Já se fazia quinze dias que havíamos voltado, minha vida estava novamente perfeita, e o bom de sentir saudades era que quando nos víamos sabíamos muito bem como recompensa-la. A agenda da Restart estava lotada, bastantes shows, e só tínhamos os domingos e folga isso quando não havia o Happy Rock Sunday... Já era dia dezessete de dezembro, o Natal já estava chegando, e eu estava começando a pensar no que dar de presente pra Lê, eu não fazia idéia do que uma garota como ela gostaria de ganhar. Decidi que teria que ir ao shopping mais cedo, porque nas vésperas os lugares vão estar muito cheios e pra gente que é famoso fica meio difícil estar em um lugar lotado sem chamar atenção. Eu estava no quarto sozinho, pensando um pouco antes de ir me arrumar pro show que faríamos em Araraquara, quando decidi chamar o Lanza pra ver se ele concordava comigo.

         - Oh Pe, vem cá, por favor? – eu falei abrindo a porta do meu quarto.

         - Já to indo – demorou uns dez segundos e ele já estava na porta do quarto. – Que foi?

         - Você não acha melhor agente comprar os presentes das meninas agora? Porque se agente deixar pra comprar mais perto do Natal, as lojas vão estar mais cheias e agente não vai conseguir passar despercebido, o que você acha?

         - Verdade Pe, eu não tinha pensado nisso, mais agente só vai ter folga agora no domingo, e ainda é terça, vai ser quase a mesma coisa que comprar na véspera.

         - É então agente faz o que?

         - Ah, sei lá, hoje agente pode andar um pouco lá por onde agente for fazer o show, quem sabe agente não acha uma coisa legal pras meninas?

         - É, pode ser que agente encontre mesmo.

         - Okay, mais Pe, você não vai começar a se arrumar? Agente vai sair daqui a pouco.

         - Já vou, já vou, mais o Koba já tomou banho? Porque do jeito que ele é, se eu for esperar ele tomar banho agente vai chegar lá no Natal.

         - Acho que ele não entrou no chuveiro ainda, dá tempo de você ir primeiro.

         - Ta bom, brigado.

         - Foi nada não. – eu o escutei falando enquanto eu virava e pegava a minha toalha que estava encostada na mesinha do computador. Sai correndo pro banheiro antes que o Koba me visse, se ele me visse entrando no banheiro primeiro que ele, eu seria um ex-cantor de happy rock.

         - Pedro Lucas, onde você pensa que vai? – eu escutei uma vós atrás de mim, conhecia muito bem aquela vós, meu estomago gelou... E agora? Eu fechava a porta correndo ou eu me virava pra dar uma desculpa. – to esperando a resposta!

         - Oi Kobinha, amor da minha vida, como vai você? – eu perguntei virando e abrindo um sorriso enorme, indo pra abraçá-lo.

         - Neste exato momento, eu estava indo tomar o meu amado banho, mais parece que alguém entrou na minha frente sem ser autorizado não foi?

         - Magina amorzinho, eu nem sabia que você viria agora.

         - Uhum, sei, e eu sou a Diva da Lady Gaga né?

         - Me dá um autografo?

         - Vai se fuder Pedro, nem vem, eu vou primeiro.

         - Ah não, desculpa, eu juro que não peço mais autógrafos pra minha Lady Gaga favorita, é porque você demora demais Koba, se eu esperar você terminar, agente vai sair atrasado. Por favor, me deixa ir primeiro?

         - Ta, ta, pode ir, mais não demora que a única pessoa que tem o direito de demorar aqui sou eu.

         - Ain que fofinho, minha Lady Gaga do Japão me deixou ir primeiro. Por isso que eu te amo.

         - Lady Gaga do Japão?

         - é, gostou?

         - Não, mais foi engraçado.

         - Que bom.

         - Ta bom vai, toma seu banho logo porque eu quero tomar o meu também.

         - Okay, e... Brigado de novo.

         - Ta, ta. Não enrola.

         - Ta bom Koba - eu falei fechando a porta enquanto ele virava as costas pra sentar no sofá.

         Eu tava começando a me ensaboar quando eu escuto a campainha tocando, deve ser o porteiro pra entregar alguma carta... Nem liguei muito, foi quando eu vi a porta do banheiro se abrindo, deve ser um dos meninos pra pegar a escova de dente ou o creme pra pentear, mais que estranho, entraram e fecharam à porta, a pessoa que estava lá começou a se mexer.

