O Universo a Nosso Favor escrita por Ledger


Capítulo 11
Onze - A mais pura verdade


Notas iniciais do capítulo

oi oi! Hm, capítulo revelando toda a verdade sobre a TenTen, uu Bom, seja como for, eu espero que gostem. O próximo capítulo é o máximo, mas amanha começam minhas aulas, e eu não vou poder estar postanto seeempre. Mas farei o máximo que puder, é uma promessa. Beijo!



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Lee ligou a tv, e lá estava eu, com meus treze anos.

Eu, Lee, e Chihiro, no auge de nossos treze anos.

Drogados. Completamente drogados.

Eu gritava como uma louca, e ria. Estava no colo de Lee, em sua antiga casa. Chihiro, uma antiga “amiga” minha, pulava na cama do garoto, e bebia Vodka. Lee era o único que estava em si. Mas parecia estar se divertindo, vendo-nos completamente drogadas e fora de si.

“Quando você vai comprar mais?” Perguntei para Chihiro, e ela deitou na cama.

“Não sei” respondeu-me “o carinha que vende disse que ta difícil de encontrar, estão tendo que pegar lá da América do Sul, onde a parada é mais liberada, entende?”.

Assenti. Eu ficava chateada de ficar um dia sem a droga.

“Vamos furtar alguma coisa lá do Nicky’s?” Perguntou Chihiro para nós dois, e eu sorri.Aquilo era minha especialidade.

Lee negou.

“Vocês não estão muito bem” Ele tirou-me de seu colo, mas eu o abracei, querendo ficar mais ali “Não dá para fazer isso assim. E não é legal roubar, não é mesmo?”

Bufei.

“Ah, mas são coisas tãaao bobinhas Lee...” Pulei novamente para seu colo, e sorri “Por favor. Por favor”.

Lee negou novamente.

“Não. Vamos esperar que o efeito passe, e aí vocês vão lá. Mas sem mim, pois vocês sabem bem que eu não roubo”.

Bufei, e dei um beijo em sua bochecha.

Essa cena se encerrou. Mudou-se o cenário do filme, e dessa vez, era na rua, a noite. Eu, Chihiro, e outros amigos nossos da época andávamos na rua, bêbados e drogados. Lee nos filmava, mas nada percebíamos. Pois estávamos completamente malucos.

Um menino tentava ficar comigo. Eu o dispensava, empurrava, falava que gostava do Lee, apenas dele. Não sei se na época éramos namorados, acho que não era muito definido nosso relacionamento. Mas o menino continuou querendo chegar em mim. Uma hora perdi a paciência. Empurrei-o com força para o meio da rua, e ele acabou sendo atropelado por um carro.

Todos me olharam assustados, e deram no pé. Eu também teria feito o mesmo, se o meu coração não tivesse falado mais alto, e eu tivesse ficado ali para ver o que aconteceria com o mesmo. Escondi-me atrás de uma árvore, e vi a ambulância chegando. O motorista, é óbvio, também estava bêbado, e não soube explicar ao certo o que tinha acontecido.

Enquanto eu assistia essa vergonha, eu chorava como um bebê. Eu tinha matado uma pessoa. Eu era uma assassina.

O vídeo encerrou-se, e a tela ficou preta. Lee olhou para mim, e eu levei minhas mãos ao rosto. Eu lembrava bem quando Lee ameaçou-me, dizendo que iria mostrar isso para a polícia.

Flash Back On.

“Porque vai fazer isso?” Perguntei eu, chorando. Estávamos no jardim de sua casa, sentados em uma mesinha. “Porque só filmou a gente? Você também usava! Porque vai fazer isso, Lee? Responda-me!”

“Sabe...” começou ele, levantando-se do lugar de onde estava sentado, e bufou. “Eu estava entediado”.

“Eu vou ser presa!” Berrei para ele. “Você tem noção disso?”

Lee assentiu.

“Você fez coisa errada, TenTen. Merece uma punição.”

Levantei-me da cadeira, e dei um soco em sua cara.

“Não quero te ver nunca mais!”

Saí de sua casa brava, e fui embora, com um aperto no coração. Ele poderia mostrar isso para a polícia a qualquer hora.

Flash Back Of.

 

-         Porque faz isso com os outros? – indaguei para Lee, levantando de minha cama. Eu já estava mais nervosa do que triste – Qual é a graça disso tudo, Lee? Responda-me!

-         Ah, TenTen-Chan... Como eu disse há um tempo atrás... Eu estava entediado.

Que grande merda, pensei eu. Lee está parecendo o Kira, com essa coisa de estar entediado. Daqui a pouco vai falar que quer ser o Deus do novo mundo.

Bufei. Eu não agüentava mais aquilo.

-         Tem que ter alguma razão suficientemente boa, Rock Lee. As pessoas não fazem isso por pura diversão. A não ser que você tenha algum problema mental.

