Já estava quase na hora de nós sairmos pra ir à balada, meu dia não tinha sido muito agitado, eu fiquei praticamente o dia todo no sofá, assistindo TV, compondo umas musicas e depois pensando na minha menina.

         - Você já ta pronto Pe?

         - To quase, só falta arrumar o cabelo.

         - Ta, vai rápido ta?

         - Ta bom Lanza, eu já to indo Cacete.

         - Heita, bebe ta nervosinho ta?

         - Seu besta – eu falei dando risada.

         - Besta não, bem humorado.

         - É pode ser também.

         - Pronto, acabei.

         - Até que enfim ein Pe.

         - Você demora demais.

         - Ta bom gente, eu já acabei, agora agente pode ir?

         - Vamos.

         Descemos, e entramos no carro, fomos direto pra casa noturna... quando chegamos lá, eu entrei e fiquei sentado, pedi um energético e depois subi, tinha um corredor lá em cima, que era embaixo da pista, mais que dava pra dançar e pra ver tudo o que desejasse ver. Havia mais ou menos uma hora e meia que nós tínhamos chegado, as menina estavam na pista dançando, e nós estávamos em uma mesinha conversando e curtindo a musica. Quando eu olho pra porta embaixo, perto da pista, eu vejo o único item que estava faltando pra mim, a minha menina. Ela estava linda, perfeita, um vestido prata, tomara que caia, um pouco acima do joelho, que tinha umas lantejoulas, uma sandália de salto alto e fino preta, e o cabelo, ela tinha cortado o cabelo! Tava maravilhoso, lindo, muito mais do que lindo, o corte caiu super bem nela... A maquiagem estava bem forte e marcante, ela estava perfeita. Quando ela entrou, estava acompanhada das duas amigas daquele dia, a Michele e a Vih, que estavam de mãos dadas, e mais uma vez a Lê estava sobrando.

         - Lanza, Lanza, Lanza corre aqui agora.

         - O que foi doido, porque me chamou assim, ta com dor?

         - Não, olha pra baixo.

         - Ai, nossa, não acredito. Caraca, ela ta tão linda... Jô amor, vem aqui ver uma coisa.

         - Que foi vida? – ela falou olhando pra baixo automaticamente, e automaticamente gritando também – LEEEE, AMIGAA! – ela gritou e saiu correndo igual uma louca, assim que ouviram Lê as meninas olharam e seguiram a Jô, essas meninas praticam telepatia e eu não to sabendo? Eu vi lá de cima, a Lê correndo assim que viu as meninas, ela correu em direção a elas, e deu um super abraço. Não deu pra ouvir nada, porque a musica tava bem alta... Só vi que ela perguntou alguma coisa pra Bih, e logo depois que a Bih respondeu ela olhou pra cima, ela olhou pra todos os lados, e quando me viu focou o olhar somente pra mim. Eu me virei e sai andando em direção a ela, e ela fez a mesma coisa, andando em direção a mim. Quando estávamos a uns dez metros de distancia eu corri, e ela também acelerou o paço, quando chegamos perto um do outro, nos abraçamos, e ela encostou a cabeça no meu peito.

         - Que saudade de você meu amor – ela falou apertando ainda mais seu rosto contra o meu peito.

         - Que saudade imensa de você minha vida – eu falei apertando-a ainda mais contra mim.

         - Eu senti tanto a sua falta, nunca senti uma dor tão grande assim.

         - Nem eu, eu nunca mais quero me afastar de você Lê, nunca mais.

         - Eu queria tanto que tudo voltasse a ser igual antes Pedro, queria mesmo... Mais parece que as coisas só dificultam pra mim, eu queria ter você de volta, queria você perto de mim, sendo meu novamente.

         - Vamos sair daqui? Acho que esse lugar não é o melhor pra conversarmos sobre isso.

         - Vamos sim, só deixa eu avisar as meninas. Vem comigo? Quero apresentar você pra elas.

         - Okay.

         - Meninas, esse é o Pedro.

         - UOOOU, o que você ta fazendo aqui menino? – a mais alta falou com um sorriso enorme no rosto e olhando pra com cara de “AI, COMO EU TO FELIZ POR VOCE AMIGA *----*” Não é que o raio caiu realmente no mesmo lugar? Prazer, meu nome é Michele.

         - ãh, prazer, meu nome é Pedro.