         - Quem ta ai? – eu perguntei com a vós de uma criança com medo. – Lanza? Pode parar, você sabe que eu tenho medo dessas coisas – eu falei enquanto vi o Box se abrindo.

         - E desde quando você tem medo de mim? – era ela, a minha menina, com uma vós rouca que me arrepiou todinho, da cabeça aos pés.

         - Menina, você quer me matar do coração é? – eu falei enquanto a puxava pra dentro do Box junto comigo, foi quando percebi que ela estava nua, peladinha, como Deus a fez. – Na verdade, acho que você quer é me deixar louco. – eu falei enquanto olhava para o seu corpo extremamente sensual, molhado pela água do chuveiro.

         - Bom dia pra você também Pedro – ela falou com um sorriso provocante nos lábios, como ela conseguia ser tão sexy?

         - Ótimo dia, é tão bom ter uma visita assim antes de um dia cansativo de trabalho, é uma ótima recompensa começar o dia assim.

         - É mesmo?

         - Uhum – eu falei enquanto a puxava pros meus braços e começava a beijá-la debaixo d’ água. Ela passava as mãos pelas minha costas nuas e molhadas, enquanto eu estava com as mãos em seus cabelos, que agora não eram mais tão longos, dando lugar a um penteado um pouco mais moderno e leve, mais tão bonito quanto o outro. Seus seios rossavam contra o meu peito, me deixando louquinho, a prensei contra a parede e ela soltou um leve gemido de prazer, que animou o meu Pedro Jr.

         - Mais já Pedro Jr.? – a Lê falou olhando nos meus olhos e rindo.

         - Isso que dá, entrar nua no meio de um banho, você não queria que ele ficasse fora dessa não é?

         - Não mesmo... – ela falou enquanto puxava os meus cabelos aproximando nossos lábios, mais dessa vez, um beijo urgente, e extremamente excitante. Eu comecei a aperta-la contra meu corpo, nos deixando muito esmagados um contra o outro, quase se fundindo  formando um único ser. Comecei a passar a mão em todo o seu corpo, passeando levemente pela suas costas, fazendo círculos com o dedo, que eu percebi que ela gostava, e muito... Desci meus beijos até o seu pescoço, dando leves mordidinhas e chupões de vez em quando e fazendo ela se arrepiar a cada toque. Nossos beijos estavam se aprofundando cada vez mais, quando eu escuto alguém bater na porta.

         - Eu disse pra você não demorar Pedro, eu quero tomar banho Cacete – eu ouvi o Koba gritando do outro lado da porta, o que me fez querer que a Restart fosse composta de apenas três integrantes.

         - Eu já to acabando Koba, relaxa ai vai – eu disse nervoso, e olhei pra Lê, percebi que ela havia corado, e saído dos meus braços, se lavando e tomando banho como se não tivesse ninguém a mais ali, no mesmo lugar que ela.

         - Acho melhor agente sair né Pe? – ela me perguntou constrangida.

         - Tinha que ser o Koba mesmo, não liga bebê, agente termina isso depois ta? – eu disse com um sorriso malicioso no rosto, e ela automaticamente me correspondeu com outro sorriso, mais um sorriso inocente, ou pelo menos ela tentou fingir que era inocente.

         - Olha que eu não sou de acumular dividas em! Eu vou cobrar.

         - Oba, que bom que eu não ligo de ser cobrado.

         - Seu bobo. – ela disse me dando um selinho, e pegando a toalha que estava pendurada do lado de fora do Box.

         - Não demora ta vida, se não o Koba vai ter um ataque do lado de fora.

         - Pode deixar, eu já to saindo. – eu disse enxaguando o meu rosto que estava com sabonete, e sem querer eu abri o olho, entrou um balde de sabão no meu olho, que fez arder igual pimenta em machucado.

         - Ai ai ai ai, me ajuda aqui, eu to ficando cego, aaaah, socorro, eu fiquei cego.

         A Lê começou a rir desesperadamente, e foi para perto de mim pra tentar me ajudar, ela colocou meus olhos de baixo da água, e começou a passar levemente as mãos em cima deles, aliviando a ardência, quando ela foi sair, eu a segurei pelo braço e sem querer a puxei forte demais, e ela escorregou na água, levando um tombo enorme, eu dei muita risada e a ajudei a levantar, ela estava rindo igualmente a mim, mais ao contrario de mim, ela me puxou e eu cai também, começamos a rir juntos, estávamos igual crianças, deitados no chão.

