ali e respirou aliviado. Somente aí parou para analisar como ficará o seu pedido. A sala era enorme e dispunha de algumas almofadas jogadas pelo chão, um sofá enorme com uma mesa à frente. No outro canto uma pequena porta que devia levar ao banheiro e uma cama no canto ao lado do armário.

          Fitou o armário e tratou de caminhar até ele para ver o que teria por dentro. Ao abrir encontrou alguns doces, alguns pergaminhos, e canetas. Afastou-se de lá e colocou seu violão apoiado nas grandes almofadas e jogou-se no sofá, pela primeira vez soltando o livro que permanecera o tempo todo em suas mãos. Colocou-o ao seu lado e abriu pegando o pergaminho. Fitou-o ainda fechada e com calma desenrolou-o. Seu coração batia descompassado. E ele se recriminou.

         Achava incrível o modo como seu orgulho podia despencar de uma forma tão insana. Nervoso passou a mão por seus cabelos. Pegou o pergaminho aberto, e puxou o ar com força. Para que mandar se não consigo abrir uma mera resposta? Perguntou-se confuso por suas reações nada comuns. Bufou impaciente e largou seus pensamentos de lado fitando a caligrafia bem desenhada no papel. Sorriu fitando-o e começou a ler ansioso para saber o que ali continha.

Querido anônimo,

Gostaria de agradecer por suas lindas palavras e dizer que a letra é linda. Muito obrigada, mesmo! Eu só não entendo o motivo de não dizer-me quem é. Por que não me conta?Prometo não julgá-lo.

Alguém que escreve algo tão bonito não pode ser tão má pessoa como você pensa ser.

               Ass.: Hermione.

           Um sorriso enorme surgiu em seu rosto e deixou suas costas se apoiarem no encosto do sofá. Sentiu-se outra vez como um bobo, um bobo apaixonado. Levantou-se e foi até o armário pegar alguns pergaminhos e uma caneta, em seguida jogando-se nas almofadas perto de seu violão. Sem ele notar sua caneta deslizava pelo pergaminho registrando ali mais de uma de suas músicas. Sentiu-se bem ao revelar um segredo para Hermione, mesmo que pequeno já possuíam um segredo.

            Depois de escrever e mexer nela e fitar o resultado se viu cansada, e acabou jogando-se na cama do quarto improvisado adormecendo como há muito tempo não fazia. Era como se estivesse livre, de suas angústias, medos e reflexões. Sentiu-se bem sendo quem é pelo menos uma vez em sua vida. Desejou poder ser ele mesmo, sem medo. Ali, naquela enorme escola, sabia não ser o único a se sentir desta maneira, mas havia encontrado sua própria válvula de escape. E adormeceu assim, com pensamentos leves e um belo sorriso no rosto.


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Notas finais do capítulo

Olá meninas, eu quero agradecer a Wilceia, Marina, Nathy, Amy, Agatha, Mia_Kcullen, J-Salvatore e Kriss pelos reviews. Bom, eu não tinha postado ainda porque o Nyah estava em manutenção, mas como foi liberado aí vem o posto. Estou respondendo a todos os comentários, e agradeço por cada um desde o prólogo.
Quero avisar que agora também terei aulas na faculdade aos sábados, então, os posts devem acontecer aos domingos,ok? Tentarei continuar postando todos os fins de semanas, mas se complicar eu aviso a vocês.
Espero que gostem do capítulo!*-* Não deixem de comentar, hein?

Beeeijos, e até o próximo capítulo.