         - Eu já sabia, hehe – ela falou tirando uma com a minha cara.

         - é né, hum, prazer meu nome é Pedro – eu falei cumprimentando a outra menina, que era um pouco menor, e ruiva.

         - Oi, eu sou a Viviane.

         - Oh Pedro, vê lá o que vai fazer com a minha amiga viu, outra daquela e acho que ela se mata de depressão. – ela falou seria agora. A lê olhou com uma cara de brava e constrangida pra ela.

         - Quase que eu me matei também! Não vou mais me separar dessa menina, ela é tudo na minha vida. – quando terminei de falar isso, a Lê olhou pra mim com um brilho lindo nos olhos.

         - Ai que lindo, por isso que eu adoro o amor, princesa, eu amo você amor – a Viviane falou olhando pra Michele e dando um selinho nela.

         - Hum, agente já pode ir Pe? – a Lê falou desconcertante com a imagem das amigas se beijando.

         - Acho melhor né?

         - É eu também acho – ela falou me puxando pelo braço, e quando saímos o vento bateu forte em nossos rostos, e os cabelos da Lê voaram para trás, deixando-a como a mulher do Titanic.

         - Que saudade de ver esse rosto lindo – eu falei admirando a imagem a minha frente.

         - Que saudade do seu beijo – ela falou me puxando e me dando um beijo enorme. Que emoção, sentir seus lábios nos meus novamente, seu hálito doce em minha boca, era mais do que perfeito, aquele momento estava sendo mágico. Eu queria poder respondê-la e dizer que eu também estava morrendo de saudades daquele beijo sedutor e caloroso, mais não consegui desgrudar seus lábios dos meus. Acho que ficamos um minuto e meio nos beijando, se não foi isso, foi aproximadamente. Separamos-nos para poder respirar.

         - Eu também estou morrendo de saudades do seu beijo – consegui responder finalmente – E o seu cabelo está perfeito assim.

         - Que bom que você reparou Pe, ficou melhor do que antes amor?

         - Não digo melhor, porque eu te acho linda de qualquer jeito, mais ficou muito legal mesmo.

         - Que bom, fiquei com medo de você não gostar.

         - Mais eu gostei, e muito. Lê, eu preciso falar uma coisa com você, é uma coisa muito importante.

         - O que Pedro? – ela falou com medo nos olhos, acho que estava com trauma de assuntos importantes.

         - Eu queria te pedir desculpas pelo o que eu fiz você passar, não tem jeito, agente se ama, e só iremos sofrer ainda mais se ficarmos separados, acho que até mais do que estávamos sofrendo antes, quando o problema era somente a saudade. Você me perdoa Letícia? Eu aprendi que eu não consigo mais viver sem você, e a única coisa que eu quero e te ver feliz, e se você só conseguir ser feliz ao meu lado, então ficaremos juntos até o meu ultimo batimento cardíaco – eu terminei de falar e vi que saiam pesadas lagrimas dos olhos da Lê, eu me emocionei ao perceber que o amor que eu tinha por ela, era igualmente correspondido, e que nossas vidas dependiam da presença um do outro.

         - Pedro, eu vou te perdoar porque eu sinceramente não sei viver sem você, não só por isso, mais eu não conseguiria dizer não a você, com esses olhos pidões que tanto me fascinam, Pe, tudo que eu mais quero nessa vida é ser feliz ao seu lado, ter filhos e filhas, montar uma família e poder ver os meus netinhos crescerem, ver nossos filhos aprendendo a tocar guitarra com o pai, e nossas filhas aprenderem a mexer no twitter com a mãe. Esse é o meu maior sonho, e se é o seu também, eu posso me considerar a garota mais feliz do mundo, porque sei que agora, nada me abala nada me faz sofrer novamente, porque tenho você ao meu lado, pra tudo o que eu precisar... E obrigado por ter voltado pra mim, eu não sabia mais que rumo tomar na minha vida, eu não tava conseguindo achar um caminho sem você Pedro, não tava mais conseguindo raciocinar sem você ao meu lado, não conseguia pensar em mais nada, que não fosse em você, não conseguia lembrar de mais nada a não ser no nosso ultimo beijo enfrente a piscina. Eu não consigo e não quero mais viver sem você, não posso – ela falou segurando o meu rosto e chorando ao perceber que tudo havia acabado bem afinal, e me dando um beijo que selou o amor que existia entre agente ainda mais.