         - Ai Pedro, você me machucou – ela disse rindo.

         - E você não né?

         - Desculpa mais a sua namorada é muito vingativa.

         - É, eu percebi, eu só queria dar um beijo de obrigado, nada mais, mas você, é muito má, me fez levar um tombo enorme e ainda por cima cair de bunda no chão.

         - Desculpa minha vida, prometo que não fasso mais, você me desculpa?

         - Só se você me der um beijinho, só pra ver se a dor passa.

         - A, isso é um castigo?

         - Não.

         - Ata, porque se a minha mãe me desse castigos assim quando eu aprontava eu aprontaria cem mil vezes por dia, só pra ficar de castigo – ela falou se aproximando e me beijando ardentemente, e o Koba, novamente atrapalhou tudo.

         - Se você não sair dessa birosca de banheiro, eu entro a força em seu negro, sai daí agora.

         - Já to saindo Koba, espera um pouco, é porque eu cai, to levantando.

         - Ta, vai logo, seu macaco.

         - Esse Koba, é tão agressivo – a Lê falou rindo do comentário do Koba.

         - Pois é, ele me ama tanto.

         - aushashausha, verdade, hum amor, vamos levantar?

         - É bom né? Se não é possível o Koba entrar aqui com uma cerra elétrica pra me massacrar.

         - É, ou um facão... Vamos logo vai. – ela falou se levantando e me ajudando a levantar também. Pegamos as toalhas e nos secamos, a Lê colocou a roupa dela que estava em cima do vazo sanitário,e se trocou. Arrumou os cabelos e abriu a porta.

         - Até que emfim, pensei que vocês tinham evaporado junto com a água,

         - Como você é engraçado Koba.

         - Sempre irmão.

         - Você vai tomar seu banho ou vai ficar falando ai? Me encheu tanto pra ficar falando mais que a boca?

         - Não, já to indo, já saio meninos.

         - Arrãn, quando for meia noite agente vê o Koba saindo.

         - Nossa, eu demoro tanto assim?

         - Não, magina, to brincando Koba, toma seu banho sossegado ai vai... Agente ta te esperando aqui fora. – o Thomas falou dando uns tapinhas de leve nas costas do Koba.

         - Falou, to indo.

Entrei no quarto e a Le tava se trocando de novo, eu abri a porta e chamei o Lanza.

         - que horas são por favor?

         - Nove e cinqüenta.

         - E que horas agente vai sair?

         - Meio dia e meia mais ou menos.

         - Okay, brigado Pe.

         - De nada... – ele falou virando as costas e pegando o salgadinho que tava em cima da mesinha de centro da sala.

         ­- Le, você ta pensando a mesma coisa que eu?

         - Acho que sim – ela me olhou envergonhada e eu a beijei, aprofundei o beijo o mais rápido que pude, e quando vi já estamos deitados na minha cama, nos beijando ainda mais. Ela estava só de cacinha e sutiã, porque estava se trocando, então foi bem mais fácil pra mim, que tava só com a toalha amarrada na cintura, era como eu saia do banho quase todas as vezes.

         Comecei a passar as mãos sobre o seu corpo, que estava extremamente cheiroso, até chegar em seus seios, fiquei massageando e ela as vezes soltava um leve gemido de prazer. Fui descendo meu beijo para o eu pescoço, chupando e mordiscando, desci mais e cheguei aos seios, que estavam duros de prazer, abocanhei-os com vontade, e escutei mais um gemido de prazer, fiquei chupando seus seios por um tempo e depois voltei pros seus lábios, que já estavam inchados de tanto beijar. Ela se posicionou, abraçando a minha cintura com as pernas e eu entendi o recado, percebi que ela não tava mais conseguindo se controlar. Comecei devagar, e com carinho e ela se mexendo e me acompanhando, foi fácil chegar ao ponto extremo do prazer, fácil mais completamente perfeito. Eu a olhei nos olhos, e ela me olhava também, deu um sorriso gracioso e depois eu deitei ao seu lado.

         - Eu te amo Le.

         - Eu também amo você meu Pedro.

         - Sempre, só seu meu amor, só seu. – ela sorriu mais ainda, e se encostou em mim, cochilando um pouco enquanto não dava a hora da gente ir.