-         Pare de me provocar, TenTen-Chan. Já sabe seu destino se continuar com essas palavras grosseiras.

-         Tudo bem – respondi eu, tentando me acalmar. Eu teria de fazer algumas coisinhas para não ser denunciada – o que quer?

-         Bom... Quero que namore comigo.

Comecei a rir. Que tipo de pedido de namoro era esse? Ah, vou te chantagear para namorar comigo. Que coisa mais tosca, Lee. Não sabia que você tinha caído tanto de nível assim.

-         Porque pediu assim? – perguntei eu, respirando fundo. – Quer dizer, ordenou. Poderia muito bem ter me pedido de um modo mais normal.

-         Mas acho que assim você não aceitaria – respondeu-me ele, pensativo. Então era isso? Eu não podia escolher quem queria namorar?

-         Bom... Você não sabe, pois não pediu.

-         É óbvia a resposta, TenTen. Uma menina como você, toparia namorar um cara como eu?

-         Você já foi legal – respondi-lhe, enquanto ele protestava que era feio – eu não costumo olhar apenas para pessoas bonitas, Lee. Não sei se sabe disso.

-         Sei sim – respondeu-me ele, chegando perto de mim, e colocando as mãos em minha cintura – pois já ficou comigo.

E dizendo isso, ele me beijou.  Eu já conhecia bem aqueles lábios a ponto de explora-los. Não me perguntem porque fiz isso. Talvez possa ter sido por impulso, ou porque bateu uma saudade louca de meu antigo Lee. Amigo, companheiro. Sem chantagens, sem falsidade. Meu antigo Rock Lee.

Até que ele me afastou. Olhou-me estranho, e depois me perguntou:

-         Você... Quer isso?

-         Uma boa pergunta – respondi-lhe, e sorri. Senhor! Foco, TenTen, foco! Ele está te chantageando, você definitivamente não pode ficar com ele!

Lee puxou-me novamente para outro beijo, mas dessa vez fui eu que o afastei. Eu não me permitiria gostar de algo que tivesse haver com esse menino repugnante.

-         Namoro com você – disse a ele, sentando-me na cama – mas você tinha outro propósito quando disse que vinha aqui. Ensinar-me matemática.

Lee bufou.

-         Tudo, bem, tudo bem. Mas antes vou ao banheiro, e você me espere aqui.

-         Vou só tomar um copo de água lá embaixo – disse eu, abrindo a porta de meu quarto, e descendo a escada. Meus pais haviam saído, e tinham deixado um bilhete. Bebi meu copo de água, e pensei por um instante. Será que...? Não, não era possível que fosse isso. Eu não me permitiria gostar de alguém que estivesse querendo me denunciar para a polícia. Mas eu não podia ficar parada, no entanto. Tinha que fazer algo a respeito... É isso! Roubar o cd! Sem eles, Lee não teria provas.Como não havia pensado nisso antes? Sorri, vitoriosa. Subi as escadas correndo, e já estava entrando no meu quarto com um sorriso, quando me dei com Lee. Ele tinha uma cara brava.

-         Onde está o cd, TenTen? – perguntou-me.

O que? Como assim, onde esta o cd? Eu também achei que estava aí, o mongol!

-         Não está aí? – indaguei – eu não peguei.

-         Ah, não! – disse Lee ironicamente, vindo em direção a mim. Segurou minha camisa, como num gesto de querer brigar. – Onde está o cd, Mitsashi? Responda-me! Onde você colocou aquela porcaria?

-         Eu desci para beber água Lee, acha mesmo que eu teria pegado o cd?

-         É CLARO QUE TERIA! – urrou ele, jogando-me no chão. Começou a procurar o cd feito louco. Revistou minhas gavetas, até as de calcinha. Bufei. Não era hora para ficar com vergonha. Lee estava com raiva. Continuou procurando. Revistou meu quarto inteiro, todas as minhas mochilas, tudo. Mas nada encontrou.

-         Não está aqui! – gritei para ele, levantando – não acredita em mim?

Lee veio em direção a mim, e me prendeu contra a parede. Segurou em meu pescoço. Merda. Ele ia me enforcar.

E para que serviram todos esses anos de caratê? Pelo visto, para nada, pois eu não conseguia sequer me mexer.

Até que vi Lee caindo.

Suspirei, aliviada. Quem teria sido o meu herói?

Eca, que brega o que eu acabei de dizer. Abafa, abafa.

Olhei para frente. Lá estava Usui, sorrindo para mim, vitorioso. Tinha um certo cd nas mãos, e quando viu que retribui seu sorriso, disse-me:

-         Nunca deixe esse cara chegar perto da Hina-Chan.

Eu ri, de certo modo, aliviada. Pulei para cima dele, e o abracei. Eu sei, eu sei, isso foi a atitude mais tosca de toda a minha vida. Mas naquele momento não me importava. Só me importava que eu estava vivo.

-         Obrigada! – sussurrei eu, com algumas lágrimas caindo dos olhos. Ele passou a mão em minha cabeça.

-         Não fique assustada – respondeu-me, e ergueu meu rosto para conversar comigo – como se envolveu com esse cara? Estava maluca quando conheceu ele?

-         Bom... Drogada.

Ele riu, e nós dois sentamos em minha cama.

-         Por onde entrou?

-         Pela janela – respondeu-me, sorrindo.

-         E como sabia que eu estava em uma situação pra lá de estranha e repugnante?

-         Eu não sabia – disse-me ele, sorrindo. Há, eu sabia. Isso não era muito típico do Usui.

-         Não sei se sabe TenTen-Chan, mas minha avó é sua vizinha.

-         A dona Yuuko?

Ele assentiu.

-         Sem querer ofender... – comecei eu, sorrindo – ela é meio chata.

-         É mesmo! – disse ele, e começamos a rir de novo. – o fato é que ia vim aqui para treinarmos um pouco, quem sabe vermos um filme... Aí vi isso.

-         Não foi uma imagem muito boa, não?

Ele assentiu.

-         Não.

Continuamos conversando e ele me explicou que chegou quando saímos eu e Lee, então ele entrou e pegou o cd. Pretendia ver sozinho, mas não sabia o que era.  Mas quando viu o que Lee fez comigo... Disse que não poderia ficar parado sem fazer nada.

-         obrigada novamente – agradeci a ele, e sorri. – Bom, creio que te devo explicações, não?

-         Sim. Mas conte logo, antes que o sobrancelhudo acorde.

Assenti, e comecei a lhe contar a história desde o início. Ele ficou um pouco assustado no começo, mas quando terminei, falando que Lee queria namorar comigo, ele caiu na gargalhada.

-         O que é tão engraçado? – perguntei-lhe.

-         Não percebe, TenTen? O cara era apenas louco por você! Mas começou a ficar fanático... E o fanatismo não é algo muito bom. A pessoa faz qualquer coisa por aquilo. Até mesmo... Ameaçar a pessoa que ama  que irá entregar o vídeo para a polícia.

-         Lee? Louco por mim? E outra, por favor, não fale amor, essa palavra é uma coisa tão tensa.

-         É óbvio! – respondeu-me Usui, levantando-se. Pegou Lee pela camisa, e colocou no ombro – vou levar ele em casa. Você tem que... Se recompor, não? Fique com o vídeo, e guarde-o bem.

-         Eu posso ir com você – respondi-lhe. Levantei da cama também. Sim, eu ainda estava no estado de choque, mas nada que me impedisse – ei, Lee tem seu mordomo. Vou ligar para o Albert.

-         Sabe até o nome do mordomo? Hm, pelo visto eram bem íntimos mesmos.

Eu ri, e dei um tapa em seu ombro.

-         Alô, Albert? Sim, aqui é a TenTen – sorri. Albert ainda lembrava de mim. Droga. Eu teria de inventar uma desculpa boa – bom, é que o Lee escorregou aqui em casa sabe, e bateu a cabeça. Tem como vir busca-lo?

Albert disse que sim, e saiu de casa na hora. Levamos Lee para a entrada de minha casa, e assim que Albert chegou, colocou Lee no carro. Sorriu para mim.

-         Queira me desculpar Sra. TenTen, mas é porque o Sr. Lee não tomou seu remédio hoje.

Usui ia começar a rir, mas eu tampei sua boca. Como era?

-         Remédio? – indaguei.

-         Não ficou sabendo? – perguntou-me Albert – o Sr. Lee surtou outro dia. Os médicos descobriram que tem um pequeno problema mental, mas nada que seja grande demais. É só ele tomar seus remédios.

-         Surtou? – perguntei, novamente. Eu não acreditava direito. Lee, com problemas mentais? Então... Era por isso que fazia essa chantagem. Talvez não tivesse um motivo ao certo, ele apenas... Surtou novamente.

-         Como sabe que ele fez algo comigo?

-         Ah, eu te conheço, Sra. TenTen. Percebi que sua voz estava com uma pitada de medo, e tive a certeza de que algo havia acontecido.

-         Desculpe por mentir – respondi a ele, mas Albert apenas sorriu. Agradeci a ele por tudo, e lhe dei o cd. Ele prometeu que ia joga-lo fora, e eu assenti. Em Albert eu sabia que poderia confiar.

-         E Lee... Vai ficar bem? – perguntei, preocupada. Apesar de tudo, eu ainda ficava preocupada com Rock Lee. Afinal... Eu não sabia que ele era doente.

 

    Sorri. Eu ficaria bem depois disso.

 


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Notas finais do capítulo

Bom? Gostaram? Tenso, não é? UAHSUAHAUS não percam o próximo capítulo! E podem deixar suas lindas reviews por favor, elas fazem uma escritora feliz!